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Teoria da Administração unidade 3 Maria Paula de Almeida

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Compreender as Teorias Transitivas
Seção 2 de 6
Objetivo
Ao término desta produção você será capaz de compreender a importância da Teoria transitiva que buscou compreender o homem como uma força de trabalho diferente de uma máquina, que precisa ser compreendido para que tenha a produção esperada.
E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante!
Teorias Transitivas
A teoria da administração com o decorrer da história sofreu inúmeras alterações, onde encontramos a Teoria Científica de Taylor focada na estrutura e nos processos da organização, logo após a teoria clássica de Fayol com seus 14 princípios gerias da Administração, deslocando o foco para as pessoas que compõe a estrutura da empresa.
A ênfase dada até então para os aspectos mecanicistas e para a organização formal cede lugar para os aspectos psicológicos e sociais dos colaboradores, o desenvolvimento de outras ciências como Psicologia e Sociologia foram de suma importância para o aprimoramento dessa mudança de ênfase.
Essas mudanças desencadearam o estudo de um grupo de autores que se propuseram a entender a importância desse novo olhar para a Administração, dessa forma, surgem as Teorias Transitivas que trata-se de um conjunto conhecimentos que visam apresentar novos conceitos para área administrativa.
Os principais autores são Mary Parker Follet e Chester Irving Barnard eles apresentaram estudos importantes para a Teoria Transitivas, nos aprofundaremos a conhecer um pouco mais sobre sua contribuição para a Administração.
Mary Parker Follett (1869-1933) nasceu nos Estados Unidos formada em Filosofia, História e Ciência Política, trabalhou como educadora e com serviços sociais e assistenciais.
Devido seu trabalho com serviços sociais se preocupou com os problemas oriundos da Revolução Industrial, no final do século XIX os Estados Unidos vivenciaram períodos difíceis de crise financeira e de desemprego, nesse cenário iniciou seu interesse pela administração industrial.
Como educadora lutou e conseguiu autorização para a abertura de escolas no período noturno, além de centro sociais para crianças e para adolescentes pobres, esses centros sociais proporcionaram que Follett fortalecesse sua relação com a indústria, sendo uma porta para que, mesmo ela não sendo administradora, contribuísse para os estudos sobre administração.
Os estudos de Follet apresentaram contrastes às teorias Taylor, ela questionava que a ênfase dada às relações humanas deveria ser a mesma empenhada nas práticas de gestão nos processos mecânicos e operacionais da produção.
Follet foi considerada a “profeta da gestão”, segundo ela a gestão e a liderança fazem parte de um mesmo todo, segundo ela o líder deveria ser alguém apto a observar o todo e capaz de integrar gestores e trabalhadores dentro de uma organização.
Figura 3 – Uma organização
Fonte: freepik
Mary Follet foi uma das poucas estudiosas sobre a ideia de conflito na gestão organizacional, a autora acredita que deverá haver integração das diferenças ao contrário da dominação de ideias, quando ocorre a concessão e na busca de um interesse em comum que beneficiará a todos. Quando ocorre um conflito, sua resolução só será possível com a interação e a participação de todas as partes que compõem o conflito.
Figura 4 – Decisões a serem tomadas
Fonte: freepik
Em 1942, Follett publicou um livro denominado Dynamic Administration, onde abordava sobre poder, segundo a autora existe diferença entre o poder coercitivo e o poder participativo, o poder pode ser exercido por força ou por manipulação, mas o verdadeiro poder é aquele exercido sem coerção e sim no entendimento.
Umas das percursoras das Relações Humanas em Adminis- tração, os conceitos desenvolvidos por Mary Follet foram valorizados anos mais tarde por estudiosos da Administração, as suas ideias não foram bem aproveitadas na época, provavelmente, devido a sociedade não estar preparada para suas descobertas, por viverem em um cenário marcado por crenças, como lutas de classe entre padrões e empregados, e a proposta para gerir esses conflitos era uma concepção muito longe da realidade.
Mary Follet foi uma visionária, seus estudos se mostram extremamente importantes para a nossa realidade, sendo colocado em prática atualmente em muitas empresas, mesmo sem ter tido o reconhecimento durante sua vida, seus estudos foram primordiais para a evolução e história da Administração.
Peter Ducker (1977) considerou Mary Parker como a “profeta da gestão”, com isso podemos concluir a amplitude da contribuição para a Administração, que temos a oportunidade de estudar e de praticar atualmente.
Saiba mais    
A importância os estudos de Mary Parker que foi conhecida como “Profeta do Gerenciamento”. Acesse:
ACESSE AQUI
Contribuição  da   Mary Parker
As concepções de Mary Parker em certos aspectos remetem às ideias da Administração Clássica, admitindo a  ideia de princípios gerais que podem ser aplicados tanto pela indústria quanto para outras organizações, contudo, implantou nos conceitos concepções psicológicas para entender os aspectos humanos na organização.
