Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
JULIE SILVA – UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO – MEDICINA – SÃO BERNARDO – FISIOPATO I Capítulo 7 → Processo fisiopatológico geral → Mecanismos que irão levar ao depósito de cálcio no organismo Função do cálcio: → Porcentagem de cálcio no corpo – 0,1% extracelular; 1% células e organelas; 99% ossos – Concentração de cálcio extracelular é determinada pela interação entre absorção intestinal, excreção renal e captação óssea. → Hidroxipatia → 41% do cálcio ligado a proteínas plasmáticas → 9% combinado a íns fosfato → 50% ionizado sendo filtrado nos rins (99% reabsorvida na alça de Henle) → Temos a captação nos intestino, rins e ossos → Excreção 10% na urina e 90% fezes. → rim - ativa vitamina D e aumenta a reabsorção de cálcio intestinal → osso - induzindo a reabsorção óssea (desmineralização óssea), portanto aumentando o cálcio plasmático. → Calcitonina - Inibe a reabsorção de cálcio no rim, portanto há excreção de cálcio. Inibe os osteoclastos no osso, aumenta a deposição de cálcio nos ossos, e assim há diminuição do cálcio plasmático. Vitamina D JULIE SILVA – UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO – MEDICINA – SÃO BERNARDO – FISIOPATO I A calcificação em tecidos não mineralizados é facilmente visível por sua basofilia, corando-se fortemente pela hematoxilina.. Precipitação em cristais pode ocorrer principalmente pós necrose. O acúmulo começa em organelas susceptíveis ao acúmulo de cálcio, como as mitocôndrias. → Hipercalcemia – Aumento dos níveis sérios de Ca2+ acima da normalidade. Principal causa é a hipersecreção de paratormônio. Causas: → Intoxicação por vitamina D – Estimula muito a absorção de cálcio intestinal → Hiperparatireoidismo Primário– o primário, tumores e hiperplasia de paratireoides são responsáveis pela hipersecreção de paratormônio nas glândulas paratireoides. Ex: adenomas de paratireoides, carcinomas de paratireoide, hiperplasia de paratireoide. → Hiperparatiroidismo secundário - O secundário surge hiperplasia das paratireoides devido a redução do cálcio sérico. Aumento da secreção de paratormônio entre outros tecidos. Quaisquer outras alterações que não envolveram as glândulas. Ex: Insuficiência renal crônica, síndrome paraneoplasica, doença de Paget, Mobilização excessiva de Ca2+ (mieloma ou metástase óssea) JULIE SILVA – UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO – MEDICINA – SÃO BERNARDO – FISIOPATO I Hipercalcemia – aumento de cálcio circulante. → Não são diferenciáveis das calcificações distróficas morfologicamente → Consistência arenosa ou pétrea → Endurecido Calcário → Tendência a afetar múltiplas áreas e ser mais difusa → Tecidos sadios sem evidência de lesão → Rangem ao corte → Aspectos microscópicos: Acúmulo de Ca2+ com aspecto basofílico, como nas setas das imagens histológicas. → Coloração de Von Kossa – As áreas de calcccificação adquirem uma coloração escura, amarronzada. Septos alveolares - Coloração de HE – basofilia Coloração de Von Kossa Resulta de modificação local nos tecidos. Várias modificações teciduais favorecem a nucleação e a JULIE SILVA – UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO – MEDICINA – SÃO BERNARDO – FISIOPATO I precipitação de cristais de cálcio. Desencadeado por uma lesão celular, que evolui para degeneração e depois necrose. → Área de necrose → Áreas tecido em lenta e prolongada degeneração Exemplos: placa de ateroma; válculas cardíacas (endocardites); tumores (ovário, mama, tireóide); inflamação crônica (tuberculose; trombos venosos; Necrose – locais de necrose são susceptíveis ao deposito de cálcio, ocorre sobretudo na necrose caseosa, por coagulação ou gordurosa. Lesão celular → Degeneração → Necrose → Precipitação de sair de Ca Iniciação; Deposição de cristais de fosfato de cálcio → Fosfolipídios de membrana; Fibras elásticas; Fibras colágenas; Proteínas desnaturadas; Ácidos graxos → Proliferação; Progressão de deposição de sais; Em tecidos necróticos a deposição de cálcio ocorre de forma gradativa, iniciando por pequenos grânulos biofílicos periféricos resultantes da deposição concêntrica de cristais de hidroxiapatita. À medida que mais cálcio se deposita, os grânulos formam faixas que se estendem gradativamente até o centro da lesão. A exposição de núcleos primários é necessária para iniciar a calcificação. Esses núcleos, como lipídeos, proteínas desnaturadas, fibras elásticas e colágenas, irão se ligar ao Ca2+ e atuar como iniciadores da calcificação. Macroscópicos ↳ Aspecto de giz; ↳ Consistência arenosa e pétrea; ↳ Ranger de navalha; ↳ Formação de nódulos calcificados. Figura 1- Focos de calcificação distrófica em um pâncreas. Figura 2 - Pulmão de um indivíduo com tuberculose apresentando calcificação distrófica. Figura 2 - Nódulos calcificados na valva aórtica. Microscópicos ↳ Deposição de substância amorfa basofílica; ↳ Corpos de psamomas → São calcificações microscópicas arredondadas com estrutura lamelar concêntrica; Encontradas em algumas neoplasias malignas e benignas; Também são encontradas em alguns processos inflamatórios crônicos. Figura 3 - Corpos de psamomas (coloração arroxeada) Figura 4 - Carcinoma papilífero de tireoide JULIE SILVA – UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO – MEDICINA – SÃO BERNARDO – FISIOPATO I Figura 5 - Calcificação arterial Formação de cálculo/litíase. Diferente de calcificação. Vesícula biliar – Formam-se a partir de modificações na composição da bili, sobretudo saturação de um de seus componentes. Os cálculos podem ser únicos ou múltiplos, puro ou mistos, com composição variada de colesterol, bilirrubinato, sair orgânicos e inorgânicos de cálcio e sais biliares. Rins – A maioria dos cálculos é formado por cálcio. Aumento de seus constituintes, resultando em hipersaturação. Nos cálculos contendo cálcio normalmente os pacientes possuem hipercalcemia e hipercalciúria. Eles podem causar bloqueio dos ureteres (hidronefrose).
Compartilhar