Buscar

Trabalho Traumatismo Raqui Medular

Prévia do material em texto

ICS – INSTITUTO CIÊNCIAS DA SAÚDE 
CURSO DE FISIOTERAPIA 
UNIPLAN 
BRASÍLIA/DF 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEMINÁRIO: TRAUMATISNO RAQUI MEDULAR 
NOME: Edelina Apolonia de Carvalho - 02410031179 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Trabalho apresentado para obtenção 
 parcial da nota vinculada à disciplina 
de Estágio Curricular Obrigatório, 
 na área de Fisioterapia Neurológica, 
 sob responsabilidade da docente Priscilla 
 França 
 
 
 
 
 
BRASÍLIA/ DF 
 
2021 
 
 
ICS – INSTITUTO CIÊNCIAS DA SAÚDE 
CURSO DE FISIOTERAPIA 
UNIPLAN 
BRASÍLIA/DF 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 02 
 
2.AVALIAÇÃO FISIOTERAPEUTICA....................................................................... 03 
 
 2.1 FERRAMENTA AVALIATIVA COMPLEMENTAR...............................................04 
 
 2.2 TRATAMENTO FISIOTERAPEUTICO/REABILITAÇÃO................................05,06 
 
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 07 
 
4. ANEXOS...............................................................................................................08 
 
5. REFERÊNCIAS .................................................................................................... 09 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
INTRODUÇÃO: 
 
 
O traumatismo Raquimedular (TRM) é caracterizado por uma lesão que ocorre 
na medula espinal, que gera alterações nas funções motoras e sensitivas, 
comprometendo o sistema nervoso simpático e parassimpático. A Lesão 
medular (LM) classifica-se em parcial ou total, com déficits temporários ou 
permanentes, onde a gravidade da patologia tem relação com o nível e local da lesão¹. 
A medula subdivide-se em cervical, torácica e lombar, por onde se projetam 31 
pares de nervos espinhais, que emergem dos forames de conjugação das vértebras, 
sendo oito pares de nervos cervicais, 12 pares de nervos torácicos, cinco pares de 
nervos lombares, cinco pares de nervos sacrais e um par de nervos coccígeos². 
De acordo com o acometimento pode ser classificada em tetraplegia (quando 
afeta os quatro membros) ou paraplegia (quando compromete somente os membros 
inferiores)1. 
A fisiopatologia da lesão se apresenta em mecanismo primário, que dispõem a 
fase do choque traumático (ocorre uma lesão mecânica que leva ao rompimento dos 
axônios, vasos sanguíneos e membranas celulares). E o secundário que refere as 
disfunções vasculares, presença de edemas, isquemia, excito toxicidade, produção 
de radicais livres que desencadeiam o processo inflamatório levando a apoptose 
celular3. 
A fisioterapia neurológica vai intervir na prevenção de novas deformidades, 
adaptações às novas condições, visando sempre melhorar a funcionalidade e 
independência desses pacientes3. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
2.AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA 
Os músculos selecionados para a avaliação e os níveis neurológicos 
correspondentes são: C5- flexores do cotovelo, C6- flexores do punho, C7- extensores 
do cotovelo, C8- flexores dos dedos (falanges média e distal), T1- abdutores (dedo 
mínimo), L2- flexores do quadril, L3- flexores do joelho, L4- dorsiflexores do tornozelo, 
L5- extensor longo dos artelhos, S1- flexores plantares do tornozelo4. 
A avaliação da deficiência baseia-se na modificação da escala de Frenkel , que, 
por sua vez, baseou-se na escala da ASIA e consiste em cinco graus de 
incapacidade4: 
A-Lesão 
completa 
Não existe função motora ou sensitiva nos 
segmentos sacrais S4-S5. 
B-Lesão 
incompleta 
Preservação da sensibilidade e perda da força 
motora abaixo do nível neurológico, estendendo-se até 
os segmentos sacrais S4-S5. 
C-Lesão 
incompleta 
Função motora é preservada abaixo do nível 
neurológico, e a maioria dos músculos chave, abaixo do 
nível neurológico, possui grau menor ou igual a 3. 
D-Lesão 
incompleta 
função motora é preservada abaixo do nível 
neurológico e a maioria dos músculos-chave, abaixo do 
nível neurológico, possui grau maior ou igual a 3. 
E-Normal Sensibilidade e força motora normais. 
Fonte: Rede de Revistas Científicas da América Latina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
2.1 FERRAMENTA AVALIATIVA : 
A Associação Americana do Trauma Raquimedular (ASIA- American Spine 
Injury Association) desenvolveu, em 1992, padrões para a avaliação e classificação 
neurológica do trauma raquimedular (TRM). Essa avaliação apresenta, no momento, 
grande aceitação em nível mundial. A avaliação neurológica baseia-se na 
sensibilidade e na função motora, e possui uma etapa compulsória, em que se 
determina o nível da lesão neurológica, motor e sensitivo, e se obtêm números que, 
em conjunto, fornecem um escore4. 
 
