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1 Bim..Dir.Penal III

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Anastácio Nascimento 
anastacio.nascimento007@gmail.com 
 
Prof° Dr. Gustavo Britta Scandelari 
gustavo@dotti.adv.br 
(41) 3306-8000 
1° BIMESTRE – DIREITO PENAL III 
 
17/08/2021 
AULA INTRODUTÓRIA 
19/08/21 
1° Tema 
ORIGEM DA PENA E FUNDAMENTOS DA PENA: TEORIAS E PRINCÍPIOS 
1. INTRODUÇÃO 
a) NOÇÃO GERAL 
“A pena é a consequência natural imposta pelo Estado quando alguém pratica uma infração 
penal. Quando o agente comete um fato típico, ilícito e culpável, abre-se a possibilidade para 
o Estado de fazer valer o seu jus puniendi” 
(Rogério Greco) 
b) LOCALIZAÇÃO LEGISLATIVA: CP, ARTS. 32 A 99 E 103 A 120 
c) EVOLUÇÃO HISTÓRICA (DA ANTIGUIDADE À CONTEMPORANEIDADE 
BRASILEIRA) 
“Damiens fora condenado, a 2 de março de 1757, a pedir perdão publicamente diante da 
porta principal da Igreja de Paris aonde deveria ser levado e acompanhado numa carroça, 
nu, de camisola, carregando uma tocha de cera acesa de duas libras; em seguida, na dita 
carroça, na Praça de Grève e sobre um patíbulo que aí será erguido, atenazado nos 
mamilos, braços, coxas e barrigas das pernas; sua mão direita segurando a faca com que 
cometeu o dito parricídio, queimada com óleo de enxofre, e às partes em que será atenazado 
se aplicarão chumbo derretido, óleo fervente, piche em fogo, cera e enxofre derretidos 
conjuntamente, e a seguir seu corpo será puxado e desmembrado por quatro cavalos e seus 
membros e corpo consumidos ao fogo, reduzidos a cinzas, e suas cinzas lançadas ao vento 
(....) Finalmente foi esquartejado. Essa última operação foi muito longa, porque os cavalos 
utilizados não estavam afetos à tração; de modo que, em vez de quatro, foi preciso colocar 
seis; e como se isso não bastasse, foi necessário, para desmembrar as coxas do infeliz, 
cortar-lhe os nervos e retalhar-lhe as juntas. Afirma-se que, embora ele sempre tivesse sido 
um grande praguejador, nenhuma blasfêmia lhe escapou dos lábios; apenas as dores 
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Anastácio Nascimento 
anastacio.nascimento007@gmail.com 
 
Prof° Dr. Gustavo Britta Scandelari 
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(41) 3306-8000 
1° BIMESTRE – DIREITO PENAL III 
 
excessivas faziam-no dar gritos horríveis, e muitas vezes repetia: ‘Meu Deus, tende piedade 
de mim; Jesus, socorrei-me’. 
1. ANTIGUIDADE (4.000 a.C até 476 d.C) – as penas eram impessoais, desproporcionais 
e particulares (pelas próprias mãos); 
a. Baixa antiguidade – humanidade organizada em tribos que possuíam duas formas de 
punição: 
i. Penas de perda da paz – aplicadas a membros da própria tribo; não eram sanções físicas, 
mas o abandono perpétuo da tribo; 
ii. Vingança de sangue – aplicadas a membros externos à tribo; punições de lesão corporal 
como morte, torturas e mutilações; 
b. Média antiguidade – substituição por penas mais leves, como banimentos, que podiam 
até ser provisórios; 
i. Código de Hamurabi – primeiro indicio do “princípio de proporcionalidade”; Lei de Talião; 
c. Alta antiguidade 
i. Grécia (1000 a.C até 146 a.C) 
1. Surgimento da prisão como INSTITUTO JURÍDICO CIVIL; 
2. O credor poderia dispor do corpo do devedor por tempo limitado (escravidão por mútuo 
acordo); 
3. Penas criminais – tortura, expiação (purificação através do sofrimento). 
4. Prisão criminal como garantia da pena; 
ii. Roma (700 a.C até 476 d.C) 
1. Prisão continuou sendo apenas garantia da execução da pena; 
2. Inicio de desenvolvimento de uma estrutura penitenciária, aproveitando espaços 
abandonados; 
3. Lei das XII Tábuas; 
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Anastácio Nascimento 
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1° BIMESTRE – DIREITO PENAL III 
 
