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4
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
A MUSICALIZAÇÃO COMO FORMA LÚDICA DE APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
BAL. CAMBORIÚ,
2018
SUMÁRIO
	1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................
	5
	2 CONCEITUANDO MÚSICA................................................................................................
	6
	3 A MUSICALIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL.........................................................
	7
	
3.1 A MÚSICA COMO FORMAR LÚDICA DE APRENDIZAGEM.......................................
	9
	3.2 CONTRIBUIÇÃO DA MÚSICA NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL.......................
	13
	4 MATERIAIS E MÉTODOS..................................................................................................
	17
	5 RESULTADOS E DISCUSSÃO............................................................................................
	19
	6 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................
	23
	REFERÊNCIAS........................................................................................................................
	24
A MUSICALIZAÇÃO COMO FORMA LÚDICA DE APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
Prof. Orientador Fernanda Francisco da Silva
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Pedagogia (PED 1247) – Projeto de Ensino 
06/11/18
RESUMO
O presente projeto de ensino procurou evidenciar a musicalização como forma lúdica de aprendizagem para a criança na Educação Infantil, através da área de concentração metodologia de ensino, foi norteado por uma pesquisa bibliográfica, tendo como base os documentos do Ministério da Educação – MEC, a saber: Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil – RCNEI (1998) e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil – DCNEI (2010), e, nos estudos dos autores Góes (2009), Arribas (2006), Nogueira (2005), Bréscia (2003) e Brito (2003). A música é uma forma de linguagem que se expressa ideias e sentimentos, tendo um papel fundamental no desenvolvimento infantil. Sendo assim é importante que no ambiente escolar seja trabalhada a musicalização como prática pedagógica. A música é uma grande auxiliadora na estruturação da fala, bem como, na percepção auditiva, na coordenação motora, no desenvolvimento afetivo, dentre outros aspectos. Sendo que a musicalização no processo de ensino aprendizagem torna-se imprescindível, pois é por meio dela que a criança amplia suas experiências, desenvolve suas capacidades de raciocínio e adquiri novos comportamentos e conhecimentos. Com os estudos foi possível verificar que a musicalização é uma excelente ferramenta para o desenvolvimento integral da criança, pois facilita sua socialização, sendo assim considerada um agente facilitador do processo de aprendizagem.
Palavras-chave: Musicalização; Educação Infantil; Aprendizagem.
1 INTRODUÇÃO
A música está presente em todo e qualquer lugar. Ela é uma forma de linguagem que se expressa ideias e sentimentos. Grande aliada no desenvolvimento do ser humano em seus aspectos psíquico-motores, cognitivos, socioafetivo. 
As crianças apreciam música e, desde muito cedo, ela adquirem importância em suas vidas. Com certeza, todo adulto lembra-se de alguma música que marcou sua infância e, junto com essa lembrança, deve recordar as sensações que acompanharam tal execução. Além de sensações, através da experiência musical são desenvolvidas capacidades que serão importantes durante o desenvolvimento infantil. 
No universo da Educação Infantil, a utilização da música é bastante difundida, e, dependendo do conteúdo das letras, podem também ser trabalhados através dela conceitos importantes à aprendizagem da criança, tais como cores, posições espaciais, números, letras, noções de higiene e cuidado pessoal, tornando possível até mesmo colaborar para um clima de ajuda e respeito mútuo, o que nem sempre é fácil entre crianças pequenas. 
Através da música, a criança vai se desenvolvendo nos diversos níveis auditivo, linguístico, emocional e cognitivo que serão importantes para o desenvolvimento geral de sua comunicação favorecendo também a sua integração social.
Nessa premissa, escolheu-se investigar a musicalização na Educação Infantil. Ao abordar essa temática, teve-se como situação problema: Como a música contribui para o processo de aprendizagem e desenvolvimento infantil? Sendo assim, através da teoria buscou-se uma resposta clara e objetiva para responder tal questão, pautada numa pesquisa bibliográfica, com o objetivo de evidenciar a musicalização como forma lúdica de aprendizagem para a criança na Educação Infantil. Esse estudou norteou-se nos documentos do Ministério da Educação – MEC, a saber: Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil – RCNEI (1998) e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil – DCNEI (2010), e, nos estudos dos autores Góes (2009), Arribas (2006), Nogueira (2005), Bréscia (2003) e Brito (2003).
Ao conhecer as vantagens que a música possibilita para o desenvolvimento da criança, torna-se mais fácil propor estratégias didáticas que contribuirão para o processo de aprendizagem dessa e consequentemente para a sua formação integral.
A musicalização é uma excelente ferramenta para o desenvolvimento de habilidades físicas, mentais, verbais, emocionais e sociais. A liberdade de criar e adaptar são uma das características próprias do ensino com música através da qual as atividades tornam-se atraentes para as crianças que buscam a cada instante, novas descobertas que lhes satisfaçam a curiosidade.
A escola de Educação Infantil deve oportunizar a convivência com os diferentes gêneros apresentando novos estilos, proporcionando uma análise reflexiva do que lhe é apresentado, permitindo que a criança se desenvolva integralmente, dando-lhe a oportunidade de se tornar um adulto reflexivo, criativo e crítico.
2 CONCEITUANDO MÚSICA 
A presença da música na vida dos seres humanos é incontestável. Ela tem acompanhado a história da humanidade, ao longo dos tempos, exercendo as mais diferentes funções. “Está presente em todas as regiões do globo, em todas as culturas, em todas as épocas, ou seja, a música é uma linguagem universal, que ultrapassa as barreiras do tempo e do espaço” (GÓES, 2009, p. 2). 
A música é “[...] combinação harmoniosa e expressiva de sons e como a arte de se exprimir por meio de sons, seguindo regras variáveis conforme a época, a civilização etc” (HOUAISS, apud BRÉSCIA, 2003, p. 25). Para Bréscia a música é considerada ciência e arte, na medida em que os elementos musicais são relações matemáticas e físicas, e arte pelas manifestações escolhidas entre arranjos e combinações (2003). Segundo Gainza (1988, p. 22): “A música e o som, enquanto energia estimulam o movimento interno e externo no homem; impulsionam-no ‘a ação e promovem nele uma multiplicidade de condutas de diferentes qualidade e grau”. De acordo com RCNEI: “A música é a linguagem que se traduz em formas sonoras capazes de expressar e comunicar sensações, sentimentos e pensamentos, por meio da organização e relacionamento expressivo entre o som e o silêncio” (BRASIL, 1998, p. 45). De modo geral, a música representa a ciência da arte ou como uma forma linguagem que se utiliza da voz, instrumentos musicais e outros artifícios, para expressar algo a alguém. 
