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TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO I Clarisse Dias Tipos de gerente Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Identificar os mais variados tipos de gerentes que atuam dentro das firmas e suas atividades diárias. � Relacionar as atividades gerenciais com os níveis de autoridade e de responsabilidade respectivos. � Explicar o que significa sensemaking e por que ele é importante para os gerentes na atualidade. Introdução Neste texto, iremos verificar que, nos últimos anos, o ambiente organiza- cional sofreu inúmeras mudanças que refletiram nas organizações. Com isso, tornam-se significativamente importantes os papéis dos gerentes dentro das organizações. Há muitas dúvidas e discussões quanto à natu- reza desta função, pois é o gerente que tem o papel norteador dentro da organização em prol da concretização dos objetivos organizacionais. A dúvida que nos remete é o real papel do gerente dentro da organização. Conforme Mintzberg et al. (2007) apresentam em seus estudos, essa é apenas uma das muitas dúvidas a respeito do papel do gerente. O autor nos apresenta um modelo de gestão que compõe os papéis de gerente, bem como as responsabilidades do trabalho de gestor. Ser gerente independe da hierarquia e do setor da organização, o que vai diferenciar o seu papel é o nível de adequação na realização da tarefa. Modelos de liderança e suas atividades Por meio de seus autores, a Administração nos apresenta diferentes tipos de líderes. São os estilos de liderança que denominam o comportamento do líder, independentemente de suas características pessoais. Ramos (2014) nos diz que o tipo de líder está ligado à personalidade, enquanto o estilo de liderança está associado ao que o líder faz. O Quadro 1 mostra os três principais tipos de líderes. Autocrático Democrático Liberal � Decide tudo sozinho sem a participação do grupo. � Define rigidamente os processos (das tarefas aos resultados). � Visualiza os colabora- dores como unidades de trabalho. � Decide em conjunto com o grupo todas as decisões. � O grupo define au- tonomamente todas as tarefas a serem realizadas e seus processos. � É o líder que alinha a li- berdade nas decisões individuais e grupais. Age como um orien- tador nas sugestões e ideias para o grupo. Quadro 1. Tipos de líderes. Considerando que a liderança é atrelada às competências de inteligência e ao clima de trabalho, podemos categorizar a liderança em ressonante e dissonante, conforme apresenta o Quadro 2. Ressonantes Dissonantes � Visionário: compartilha visões e so- nhos. É extremamente positivo em situações que exijam uma orientação clara. � Conselheiro: age como relacionador dos desejos do grupo em conjunto com os objetivos da empresa. � Democrático: valoriza que cada um do grupo tem algo a contribuir na ação conjunta de atingir os objetivos da empresa. � Dirigista: busca sempre fazer o seu melhor, mas é pouco comunicativo e apresenta baixa empatia. � Pressionador: é ágil no atingimento das metas com rapidez e qualidade. Porém tem um efeito muito negativo dentro do grupo. Quadro 2. Liderança ressonante e dissonante. Tipos de gerente2 Liderança diretiva: quando a tomada de decisão parte de um único líder. Normal- mente, esse modelo de liderança não prepara seu sucessor. Liderança participativa: é um líder provisório, um líder itinerário ou itinerante. Po- demos dizer que é diretivo, mas não definitivo. Liderança delegativa: é um líder que delega a função de liderança a outro representante. Liderança estilo coaching: é um líder treinador, que estimula o grupo a tomar decisões estratégicas em busca dos objetivos da organização. Os líderes devem ter uma posição impessoal e passiva quanto às metas da organização, pois apesar de estarem liderando pessoas em prol dos objetivos da empresa, também estão sendo avaliados pelo desempenho de suas funções. A partir das necessidades e dos sonhos da organização, nascem as metas ligadas à sua história e à sua cultura. O trabalho é considerado, pelos líderes, um processo rotineiro que permite a interação de pessoas e a tomada de decisões. Neste momento é que se pode negociar, barganhar, usar recompensas e demais