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Os Princípios do direito do trabalho são orientações e preceitos com função informadora, normativa e interpretativa, que inspiram a criação e a análise de leis. Segue abaixo os princípios; Princípio protetivo ou da proteção Para o direito do trabalho, o princípio protetivo tem a finalidade de conferir ao empregado uma superioridade jurídica em decorrência de sua inferioridade econômica (hipossuficiência) em relação ao seu empregador. A ideia deste princípio é superar essa desigualdade. Por fim, é necessário dizer que o princípio protetivo desdobra-se em outros três subprincípios, que são: princípio do in dubio pro operario ; princípio da aplicação da norma mais favorável; e o princípio da manutenção da condição mais benéfica. Princípio da irrenunciabilidade As verbas trabalhistas possuem caráter alimentar e, por isso são consideradas como indisponíveis, não podendo ser renunciadas pelo empregado. ( Assim, segundo o art. 9º da CLT, “serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação” (BRASIL, 1943). Princípio da continuidade da relação de emprego Este princípio determina que a ordem justrabalhista só pode cumprir satisfatoriamente o objetivo teleológico do Direito do Trabalho mediante a: · Permanência do vínculo empregatício; · Com a integração do trabalhador na estrutura e dinâmica empresariais. Sendo assim, o princípio da continuidade da relação repercute em seis implicações, abordadas a seguir: · Preferência pelos contratos de duração indefinida; · Amplitude para a admissão das transformações do contrato; · Facilidade para manter o contrato, apesar dos descumprimentos ou nulidades em que se haja incorrido; · Resistência em admitir a rescisão unilateral do contrato, por vontade patronal; · Interpretação das interrupções dos contratos como simples suspensões; · Manutenção do contrato nos casos de substituição do empregador. Princípio da primazia da realidade O princípio da primazia da realidade sobre a forma determina que caso haja discordância entre o que ocorre na prática e o que emerge de documentos, deve-se dar preferência ao que ocorre na prática. Por exemplo, se na prática um empregador contratar um trabalhador e entre eles é assinado um contrato de representação comercial, porém, em juízo restar comprovado que o trabalhador era um verdadeiro empregado subordinado, restará reconhecido o vínculo empregatício, de nada valendo os documentos.
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