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_Caso clínico 3 -Fechamento

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
FACULDADE DE FARMÁCIA
CURSO: BIOMEDICINA DISCIPLINA: LÍQUIDOS CORPORAIS
PROFESSOR(A): VALÉRIA CHRISTINA DE REZENDE FERES
RENATA MARQUES.
CASO CLÍNICO 3
1 - Relação dos Exames Laboratoriais com a Hipótese Clínica:
Resultados dos exames
HEMOGRAMA
 Resultado V.R.
Eritrócitos 4,6 4,0 – 5,2 T/l
Hemoglobina 12,5 11,5 – 14,0 g/dl
Hematócrito 41 37,0 – 44,0 %
VCM 81 77,0 – 95,0 fl
HCM 29 25,0 – 33,0 pg
CHCM 33,3 31,0 – 37,0 %
RDW 13,0 11,6 – 14,6 %
LEUCOGRAMA
Leucócitos totais 23.400 5.000 – 10.000/µl
Neutrófilo 16.700 1.800 – 9.000
Bastonetes 4.040 0 – 1.000
Monócito 230 80 -1.200
Basófilo 0 0 - 200
Eosinófilo 40 40 - 600
Linfócitos 2.900 1000 – 5.000
Plaquetas 240.000 150.000 - 450.000
Resultado EAS
http://www.docente.ufg.br/valeriacris
Cor: Amarelo claro Proteína: +/4+ Nitrito: Negativo
Aspecto: Límpido Glicose: Ausente Leucócitos (tira): ausente
Depósito: Intenso Cetonas: Ausentes Sangue (tira): ausente
Densidade: 1010 Bilirrubina: Ausente Sedimentoscopia:
Células Epiteliais: 750/mL
Leucócitos: 2.000/mL
Hemácias: 500/mL
pH: 6,0 Urobilinogênio:
Normal
Resultado Líquido Cefalorraquidiano
Bioquímica Resultado V.R.
Aspecto Turvo Límpido
Cor Opalescente Incolor
Proteína soro 5,8 g/dL 6,0 – 8,0 g/dL
Proteína líquor 125 mg/dL 15,0 – 30,0 g/dL
Glicose soro 80 mg/dL Até 99 mg/dL
Glicose líquor 23 mg/dL 50 – 80mg/dL (70%
glicemia)
Lactato 54,0 mmol/L <3,5 mmol/L
Cloretos 70 mEq/L 120 a 130 mEq/L.
Adenosina Deaminase -ADA 53 UI/L < 11,4 U/L
Citometria Contagem V.R.
Leucócitos 450 mm3 0 – 10 mm3
Hemácias 120 mm3 ausente
Citologia - Contagem
diferencial:
Neutrófilo PMN 95% 0-2%
Eosinófilos 0% 0%
Basófilos 0% 0%
Linfócitos 2% 95%
Monócitos 3% 3-5%
Microbiologia
Material: Líquido cefalorraquideano
Exame bacterioscópio
Coloração: Gram
Resultado: Presença de Diplococos Gram negativos intra e extracelulares
celulares. Debris celulares, Leucócitos PMN 3+/4+.
Referência: ausência de bactérias identificáveis como Gram positivas e
negativas
Cultura
Meio de cultivo: Ágar chocolate
Resultado
Microrganismo identificado: Neisseria meningitidis
V. R. Ausência de crescimento bacteriano
O hemograma apresenta uma leucocitose com neutrofilia e desvio à esquerda
observado durante a fase aguda.
O resultado do EAS, as proteínas aumentadas pode ser causada por fatores nos
quais o paciente se encaixa, como o quadro febril que causa a desnaturação protéica,
possibilitando que os fragmentos menores sejam filtrados nos rins, o depósito intenso
ocorre pela presença de células epiteliais, hemácias, muco, cristais dentre outros., e a
presença de hemácias na urina pode ser decorrente do quadro infeccioso.