formas de interação, de acordo com o papel que cada pessoa desempenha no processo. Os líderes também devem ter cuidado na relação estabelecida com o grupo, para que o emocional não afete significativamente o desempenho das tarefas. Não se considera negativo esse tipo de liderança, mas necessário. Atualmente, acompanhamos inúmeros modelos de liderança no mercado, com sucesso ou não. O papel do líder é conservar o principal valor da empresa em menor tempo e custo. Para Ramos (2014), a liderança é uma grande conquista para as organiza- ções. O administrador deve ser um líder nato para nortear os funcionários que o acompanham, como forma de influenciar pessoas em busca do objetivo esperado, auxiliando na modificação de seu comportamento e o meio no qual atuam na busca de atingir os objetivos de ambos. O gerente também deve ter em mente que as pessoas devem ser vistas como colaboradoras do processo, e não subordinadas, pois os funcionários atuam junto aos seus líderes na conquista de metas. Na liderança visionária, a preocupação central é o futuro e o fato de poder correr riscos. Os líderes que partem dos princípios visionários não dependem 3Tipos de gerente do recebimento dos processos detalhados que devem ser realizados. A liderança visionária garante viabilidade a longo prazo. Contudo, as empresas geridas por visionários correm mais riscos de fracassar no curto prazo, pois os líderes estão mais dispostos a correr riscos, considerando mais seus objetivos do que os reais valores da empresa. Sempre preocupados em utilizar a criatividade, a inovação e a tecnologia, não aceitam desculpas quanto a colocar a empresa em um novo formato, quando julgam ser considerável ao sucesso desta. Ao iniciar um trabalho neste modelo de liderança, a identidade empresarial parte do que se está sendo construído, pois o futuro não é garantido. A insta- bilidade é parceria certa neste modelo, pois não há como prever os percalços do caminho. Este modelo desagrada muitas pessoas por ser desconhecido e aventureiro. Porém, quando atinge os objetivos esperados, é líder no quesito sucesso. Nos dias atuais, o que vemos no comportamento das empresas são estas fazendo um link com este modelo de liderança visionário, em contrapartida com o modelo democrático, atendendo seus diferentes públicos. Entre- tanto, com um único objetivo: cativar, fidelizar e concretizar os objetivos organizacionais Comparando as lideranças Diferentemente dos gerenciais e dos visionários, os líderes estratégicos são sonhadores e lutam para concretizar seus objetivos. Um líder estratégico procura agregar mais valor no decorrer dos processos realizados. Quando a junção desses dois modelos de liderança acontece, é agregado valor tanto para o profissional quanto para a organização, ou seja, todos ganham nesse momento. O indivíduo que possua sinergia e qualidades visionárias e gerenciais potencializará um grau considerável de realização para a empresa. Conforme Salles e Villard (2017), o que destaca os líderes estratégicos dos demais é o comportamento ético, um modelo de gestão muito raro de ser encontrado dentro das organizações. Ainda para os autores (2017), é necessário que haja um bom relacionamento e envolvimento entre estes diferentes mode- los de liderança, pois é neste envolvimento que podem ocorrer a partilha de conhecimento e a troca de experiências em busca da realização dos objetivos em comum. O Quadro 3 nos mostra alguns tipos de liderança, conforme Ramos (2014). Tipos de gerente4 Liderança estratégica Liderança visionária Liderança gerencial � Decisões baseadas em valores. � Estratégias a longo prazo. � Apresentam características otimistas. � Consideram a estratégia o ponto principal.