2. IDADE MÉDIA (476 até 1453 d.C) – continuidade do que foi desenvolvido em Roma; 
a. Preocupação do Estado em oficializar as penitenciárias (Prisões de Estado); 
b. Surgimento de Prisões Eclesiásticas; 
c. Penas passam a ser de interesse público – Estado; as penas passam a ser limitadas, 
deixando de serem vinganças e assuntos particulares; 
d. Prisão não era pena; 
e. Inquisição (séc. XII) – punições espetáculo; 
i. “tudo aquilo que é pecado é crime e a pena é a penitência” – subjetivação da ideia de 
crime; 
ii. Junção ideológica – Igreja no comando; 
f. Primeiras regras do Direito Penal; 
3. MODERNIDADE (1453 até 1789 d.C) 
a. Guerras Religiosas (séc. XVI) 
i. Direito a liberdade de religião – reformistas protestantes; 
ii. Inquisiastas passaram a gastar mais com as guerras do que com o povo, desta forma 
aumentaram os mendigos e dos crimes; 
1. Instituições de Reforma e Correção – acolher os pobres para que eles divulguem a 
religião; “o trabalho dignifica o homem”; 
b. Iluminismo 
i. Beccaria – acreditava em penas mais humanas e que a pena de morte deveria ser extinta; 
ii. Princípio da Secularização (laicização) – a moral que deve basear a reprovação dos crimes 
não pode ser a moral religiosa. Deve haver separação do crime e do pecado; 
iii. Prisão como pena; 
a. Código Criminal do Império (1890) – não havia mais mutilação e pena de morte; 
b. Lei 7209/84 – penas alternativas; 
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4. CONTEMPORANEIDADE NO BRASIL (1940) 
➢ Reforma de 1984 (Leis 7209 e 7210) 
➢ LEP (Lei de execuções Penais) 
➢ Crimes hediondos (lei 8072/90) 
i. Manifestação nos EUA contra as penas alternativas 
1. Teoria das Janelas Quebradas – escolha de duas comunidades e abandonaram um carro. 
Uma era ruim e a outra boa. Na ruim o carro foi roubado e na outra ficou intocável. Essa 
teoria defende que todo o bem público deve ser cuidado e preservado; 
2. Movimento da Lei e Ordem – qualquer tipo de crime deve ser punido de uma maneira 
rigorosa; 
c. Projeto de reforma global – o Sistema da Pena está em crise, pois o que fazendo para 
que os crimes diminuam não está funcionando. 
d. Pena como um mal necessário; 
 (Michel Foucault, em Vigiar e Punir) 
“A história das penas é sem dúvida mais horrenda e infamante para a humanidade do que a 
própria história dos delitos.” 
(L. Ferrajoli) 
d) TENDÊNCIA MODERNA 
“Não é a pena endurecida de prisão que diminuirá a criminalidade. Já está desgastada a 
afirmação de que a cadeia apenas destrói um pouco mais o ser humano. Gasta-se muito 
para piorar as pessoas, com o sistema carcerário.” 
(Ronaldo Leite Pedrosa) 
e) FUNDAMENTOS DA PENA: TEORIAS E PRINCÍPIOS 
“O ilícito criminal não é, em sua essência, distinto do civil; só a ideia de fim traça a linha 
divisora.” 
 
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