A música é composta basicamente por som, ritmo, melodia e harmonia (WEIGEL, 1988). Um dos principais meios de persuasão existente na sociedade, pois através dela é possível transmitir não somente palavras, mas também sentimentos, ideias, princípios e valores que podem ganhar grandes repercussões didáticas se bem direcionadas. E de acordo com Wilhems (apud GAINZA, 1988, p. 36): 
Cada um dos aspectos ou elementos da música corresponde a um aspecto humano específico, ao qual mobiliza com exclusividade ou mais intensamente: o ritmo musical induz ao movimento corporal, a melodiaestimula a afetividade; a ordem ou a estrutura musical (na harmonia ou na forma musical) contribui ativamente para a afirmação ou para a restauração da ordem mental no homem.
Pode-se assim dizer, que a música colabora no desenvolvimento de habilidades cognitivas que facilitam o convívio e a interação do ser humano no mundo que o cerca, sendo através da educação que estas habilidades serão mais facilmente desenvolvidas. Para tanto, é preciso compreender como a música influencia a prática educativa na Educação Infantil.
3 A MUSICALIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
 “A música como sempre esteve presente na vida dos seres humanos, ela também sempre está presente na escola para dar vida ao ambiente escolar e favorecer a socialização dos alunos, além de despertar neles o senso de criação e recreação” (FARIA, 2001, p. 24). De acordo com os PCN a música: “faz parte da educação desde há muito tempo, sendo que, já na Grécia antiga era considerada como fundamental para a formação dos futuros cidadãos, ao lado da matemática e da filosofia” (BRASIL, 1998, p. 45).
Atualmente, a educação tem sido questionada quanto à eficácia de métodos utilizados pelos professores que buscam alternativas visando facilitar a aprendizagem das crianças. Dentre as metodologias mais eficazes está a utilização da musicalização, durante a aplicação dos conteúdos, sendo esta uma das pontes de ligação entre a criança e o conhecimento.
Na pedagogia, com o surgimento e o desenvolvimento da psicologia e as suas consequentes descobertas, contar com novas técnicas e instrumentos para trabalhar o processo de ensino aprendizagem. Diversas atividades lúdicas vieram então contribuir para a Educação Infantil. Pois estas facilitam a aprendizagem e o desenvolvimento pessoal. Sendo a música dentre elas de maior importância por ser universal e por arrebatar não só as crianças, mas também os adolescentes e os adultos.
Estudos evidenciam que a música facilita o desenvolvimento da criança e está diretamente relacionada com o sucesso no processo de ensino e aprendizagem desta. Segundo Brito, “a música trabalha aspectos importantes para o desenvolvimento educacional da criança e tem como objetivo desenvolver a capacidade de percepção e concentração através do lúdico” (2003, p. 28). O desenvolvimento humano é proporcionado pelas conexões realizadas no cérebro. Quando estão cantando, as crianças também trabalham sua concentração, memorização, consciência corporal e coordenação motora, principalmente porque, juntamente com o cantar, ocorre com frequência o desejo ou a sugestão para mexer o corpo acompanhando o ritmo e criando novas formas de dança e expressão corporal. 
Diante de tal constatação da importância da música para o desenvolvimento da criança, o ensino de música nas escolas de Educação Básica (que engloba Educação Infantil e o Ensino Fundamental) se tornou obrigatório, sendo instituída pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), Lei nº. 9394/96 em seu artigo 26, parágrafo 6º, definindo assim a obrigatoriedade do ensino da música, como conteúdo nas escolas públicas e que todos, sem distinção alguma, terão oportunidade de aquisição do conhecimento musical de forma sistemática (BRASIL, 1996). Cabe ressaltar alteração da LDB sobre a obrigatoriedade do ensino da música na educação básica instituída na Lei nº. 11.769.
A escola, enquanto espaço educativo de conhecimentos socialmente construídos tem como meta a formação do cidadão possibilitando o desenvolvimento e aprendizagem em todos os aspectos. Para tanto, deve ocupar-se em promover o reconhecimento das propriedades musicais não apreendidas pelas crianças, aquelas que não têm acesso em seu ambiente familiar, que contribuem no desenvolvimento destas. Em relação a sua motricidade e sensorialidade por meio do ritmo e do som, e por meio da melodia, atingindo também a afetividade. 
Para tanto, a musicalização deve ser incorporada “[...] como parte integrante da formação do indivíduo desde a infância, atendendo a vários propósitos [...].” (BUENO, 2012, p.55). Uma vez que esta é facilitadora do processo de desenvolvimento infantil, devendo ser utilizada como forma lúdica de aprendizagem. 
3.1 MÚSICA COMO FORMA LÚDICA DE APRENDIZAGEM
Nos dias de hoje a Educação Infantil deve-se partir das vivências das crianças para estimulá-las a vencer suas dificuldades e facilitar seu desenvolvimento, sendo asseguradas e incentivadas para as diversas atividades experimentais.
Ao adentrar no ambiente educacional, a criança começar a conhecer um espaço diferente do que estava acostumada, pois, essa era acostumada a brincar e ao convívio familiar, sendo que para si essas descobertas, desse novo espaço, irão impactar em suas condições físicas e mentais. Assim, numa unidade de Educação Infantil, primeira etapa e contato da criança com o mundo do conhecimento formal, precisa ser um lugar onde as crianças vão começar a criar sua autonomia e construir seu conhecimento, para tanto esse ambiente precisa ser um espaço de formação lúdica, onde prevaleça o mundo vivido por ela nessa etapa de sua vida. 
O professor de Educação Infantil deve estimular o desenvolvimento infantil sendo promotor e mediador da aprendizagem da criança. Fazendo do ambiente escolar um espaço prazeroso e desafiador. Como diz Kishimoto (2003, p. 54): “se desejarmos formar seres criativos, críticos e aptos para tomar decisões, um dos requisitos é o enriquecimento do cotidiano infantil com a inserção de contos, lendas, brinquedos e brincadeiras”. Nessa perspectiva a brincadeira infantil é entendida como atividade social da criança, cuja natureza e origem são específicas e elementos fundamentais para a construção de sua personalidade e compreensão da realidade na qual se insere. A brincadeira é de fato um espaço de aprendizagem sociocultural localizado no tempo e no espaço. Desde muito cedo a atividade essencial da criança é brincar, e dessa forma ela consegue se expressar e comunicar. 
Segundo Wajskop (1999, p. 111): “a brincadeira não é espontânea nem natural na infância, mas é resultado de aprendizagem, dependendo de uma ação educacional voltada para o sujeito social criança”. Para Vygostky (1998, apud WAJSKOP, 1999, p. 16): “Nas brincadeiras as crianças podem desenvolver algumas capacidades importantes, tais como: atenção, imitação, memória e imaginação”.
