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Ao invés de fazer lactato, o piruvato também pode entrar na mitocôndria, gerar Acetil-CoA e fazer ciclo de Krebs. Antes de iniciar o ciclo de Krebs propriamente ditado o piruvato passa por uma descarboxilação oxidativa. Complexo da PDH: composto por 3 enzimas e 5 coenzimas (4 derivadas das vitaminas tiamina, ácido pantatênico, niacina e riboflavina). Sendo que a niacina faz parte da molécula de NAD, a tiamina faz parte do TPP, o ácido pantatênico faz parte da CoA e riboflavina faz parte da FAD. O ciclo de Krebs é composto por 8 reações químicas. Didaticamente ele começa com a entrada da Acetil-CoA na mitocôndria, mas ele não tem início nem fim, é literalmente um ciclo e também uma via metabólica. Cada reação tem uma enzima diferente, 4 delas são desidrogenase que produzem NADH+ e FADH+. Se ocorrer deficiência dessas vitaminas a desidrogenase não acontece e nem o ciclo, uma vez que a membrana da mitocôndria é extremamente seletiva e só a Acetil-CoA perfeita passa por ela. Deficiência de PDH é a principal causa de acidose láctica congênita (prejuízo ao SNC e morte). Sendo assim o único caminho disponível para o piruvato seria o lactato. Ciclo de KrebsCiclo de Krebs Para isso é necessário apenas que a célula possua mitocôndria e esteja recebendo oxigênio suficiente. Na formação do FADH2 a coenzima oxidada que capta os elétrons é a FAD. Após todas as desidrogenases o produto final sai oxidado, devido as coenzimas. Nas duas primeiras NADH+ se perde um carbono na forma de C02 e as substâncias produzidas vão possuir consecutivamente 5 e 4 carbonos, seguindo em 4 até o reinicio do ciclo, que possui 6 carbonos. O ciclo de Krebs também pode ser chamado de ciclo dos ácidos tricarboxílicos ou ciclo do ácido cítrico, porque durante o processo é formado o ácido tricarboxílicos e cítricos e acontece na matriz mitocondrial. É uma conexão entre a cadeia transportadora de elétrons e a fosforilação oxidativa. Começa na glicólise aeróbica, que depende do oxigênio. Também é a convergência da oxidação ou degradação dos carboidratos, aminoácidos e ácidos graxos, ou seja, é uma etapa do glicólise. Embora produza apenas 1 ATP, o ciclo de Krebs contribui para a formação de grande parte do ATP produzido pela célula, pois a energia da oxidação de acetil-CoA é conservada sob a forma de coenzimas reduzidas e, posteriormente, usada para síntese de ATP. A oxidação das coenzimas é obrigatoriamente feita pela cadeia de transporte de elétrons e, portanto, como a conversão de piruvato em acetil-CoA, só pode funcionar em condições aeróbicas, ao contrário da glicólise. Sua função é reduzir coenzimas para obter energia na forma de ATP e obter substratos para vias anabólicas (sintéticas). Referências: CAMPBELL, M. K. Bioquímica, 3ª edição, Porto Alegre: Artmed, 2000. CHAMPE, P. C.; HARVEY, R. A.; FERRIER, D. R. Bioquímica Ilustrada, 4ª edição, Porto Alegre: Artmed, 2009. MARZZOCO, A.; TORRES, B. B. Bioquímica Básica, 3ª edição, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. Função anabólica do ciclo de Krebs Os compostos intermediários do ciclo de Krebs podem ser utilizados como precursores em vias biosintéticas oxaloacetato e a-cetoglutarato formam aspartato e glutamato, respectivamente. A eventual retirada desses intermediários pode ser compensada por reações que permitem restabelecer o seu nível. Entre essas reações, a mais importante é a que leva à formação de oxaloacetato a partir do piruvato. Com concentrações altas de oxaloacetato e acetil-CoA, a reação catalisada pelo citrato sintase, que dá início ao ciclo, pode funcionar a velocidades altas.