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1) A personalidade diz respeito aos comportamentos e fatores relativos à vivência interna (pensamentos e sentimentos) e à capacidade de adaptação de uma pessoa. Diz respeito, portanto, ao afeto, à cognição e à forma como um indivíduo se relaciona com seus impulsos e com as outras pessoas. Eventualmente algumas características podem ser observadas já na infância, mas é na adolescência ou no início da fase adulta que costuma estar constituída, apresentando estabilidade ao longo da vida. Quando os traços de uma personalidade se desviam daquilo que é culturalmente esperado, são mal adaptativos, rígidos, inflexíveis e causam sofrimento ou prejuízo, podemos dizer que estamos diante de um transtorno de personalidade. Com base em todo o conteúdo trabalhado neste semestre, elabore um texto expressando sua opinião sobre a importância e o cuidado com o desenvolvimento do indivíduo, em sua totalidade, para a formação de sua personalidade. Inclua em seu texto, aspectos relevantes acerca das percepções e emoções, como responsáveis por uma boa saúde mental e as consequências dos pensamentos distorcidos, que podem representar crenças e consequentemente comportamentos disfuncionais. 2) No dia 01 de novembro de 2021, faleceu aos 99 anos, Dr. Aaron Beck, um dos responsáveis pela efetividade no modelo de Psicoterapia. Em homenagem a este grande teórico, elabore um texto sobre suas contribuições para a Teoria da Personalidade. ___________________________________________________________________ ____ Prezados estudantes, agradeço o convívio neste semestre e desejo um excelente percurso em seu processo de formação. Certamente, vocês fizeram a diferença em minha vida! Que a alegria das festas de fim de ano, sejam constantes em 2022! Que saibamos aceitar o que não poderemos mudar, que tenhamos resiliência para superar as adversidades e a empatia por aqueles que necessitam de nosso auxílio. Espero vê-los em outra disciplina! Com carinho, Prof. Jac Maia Nome: ALESSANDRA COELHO VALENTIM MATRICULA 201907347321 AV2 Psicologia da Personalidade 2) Aaron Beck nasceu dia 18 de Julho de 1921 em Rhode Island nos EUA. Seus pais eram judeus imigrantes da Rússia. Ele estudou na Brown University, graduado em 1942 nas áreas de Inglês e Ciência Política. Depois, estudou na Yale Medical School, formando-se em Medicina no ano de 1946. Passou a dar aulas sobre psiquiatria na University of Pennsylvania, onde estabeleceu uma pesquisa clínica sobre depressão. Teve seus estudos principalmente focados no tratamento da depressão e passou a questionar o tratamento somente fármaco. Conhecido como o pai da Terapia Cognitivo Comportamental, desenvolveu sua teoria depois de perceber que os métodos antes utilizados, não eram tão eficientes no tratamento da depressão. Depois de ver o sucesso do tratamento psicoterápico para os pacientes com depressão, passou a expandir e utilizar técnicas similares para tratar outras doenças como ansiedade e transtornos de personalidade. Foi também o criador do Beck Institute, juntamente com sua filha psicóloga, Judith Beck. O Instituto possui como objetivo o estudo de doenças psíquicas e treinamento sobre a Terapia Cognitivo-Comportamental para profissionais. Aaron Beck teve uma importante contribuição para a Teoria da Personalidade, com a Terapia Cognitiva Comportamental, que surgiu depois de Aaron Beck perceber durante sua atuação na Universidade de Pennsylvania, que ele tinha dificuldade para ajudar depressivos a terem uma melhor percepção de suas emoções. Ele percebeu que muitos dos pacientes possuíam pensamentos negativos recorrentes, e que se eles continuassem tendo esse tipo de pensamento, os sintomas da depressão continuariam aparecendo. Sua teoria trouxe a visão de que, ao invés de tentar tratar os sintomas desses pacientes, ele deveria tratar o pensamento distorcido. A TCC evita ficar revivendo traumas passados e problemas na infância. Ela foca em que o paciente entenda como o seu passado afeta seus pensamentos e atitudes. Ela funciona transformando o padrão de pensamentos negativos, em pensamentos mais saudáveis, que resultam em comportamentos positivos. A Terapia Cognitivo- Comportamental não necessariamente necessita que uma pessoa descubra porque aquele padrão de pensamento negativo existe. Ao invés disso, ela ensina a reconhecer e entender o processo cognitivo, impedindo que esses pensamentos se formem. Desenvolveu também o Inventário de Depressão de Beck ou Escala de Depressão