O lúdico é parte integrante da infância, contribuindo para seu desenvolvimento integral, despertando a imaginação e criatividade, construindo aprendizagem cognitiva, afetiva, social e psicomotora de forma prazerosa, onde a criança organiza o mundo real. Dessa forma é importante resgatar nas escolas desde a Educação Infantil ao Ensino fundamental as formas lúdicas de aprendizagem como brincadeiras, jogos, histórias, músicas e todas demais que se fizerem necessárias, segundo os conhecimentos que estão sendo vivenciados. Esse desenvolvimento deverá ser realizado de forma interdisciplinar, contemplando todos os componentes de currículo escolar, numa visão de totalidade.
Nessa medida, a inventividade da criança e do professor, o levantamento de hipóteses sobre as experiências, o interesse e a curiosidade permeariam todo o processo educativo. Na maioria das vezes, os conhecimentos que dizem respeito à ludicidade – relacionamentos pessoais, cidadanias, direitos e deveres – considerados pilares da solidariedade e da cooperação humana, em geral são omitidos pela escola e muitas vezes pelos próprios pais. 
Com o lúdico a criança brinca, aprende a ver, a ouvir, a manusear, a falar, aumenta seu poder de expressão, de observação, de imaginação, de curiosidade e liderança, além de aprender a conviver com o coletivo. Segundo o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil - RCNEI (BRASIL, l998): as brincadeiras, jogos e a musicalização propiciam, através da ludicidade, o desenvolvimento da criança em seu aspecto amplo: físico, intelectual e afetivo. 
O termo musicalização infantil adquire uma conotação específica, caracterizando o processo de educação musical por meio de um conjunto de atividadeslúdicas, em que as noções básicas de ritmo, melodia, compasso, métrica, som, tonalidade, leitura e escrita musicais são apresentadas à criança por meio de canções, jogos, pequenas danças, exercícios de movimento, relaxamento e prática em pequenos conjuntos instrumentais. (BRITO, 2003 p. 45).
Através da brincadeira musical desenvolve-se a afetividade, as representações mentais, o desempenho das ações físicas e a interação com os outros, por isso, a brincadeira contempla várias formas de representação da criança, contribuindo para a sua aprendizagem e desenvolvimento. Segundo Abramowicz (1983, p. 59): “No ato de brincar ocorrem trocas, as crianças convivem com suas diferenças, se dá o desenvolvimento da imaginação e da linguagem, de compreensão e apropriação de conhecimentos e sentimentos, do exercício da iniciativa e da decisão”. Assim, aliar atividades lúdicas ao processo de ensino aprendizagem pode ser de grande valia, para o desenvolvimento da criança. 
Na educação, a música revela para o desenvolvimento infantil seu papel fundamental na vida da criança, “devido ser um mediador indispensável e eficaz, que viabiliza a interação criança-adulto e criança-criança, possibilitando à mesma experimentar e socializar novas formas de comportamento” (OLIVEIRA, 1996, p. 84). Nesse ponto, acredita-se que os valores e atitudes, trabalhados a partir situações lúdicas, podem vir a se generalizar para outros contextos, o que pode contribuir para um melhor relacionamento entre pais e filhos, bem como para a facilitação do aprendizado no ambiente escolar.
No RCNEI encontram-se direcionamentos em relação ao educar por meio de práticas lúdicas que auxiliam na prática do professor, conforme expressos:
Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. Neste processo, a educação poderá auxiliar o desenvolvimento das capacidades de apropriação e conhecimento das potencialidades corporais, afetivas, emocionais, estéticas e éticas, na perspectiva de contribuir para a formação de crianças felizes e saudáveis. (BRASIL, 1998, p. 23).
Através da utilização do lúdico nas atividades escolares a criança desenvolve suas capacidades mentais para conceituar, selecionar ideias, além de estabelecer relações lógicas, faz estimativas compatíveis com o crescimento físico e desenvolvimento e, o que é mais importante, interage e socializa com os pares. O desenvolvimento da criança através das atividades lúdicas é classificada como: aspectos psicomotores, aspectos cognitivos e aspectos afetivo-sociais. 
Observa-se que a ludicidade tendo com recurso a música é importante na Educação Infantil, por favorecer um desenvolvimento físico, emocional e cognitivo mais completo e harmonioso. Sabemos que a aprendizagem depende em grande parte da motivação, interesses da criança são mais importantes que qualquer outra razão para que ela realize certa atividade. Portanto, sendo o brincar indispensável para o desenvolvimento da criança e considerando que o ato de brincar é fundamental para a formação do indivíduo, é de suma importância que o professor tenha um espírito aberto para o lúdico, fazendo com que o aluno tenha condições de aprender através desta atividade tão natural e espontânea da infância: a ludicidade.
Cabe evidenciar que, a formação inicial de conceitos, a partir de atividades concretas, a exemplo dos jogos e brincadeiras, ajuda na passagem do pré-escolar para os anos iniciais, onde com essas atividades a criança adquire sua autoconfiança. O RCNEI tem preocupação em sensibilizar os educadores para a importância do brincar tanto em situações formais quanto em informais. Nele, brincadeira é definida como a linguagem infantil que vincula o simbólico e a realidade da criança (BRASIL, 1998).
Para Piaget (1987), o lúdico constitui a expressão e condição para o desenvolvimento infantil, já que as crianças quando brincam conseguem assimilar, acomodar e até interferir na realidade. Sendo assim, de uma forma ou de outra a criança traz nas suas brincadeiras algo da sua vida real. Vygotsky, Luria e Leontiev (1998) dizem que a criança sempre prova que a brincadeira lúdica é também muito real e não poderia ser de outra forma, porque os próprios objetos dos brinquedos são reais. Piaget (1987, p. 29) afirma sobre a criança:
Sua função consiste em satisfazer o eu por meio de uma transformação do real em função dos desejos: a criança que brinca de boneca refaz sua própria vida, corrigindo-a a sua maneira, e revive todos os prazeres ou conflitos, resolvendo-os, compensando-os, ou seja, completando a realidade através da ficção.
A criança recriando a realidade para brincar, resolvendo seus problemas através da ficção, é uma forma de aprender brincando, pois assim, através da brincadeira elas vão se tornando sujeitos capazes de conviver e compreender melhor a sociedade que vivem. 
Através do brincar e da musicalização a criança experimenta várias sensações como alegria, prazer, perda, angustia e também o medo. Segundo Kishimoto (1999), através do brincar, das cantigas de rodas a criança cria um canal de comunicação com abertura para uma conversa com os adultos, estabelecendo assim uma relação de confiança consigo mesma e com os outros.
Uma das brincadeiras mais utilizadas e também uma das mais importantes é o imitar; imitando barulhos, animais, pessoas a criança busca compreender o seu mundo. Para Froebel (1912, apud Kishimoto, 2002), qualquer tipo de imitação é essencial para o desenvolvimento da criança, pois através das brincadeiras, ao relacionar sons à ideias pode-se ensinar a linguagem. Piaget (1987) diz ainda que através da imitação, reproduzimos modelos diferentes. 