� Pensamento linear e não linear. � Apresentam proatividade. � Ocupam cargos de alto risco. � Têm um relacionamento empático com o grupo. � Influenciam as pessoas. � São multifuncionais e integradores. � Baseiam-se em valores. � Atentam-se ao conhecimento. � Pensamento não linear. � São conservadores. � São facilitadores. � Acreditam na importância dos processos conservadores. � Influenciam as pessoas. � Atuam em áreas funcionais. � Nem sempre tomam decisões baseadas em valores. � Têm pensamento linear. � Fazem escolhas baseadas nos ambientes interno e externo. Quadro 3. Tipos de liderança: estratégica, visionária e gerencial. Aprofunde seus conhecimentos lendo o texto “Competências do gestor/gerente/ administrador: seus diferentes tipos e seus papéis” (VIEIRA, 2013). Liderança nos tempos atuais As empresas precisam de líderes competentes para atuar e motivar o desenvol- vimento de pessoas. Como já vimos anteriormente, a liderança é um requisito básico para o sucesso de uma organização em qualquer momento. Quando há turbulência, a liderança é o diferencial para o fracasso ou o sucesso de uma empresa. Podemos definir liderança como a influência de alguém sobre 5Tipos de gerente o comportamento de um indivíduo ou grupo com qualquer finalidade, sendo exercida para objetivos de terceiros ou objetivos organizacionais. Com o atual momento organizacional, as empresas estão se desmembrando e reconstruindo a maneira como são dirigidas, formando novos grupos, con- duzidos por profissionais focados em determinados processos, propondo-se a atingir o que a empresa busca com inovação, tecnologia e formas diferenciadas de gerenciamento. A liderança deve aprimorar o trabalho de homens e de máquinas, melho- rando a produção; deve fazer com que as pessoas sintam orgulho na realização de seu trabalho; deve procurar sanar as dificuldades e realizar o melhor trabalho em menor tempo. Neste contexto, o papel do gerente entra como norteador do grupo na realização dos processos. As responsabilidades do líder vão além, atuando através de ferramentas, conhecimentos, visualizando o desempenho de seu grupo e identificando se estes estão correspondendo ao sistema de gestão da empresa, pois o líder deve ser o que visualiza a melhoria do grupo na atuação das tarefas. Assim, há redução de problemas para as pessoas e a empresa. Em algumas organizações, a liderança é até mesmo mais importante que o processo estratégico, pois é o líder quem irá conduzir as pessoas na realização dos demais processos. É neste momento que a empresa deve estar atenta ao perfil dos líderes de suas operações, pois partirá deste o sucesso ou o fracasso na realização das tarefas. No cenário atual, as empresas enfrentam uma luta árdua na busca de seus profissionais, e estes, muitas vezes, enfrentam a mesma luta em busca de aperfeiçoamento para responder às exigências determinadas pelos cargos. As pessoas e as organizações estão constantemente sujeitas a um grande número de situações, com o intuito de sanar suas dificuldades e manter o andamento natural, a necessidade de pertencer a um grupo social reflete nas pessoas o desejo de autorrealização. O principal motivo que faz com que as pessoas ajam de determinada maneira se dá pela origem de comportamentos sociais e físicos, pois as pessoas buscam o poder do status, julgando afetar o processo de sua autoestima. A Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), apresentada por Gomes, Gomes e Magalhães (2016), distingue-se pelo respeito às pessoas. Assim, as organizações precisam de pessoas motivadas e felizes para alcançar os níveis desejados de qualidade e de produtividade, e a QVT garante o pleno sucesso da organização. As pessoas evoluem pelos costumes, necessidades e regras da sociedade ou de determinado cunho organizacional. Estas mudanças são substanciais, Tipos de gerente6 influenciando a sociedade na obtenção ou na manutenção de novos compor- tamentos. Quando estas mudanças são radicais, produzem comportamentos através de gerações. Os conceitos socioeconômicos, junto à tecnologia, são predominantes neste processo de mutação. A sociedade é composta de orga- nizações de pessoas que produzem serviços e produtos, e de pessoas que os consomem, compondo a constante mudança e adequação ao mercado. Assim, as diversas necessidades compõem as realizações pessoais, morais ou coletivas. Estas necessidades físicas, intelectuais ou morais desenham a evolução social e a aquisição de demais conhecimentos em prol das atualizações constantes. Ressaltamos ainda que, para dirigirem, liderarem ou administrarem as or- ganizações, as pessoas precisam ter e respeitar regras sociais, econômicas e jurídicas, para que possam resolver as diferentes situações que devem