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Marina Ribeiro Portugal MARINA RIBEIRO PORTUGAL AULA 5: PADRÕES PULMONARES BÁSICOS NA TC 1 1. Padrões na TC Padrão ouro para doenças do parênquima pulmonar Aumento da atenuação ❖ Menos preto e mais branco ❖ Reduz a transparência ❖ Padrão alveolar/ consolidação ❖ Vidro fosco → Não é visto no raio X; padrão intersticial ❖ Pneumonia viral → Padrão intersticial ❖ Pneumonia bacteriana → Padrão consolidativo Diminuição da atenuação ❖ Mais preto e menos branco ❖ Enfisema ❖ Fibrose Padrão intersticial → Opacidade reticular ou nodular Nódulos e massas Linfonodomegalias Redução do volume pulmonar Doenças pleurais 2. Tc de tórax – técnicas Tc de tórax sem contraste (corte de 2mm) Tc de tórax com contraste (corte de 2mm) Tc de tórax em alta resolução → Solicitado em doenças apenas difusas; corte de 1mm; intervalos de 10mm para o próximo corte quando enviado após a reconstrução ❖ Avaliação de pacientes com suspeita de doença infiltrativa pulmonar, mas com achados normais ou inespecíficos ao raio x Angio-Tc do tórax → Solicitado para doenças vasculares; sempre com contraste; contraste específico; cortes muito finos (1mm) sem intervalo; direcionada com o tempo específico do vaso avaliado 3. Padrão de alta atenuação Aumento da atenuação se refere à opacificação na Tc de alta resolução Quando obscurece os vasos subjacentes, chama-se consolidação, que se refere ao preenchimento do espaço aéreo por sangue, pus, edema ou células Quando não obscurece os vasos subjacentes, chama-se opacidade em vidro fosco Ambos indicam doença ativa e reversível Consolidação X vidro fosco → Padrões de aumento da atenuação *Sinal do broncograma aéreo visto tipicamente na pneumonia comunitária, quando os alvéolos estão cheios líquido; quando há o apagamento do contorno o sinal radiológico é o da silhueta; apagamento dos vasos; consolidação Marina Ribeiro Portugal MARINA RIBEIRO PORTUGAL AULA 5: PADRÕES PULMONARES BÁSICOS NA TC 2 *Aumento da atenuação sem apagar os vasos, indicando que o líquido está fora do alvéolo (intersticial); vidro fosco *Consolidação; setas mostrando o broncograma aéreo *Vidro fosco – janela de pulmão *Vidro fosco *Vidro fosco; aumento da área cardíaca 4. Protocolo dos exames de COVID 19 TCAR → Atenuação em vidro fosco Não está indicado o uso do meio de contraste endovenoso Pacientes com quadro clínico e laboratorial de suspeita da doença, especialmente naqueles com quadro clínico mais grava Marina Ribeiro Portugal MARINA RIBEIRO PORTUGAL AULA 5: PADRÕES PULMONARES BÁSICOS NA TC 3 A Tc do tórax não deve ser realizada no rastreamento da doença, mas nos pacientes hospitalizados sintomáticos com radiografias normais ou com achados indeterminados Os exames de imagem estão indicados na avaliação de complicações e pesquisa de diagnóstico alternativo Raio X de tórax → Geralmente normal nas fases iniciais, quando a Tc já evidencia achados típicos Paciente do sexo feminino, 59 anos, apresentou quadro de febre após viagem internacional. O RT-PCR foi positivo para COVID-19. Tc com 5 dias após início do quadro Achados dos exames de imagem ❖ Padrão de opacidade me vidro fosco, bilateral, periférico e predominantemente basal ❖ Ausência de Linfonodomegalia, derrame pleural, escavação e nódulos ❖ Cerca de 50% dos pacientes podem ter Tc normal na fase inicial → 0-2dias do início dos sintomas ❖ Pode evoluir para fibrose em presença de doença pulmonar grave ❖ Considerar outros diagnósticos em presença ➢ Derrame pleural ➢ Linfonodomegalia ➢ Lesão ou lesões pulmonar(es) escavada(s) ➢ Padrão de consolidação lobar ➢ Padrão de “árvore em brotamento” Padrão de derrame pleural → Visualizado na janela de mediastino *Exame com contraste Marina Ribeiro Portugal MARINA RIBEIRO PORTUGAL AULA 5: PADRÕES PULMONARES BÁSICOS NA TC 4 Padrão de linfonodomegalias → Visualizado na janela de mediastino *Exame com contraste; bolinhas é linfonodomegalias Padrão de lesão pulmonar escavada Padrão de consolidação lobar Padrão de nódulos centrolobulares tipo “árvore em brotamento” *Praticamente patognomônico em pacientes com tuberculose Diagnóstico diferencial Marina Ribeiro Portugal MARINA RIBEIRO PORTUGAL AULA 5: PADRÕES PULMONARES BÁSICOS NA TC 5 5. Padrão de baixa atenuação - enfisema Enfisema envolve o alargamento anormal e irreversível do espaço aéreos distal, associado à destruição parenquimatosa *Enfisema bolhoso *Enfisema 6. Padrão de espessamento septal interlobular em “favo de mel” – Honeycombing O termo padrão em favo de mel é usado para descrever uma doença fibrosante em estágio final, irreversível e com prognóstico pobre A TCAR mostra espaços císticos aéreos de distribuição subpleural e basal associada ou espessamento de septos interlobulares Esse achado na TCAR pode ser acompanhado por outros sinais de fibrose, tais como bronquiectasias de tração 7. Anormalidade reticular espessamento do septo interlobular Opacidades reticulares são vistas na TCAR como resultado de espessamento dos septos interlobulares por edema, infiltração de células neoplásicas ou fibrose *As setas mostram o espessamento dos septos interlobulares 8. Múltiplos pequenos nódulos metastáticos Marina Ribeiro Portugal MARINA RIBEIRO PORTUGAL AULA 5: PADRÕES PULMONARES BÁSICOS NA TC 6 9. Padrão nodular – nódulo solitário Pensa em tumor primário Verificar o tamanho → Se maior que 1cm fala a favor de benignidade Contorno espiculado tem maior indicativo para malignidade 10. Bronquiectasia de tração Dilatação anormal da árvore brônquica como consequência de fibrose intersticial Achado de anel de sinete → Quando há a inversão do diâmetro do brônquio e o vaso Referências bibliográficas Aula de Dra. Adriana (22/03/2021)