Ao brincar a criança estimula inúmeras habilidades que irão ajudar no seu desenvolvimento, além de imitar, ela utiliza sua imaginação, sua comunicação. Segundo Rossetto (1999), o brincar se constitui, em uma atividade interna, na qual irá desenvolver a imaginação e interpretação da realidade, sem ser uma ilusão ou mentira. Outras brincadeiras que têm muita importância para o desenvolvimento e sociabilização da criança, são as brincadeiras onde a criança atua totalmente com a sua imaginação, como as brincadeiras de faz de conta. Segundo Rossetto (1999) através delas as crianças podem recriar situações de cotidianas, conseguem modificar a brincadeira sempre que tiverem vontade, podendo experimentar outras formas de ser e pensar, através dos personagens que interpretam. 
Quando a criança brinca, exercita suas diversas capacidades, principalmente as qualidades mais importantes, como a autonomia e a socialização. “As interações entre a criança e as pessoas no seu ambiente desenvolvem a fala interior e o pensamento reflexivo, essas interações propiciam o desenvolvimento do comportamento voluntário da criança.” (VYGOTSKY, 1998, p.117). Já Brougère (2000, p. 62) afirma que a socialização deve ser vista como uma forma de comunicação:
Encaramos a socialização como o conjunto dos processos que permitem à criança se integrar ao “socius” que a cerca, assimilando seus códigos, o que lhe permite instaurar uma comunicação com os outros membros da sociedade, tanto no plano verbal quanto no não verbal.
A interação através do lúdico é de extrema importância, pois através delas as crianças criam situações imaginárias, negociam as regras entre si possibilitando a socialização em cada brincadeira. Brougère (2000) diz ainda que a brincadeira é um espaço de socialização, de domínio da relação com o outro, e do exercício da decisão e invenção. As brincadeiras de rua propiciam para as crianças a criatividade e a interação entre elas, pois a maioria dessas brincadeiras não se usa brinquedo algum, mais sim, as próprias crianças, que juntas, interagindo, transformam suas brincadeiras.Através dessas brincadeiras, as crianças aprendem a conviver, a ganhar, a perder, a aceitarem os resultados, desenvolvendo dessa maneira o companheirismo. 
“A música na Educação Infantil é uma linguagem que se traduz em formas sonoras capazes de expressar e comunicar sensações, sentimentos e pensamentos por meio da organização entre o som e o silêncio” (BRASIL, 1998, p. 45). Tornando-se num riquíssimo material cultural quando trabalhada de maneira preparada e dirigida. Para Góes (2009) ao brincar a criança sempre envolve em suas brincadeiras música. Segundo Bréscia (2003, p. 34):
Cantar, murmurar ou assobiar fornece elementos sonoros e também afetivos, através da intensidade do som, inflexão da voz, entonação, contato de olho e contato corporal, que serão importantes para a evolução do bebê no sentido auditivo, lingüístico, emocional e cognitivo. Isso ocorre também durante todo o desenvolvimento infantil, pois através da música e de suas características peculiares, tais como ritmos variados e estrutura de texto diferenciada, muitas vezes com utilização de rimas, a criança vai desenvolvendo aspectos de sua percepção auditiva, que serão importantes para a evolução geral de sua comunicação, favorecendo também a sua integração social.
O ato de cantar e ouvir música torna-se uma atividade prazerosa que facilita a aprendizagem da criança em sua vida escolar e familiar. A musicalização contribui de diversas maneiras no desenvolvimento infantil.
3.2 CONTRIBUIÇÃO DA MÚSICA NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL
O corpo da criança é o ponto de partida para a Educação Infantil, a voz da criança também é um precioso instrumento. A música deve fazer parte do cotidiano escolar como um dos elementos formadores do indivíduo. “A música é uma linguagem criada pelo homem para expressar suas ideias e seus sentimentos, por isso está tão próxima de todos nós” (CRAIDY; KAERCHER, 2001, p. 130). Como linguagem faz despertar a fantasia, a imaginação e a criatividade, proporcionando momentos de pura alegria na criança.
A música na educação, não deve ser usada como experiência estética, mas como um instrumento facilitador do processo de aprendizagem como ferramenta para tornar a escola um ambiente mais alegre e receptivo, possibilitando a ampliação do conhecimento musical da criança, afinal a música é um bem cultural e seu conhecimento não deve ser privilégio de poucos.
O trabalho com a música deve considerar, portanto, que ela é um meio de expressão e forma de conhecimento acessível aos bebês e crianças, inclusive aquelas que apresentam necessidades especiais. A linguagem musical é excelente meio para o desenvolvimento da expressão do equilíbrio da autoestima e autoconhecimento, além de poderoso meio de interação social (BRASIL, 1998, p. 49). 
Com isso nota-se o quanto a música pode favorecer no desenvolvimento da criança, pois se sabe que é por meio do equilíbrio e da autoestima que o processo de ensino aprendizagem também ocorre de maneira facilitada. Na música, existem elementos que auxiliam e facilitam o ensino aprendizagem. Tais elementos são descritos por Arribas (2006, p. 245): 
Ritmo, harmonia e melodia sendo, [...] o ritmo, na música é a maneira de suceder-se alternarem-se os sons (sílabas, pulsações), e destes, seus acentos fortes e fracos, suas durações curtas ou longas. A melodia, procedente a linguagem, é a linha horizontal da música (um som após o outro). A harmonia é a fusão e a simultaneidade dos sons, é a verticalidade da música 
Percebe-se que o trabalho com a música facilita a talvez, abrevia o processo de desenvolvimento da linguagem nas crianças por instigá-las a repetirem as letras e imitarem os gestos citados nas canções. Além disso, a música é capaz de comunicar sensações, sentimentos e pensamentos. 
A música é uma forma de conhecimento que possibilita modos de percepção e expressão únicas e não pode ser substituída por outra forma de conhecimento. Sendo assim, a instituição educativa deve propiciar uma formação mais plena para todos os indivíduos (GÓES, 2009).
O acesso à música é necessário ao processo educativo da criança, pois ao ser conduzido de forma correta como condição de linguagem natural, viva, de pensamentos e emoções, deixa de ser visto apenas como recreação, mas como uma estratégia importante que incorpora vivências e estimula o desenvolvimento dos meios mais espontâneos de expressão.
Pela criança ter contato com vários tipos de música em seu ambiente familiar, o processo de musicalização na escola inicia-se de forma espontânea e rápida. Ao ser apresentado pelo professor às cantigas de roda, as parlendas e os jogos musicais, a criança passa a se comunicar por meio do som, apresentando um vínculo de afeto com a música e consequente com o processo de aprendizagem.
A importância da música na prática pedagógica está no fato de que esta consegue, de certa forma, trabalhar a individualidade da criança, uma vez que consegue promover nela o desenvolvimento de hábitos, atitudes e comportamentos que expressam sentimentos e emoções, como nos diz Gainza (1988, p. 95):
Em todo processo educativo confunde-se dois aspectos necessários e complementares: por um lado à noção de desenvolvimento e crescimento (o conceito atual de educação está intimamente ligado à idéia de desenvolvimento); por outro, a noção de alegria, de prazer, num sentido amplo. [...] Educar-se na música é crescer plenamente e com alegria. Desenvolver sem dar alegria não é suficiente. Dar alegria sem desenvolver, tampouco é educar.