de Beck (BDI) que se tratava de um questionário de 21 questões de múltipla escolha que avaliam a gravidade do quadro depressivo no paciente. Sendo atualmente, um dos testes mais utilizados para o diagnóstico da doença. Ele mede tanto aspectos cognitivos, como humor deprimido, quanto aspectos somáticos, como perda de apetite ou dores. Aaron Beck também desenvolveu o Inventário de Ansiedade de Beck ou Escala de Ansiedade de Beck (BAI) No mesmo modelo do inventário de depressão, o Inventário de Ansiedade de Beck é questionário dado ao paciente contendo 21 questões para que ele seja avaliado em relação ao seu quadro de ansiedade. São apresentadas questões com 4 opções de respostas, que procuram entender como o indivíduo tem se sentido na última semana. A escala leva em conta tanto sintomas físicos da ansiedade, como sudorese e dificuldade para respirar, quanto sintomas psicológicos, como nervosismo e medo. É um instrumento muito utilizado para fazer o diagnóstico de ansiedade nos pacientes. Mas assim como a escala de depressão, possui alguns limitantes e não é tida como o único método de avaliação. 1) Durante o semestre e no decorrer das aulas ministradas, com os conteúdos trabalhados, pude concluir que os pais têm uma importante tarefa na criação dos filhos e a função requer responsabilidade, sendo cercada por dúvidas. O medo não é apenas decorrente dos chamados cuidados básicos, mas principalmente da educação. Sabe-se que a infância tem grande influência na personalidade a ser desenvolvida, sendo necessário cuidar deste processo de construção. A personalidade é uma característica do ser humano que organiza os sistemas físicos, fisiológicos, psíquicos e morais para que, interligados, determinem a individualidade. O indivíduo é formado ao longo do período de crescimento, ou seja, inicia-se na infância, conforme o tratamento recebido e o modo de vida presente nos ambientes frequentados, como o lar e a escola. As bases genéticas e ambientais são fatores que tem grande influência na personalidade da criança. O processo de desenvolvimento da personalidade contínuo, qualificando os primeiros cincos anos de vida, é considerada como a fase mais importante para a estruturação permanente. A construção acontece a partir do contato com as outras pessoas, principalmente, com a própria família. Geneticamente, já existe uma pré- disposição a algumas características da personalidade, mas, é justamente no encontro com os outros, que se constrói e se torna realidade. Nota-se que numa família constituída por dois ou mais filhos, os mesmos reagem de formas diferentes, tem temperamentos e reações diferentes, demonstrando assim a sua singularidade. Em determinados momentos da vida, podem ocorrer variações de personalidade, ou seja, o ser humano pode sofrer diferentes manifestações de caráter. Uma pessoa pode demonstrar insegurança, perturbação, agressividade, ansiedade, neurose e frustração, mas também pode revelar segurança, autocontrole,etc. Após o período da infância, a transformação tem início por volta dos 11 anos. Meninos e meninas passam a contestar o que os adultos dizem. Ora falam demais, ora ficam calados. Surgem os namoricos, as implicâncias e a vontade de conhecer intensamente o mundo, e a inconstância, nesse caso, é sinônimo de ajuste. É a maneira que os jovens encontram para tentar se adaptar ao fato de não serem mais crianças e nem adultos.Diante de um corpo em mutação, precisam construir uma nova identidade e afirmar seu lugar no mundo. Por trás de manifestações tão distintas quanto rebeldia ou isolamento, há inúmeros processos psicológicos para organizar um turbilhão de sensações e sentimentos. A adolescência é como um renascimento, marcado, dessa vez, pela revisão de tudo o que foi vivido na infância e questões como autoestima reduz um pouco vindo a aumentar ao longo dessa fase. O significado do self passar a ser mais abstrata na adolescência dando maior ênfase na ideologia e nas qualidades internas permanentes, definindo a si mesmos em seus traços masculino e feminino, pois possuímos dois tipos de imagem em relação ao próprio corpo: a real, que se refere às características físicas, e a simbólica, que seria um somatório de desejos, emoções, imaginário e sentido íntimo que damos às experiências corporais. Na adolescência, essas duas percepções são abaladas. A puberdade faz com que a imagem real se modifique, a descarga de hormônios desenvolve características sexuais primárias e secundárias. Tantas descobertas fazem o