Saiba mais
Acesse o artigo “Contribuições da Análise Sócio-Histórica a pesquisa organizacional da Administração” e entenda como o trabalho da Mary Parker se estendeu para toda a administração. Acesse:
ACESSE AQUI
Parker partiu do pressuposto que as empresas necessitam dos empregados para executar um determinado trabalho, dessa forma, se faz importante compreender as pessoas que compõem a organização, mediante a isso desenvolveu quatro princípios da organização.
· Contato direto: a chefia deve estar no local de trabalho do trabalhador.
· Planejamento: participação de todos os envolvidos no projeto desde o planejamento.
· Relações reciprocas: deve haver relações que proporcionem a inter-relação.
· Processo contínuo de coordenação: um trabalhador deve ser importante não pelo seu cargo, mas sim pela sua contribuição.
Mary Paker foi uma pioneira sobre liderança participativa, segundo Pauline (1997) ela se propunha a responder questões como:
· bullet
A importância de orientar pessoas.
· bullet
Gestão de rede por meio da interação dos grupos.
· bullet
Poder compartilhado entre chefes e trabalhadores.
Paker defendia que o processo de decisão deve ocorrer em conjunto entre os colaboradores e a gestão, e deve ser oferecido os recursos necessários para atingir os propósito da organização, a comunicação entre todos os envolvidos no projeto deve ser clara e objetiva.
Figura 5 - Parceria
Fonte: freepik
Os pensamentos defendidos por Mary Parker possibilitam a interação do grupo, criando laços que possibilitam compartilhar objetivos. A interação possibilita:
· bullet
Melhor comunicação.
· bullet
Tomadas de decisões assertivas,
· bullet
Participação positiva nos resultados da organização.
A comunicação é uma importante ferramenta na gestão organizacional. Quando os gestores sabem se comunicar, as relações se tornam positivas trazendo benefícios para todos, principalmente, para a organização.
Possibilitar a participação de todos no processo de planejamento possibilita novas visões de olhares e, consequentemente, a possibilidade de tomar as melhores decisões.
Sem mais
Para compreender a importância dos estudos de Mary Parker. Acesse:
ACESSE AQUI
Chester Irving Barnard
Chester Irving Barnard (1886-1961) nasceu nos Estados Unidos, se dedicou ao mundo dos negócios, foi um executivo de negócios, administrador público, embora não tenha sido acadêmico de formação, seus estudos sobre a sociologia da organização e a teoria dos negócios se tornaram referências do assunto. Atuou por muitos anos na empresa American Telephone and Telegraph (ATT) iniciou sua carreira como funcionário do departamento de estatística e chegou até a presidência da Bell Telephone Company de New Jersey.
Figura 6 – Executivo de negócios
Fonte: wikipedia
Iniciou sua obra quando os estudos sobre o estudo das Relações Humanas começaram a ser divulgados e confrontados com as Teorias da Administração Científica e Clássica.
Devido sua experiênciaser mais prática e menos acadêmica, possuiu uma visão mais científica e menos acadêmica sobre as gestões da organização.
Segundo Barnard, as organizações são constituídas por um sistema de cooperação das atividades humanas, caso não ocorra à cooperação entre os sistemas que compõem a organização ela não irá sobreviver.
Figura 7 - Liderança
 Fonte: freepik
Chester Barnad se preocupava com a curta duração do funcionamento das empresas, ele observa que a única organização que dura mais de séculos é a Igreja Católica, segundo ele o fato das empresas não satisfazerem os critérios como eficiência e eficácia não possibilita a sobrevivência de uma organização.
A eficácia era compreendida por ele como a capacidade de cumprir metas explícitas, a eficiência e a satisfação dos motivos que promovem as ações dentro da empresa.
Dessa forma, uma empresa para se tornar duradora deve buscar satisfazer os motivos que levaram as pessoas se agregar a ela e atingir os objetivos explícitos da organização.
Figura 8 – Ações na empresa
 Fonte: freepik
Os estudos de Barnard concluem que uma empresa irá existir quando:
· As pessoas se comunicarem claramente.
· Disposição em contribuir para uma ação.
· Prioridade para cooperação.
A Revolução Industrial foi um divisor de águas na sociedade e na economia, a administração foi evoluindo conforme a revolução foi se desenvolvendo. 