aparecer no decorrer do caminho, e cumprirem seus objetivos. Determinadas regras e teorias são aplicadas e desenvolvidas para mostrarem a realidade prática e objetivar, às organizações, na metodologia da conquista dos objetivos. Para Gomes, Gomes e Magalhães (2016), a forma que apresenta as mudan- ças positivas sociais que contribuem para a organização e envolvidos, exige atitude de ambas as partes. As mudanças só serão possíveis com postura e atitude no conceito organizacional disciplinar. Para alcançar os objetivos, as funções dos produtos são desenvolvidas, assim como as da sociedade e as dos fatores econômicos. É preciso estar preparado para as mudanças, pois a imprevisibilidade age em constante mutação. Identificar as ações que auxiliam o futuro é estar liderando a competitividade. Sabemos que, como qualquer organização, uma empresa tem uma missão, visão, uma razão para existir. O objetivo funciona como norteador compor- tamental canalizando todos os esforços, desde financeiros, tecnológicos, mercadológicos, chegando aos esforços humanos, que estão alinhados a um objetivo maior, porém possui como primeira tarefa controlar o foco de todas as áreas neste processo. Tal processo inicia-se no momento de contratar estes profissionais, onde procuram-se os mais preparados para corresponderem à missão da empresa, pois a organização visa buscar profissionais que completem seus objetivos e que ajudem a buscar novos. O trabalho da Administração, junto aos líderes organizacionais, é a gerência de todos os processos, cumprindo com desempenho e responsabilidade os processos organizacionais, para que todos trabalhem com satisfação. Man- tendo o equilíbrio entre todas as partes envolvidas, estes pontos podem ser abordados com o apoio dos Recursos Humanos, com projetos que satisfaçam os interesses de todos. 7Tipos de gerente Os Recursos Humanos auxiliam os processos de gerência, pois estão sempre visando ao desenvolvimento do capital humano da organização, evidenciando o maior nível de eficiência e eficácia, com isso lucrando e objetivando na realização das atividades, resumindo-se em auxiliar para que a organização atinja seu propósito, seja ele qualquer que possa ser. O capital humano nas organizações tem função primária, conforme apresen- tada por Gomes, Gomes e Magalhães (2016). Após isso, os gestores devem focar sua atenção nos demais processos. Com esta tendência no mundo corporativista, o objetivo é o de obter a valorização das pessoas como fator predominante dentro da empresa. Tal realidade chocaria na época da revolução industrial, já que o principal fator considerado era o tecnológico, e não o humano. Compreende-se, hoje, que a globalização é predominante na mudança da sociedade, o que impulsiona diretamente na capacidade de informações adquirida pelas pessoas. Com isso, definimos este ponto de partida da informação, com os Recursos Humanos realizando suas atividades, recrutando, estruturando e qualificando as pessoas. Os Recursos Humanos, junto aos demais setores, é primordial quando possui projetos planejados e estruturados, pois denomina toda a importância da organização para os colaboradores, gerando conhecimento formale informal, além de os motivarem para o desenvolvimento de todos. Saiba mais quanto aos estilos de lideranças no meio organizacional lendo o texto “Liderança: o dia a dia e a evolução nas habilidades de liderança” (SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS, 2017) Tipos de gerente8 Sensemaking: um auxílio para as lideranças atuais As ferramentas de gestão organizacional objetivam satisfazer e sanar dúvidas e conhecimentos dos colaboradores dentro da organização. Também fomentam e potencializam a ação do ambiente interno e externo sem surpresas desagra- dáveis ao longo do caminho. As ferramentas organizacionais nada mais são do que precursores no desenvolvimento e informação ágil para a organização. Conforme nos apresenta Ramos (2014), o sensemaking é um termo que vem sendo estudado há cerca de trinta anos. Trata-se de “fazer sentido”, o que pode gerar significado para as pessoas e para a organização. É utilizado dentro das empresas como mais um método de aceleramento e habilidade na comunicação. O sensemaking