Ao se envolverem em atividades musicais, as crianças melhoram sua acuidade auditiva, aprimoram e ampliam a coordenação viso-motora, suas capacidades de compreensão, interpretação e raciocínio, descobrem sua relação com o meio em que vivem, desenvolvem a expressão corporal e a linguagem oral. Weigel (1988) e Barreto (2000) afirmam que atividades podem contribuir de maneira indelével como reforço no desenvolvimento cognitivo-linguístico, psicomotor e sócio-afetivo da criança. Quanto mais elas têm oportunidade de comparar as ações executadas e as sensações obtidas através da música, mais a sua inteligência, seus conhecimentos vão se desenvolvendo. 
A música na Educação Infantil é uma linguagem que se traduz em formas sonoras capazes de expressar e comunicar sensações, sentimentos e pensamentos por meio da organização entre o som e o silêncio [...]. A integração entre os aspectos sensíveis, afetivos, estéticos e cognitivos, assim como a promoção de interação e comunicação social, conferem caráter significativo à linguagem musical [...] (BRASIL, 1998, p. 45). 
Corroborando Bueno destaca que: 
A participação em atividades musicais aumenta a habilidade da criança para aprender Matemática básica e Leitura. Também desenvolve habilidades cruciais para ter uma vida bem sucedida, como por exemplo, a autodisciplina, trabalho em grupo e habilidades para a resolução de problemas (2011, p. 189). 
A música desperta a sensibilidade, auxilia a criança na fase de adaptação à escola, ou mesmo na comunicação não verbal. Crianças de Educação Infantil, muito pequenas, tendem a retrair-se e não ter contato com ninguém. Não falam, não murmuram, no máximo emitem sons com um determinado ritmo. Muitas vezes o educador conversa com essa criança, por meio de uma comunicação não verbal, ele tenta murmurar como a criança e vai conseguindo promover uma adaptação desta criança. É importante que o educador procure melodias que a turma irá se identificar para que os educandos não fiquem apáticos. De acordo com Barreto (2000, p. 45): 
Ligar a música e o movimento, utilizando a dança ou a expressão corporal, pode contribuir para que algumas crianças, em situação difícil na escola, possam se adaptar (inibição psicomotora, debilidade psicomotora, instabilidade psicomotora, etc.). Por isso é tão importante a escola se tornar um ambiente alegre, favorável ao desenvolvimento. 
Além de contribuir para deixar o ambiente escolar mais alegre, podendo ser usada para proporcionar uma atmosfera mais receptiva à chegada dos alunos, oferecendo um efeito calmante apósperíodos de atividade física e reduzindo a tensão em momentos de avaliação, a música também pode ser usada como um recurso no aprendizado. 
A música auxilia na aprendizagem de várias matérias. Ela é componente histórico de qualquer época, portanto oferece condição de estudos na identificação de questões, comportamentos, fatos contextos de determinada fase da história. Os estudantes podem apreciar várias questões sociais e políticas, escutando canções, música clássica ou comédias musicais. O professor utiliza a música em vários segmentos do conhecimento, sempre de forma prazerosa, bem como na expressão e comunicação, linguagem lógico-matemática, conhecimento específico, saúde e outras, os currículos de ensino devem incentivar a interdisciplinariedade e suas várias possibilidades (CORREIA, 2003, p. 84-85).
De acordo ainda com o autor, a música serve como elemento de aproximação, “a utilização da música, bem como o uso de outros meios, pode incentivar a participação, a cooperação, socialização, e assim, destruir as barreiras que atrasam a democratização curricular do ensino” (CORREIA, 2003, p. 85). Saviani colabora afirmando que:
[...] a música é um tipo de arte com imenso potencial educativo já que, a par de manisfestações estéticas por excelência, explicitamente ela se vincula a conhecimentos científicos ligados à física e à matemática além de exigir habilidade motora e destreza que a colocam, sem dúvida, como um dos recursos mais eficazes na direção de uma educação voltada para o objetivo de se atingir o desenvolvimento integral do ser humano (2008, p. 40).
Corroborando com a ideia, os autores Costa; Bernardino e Queen, explicitam que: 
[...] a música contribui para a formação integral do indivíduo, reverencia os valores culturais, difunde o senso estético, promove a sociabilidade e a expressividade, introduz o sentido de parceria e cooperação, e auxilia o desenvolvimento motor, pois trabalha com a sincronia de movimentos (2013 p. 1).
Observa-se assim, que a música facilita o desenvolvimento intelectual e a interação do indivíduo no ambiente social, estando diretamente relacionada com o sucesso no processo de ensino e aprendizagem de crianças.
“O papel do ensino de música na educação deve ser o de proporcionar aos alunos tanto um conhecimento mais aprofundado desse universo desconhecido. E nessa relação conhecido/desconhecido buscar nossas significações para a música como arte” (OLIVEIRA, 2001, p. 99). Com o explicitado, a musicalização deve aprofundar o conhecimento que a criança já possui e proporcionar a ela experiências novas. E ainda, no PCN constata-se que: “[...] a música é um tipo de linguagem, é uma arte, e é de suma importância para o desenvolvimento integral da criança, pois está presente em todas as culturas desde” comemorações, festas, rituais, religiosos, manifestações cívicas e políticas” (BRASIL, 1998, p. 45).
Ela está presente em diversas situações do cotidiano, há muito tempo existem músicas para adormecer, para dançar, cantar e também lembrar momentos importantes, etc. A criança entra em contato com o processo de musicalização desde que nasce, pois o dia a dia está repleto de sons, como os objetos que batem ou arrastam sons de panelas e pratos, sons da TV, música no rádio, sons dos animais, dos carros e tantos outros. Então, quando inserida nessa sociedade a criança já começa a vivenciar esse ritmo. Em concordância Nogueira (2005) relata que: “[...] a música está presente, de modo inequívoco, no cotidiano das crianças. Os brinquedos musicais fazem parte da vida da criança desde muito cedo por meio dos acalantos, das parlendas, dos brinquedos ritmados entre mãe e bebê, que se estabelecem as primeiras experiências lúdico-musicais da vida humana”. Esse contato com a música cria momentos significativos no desenvolvimento afetivo e cognitivo ao instigar o bebê a imitação como maneira de se comunicar por meio de sons e gestos.
Quando ouvem uma música, que lhes chama a atenção, que talvez já conheçam se manifesta balançando os braços e pernas, batendo palmas, tentando verbalizar de alguma forma o gosto pelo som. Percebe-se que ao cantar com a criança e para ela, pode-se auxiliá-la para que a mesma aprenda a falar e a organizar seus pensamentos e ideias numa sequência lógica, no momento de formular frases. 
