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IDENTIFICAÇÃO DE BACTÉRIAS GRAM NEGATIVAS MICROBIOLOGIA CLÍNICA Principais características São bacilos Gram negativos; Não esporulados; Apresentam motilidade variável; Oxidase negativos; Crescem em meios básicos (caldo peptona), meios ricos (ágar sangue, ágar chocolate e CLED), meios seletivos (Mac Conkey, EMB). São anaeróbios facultativos (crescem em aerobiose e anaerobiose); Fermentam a glicose com ou sem produção de gás; Algumas espécies fermentam lactose; São catalase positivos; Reduzem nitrato a nitrito. Principais características Importância clínica A maioria das enterobactérias é encontrada no trato gastrointestinal de humanos, no reino animal, na água, solo e vegetais. Alguns também são considerados enteropatógenos por causarem preferencialmente infecções gastrointestinais como a Salmonella spp., Shigella spp., Yersinia enterocolitica e vários sorotipos de Escherichia coli, embora possam também causar infecção em outros locais. As enterobactérias representam 80% ou mais de todos os Gram negativos de importância clínica isolados na rotina microbiológica. São responsáveis por de cerca de 70% das infecções urinárias e 50% das septicemias. Importância clínica Nas infecções hospitalares: As enterobactérias que atualmente predominam são: Escherichia coli, Klebsiella spp., Enterobacter spp. Principais gêneros das enterobactérias (cerca de 99% dos isolamentos de enterobactérias de importância clínica): Escherichia coli, Klebsiella spp., Enterobacter spp., Proteus spp., Providencia spp., Morganella spp., Citrobacter spp., Salmonella spp., Shigella spp., Serratia spp. Importância clínica Estrutura antigênica 100 tipos de Ag H 85 tipos de Ag K Estrutura antigênica Estrutura antigênica Fatores de Virulência Fatores de Virulência Exotoxinas Exemplos: Enterotoxinas (LT e ST) de um sorotipo de E. coli (ETEC): aumenta a secreção de água e cloretos e inibe a reabsorção de sódio, desencadeando diarreia aquosa. Escherichia coli Atualmente existem cerca de 200 sorotipos Espécie mais importante do seu gênero e mais versátil; Outras espécies: E. hermannii, E. vulneris, E. blattae, E. fergusonii Comensal: Comum na microbiota do cólon e importante para o funcionamento normal do intestino. Presença na água indica contaminação fecal! Oportunista: Patógeno potencial para humanos (inúmeras doenças) e para quase todas as espécies animais. Escherichia coli NÃO enteropatogênica Faz parte da microbiota intestinal normal; Em sítios extra intestinais, pode causar infecções: Cistite (bexiga ou trato urinário inferior) Pielonefrite (rins) Infecção hospitalar (feridas cirúrgicas) Septicemia, entre outras; Escherichia coli Enteropatogênica Escherichia coli Enterotoxigênica (ETEC) Capaz de se fixar à mucosa do intestino delgado e produzir toxinas, que resulta em uma diarreia aquosa, chamada de diarreia do viajante. Produzem dois tipos de enterotoxinas: Toxina termolábil (LT) Toxina termoestável (ST). Escherichia coli Enteropatogênica Escherichia coli Enterohemorrágica (EHEC) Tem a capacidade de destruir células epiteliais e produz uma citotoxina potente, a toxina Shiga (E. coli verotoxigênica VETEC, também conhecida como E. coli produtora de shigatoxina, ou STEC), que provoca diarreia com ou sem a presença de sangue. Causam patologias no intestino grosso: Diarreia sanguinolenta (desinteria); Colite hemorrágica; Síndrome Hemolítico-Urêmica (SHU); Púrpura Trombótica Trombocitopênica. meios que avaliem diferentes uma série metabólicas de dos microrganismos, é possível perfil bioquímico para realizar a identificação da Selecionando-se características estabelecer um espécie. A caracterização definitiva dos membros das Enterobacteriaceae pode requerer uma bateria de provas bioquímicas. Identificação Meios de cultura (série bioquímica): Ágar TSI (Triple Sugar Iron Agar) Fermentação de carboidratos, produção de H2S e gás. Contém em sua composição: Três tipos de açúcares: glicose, lactose e sacarose. Vermelho de fenol: indicador de pH, para detecção da fermentação. Tiossulfato de ferro: detecção da produção de H2S. A fermentação é indicada pela mudança da cor do indicador de pH de vermelho para amarelo (pH ácido), e a produção de H2S enegrece a base do meio. Cor original do meio: vermelho laranja, levemente opalescente. ƒ ƒ Leitura: entre 18 e 24hs. ƒ Cor púrpura = alcalino. ƒ Cor amarelo = ácido. Reações ápice/base: Púrpura/amarelo = fermentação apenas da glicose (lactose e sacarose negativos). ƒ Amarelo/amarelo = fermentação da glicose + lactose e/ou sacarose (2 ou 3 açucares). ƒPresença de gás (CO²) = bolhas ou meio fragmentado. ƒ H2S positivo = presença de precipitado negro. Interpretação Meios de cultura (série bioquímica): Ágar Base Ureia Determinar a habilidade do microrganismo de degradar a ureia em duas moléculas de amônia pela ação da enzima urease, resultando na alcalinização do meio. Cor original do meio: amarelo palha. ƒ Positivo: alteração do meio para cor de rosa, pink. ƒ Negativo: sem alteração de cor do meio. Meios de cultura (série bioquímica): Meio SIM (Sulfato/ Indol/ Motilidade) Determina a capacidade da bactéria de metabolizar o triptofano em indol. Triptofano é um aminoácido que pode ser degradado por certas bactérias resultando na produção de indol, evidenciado após a adição do reagente de Kovacs. Meios de cultura (série bioquímica): Fenilalanina Algumas bactérias têm a capacidade de realizar a desaminação oxidativa da fenilalanina através da enzima fenilalanina desaminase. Como produto, será formado o ácido fenilpirúvico, acidificando o meio. Adição de cloreto férrico a 10% revela o resultado. Meios de cultura (série bioquímica): Citrato Utilização do citrato de sódio como única fonte de carbono, juntamente com sais de amônio como única fonte de nitrogênio. Na reação positiva, ocorre alteração do pH, tornando-se alcalino, promovendo a mudança do meio para a cor azul (azul de bromotimol). Meios de cultura (série bioquímica): Lisina Crescimento bacteriano promove a fermentação de glicose com produção de ácido. Alteração no pH do meio, havendo mudança do púrpura para amarelo. Lisina descarboxilase: Descarboxilação da lisina com produção de cadaverina (composto alcalino). Alcaliniza o meio. Mudança de pH, o meio volta a ser púrpura = reação positiva. Meios de cultura (série bioquímica): Lisina
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