adolescente ter de remanejar constantemente as novas relações socio afetivas que incorpora à vida. Ele descobre que lidar com o olhar do outro, com um corpo que não para de se desenvolver e com conflitos sobre sua própria identidade gera angústias que precisam de tempo e espaço para serem elaboradas. E aí o jovem se volta para seu mundo interno, pois, lá, ele pode rever tudo o que se passa num espaço próprio, a salvo do julgamento dos outros. Esse contato com a subjetividade é essencial para sedimentar suas vivências e é nessa fase, que ficam cada vez mais constantes as saídas em grupo e a oposição verbal e física às referências paternas e maternas passa a ficar um tanto conflitante. Mas é entre a adolescência e o início da fase adulta que a personalidade do indivíduo se desenvolve de forma introvertida ou extrovertida. Nessa fase a personalidade já está formada, o indivíduo se identifica com outras da mesma personalidade, conseguem resolver problemas, impera um forte senso de valor. A saúde mental é um importante fator que possibilita o ajuste necessário para podermos lidar com as emoções positivas e negativas. Investir em estratégias que possibilitem o equilíbrio das funções mentais é essencial para um convívio social mais saudável. Uma pessoa que está bem mentalmente não deixa de sentir emoções, tais como tristeza, raiva, frustração e outras. Porém, ela consegue lidar com esses sentimentos de forma saudável, harmonizando os seus pensamentos e cumprindo com as suas obrigações de trabalho, relacionamentos, familiares, de amizade, etc. Cuidar da saúde mental é fundamental, visto que impacta diretamente na qualidade de nossa vida, no nosso raciocínio, emoções, comportamentos e na maneira como nos relacionamos com os outros. Isso vale desde criança, para evitar a ansiedade infantil e que ela se prolongue com o passar do tempo. Durante nossa rotina, tendemos a alimentar pensamentos que estão diretamente relacionados a uma visão distorcida da realidade que, normalmente, tende a produzir comportamentos negativos, seja consigo mesmo ou com as pessoas de convivência. São os pensamentos disfuncionais. Eles são responsáveis pela promoção do mal estar do indivíduo e, dependendo do grau e intensidade, podem ser considerados como verdades absolutas, não sendo capaz de contestá-las. Também conhecidos por distorções cognitivas ou crenças disfuncionais, esses pensamentos acabam alimentando as crenças centrais e intermediárias, construindo um repertório comportamental produtor de sofrimento. Alguns estudos da área defendem a ideia de que o pensamento disfuncional tem um fato ativador, normalmente representado pelo o que aconteceu e quais as circunstâncias por trás disso, existindo uma crença ou interpretação que é construída com base na posição em que a pessoa se coloca frente ao fato ativador. Por fim, as consequências acabam sendo os sentimentos em relação ao ocorrido. Os pensamentos disfuncionais atuam de forma sorrateira na vida do indivíduo. Eles aparecem, no início, de forma mais leve em algumas situações em que a pessoa está saindo da zona de conforto. Esse pensamento fará, em grande parte dos casos, com que a pessoa tenha um comportamento também disfuncional, ou seja, que vai de desencontro a algum (ou vários) aspectos daquela situação. A partir da instauração de um pensamento automático, a tendência é que esse número aumente, pois o primeiro provavelmente já vai ser considerado como uma verdade absoluta. O sofrimento causado por ele irá criar um ambiente favorável para o desenvolvimento de outros, que servem para alimentar as crenças centrais e crenças intermediárias. À medida que o sujeito nutre vários pensamentos disfuncionais, a depressão e ansiedade começam a se aproximar de um possível diagnóstico. É comum que o paciente apresente crises de ansiedade e pânico diante determinadas situações que atuarão como gatilho. Os pensamentos disfuncionais são responsáveis pela produção do sofrimento mental de uma série de pacientes, porém não são uma sentença para ele. A TCC conta com uma série de técnicas capazes de ajudar o sujeito a conquistar sua saúde mental a partir da criação de um repertório comportamental mais saudável. P.S. Jac, foi um enorme prazer tê-la como professora nesse semestre! Aulas dinâmicas e bem claras, numa linguagem bem favorecida ao nosso entendimento. Desejo no próximo semestre contar com a sua presença novamente! Boas festas! Feliz 2022 com muita paz e saúde! 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