ganhou espaço nas organizações por ser uma fonte de aprendizado, onde as pessoas compartilham conhecimento e ideias através de ferramentas interativas. Utilizado anteriormente como ferramenta de medicação, já percorre hoje os caminhos empresariais Apresentamos sete características para melhor definir o sensemaking: � construção de identidade; � retrospecção e experiência; � ambiente sensível; � sociedade; � continuidade; � pistas extraídas; � plausibilidade. Tais características defendem o pensamento de que não há uma sessão par- ticular onde ideias e conhecimento fiquem limitados à estrutura da empresa, e sim um nível elevado de compartilhamento que está cada vez mais dominando o mercado. O sensemaking também define que o indivíduo não faz somente parte da organização, da sociedade, e sim de mais grupos compartilhadores na resolução de qualquer situação. Com isso, a interação consolida a base social, justificando a importância da identidade do indivíduo. O mundo está em constante evolução, remodelando e modificando signi- ficados nas organizações, este impacto é gigantesco, o sensemaking, então, auxilia, sendo um processo contínuo. Nesta continuidade é que as pessoas aproveitam para verificar os sinais para a obtenção dos objetivos organizacio- nais. Ainda conforme Ramos (2014), dentro das organizações, o sensemaking é 9Tipos de gerente caracterizado como uma vantagem competitiva perante as demais, entendendo processos, compartilhando conhecimentos e informações. Enquanto a organização estabelece uma relação de generalização e ins- titucionalização com a sociedade, o sensemaking estabelece a relação de informação e transporte de informação. Nas empresas atuais, visualizamos o sensemaking atingindo o que seria inatingível através de meios tradicionais. Pois com o nível acelerado de transformações que o mundo vem sofrendo, as organizações devem utilizar de todos os meios possíveis para as atualizações. O que oportuniza o sensemaking dentro das organizações são as rupturas evidenciadas pelo ambiente interno e externo, caracterizadas também como experiências no cotidiano empresarial. Existe uma linha tênue que predispõe as insatisfações ou satisfações com as condições atuais. Sensemaking dentro das organizações: � Carga de informações: quantidade de informações. � Complexidade: nível de interpretação. � Turbulência: situações do ambiente. Conforme o nível de adequação aumenta, as pessoas procuram meios de gerenciar e sobreviver às situações através da segmentação de informações. Essas características atuam no ambiente organizacional como precursores no funcionamento contínuo que determina as ocasiões para utilização do sensemaking. Conheça mais sobre o universo do sensemaking no site: https://goo.gl/Y9e5o8 Tipos de gerente10 Sensemaking dentro das organizações As organizações são vistas como mediadoras para a construção de sentido, que nivela o fluxo de informações nas rotinas organizacionais. Ressaltamos também que, na rotina diária, as organizações estão em constante mudança, com o auxílio das pessoas, fazendo sentido as informações recebidas, ordenando-as, gerando significado ao fluxo compartilhado de informações. O sensemaking age dando espaço às histórias na construção de uma intera- ção cotidiana, gerando, compartilhando e agregando conhecimentos e valores às pessoas e às organizações. Para identificar, conhecer e vivenciar o contexto organizacional, faz-se necessário conhecer os sentidos compartilhados quanto ao contexto. Desta forma, o sensemaking auxilia o processo de gestão e de geração de conhecimento para as organizações. As organizações nos dias atuais têm a necessidade de estabelecer proces- sos de comunicação, tanto em seu ambiente externo quanto interno, autores defendem esta necessidade empresarial. O sensemaking, neste contexto, age como ferramenta transmitindo valor e contextualizando a interpretação das pessoas no modo de gerar o conhecimento necessário, definindo como uma atividade, ou uma definição de objetivo. O sensemaking se constrói diariamente dentro das organizações, resigni- ficando a rede estruturada, pois a mudança depende das pessoas envolvidas e dos valores compartilhados. Mudança organizacional e