No setor linguístico percebemos a possibilidade de estimular a criança a ampliar seu vocabulário, uma vez que, através da música, ela se sente motivada a descobrir o significado de novas palavras que depois incorpora a seu repertório. Todos esses benefícios são estendidos não só à linguagem falada, mas também à escrita, na medida em que boa percepção, bom vocabulário e conhecimento de estruturas de texto são elementos importantes para ser bom leitor e bom escritor.
Nota-se que música é uma grande auxiliadora na estruturação da fala, bem como, na percepção auditiva, na coordenação motora, no desenvolvimento afetivo, para a criança adquirir ritmo e entre outras habilidades que ajudarão a criança em seu desenvolvimento linguístico, tudo isso de maneira lúdica e divertida.
Para tanto, a musicalização vem a contribuir para o processo de desenvolvimento integral da criança, precisando ser, conforme nos orienta Bréscia, um trabalho a 
[...] ser encarado sob dois aspectos: os aspectos intrínsecos à atividade musical, isto é, inerentes à vivência musical: alfabetização musical e estética e domínio cognitivo das estruturas musicais; e os aspectos extrínsecos à atividade musical, isto é, decorrentes de uma vivencia musical orientada por profissionais conscientes, de maneira a favorecer a sensibilidade, a criatividade, o senso rítmico, o ouvido musical, o prazer de ouvir música, a imaginação, a memória, a concentração, a atenção, a auto-disciplina, o respeito ao próximo, o desenvolvimento psicológico, a socialização e a afetividade, além de originar a uma efetiva consciência corporal e de movimentação (BRÉSCIA, 2003, p. 15).
A partir desses aspectos elencados pela autora, a prática do professor de Educação Infantil pode ser norteada por ferramentas que utilizam o lúdico como foco da ação docente, pois irá favorecer a aprendizagem e o desenvolvimento da criança em seus aspectos físico, cognitivo, emocional, afetivo e social, integrando-se com facilidade com os pares e ao meio que pertence. 
4 MATERIAL E MÉTODOS 
Para o desenvolvimento desse projeto de ensino teve-se como abordagem a pesquisa bibliográfica de natureza qualitativa acerca da área de concentração metodologia de ensino tendo como foco evidenciar a musicalização como forma lúdica de aprendizagem na Educação Infantil. Por pesquisa bibliográfica entende-se como o: 
[...] procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas questão propostos. A pesquisa desenvolve-se por um processo constituído de várias fases, desde a formulação do problema até a apresentação e discussão dos resultados. Só se inicia uma pesquisa se existir uma pergunta, uma dúvida para a qual se quer buscar a resposta. Pesquisar, portanto, é buscar ou procurar resposta para alguma coisa (GIL, 2007, p. 17).
Para Lakatos e Markoni (1999, p. 66), “trata-se do levantamento, seleção e documentação [...] sobre o assunto que está sendo pesquisado [...], com o objetivo de colocar o pesquisador em contato direto com todo material já escrito sobre o mesmo”. Esse estudo oferece meios que auxiliam na definição e resolução dos problemas já conhecidos, como também permite que um tema seja analisado sob novo enfoque ou abordagem, produzindo novas conclusões. Que de acordo com Lakatos e Marconi (1999, p. 73):
A pesquisa bibliográfica abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema em estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico etc., até meios de comunicação orais: rádio, gravações em fita magnética e audiovisuais: filmes e televisão. Sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo que já foi escrito, dito ou filmado sobre determinadoassunto, inclusive conferências seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma, quer publicadas quer gravadas.
Ela é um elemento fundamental na área educacional, pois permite compreender uma da situação a ser investigada através de referenciais teóricos. Assim, para nortear essa pesquisa, a abordagem escolhida será do tipo qualitativa que, segundo Minayo (2010), refere-se ao conjunto de técnicas, que não pode ser quantificada, que visa à construção da realidade social, ou seja, trabalha com crenças, valores e significados das ações e relações interpessoais. Sendo realizado um estudo qualitativo dos dados e instrumentos utilizados. Para André (1995, p. 17), o estudo qualitativo:
[...] se contrapõe ao esquema quantitativista de pesquisa (que divide realidade em unidades passíveis de mensuração, estudando-as isoladamente), defendendo uma visão holística dos fenômenos, isto é que leve em conta todos os componentes de uma situação em suas interações e influências recíprocas.
Sendo assim, a pesquisa em educação é uma forma de adquirir novos conhecimentos para compreendendo a realidade a qual se quer investigar. Freire (1996, p. 29) nos evidencia que:
Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses que-fazeres se encontram um no corpo do outro. Enquanto ensino continuo buscando, re-procurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago.  Pesquiso para constatar, constatando, intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade.
Para tanto, os estudos realizados para conhecer, constar e intervir sobre o tema da pesquisa bibliográfica foram feitos através da análise de materiais escritos nos livros, artigos científicos e sites de internet. 
Cabe ressaltar, que o estudo foi fundamentado nos documentos do MEC, sendo os RCNEI (1998) e as DCNEI (2010), e, nos estudos dos autores Góes (2009), Arribas (2006), Nogueira (2005), Bréscia (2003) e Brito (2003), entre outros, para responder a questão norteadora desse estudo: Como a música contribui para o processo de aprendizagem e desenvolvimento infantil? 
Nas leituras realizadas acerca do tema, procurou-se evidenciar o que os autores veem discutindo sobre a importância das atividades lúdicas na Educação Infantil, tendo como foco a musicalização. Os documentos e os materiais são considerados de suma importância para a contribuição e o desenvolvimento da pesquisa, dando subsídios capazes de mudar o caminho proposto inicialmente no estudo.
Os autores referenciados abordam a musicalização como ciência e arte que favorece o desenvolvimento físico, intelectual, afetivo e social da criança. Sendo considerada de fundamental importância que o professor a utilize como estratégia de ensino para facilitar e qualificar o processo ensino aprendizagem, possibilitando e facilitando o processo de desenvolvimento integral da criança.
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tendo como questão norteadora: Como a música contribui para o processo de aprendizagem e desenvolvimento infantil? Objetivou-se analisar como se deve trabalhar a música e fazer com que ela esteja em todos os momentos, como elementos contribuintes para o desenvolvimento da criança. A partir das leituras realizadas foi possível evidenciar que a musicalização tem sido destacada como importante área de interesse como metodologia educativa que possibilita a aprendizagem pela criança de forma facilitadora. Considerada como um recurso interessante e importante para a elaboração de atividade em sala de aula e para prática pedagógica da escola. Tendo com certeza, um aprendizado de qualidade e satisfação tanto para a criança como para o professor.
