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Química Combinatória: moderna ferramenta para a obtenção de candidatos a protótipos de novos fármacos
Nos tempos atuais ainda se faz necessário uma busca por novos agentes terapêuticos apesar do desenvolvimento cientifico e tecnológico da indústria farmacêutica, pois existem doenças como a SIDA, Alzheimer, câncer e malária que precisam de remédios com um melhor perfil terapêutico para o tratamento. O fármaco racional é fundamentado no conhecimento da estrutura molecular dos receptores elaborando assim substancias mais definida, contudo na maioria das vezes a estrutura desses receptores não se faz conhecida, não leva em consideração sua natureza.
Uma grande variedade de nova molécula é sintetizada através da Química Combinatória, esta variedade tomou impulso quando foi incorporada á química medicinal e a síntese de quimiotecas de hidantoínas. Permitindo a síntese automática, a miniaturizada e a farmacologia de forma interativa, acelerando a descoberta de potencias grupos farmacofóricos.
QUIMIOTECAS 
As primeiras quimiotecas sintetizadas foram as de peptídeo, sendo considerada uma coleção de moléculas simultaneamente misturadas ou isoladas, constituídas de dezenas, centenas ou milhares de estruturas diferentes. Porem, algum problema de biodisponibilidade apresentado pela estrutura às investigações voltou-se para a síntese de moléculas orgânicas, de natureza não polimérica. Atualmente a quimiotecas são utilizadas do planejamento racional, nas quais a síntese é simultânea de vários compostos, aumentado assim à probabilidade de chegar a uma substancia protótipo.
MODOS DE SÍNTESE DAS QUIMIOTECAS
SÍNTESE ORGÂNICA EM FASE sólida – SOFS: é uma síntese que emprega suportes sólidos que são constituídos por polímeros insolúveis, que possuem uma subdivisão responsável pela sustentação física da molécula. Essa síntese é a mais utilizada para obtenção de quimiotecas combinatórias. O primeiro relato sobre a SOFS foi em 1963, quando Bruce Merrifield desenvolveu metodologia para a síntese de peptídeos, utilizando polímeros insolúveis e inertes, que serviram de suportes para a síntese. 
SÍNTESE EM SOLUÇÃO: Consiste na dissolução de todos os reagentes no solvente, tem maior contato com os reagentes, maior chance para obter o produto desejado é seu custo é considerável. 
ESTRATÉGIAS A PARA SÍNTESE DE QUIMIOTECAS
SÍNTESE EM PARALELO – SUBSTÂNCIAS ISOLADAS: é uma síntese combinatória em paralelo, planejada segundo orientação pré-estabelecida.
SPLIT-AND-POOL SYNTHESIS - SÍNTESE DE MISTURAS: é formado por pequenas quimiotecas na forma de misturas de substâncias, ocorrendo quando à molécula inicial se adiciona, num mesmo recipiente, a mistura de reagentes da mesma classe química.
ESTRATÉGIAS UTILIZADAS NA AVALIAÇÃO FARMACOLÓGICA DE QUIMIOTECAS COMBINATÓRIAS
É um processo rápido geralmente de forma paralela em placas com 96 poços acoplados a leitores de emissão de fluorescência, com o objetivo de descobrir protótipos biologicamente ativos, além dessas placas, tem outras técnicas como a permeação em gel e a seleção por afinidade, a qual se constitui na afinidade de ligação do composto por determinada macromolécula, sem avaliação de qualquer atividade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A Química Combinatória é uma importante ferramenta no planejamento racional dos novos fármacos, e tem despertado o interesse das empresas farmacêuticas, pois busca por maior diversidade molecular em um curto espaço de tempo. Apesar de existir muito trabalho a ser desenvolvido e explorado no campo da química combinatória, é notório que essa metodologia promoveu grande impacto na química medicinal. 
REFERÊNCIAS 
AMARAL, P. A.; NEVES, G.; FARIAS, F.; EIFLER-LIMA, V. L. Química Combinatória: moderna ferramenta para a obtenção de candidatos a protótipos de novos fármacos. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences vol. 39, n. 4, out./dez., 2003.

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