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Profa. Dra. Samantha Rhein MATERIAL COMPLEMENTAR Avaliação Nutricional Discutiremos casos clínicos com o objetivo de conhecer a utilização de todos os instrumentos apresentados nos Módulos I e II. 1. Gestantes – utilização da curva de IMC e discussão da tendência do traçado; 2. Crianças – construção do diagnóstico parcial e cálculo de z-escore; 3. Idoso – utilização de indicadores para medir a massa muscular. Objetivo Gestante N.F.T, 25 anos, na 24ª semana gestacional. PPG = 56 kg e Estatura = 1,61 m. Histórico ponderal: Semana 12 = 56,4 kg; Semana 16 = 58,3 kg; Semana 20 = 60,9 kg; Semana 24 = 62,0 kg. Caso clínico: Gestantes a) Construa a curva de ganho ponderal pelo IMC e classifique o estado nutricional segundo padrão de Atalah; b) Avalie a tendência do traçado. Pede-se: Gráfico de Índice de Massa Corporal segundo semana de gestação Fonte: Adaptado de: BRASIL (2011, p. 28). Semana de Gestação Baixo peso Adequado Sobrepeso Obesidade BP A S O Estatura = 1,61 m / Estatura² = 2,59 m² PPG = 56,0 kg = IMC 21,62 kg/m² Histórico ponderal: Semana 12 = 56,4 kg = IMC 21,78 kg/m² Semana 16 = 58,3 kg = IMC 22,51 kg/m² Semana 20 = 60,9 kg = IMC 23,51 kg/m² Semana 24 = 62,0 kg = IMC 23,94 kg/m² Cálculo IMC: Gestante Eutrófica GP adequado Baixo peso Adequado Sobrepeso Obesidade BP A S O IMC 29 máximo 40ª. SG IMC 25 mínimo 40ª. SG Índice de massa corporal segundo semana de gestação Semana de Gestação Fonte: Adaptado de: BRASIL (2011, p. 28). Número de semanas que faltam até completar 40 semanas gestacionais = 16 semanas Peso referente ao IMC 25 kg/m²: 25 x estatura² = 25 x 2,59 = 64,75 = 64,8 kg Diferença entre o peso atual da 24ª SG até a 40ª. SG: 64,8 – 62,0 kg = 2,8 kg Ganho de peso mínimo: 2,6 kg dividido por 16 semanas = 0,175 kg ~ 175 g/sem Ganho de peso mínimo: Número de semanas que faltam até completar 40 semanas gestacionais = 16 semanas Peso referente ao IMC 29 kg/m²: 29 x estatura² = 29 x 2,59 = 75,11 = 75,1 kg Diferença entre o peso atual da 24ª SG até a 40ª. SG: 75,1 – 62,0 kg = 13,1 kg Ganho de peso mínimo: 13,1 kg dividido por 16 semanas = 0,81875 kg ~ 819 g/sem Ganho de peso máximo: INTERVALO O cálculo da idade cronológica é determinante para a correta condução da avaliação. Data nasc.: 29/11/2000 Data da consulta: 05/08/2012 Respostas: Idade: 11 anos, 8 meses e 6 dias; 11 anos e 8 meses. Caso Clínico: Criança Calcule e classifique o escore-z dos índices antropométricos da criança abaixo e feche o diagnóstico antropométrico parcial. Menino, 4 meses, 6,3 kg, 61,5 cm. Índices Antropométricos Crianças – zero a menores de 10 anos de idade Estatura/idade Peso/idade IMC/idade Peso/estatura (utilizado para crianças até 5 anos de idade ou 60 meses) 2 – peso (kg) para comprimento (cm) segundo curvas da OMS (2006) (1: sexo masculino; 2: sexo feminino) PERCENTIL ESCORE-Z Sexo Compri mento P 0,1 P 3 P 5 P 10 P 15 P 50 P 85 P 97 P 99,9 -3 -2 -1 0 1 2 3 1 61,5 5,0 5,5 5,6 5,8 5,9 6,4 7,0 7,5 8,4 5,0 5,4 5,9 6,4 7,0 7,6 8,3 Fonte: OMS (2006). Escore-z Estatura/idade = estatura observada – estatura esperada (valor P50=Md) │1 unidade de dp│ Escore-z Peso/idade = peso observado – peso esperado (valor P50=Md) │1 unidade de dp│* │1 unidade de dp│: = o valor de (+ 1dp – Md), quando o valor