Através da musicalização é possível despertar o interesse da criança pela música, fazendo com que ela conheça a pluralidade musical. “O educador pode selecionar músicas que falem do conteúdo a ser trabalhado, isso vai tornar a aula dinâmica, atrativa, e ajudar a recordar as informações” (MÁRSICO, 1998, p. 28). Além disso, a escola deve criar situações para que a criança possa vivenciar analisar e compreender a produção artística musical.
O RCNEI cita que o ensino de música tem o objetivo de oportunizar a criança o desenvolvimento de uma inteligência musical. Mas, para que ela tenha sucesso na formação do cidadão, é necessário que tenham oportunidades de estarem na posição de ouvintes, intérpretes, compositores e improvisadores, dentro e fora da sala. É pontuado também, que a escola deve promover o envolvimento de pessoas relacionadas à música, proporcionando assim meios para que as crianças possam tornar-se desde ouvintes sensíveis até caso manifeste desejo músicos profissionais, devendo assim, a escola valorizar e incentivar a criação de eventos, para que possam se apresentar e mostrar suas criações (BRASIL, 1998). 
O conhecimento intelectual de uma criança é resultado da interação dela com o meio e não somente por si mesma. Dessa forma, o meio pode se materializar de muitas maneiras e são justamente essas variações que podem diversificar as metodologias didáticas aplicadas no processo ensino aprendizagem, independentemente do componente curricular que se deseja trabalhar, nesse caso o mediador do procedimento é o professor, é ele quem direciona ou conduz a criança nesse sentido.
Nas leituras realizadas dos autores referenciados, possibilitou constatar que a musicalização facilita a construção da aprendizagem pelas crianças em seu desenvolvimento pleno.
Quando uma criança começa a frequentar a escola, o novo ambiente precisa tornar-se, o mais breve possível familiar e aconchegante. Além das novidades do ambiente físico, o mundo sonoro é completamente desconhecido. A música pode se tornar um espaço a partir do qual os primeiros vínculos são criados e mantidos. Além disso, as aprendizagens de forma de expressão que comunicam estados de ânimo são imediatamente empregadas para expressar alegria e satisfação (CRAIDY; KAERCHER, 2001 p. 130).
A escola por ser um ambiente de formação social, deve envolver todos os seus sujeitos no processo educativo, transformando-se em um local promissor de troca e vivência de experiências, contribuindo de maneira positiva na efetivação de uma aprendizagem significativa e flexível. Com isso, professores, enquanto mediadores do conhecimento devem oportunizar o crescimento da criança de acordo com seu nível de desenvolvimento, oferecendo um ambiente de qualidade que estimule as interações sociais, um ambiente enriquecedor de imaginação, onde a criança possa atuar de forma autônoma e ativa, fazendo com que venha a construir o seu próprio processo de aprendizagem. 
A música, na educação infantil mantém forte ligação com o brincar. Em algumas línguas, como no inglês (to play) e no francês (jouer), por exemplo, usa-se o mesmo verbo para indicar tanto as ações de brincar quanto as de tocar música. Em todas as culturas as crianças brincam com a música. Jogos e brinquedos musicais são transmitidos por tradição oral, persistindo nas sociedades urbanas nas quais a força da cultura de massas é muito intensa, pois é fonte de vivências e desenvolvimento expressivo musical (BRASIL, 1998, p. 71).
A inserção da ludicidade como prática pedagógica da sala de aula, ocasiona uma educação flexível e direcionada para a qualidade e a significação do processo educativo, norteando aspectos e características que serão a chave principal para o aprendizado das crianças e suas inserções no meio social do qual fazem parte. Essa inserção visa à flexibilização e dinamização das atividades realizadas ao longo de toda a prática docente, oportunizando a eficácia e significação da aprendizagem para as crianças.
Ao trabalhar com estratégias diferenciadas o professor possibilita o desenvolvimento integral da criança, valorizando sua a cultura, estimulando sua criatividade, aprimorando sua inteligência, além desenvolver habilidades motoras, aumenta a integração, promove crescimento mental, facilitando à aprendizagem, a construção e assimilação do conhecimento pela criança. 
Assim ao praticara ludicidade com suas crianças, utilizando-se da musicalização, o professor proporciona a aquisição de diversas aptidões, dentre elas: enriquece o relacionamento entre seus pares; compreende e reforça os conteúdos já aprendidos; aprende a aceitar e respeitar; possibilita fazer suas próprias criações; desenvolve e enriquece sua personalidade tornando-a mais participativa e espontânea perante os amigos de turma; aprende a lidar com as perdas, proporcionando sua autoconfiança e a concentração. 
De acordo com Oliveira (1996, p. 84), a prática musical: “é eficiente meio estimulador das inteligências, pois estimula o desenvolvimento das diferentes linguagens”. Através da música a criança se socializa com os outros, aprende a cooperar, desenvolve o espírito de parceria, conhece estabelecer melhor sincronismo em seu movimento, enfim se desenvolve integralmente.
Para Weigel (1988, p.11), “de modo geral a pré-escola visa incentivar o desenvolvimento da criança nos aspectos cognitivos, linguísticos, psicomotores e sócio afetivos, ao mesmo tempo em que garante a aquisição de novos conhecimentos”. Sendo assim a escola de Educação Infantil se responsabiliza por vários processos de desenvolvimento na vida da criança, além é claro do desenvolvimento da aprendizagem, o processo de escolarização. Assim sendo, ao escolher a musicalização para trabalhar com suas crianças, o professor precisa ter claro quais as finalidades que essa terá e se estão interrelacionados aos objetivos e aos componentes curriculares.
A musicalização como estratégia em sala de aula proporciona às crianças condições para desenvolverem as relações sociais. Quando essas sentem-se seguras interagindo com os amigos deixando as emoções que as mesmas proporcionam tomar conta de si, desenvolvem sua inteligência, vivenciam as atividades com emoção e prazer. Assim, cabe ao professor, em sua prática pedagógica, estabelecer metodologias e proporcionar a cooperação e o respeito mútuo, entre as crianças, pois assim facilitará a aprendizagem dessas. Pois é nas brincadeiras musicais que ocorre a descoberta de si e dos pares.
Quando as crianças estão brincando, essa é uma das formas mais magníficas para os professores perceberem esse movimento e estimular no que for preciso para as crianças aprenderem e se desenvolverem ainda mais com este recurso pedagógico. Tais recursos têm como objetivo acrescentar às práticas dos professores, proporcionando diversas situações didáticas a fim de promover a aprendizagem.
A musicalização é considerada um importante recurso didático que irá contribuir com a socialização e a construção da identidade das crianças. É imprescindível que haja profissionais competentes para usar esse recurso significativo e um ambiente que favoreça essa ação. Diante dessa realidade, cabe ao professor promover e enriquecer suas aulas com práticas lúdicas musicais, onde essas atividades devam ocupar lugar central na Educação Infantil, pois é por meio dessas que as crianças irão ampliar seus conhecimentos acerca de si mesmos, dos outros e do meio em que vive.