Fonte:Asiapinalinjury 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
2.2 TRATAMENTO FISIOTERAPEUTICO/REABILITAÇÃO 
Diagnostico cinético funcional: 
È uma sintase de tudo que foi observado daquela função do movimento, 
daquela lesão, tudo que foi coletado e sintetizamos para chegar no diagnostico 
cinético funcional. Na lesão medular o diagnostico cinético funcional vai ser de acordo 
com o nível da lesão. Por exemplo uma lesão nível torácico o diagnostico 
fisioterapêutico é paraplegia espástica incompleta. 
Lesão na C4, diagnóstico fisioterapêutico de quadriplegia hipertônica espástica 
completa 
 
OBJETIVO TERAPEUTICOS PRINCIPAIS: 
• Fase Aguda(choque medular): 
Diminuir lesão por pressão(ulcera de pressão); 
Diminuir a dor; 
Fortalecimento muscular; 
Diminuir complicações respiratórias; 
Aumentar ADM 
Reduzir a espasticidade 
• Fase Crônica: 
Fortalecimento muscular; 
Aumentar ADM; 
Controle de tronco; 
Treino de Marcha; 
Reduzir a espasticidade; 
Melhorar a funcionalidade nas AVD´s 
Estimular o ortostatismo 
Orientações. 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
CONDUTAS TERAPEUTICOS PRINCIPAIS: 
• Exercícios de alongamento passivos/ativos MMSS ou MMII 
• Treino de marcha no andador, com apoio plantar ativo assistido; 
• Treino de Marcha na barra paralela; 
• Transferência cadeira de rodas com descarga de peso; 
• Fortalecimento com a utilização de carga5. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
 
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS: 
 De acordo com as informações expostas nesse conteúdo considera-se a 
presença do fisioterapeuta é fundamental para evolução de pacientes com sequelas 
de trauma raquimedular. Visto que os profissionais devem adotar medidas de 
promoção, proteção e recuperação disfunções orgânicas adquiridas, e readaptar o 
mesmo as suas atividades de vida diária. Traçando objetivos e condutas desde a fase 
aguda a fase crônica verificando que o tratamento fisioterapêutico vai variar de acordo 
com o nível da lesão e as condições do paciente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
 
4.Anexos: 
 
 
 
 
 
9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. REFERÊNCIAS 
1. Silva FVM, Silva ANJ, Castro DMP, Ribeiro RP, Sales TO, Nunes PPB. Atuação 
fisioterapêutica e qualidade de vida de pacientes com Traumatismo Raquimedular: 
uma revisão integrativa. Rev Pesqui Fisioter. 2020;10(4):746-753. doi: 
10.17267/2238-2704rpf. v10i4.3300 
10 
 
 
 
2.Barbara PS, Cláudia IS, Fabíola LF, Priscila LS,Lydia CEK. Abordagem 
fisioterapêutica em paciente com trauma raquimedular (TRM)- um estudo de caso. 
Revista destaques acadêmicos, Ano 3, N. 3, 2011 -CCBS/UNIVATES 
3. Eduarda SV, Michele MA , Aline MP. Atuacao fisioterapêutica na funcionalidade em 
pacientes com TRM. Revista Científica da Saúde, Bagé-RS, volume 2, nº 1, ano 2020 
4. Mauricio OM, Auanna NBS, Leonardo OPC, Denise SP. Avaliação em pacientes 
com traumatismo raquimedular: um estudo descritivo e transversal.Revistas 
Científicas da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal Projeto acadêmico sem 
fins lucrativos desenvolvido no âmbito da iniciativa Acesso Aberto, Ano 2017. 
5. Karine LSM, Taiany CSS, Mayara CM, Marcos AS, Viviane MMS. Técnicas 
fisioterapêuticas utilizadas na reabilitação de pacientes com lesão medular- Estudo de 
revisão. Revista eletrônica do UNIVAG Connectionline, ano 2019.

Continue navegando