observado estiver acima da Md OU = o valor da [Md – (-1dp)], quando o valor observado estiver abaixo da Md. Cálculo de z-escore 2 – peso (kg) para comprimento (cm) segundo curvas da OMS (2006) (1: sexo masculino; 2: sexo feminino) PERCENTIL ESCORE-Z Sexo Compri mento P 0,1 P 3 P 5 P 10 P 15 P 50 P 85 P 97 P 99,9 -3 -2 -1 0 1 2 3 1 61,5 5,0 5,5 5,6 5,8 5,9 6,4 7,0 7,5 8,4 5,0 5,4 5,9 6,4 7,0 7,6 8,3 Fonte: OMS (2006). │1 unidade de dp│: = o valor de (+ 1dp – Md), quando o valor observado estiver acima da Md OU = o valor da [Md – (-1dp)], quando o valor observado estiver abaixo da Md. Exemplo: Menino, 4 meses, 6,3 kg, 61,5 cm. Escore-z Peso/idade = (6,3-7,0) ÷ | 7,0 – 6,2 | = - 0,7 ÷ 0,8= RESPOSTA: - 0,9 dp; Classificação: peso adequado para idade (PAI). 1 – peso (kg) para idade (meses) segundo curvas da OMS (2006) (1: sexo masculino; 2: sexo feminino) Fonte: OMS (2006). Exemplo: Menino, 4 meses, 6,3 Kg, 61,5 cm. Escore-z Comprimento/idade = (61,5-63,9) ÷ | 63,9 – 61,8 | = - 2,4 ÷ 2,1 = - 1,1 dp; Classificação: comprimento adequado para idade (CAI). 4 – comprimento (cm) para idade (meses) segundo curvas da OMS (2006) (1: sexo masculino; 2: sexo feminino) Fonte: OMS (2006). Valores críticos (“pontos de corte”) para definir anormalidade (desvios nutricionais) – Padrão de referência: WHO, 2006 (até 5 anos de idade) Fonte: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretária de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Orientações para a coleta e análise de dados antropométricos de saúde: Norma técnica do sistema de vigilância alimentar e nutricional – SISVAN. Brasília, 2011, p. 76. SINAL DE ALERTA: ≥ P3 a < P10 Valores críticos (“pontos de corte”) para definir anormalidade (desvios nutricionais) – Padrão de referência: WHO, 2006 (até 5 anos de idade) Fonte: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretária de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Orientações para a coleta e análise de dados antropométricos de saúde: Norma técnica do sistema de vigilância alimentar e nutricional – SISVAN. Brasília, 2011, p. 76. Valores críticos (“pontos de corte”) para definir anormalidade (desvios nutricionais) – Padrão de referência: WHO, 2006 (até 5 anos de idade) Fonte: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretária de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Orientações para a coleta e análise de dados antropométricos de saúde: Norma técnica do sistema de vigilância alimentar e nutricional – SISVAN. Brasília, 2011, p. 76. Valores críticos (“pontos de corte”) para definir anormalidade (desvios nutricionais) – Padrão de referência: WHO, 2006 (até 5 anos de idade) Fonte: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretária de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Orientações para a coleta e análise de dados antropométricos de saúde: Norma técnica do sistema de vigilância alimentar e nutricional – SISVAN. Brasília, 2011, p. 76. INTERVALO J.M.S.S., 72 anos, sexo feminino, solteira, aposentada, possui 3 filhos desempregados. A paciente é analfabeta e trabalhava como costureira. Devido à redução da acuidade visual não consegue mais realizar as atividades habituais de costura. Nega tabagismo e etilismo (parou há 10 anos). Não soube referir peso habitual. Refere perda