Baseando nas afirmações descritas no decorrer do projeto de ensino, a musicalização pode e deve ser usada em sala de aula como ferramenta de ensino aprendizagem e o seu uso poderá tornar a aprendizagem das experiências trabalhadas em sala mais interessantes.
A presença da música no espaço escolar vem a favorecer na evolução da criança em seus diversos níveis auditivo, linguístico, emocional e cognitivo ocorre também durante todo o seu desenvolvimento, na medida em que, através da música e de suas características peculiares. A criança vai desenvolvendo aspectos de sua percepção auditiva que serão importantes para o desenvolvimento geral de sua comunicação, favorecendo também a sua integração social.
Nas produções musicais em sala de aula, é importante compreender claramente a diferença entre composição e interpretação. Numa canção, por exemplo, elementos como melodia ou letra fazem parte da composição, mas a canção só se faz presente pela interpretação, com todos os demais elementos: instrumentos, arranjos em sua concepção formal, arranjos de base com seus padrões rítmicos, características interpretativas, improvisações, etc. O intérprete experiente sabe permitir que as mais sutis nuanças da canção interpretada inscrevam-se na sua voz, que passa a ser portadora de uma grande quantidade de elementos da linguagem musical. Para que possa ser capaz de fazer o mesmo, o aluno necessita das interpretações como referência e de tempo para se desenvolver por meio delas, até que adquira condições de incorporar a canção com todos os seus elementos (BRASIL, 1998, p. 54).
Assim, a escola deve propor atividades que ampliem o conhecimento musical da e na criança, oportunizando a convivência com os diferentes gêneros, fazendo-a refletir criticamente sobre o que lhe é apresentado. De acordo com o PCN/Arte:
Para que a aprendizagem da música possa ser fundamental na formação de cidadãos é necessário que todos tenham a oportunidade de participar ativamente como ouvintes, intérpretes, compositores e improvisadores, dentro e fora da sala de aula. Envolvendo pessoas de fora no enriquecimento do ensino e promovendo interação com os grupos musicais e artísticos das localidades, a escola pode contribuir para que os alunos se tornem ouvintes sensíveis, amadores talentosos ou músicos profissionais. Incentivando a participação em shows, festivais, concertos, eventos da cultura popular e outras manifestações musicais, ela pode proporcionar condições para uma apreciação rica e ampla onde o aluno aprenda a valorizar os momentos importantes em que a música se inscreve no tempo e na história (BRASIL, 1998, p. 54).
Cabe aos professores, então, criar estratégias didáticas que possibilite a criança entrar em contato um número variado de produções musicais de origens e culturas diversas, como por exemplo, aprender através da musicalização sobre o folclore, música popular, música erudita, dentre outras. 
Integrar a música à educação infantil implica que o professor deva assumir uma postura de disponibilidade em relação a essa linguagem. Considerando-se que a maioria dos professores de educação infantil não tem uma formação específica em música, sugere-se que cada profissional faça um continuo trabalho pessoal consigo mesmo (BRASIL, 1998, p.67). 
Porém, não se deve esperar que apenas a escola estimule a criança, é muito importante que a família complemente a ação educativa proporcionando a ela uma oferta variada de experiências musicais para que perceba diferenças entre estilos, letras, velocidades e ritmos, permitindo que faça escolhas e sugiram repetições, o que geralmente à criança pequena faz com frequência, como forma de aprender e como recurso de memorização. 
Ao proporcionar em sua prática pedagógica um ensino voltado para musicalização, o professor estará estimulando e auxiliando no desenvolvimento de suas crianças de forma prazerosa. Uma vez que ao introduzir em sua prática a educação musical, o professor terá possibilitando o exercício na criança da expressão estética e cultural que refletirá no desenvolvimento integral desta.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao realizar os estudos acerca da musicalização, evidenciar a musicalização como forma lúdica de aprendizagem para a criança na Educação Infantil. Assim, através de estudos nos documentos do MEC e de alguns teóricos que pesquisam sobre o tema, foi possível realizar algumas considerações sobre a importância da musicalização para o desenvolvimento das crianças na escola de Educação Infantil. 
Ao analisar os textos que abordam o tema música na educação infantil, verificou-se que a música é um importante recurso didático que pode possibilitar o desenvolvimento de várias habilidades, como oralidade, a própria escrita e o movimento corporal. Uma vez que a música proporciona às crianças aspectos positivos ao seu desenvolvimento, por estimular a linguagem oral e a leitura, melhora a capacidade de memorização, aprende a conviver melhor com as outras pessoas, bem como contribui no exercíciode sua concentração.
A musicalização no processo de ensino aprendizagem das crianças é imprescindível, pois é por meio dela que o indivíduo amplia suas experiências, desenvolve suas capacidades de raciocínio e adquiri novos comportamentos e conhecimentos. Dessa maneira é necessário para o desenvolvimento físico e mental das crianças, auxiliando na construção do próprio conhecimento e na sua socialização, nas quais envolvem os aspectos cognitivos e afetivos.
Diante dessa perspectiva o professore deve elaborar e realizar aulas tendo como recurso a música no processo educativo, uma vez que essa auxilia no processo de ensino aprendizagem. O trabalho pedagógico aliado a esse recurso proporciona divertimento, tornando a aula prazerosa e interessante, que tende a alcançar resultados positivos tanto às crianças quanto para o professore. 
Através da musicalização é possível despertar o interesse da criança pela música, fazendo com que ela conheça a pluralidade musical. Assim sendo, a escola juntamente com os professores devem dar atenção à musicalização, pois ela contribui na aprendizagem das crianças em diversos aspectos tanto cognitivo, físico, psicólogo e sociocultural, na qual proporciona um maior desenvolvimento perceptivo nas crianças.
Ao proporcionar em sua prática pedagógica um ensino voltado para musicalização, o professor estará estimulando e auxiliando no desenvolvimento de suas crianças de forma prazerosa, oportunizando a ampliação, transformação e enriquecer suas experiências, na qual estimula a criatividade, favorecendo o desenvolvimento da sensibilidade, do senso rítmico, do prazer de ouvir música, da imaginação, memória, concentração, atenção, do respeito ao próximo, também contribuindo para uma efetiva consciência corporal e de movimentação.
Através desse estudo foi possível compreender como é ampla a utilidade da musicalização como um instrumento mediador em sala de aula, contribuindo significativamente para o desenvolvimento infantil. Constando-se que a musicalização é uma ferramenta facilitadora do processo ensino aprendizagem na Educação Infantil. Para tanto, o ensino da musicalização propicia um ambiente estimulador para o desenvolvimento integral da criança. Nesse sentido, a escola ao incorporar a musicalização na prática educativa o professor estará proporcionando o desenvolvimento de diferentes capacidades na criança que irá contribuir em sua aprendizagem, ampliando a rede de significados construtivos para essa.
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