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Universidade Nove de Julho Curso de Medicina - Turno Integral 3° período - Turma VIB CAXUMBA Mecanismo de Agressão e Defesa II Fernanda Carvalho Camargos Vieira / RA: 1121100197 São Bernardo do Campo 2022 ❖ Questões norteadoras: 1. Qual o nome da doença? R: Caxumba, papeira ou parotidite. 2. Qual o agente causador da doença? R: Vírus da família Paramyxovirus do gênero paramyxovirus e classe rubulavirus. Existem 12 genótipos virais conhecidos. 3. Qual a morfologia do agente causador e os fatores de virulência? R: ssRNA (-) não segmentado. Vírus de RNA. Fita simples. Presença de envelope. Polaridade negativa. Não segmentado. 4. Como é a resposta imune contra o agente infecciosos? R: A resposta imune é aparentemente fraca devido a alguns fatores: baixa patogenicidade viral, ativação pouco funcional de linfócitos B de memória específicos contra o vírus e resposta inadequada dos linfócitos T. As células infectadas pelo vírus da caxumba podem escapar do sistema imune do hospedeiro através da degradação de STAT1 e de STAT3 pela proteína V do vírus da caxumba e, dessa forma, a sinalização IFN e IL-6 são bloqueados e o patógeno consegue evitar respostas antivirais inatas e adaptativas. Além disso, o bloqueio da via IFN melhora a replicação do vírus, porém, o efeito da proteína V sobre a magnitude da resposta do IFN e IL-6 não é claro, porque os níveis dessas citocinas parecem ser elevados nos pacientes com caxumba, mas também em pacientes com outras inflamações, especialmente naqueles com meningite e/ou encefalite. 5. Quais os sinais e sintomas da doença (patogênese)? R: Os principais sintomas são inchaço bilateral doloroso perto da mandíbula e da bochecha pelo aumento das glândulas salivares, dificuldade de comer, engolir e falar, febre baixa e cefaléia alguns dias antes do início do inchaço. Em homens adultos pode ocorrer a inflamação nos testículos e nas mulheres mastite (infecção do tecido mamário). Sua maior gravidade acontece após a adolescência, sendo a meningite e a epidídimoorquite complicações da doença. Em menores de 5 anos de idade, são comuns sintomas das vias respiratórias e perda neurossensorial da audição. 6. Quais os exames utilizados para o diagnóstico? R: O diagnóstico é basicamente clínico, com avaliação das glândulas. A confirmação laboratorial se dá com hemograma e teste de amilase sérica, o hemograma irá apresentar linfocitose com aumento expressivo de linfócitos atípicos e o teste de amilase sérica vai estar acima dos valores de referência. 7. Como a doença é transmitida? R: Transmitido por contato direto com gotículas de saliva de pessoas infectadas. Geralmente a doença se manifesta na infância. Já a transmissão indireta é menos frequente, mas pode ocorrer pelo contato com objetos e/ou utensílios contaminados com secreção do nariz e/ou boca. https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z-1/m/meningite 8. Como a doença é tratada? R: Não há tratamento específico. Apenas alívio de sintomas com anti-inflamatório, utilização de analgésicos, adequação da hidratação, alimentação e repouso. A maioria dos casos tem recuperação natural e progressiva em até duas semanas. 9. Existe vacina? R: Vacina tríplice (caxumba, sarampo e rubéola). É recomendado que a vacina seja administrada entre 12 e 15 meses de vida. Também é recomendado para quem manteve contato direto com pessoas doentes. Embora a eficácia da vacina seja baixa quando comparada às demais vacinas disponíveis, a proteção proporcionada ainda é valiosa. Sabe-se que os anticorpos neutralizantes produzidos após a vacinação são essenciais para o sucesso da imunização. Embora existam 12 genótipos virais conhecidos, há apenas um sorotipo, o que significa que o anticorpo gerado em resposta à infecção contra uma cepa pode reconhecer a maioria das outras cepas geneticamente variáveis. A falha vacinal, caracterizada pelo adoecimento de indivíduos vacinados, pode acontecer de forma primária, por não imunização com a primeira dose ou de forma secundária, por redução da imunidade ao longo dos anos.