Na análise bioquímica o aspecto turvo se dá pela presença de leucócitos,
proteínas\lipídeos e microorganismos que caracteriza a aparência de turbidez. A cor na
meningite bacteriana é caracterizada por uma cor branca leitosa ou ligeiramente
xantocrômica. O valor aumentado da proteína no líquor ocorre pela alteração da
permeabilidade da barreira hematoencefálica devido a inflamação causada pelo
microrganismo patogênico que ocorre na meningite. Já a glicose no líquor é um
importante fator para ajudar a associar o agente causador da meningite, que no caso da
hipoglicorraquia acentuada (valores diminuídos) é associado com o quadro de
meningite bacteriana, e os microorganismos presentes consomem a glicose havendo a
baixa nos valores de referência. A dosagem do lactato é um indicativo de aumento do
metabolismo anaeróbio, e sua produção aumentada no LCR ocorre devido a uma
destruição do tecido dentro do SNC, causado pela privação de oxigênio, e o valor
bastante aumentado maiores que 35 mg/dL é um indicativo de meningite bacteriana. A
dosagem de cloretos pode ser útil nas meningites e meningoencefalites, onde há
hipoglicorraquia. A Adenosina Deaminase é indicada no auxílio do diagnóstico de
meningites, sendo uma enzima relacionada com a proliferação e diferenciação
linfocitária, encontra-se aumentada em doenças que envolvem ativação, estimulação e
proliferação de linfócitos.
A presença de hemácias na citometria pode ser caracterizada por uma pequena
hemorragia no procedimento de punção do líquor. E a presença de leucócitos na
contagem total no LCR representa a caracterização de uma doença inflamatória do
sistema nervoso central (SNC).
Na Citologia o predomínio de grande quantidade de neutrófilos evidencia o
quadro de meningite bacteriana.
No teste microbiológico o Microrganismo identificado foi Neisseria
meningitidis. Na coloração de gram usada para identificação da morfologia, a Neisseria
meningitidis é um organismo gram negativo que normalmente ocorre em pares
(diplococos), podendo ser observado no interior de leucócitos polimorfonucleares.
2- Hipóteses Clínicas do Caso:
Diante dos exames do paciente, análise do exame físico e sintomas pode-se dizer
que ele apresenta uma Meningite Bacteriana.
O quadro clínico é grave e caracteriza-se por febre, cefaléia intensa, náusea,
vômito, rigidez de nuca, prostração e confusão mental, sinais de irritação meníngea,
presença dos sinais de Kernig e Brudzinski, choro e irritação, sonolência anormal
(letargia), dentre alguns sintomas mais graves estão alterações bruscas de temperatura
seja alta ou baixa, vômitos, convulsões. Taquicardia, hipotensão, sinais cutâneos como
petéquias, púrpura ou um exantema maculo-eritematoso, hipertensão arterial com
bradicardia, apnéia ou hiperventilação.
O paciente apresenta todos os sintomas como febre alta: 38,5 °C, cefaleia
insistente com piora ao movimentar-se, vômitos há dois dias, perda de apetite, irritado,
choroso, eutrófico, taquipneico (FR: 46 ipm), taquicárdico(FC: 140 bpm), petéquias
com maior distribuição MMII, rigidez na nuca e sinais de Kernig Brudzinski foram
positivos.
O diagnóstico laboratorial o hemograma apresenta uma leucocitose
acompanhado de neutrofilia e desvio à esquerda observado durante a fase aguda, e
alterações do líquido cefalorraquidiano (LCR), aspecto turvo, com coloração
Branca-leitosa ou ligeiramente xantocrômica, Cloretos Diminuídos,Glicose
Diminuída,Proteínas totais Aumentadas, lactato com valores maiores que 35 mg/dL e
Leucócitos 200 a milhares (neutrófilos).
Com relação a bacterioscopia o cultivo em meio Ágar-chocolate é um exame de
alto grau de especificidade com crescimento Neisseria meningitidis que causam
meningite e meningococcemia a microscopia mostra se positiva para diplococo
gram-negativo intra e extracelulares celulares, Debris celulares (Vestígios de células ou
tecidos mortos ou danificados) e Leucócitos.
3- Evidências Clínicas (Saúde Baseada em Evidências):
Segundo a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina as
meningites se caracterizam por febre alta e repentina, cefaleia intensa, náuseas, vômitos,
muitas vezes em jato, com sinais de irritação meníngea e alterações do líquor e por
manifestações cutâneas tipo petéquias. Sendo o exame laboratorial de Líquor bastante
importante, alterações de quimiocitologia e citoquímica do líquor no caso das
meningites bacterianas são observados: um aspecto turvo ou purulento, cor branco
leitoso ou ligeiramente xantocrômico, uma glicose geralmente diminuída, proteínas
aumentadas, cloretos diminuídos, leucócitos aumentados, um liquor portanto suspeito
de meningite bacteriana apresenta uma alta celularidade, neutrófilos 70%, linfócitos
<30%, glicose menor que 40 mg, proteínas maior que 45 mg/ml. Já na meningite viral
os valores de linfócitos e neutrófilos são opostos ao da bacteriana, e vemos menos
alterações de glicose e proteínas.