ponderal, porém não sabe quanto. Nunca realizou tratamento dietético anterior. Refere internação há 2 meses (4 dias) por conta de gripe. Caso Clínico: Idosos IMPORTANTE INDICADOR Caso Clínico: Idosos Reside em casa própria com os filhos (2), noras (2) e netos (3). Não pratica exercício físico, mas realiza as tarefas domésticas. Nunca realizou tratamento dietético anterior. Refere internação há 2 meses (4 dias) por conta de gripe. Caso Clínico: Idosos História médica pregressa: Princípio de pneumonia (há 2 meses) e episódios recorrentes de diarreia. História médica atual: Refere problema cardíaco, mas não sabe o nome. História familiar: Não sabe a causa da morte dos pais, mas refere ter sido por “velhice”. Não sabe o “paradeiro” dos irmãos (7 irmãos). Medicamentos: Relata que o médico passou um remédio, mas não tem condições de comprar e ele não é distribuído pelo SUS. Em uso de calmante natural para dormir. Caso Clínico: Idosos Semiologia: Queixa de dispneia e cansaço aos médios esforços. Abdômen plano. Depleção moderada de tecido subcutâneo em região supra e intraclavicular, deltoide, acrômio, bicipital e tricipital, adutor do polegar e gastrocnêmico. Depleção das têmporas e bola gordurosa de Bichart. Cabelos frágeis e ralos. Mucosas suboculares hipocoradas (+++/IV). Mucosas sublingual hipocoradas (++/IV). Unhas frágeis. Turgor e elasticidade cutâneas reduzidos. Pele apresentando xerose. Olhos com xeroftalmia e lábios ressecados. Edêntula (com comprometimento da mastigação). Língua, palato e gengiva sem alterações. Nega disfagia, odinofagia e demais alterações no TGI (náuseas, vômitos, pirose e outros). Apetite reduzido. Caso Clínico: Idosos Família refere que a paciente tem apresentado dificuldade de memória. Ritmo intestinal: 3x/semana, nega esforço, dor e demais alterações. Abdômen sem alterações à palpação e percussão, porém com baixa reserva gordurosa. Sem edema nas extremidades. Caso Clínico: Idosos Dados antropométricos: Peso: 44 kg; Altura: 1,65 m; IMC = 16,17 kg/m2 – Magreza de acordo com SABE/OPAS = baixo peso, pois está < 23 kg/m2 Prega cutânea tricipital: 3 mm – < P5 (Depleção) Caso Clínico: Idosos Fonte: Adaptado de: FRISANCHO (1981). Homens Percentis Idade (anos) Média 5 10 15 25 50 75 85 90 95 60,0 a 64,9 30,6 13,0 16,0 18,0 21,5 29,0 37,5 42,5 47,0 55,0 65,0 a 69,9 29,3 11,5 14,0 16,5 20,0 27,5 36,0 42,0 46,5 53,0 70,0 a 74,9 28,7 12,0 15,0 17,0 20,0 27,0 35,0 41,0 44,5 51,0 Mulheres Percentis Idade (anos) Média 5 10 15 25 50 75 85 90 95 60,0 a 64,9 48,6 22,5 27,0 29,5 35,0 46,5 60,0 67,5 73,0 82,5 65,0 a 69,9 45,6 21,0 25,0 28,5 33,5 43,0 56,0 63,5 69,0 76,5 70,0 a 74,9 44,2 18,5 23,5 27,0 32,5 42,5 55,0 61,0 66,5 74,5 Percentis da soma das dobras cutâneas tricipital e subescapular de pacientes com 60 a 75 anos Circunferência do Braço: 20 cm: < P5 (Circunferência Reduzida) Caso Clínico: Idosos Fonte: MUSSOI (2017). CMB = 20 – (3,14 x 3) = 10,58 (<P5) – Déficit de massa magra Circunferência da Cintura: 69 cm (sem risco elevado de complicações metabólicas associadas à obesidade) - ≥ 80 cm; Circunferência da Panturrilha: 22 cm - risco para depleção muscular. Diagnóstico Nutricional Parcial: Desnutrição Energético-proteica Caso Clínico: Idosos ATÉ A PRÓXIMA!
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