Saiba mais
Acesse o link e compreenda a importância da Revolução para a Administração:
ACESSE AQUI
Contudo, podemos observar que essas  características  são instáveis e depende de pessoa para pessoa, dessa forma, a complexidade dessa característica é extrema, visto que acarretará interferência no todo da organização. Chester I. Barnard contribuiu com a administração elaborando vários estudos, entre eles a Teoria da Autoridade e a Teoria do Incentivo baseados na comunicação, que contém em sete regras importantes, são elas:
· Canais para comunicação definidos;
· Deve ser de conhecimento de todos quais são os canais de comunicação da empresa;
· Todos devem ter acesso aos canais de comunicação;
· Linhas de comunicação curtas e diretas;
· Canais de comunicação devem ser adequados às funções;
· Linhas de comunicação não podem ser interrompidas enquanto a organização estiver em funcionamento;
· Comunicação deve ser autenticada.
Importante ressaltar a importância que esse autor denota à comunicação, se preocupando não apenas com a emissão da mensagem, mas sim com o seu entendimento e de se certificar que todos que compõem a organização terão acesso à mensagem transmitida.
Figura 9 – Comunicação na empresa
 Fonte: freepik
Barnard semelhante a Mary Parker, nos estudos da Teoria da Autoridade defendia a importância de o gestor tratar seus profissionais com respeito para que, assim, consiga obter a autoridade, esse tipo de postura foi um avanço em uma época que se acreditava que a autoridade era conquistada com rigidez e força.
A teoria do incentivo defendeu que para os gestores conquistarem o empenho dos seus subordinados, necessitam de incentivos e de persuasão. Os incentivos específicos são:
· Incentivo material (dinheiro);
· Oportunidades pessoais;
· Condições físicas no ambiente de trabalho;
· Orgulho do trabalho realizado.
Barnard apresenta ao escrever o livro The Functions of the Executive as funções do executivo sob o olhar de se trabalhar   a empresa como um grande sistema de cooperação. Segundo o autor as funções do executivo podem ser resumidas em:
· Criar e desenvolver o sistema de comunicação;
· Garantir os serviços básicos aos colaboradores do projeto;
· Formular os objetivos da organização.
Estudos  de  Chester Barnard
Os estudos de Barnard tinham como centro o comportamento do indivíduo dentro da organização, isso  se  dava   pelo fato dele acreditar que a interação e o comportamento entre os trabalhadores afetam a organização como um todo e, consequentemente, o objetivo geral da empresa.
Sobre essa perspectiva, o autor apresenta conceitos importantes como observância a ordem, a comunicação, a responsabilidade gerencial e a autoridade. Vamos abaixo entender e descrever esses conceitos:
· Observância à ordem:
As solicitações realizadas pelos subordinados devem ser recebidas sem questionamento pela chefia, os incentivos devem ser além dos financeiros, deve-se utilizar o status, o prestígio e o poder pessoal como ferramentas.
· Comunicação:
Os estudos de Barnad colocam a comunicação como foco central, os processos dentro na organização dependem de uma comunicação de qualidade.
· Diversos pontos:
A organização é um sistema complexos, pois são formadas por indivíduos e cada ser possuiu suas individualidades, interesses e singularidades. Dessa forma, motivar a todos trata-se de uma tarefa árdua, no entanto, Barnard alerta que a organização é formada por pequenos grupos de acordo com seus interesses, mas o gestor deve desenvolver objetivos alinhados com o bem comum de todos os envolvidos na organização, promovendo a responsabilidade gerencial.
A autoridade, segundo Barnad, é algo que só existirá desde que os subordinados estejam dispostos a aceitá-la, e isso dependerá de uma boa comunicação, que deve seguir os pontos abaixo:
· Canais de comunicação de conhecimento de todos;
· Todos devem ter acesso aos canais de comunicação;
· Comunicações devem ser curtas e diretas.
Contudo, analisando os estudos de Barnard, verificamos que ele revolucionou sua época por trazer concepções que coloca o gestor como responsável por garantir que os objetivos da organização sejam atingidos por todos, não pela autoridade do seu gestor (característica predominante na época), mas por conceitos de motivação profissional e qualidade na comunicação. Pessoas motivadas e que compreendem os objetivos da organização, por meio de uma boa comunicação, tendem a atingir com mais eficiência e qualidade os resultados da empresa.
Saiba mais
Para conhecer mais sobre os estudos de Barnard, acesse:
CLIQUE AQUI
A administração acompanhou a evolução da sociedade advinda da Revolução Industrial, ocorrendo uma transição de pensamentos, proporcionando um novo olhar para a administração, conhecida como a Teoria Transitiva, os aspectos mecanicistas passaram a dar espaço para os aspectos psicológicos, e vários estudiosos se propuseram a entender essa transição, e como os aspectos humanos e a cooperação contribuem para o aumento da produtividade, tornando a organização mais produtiva e eficaz gerando maior lucro.
Seção 3 - 
Conhecer a Teoria das Relações Humanas