sensemaking A mudança dentro das organizações acontece tanto no curto quanto no logo prazo, e impacta os processos organizacionais da mesma forma, com transfor- mações que envolvem todos os agentes e aspectos estruturais, tecnológicos e comportamentais. Estas mudanças de qualquer natureza interferem de forma positiva ou negativa na sustentabilidade organizacional. Conforme Ramos (2014), o sensemaking e o sensegiving agem em parceria, evidenciando os níveis organizacionais em uma dinâmica relação no envol- vimento de todos os membros da organização. Esta relação destaca o caráter social dos membros da organização, ao mesmo tempo que sua integração nas dinâmicas de arranjos de decisões de ideias. Podemos dizer que a criação gera informação e os processos se adaptam, evidenciando critérios que se constroem com experiências atuais e passadas, 11Tipos de gerente assim como uma retenção de armazenamento, integrando informações aos processos relacionados através de alguns agentes que se caracterizam: � agentes que tomam decisões de mudança; � os que têm a visão de organização; � os que interpretam das mudanças. Há outros agentes que auxiliam nas mudanças organizacionais, também estes de cunho político e público. Considerando o processo de mudanças organizacionais, podemos dizer que a flexibilidade contribui como agente das mudanças, possibilitando que as mudanças ocorram para potencializar o sucesso da organização, deixando-a atualizada com o que ocorre no mercado externo e interno. Em relação às mudanças, ainda comentamos que a crise é um agente que responsabiliza determinada cobrança ao sensemaking, pois pode desafiá-lo a alterações que ameacem os objetivos da organização. Neste contexto é que ressaltamos que o sensemaking deve estar adequado às situações externas que venham a ocorrer. Por fim, as mudanças ocorrem para evidenciar o preparo das organizações e possibilitar seu desenvolvimento na rotina dos processos diários. GOMES, J. S.; GOMES, J. A. S.; MAGALHÃES, M. N. Estudo das características básicas dos sistemas de controle gerencial em empresas internacionalizadas no setor de serviços em T.I. 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Disponível em: <https://revista.enap.gov. br/index.php/RSP/article/view/795/1067>. Acesso em: 28 nov. 2017. SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS. Liderança: o dia a dia e a evolução nas habilidades de liderança. [S.l.]: SEBRAE, 2017. Disponível em: <http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/o-dia-a-dia-e-a-evolucao- -nas-habilidades-de-lideranca,cbeea5d3902e2410VgnVCM100000b272010aRCRD>. Acesso em: 28 nov. 2017. VIEIRA, C. A. B. Competências do gestor/gerente/administrador: seus diferentes tipos e seus papéis. [S.l.: s.n.], 2013. Disponível em: <https://pt.slideshare.net/antoniobbezerra/ os-papeis-do-gerente-administrador-tipos-e-papeis-adm-fap-faculdade-paraiso-do- -cear>. Acesso em: 28 nov. 2017. Leituras recomendadas ALVES, W. R. et al. Controle gerencial em empresa multissetorial: discussões em uma unidade de negócios. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CUSTOS, 23., 2016, Porto de Galinhas. Anais... Porto de Galinhas: [s.n.], 2016. Disponível em: <https://anaiscbc. emnuvens.com.br/anais/article/view/4171/4172>. Acesso em: 28 nov. 2017. CHIAVENATO, I. Administração de recursos humanos: fundamentos básicos. São Paulo: Atlas, 1999. DIÓRIO, H. C. P. O papel e a importância dos líderes nas organizações. 2008. 67 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Gestão Estratégica de Recursos Huma- nos) – Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2008. Disponível em: <http://www.der.mg.gov.br/images/TrabalhosAcademicos/ heloisa%20costa%20pacheco%20diorio%20monografia.pdf>. Acesso em: 28 nov. 2017. ESPÍNDOLA, R. Tipos de liderança: quais os tipos e como funcionam? [S.l.]: Edools, 2017. Disponível em: <https://www.edools.com/tipos-de-lideranca/>. Acesso em: 28 nov. 2017. PAPEL dos gerentes. In: DA ESCOLA clássica ao modelo japonês. [S.l.: s.n., 1990?]. cap. 7, p. 133-154. Disponível em: <http://200.17.137.109:8081/novobsi/Members/angela/ Capitulo%207%20-%20papel%20dos%20gerentes.pdf>. 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