A Bacterioscopia deve ser solicitada quando se tem a suspeita de meningite
bacteriana, com crescimento em ágar chocolate suplementado. No caso de petéquias
recomenda-se o esfregaço de pele para a etiologia.
“A análise do LCR era baseada no exame microscópico de células e medidas
semi-quantitativas das proteínas totais. Deste modo, tornou-se possível a
distinção entre meningiteou meningoencefalite bacteriana e não bacteriana.”
(REIS ET AL.,1980, p.11 apud SOUZA, M. O. 2012)
De acordo com um trabalho realizado por SOUZA M. O. os casos de meningite
bacteriana são a segunda maior incidente, e geralmente a maior parte das meningites
provocadas em crianças maiores de 2 meses os agentes etiológicos mais comuns são
por Neisseria meningitidis (meningococo) e Streptococcus pneumoniae, já que com a
vacina o Haemophilus influenzae tipo b foi menos frequente. Na saúde pública a
meningite meningocócica merece atenção, tendo em vista o seu alcance e gravidade
com grande potencial de gerar epidemias.
Alguns sinais clínico podem facilitar a distinção etiológica da meningite, como
por exemplo a exantema em extremidades que sugere uma meningite meningocócica, na
meningite tuberculosa o paciente pode apresentar anteriormente a tuberculose e a sua
evolução ser mais lenta acometendo nervos cranianos, quando a meningite é viral pode
haver um diagnóstico anterior de caxumba, rubéola ou sarampo, podendo associar-se
com a meningite viral. E ainda em casos de Leptospirose o surgimento de uma
meningite dita a sua etiologia também.
Bibliografia
Meningite bacteriana: uma atualização - Revista RBAC, Revista RBAC, disponível em:
<http://www.rbac.org.br/artigos/meningite-bacteriana-uma-atualizacao/>, acesso em: 3
de Maio 2021.
FREITAS, Katherine Valença. Avaliação Laboratorial de Pacientes com Meningite:
Diagnóstico Diferencial entre Meningite Bacteriana e Viral. Revista Científica
Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento, v. 6, n. 4, p. 147–168, 2018. Disponível em:
<https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/avaliacao-laboratorial#:~:text=No%
20exame%20de%20hemograma%20%C3%A9,com%20a%20an%C3%A1lise%20do%
20l%C3%ADquor.>. Acesso em: 3 de maio de 2021.
Diretoria de Vigilância Epidemiológica. Meningites em geral e Doença
Meningocócica. Superintendência de Vigilância em Saúde. Secretaria de Estado da
Saúde. SUS. Florianópolis. 2014. Disponível em: http://www.dive.sc.gov.br/conteudos/
imunizacao/publicacoes/Apostila_meningite.pdf. Acesso em: Maio 2021.
SOUZA, M.O. Estudo do perfil dos exames de líquor, com diagnóstico de
meningite, em um Hospital de referência de Salvador. Universidade Federal da
Bahia. Faculdade de Medicina da Bahia. Salvador-BA. 2012. Disponível em: https://rep
ositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/8066/1/Marcos%20Oliveira%20de%20Souza%20(2012.1
).pdf. Acesso em: Maio 2021.
http://www.rbac.org.br/artigos/meningite-bacteriana-uma-atualizacao/
http://www.dive.sc.gov.br/conteudos/imunizacao/publicacoes/Apostila_meningite.pdf
http://www.dive.sc.gov.br/conteudos/imunizacao/publicacoes/Apostila_meningite.pdf
https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/8066/1/Marcos%20Oliveira%20de%20Souza%20(2012.1).pdf
https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/8066/1/Marcos%20Oliveira%20de%20Souza%20(2012.1).pdf
https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/8066/1/Marcos%20Oliveira%20de%20Souza%20(2012.1).pdf

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