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TRABALHO PCC CURRICULO

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CLEIDIANE COSTA COELHO
PCC CURRICULO e as práticas pedagógicas
SÃO LUÍS 
2021
CLEIDIANE COSTA COELHO
PCC CURRÍCULO e as práticas pedagógicas
Produção Textual para o curdo de Pedagogia à Universidade ESTÁCIO, como requisito parcial para a obtenção de média nas disciplinas norteadoras do semestre.
Tutor(a) à Distância: Maria Alejandra Murrieta Leal
SÃO LUÍS 
2021
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	3
2	DESENVOLVIMENTO	4
2.1	A RELAÇÃO ENTRE A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR E AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS	4
3	CONCLUSÃO	10
REFERÊNCIAS	11
	
	
INTRODUÇÃO
Esse trabalho tem a principal temática “A Base Nacional Comum Curricular e as práticas pedagógicas”, onde é demonstrada a importância da BNCC e de seus critérios dentro da educação, assim como o conhecimento prévio do docente a respeito do PPP – Projeto Político Pedagógico escolar.
As teorias pós-críticas consideravam que o currículo tradicional atuava como o legitimador dos modus operandi dos preconceitos que se estabelecem pela sociedade. Assim, a sua função era a de se adaptar ao contexto específico dos estudantes para que o aluno compreendesse nos costumes e práticas do outro uma relação de diversidade e respeito. Além do mais, em um viés pós-estruturalista, o currículo passou a considerar a ideia de que não existe um conhecimento único e verdadeiro, sendo esse uma questão de perspectiva histórica, ou seja, que se transforma nos diferentes tempos e lugares.
Além disso, também é mostrada uma apresentação de diferentes posturas e propostas que podem ser utilizadas no percurso feito pelo docente em direção ao desenvolvimento das competências gerais indicadas na BNCC.
Seguindo essa linha de raciocínio, essa temática é importância para o cenário pedagógico por que visa desmembrar as competências gerais da Base Nacional Comum Curricular, apresentando posturas e propostas que os docentes podem utilizar para desenvolver cada uma delas dentro do cenário acadêmico com certa influência das tendências progressistas que tem o foco de tornar e vivenciar a forma como a educação pode transformar o mundo através dos alunos.
Além disso, essa produção textual também para o uso de tecnologias e mídias digitais através da elaboração e apresentação de tais posturas e propostas através da mídia digital nomeada Canva, que basicamente se trata de um software gratuito que pode ser acessado através do site oficial tem um intuito de ser utilizado para a elaboração de apresentação, cartaz, tirinhas entre outros.
Desse modo, pode-se afirmar que essa temática é bastante atual e de grande importância, tendo um embasamento teórico feito através dos arquivos e artigos disponibilizados para leitura que busca complementar a tese e os dados aqui apresentados a respeito da relação entre a base nacional comum curricular e as tendências pedagógicas dentro da educação de modo geral.
DESENVOLVIMENTO
A RELAÇÃO ENTRE A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR E AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
A transformação efetiva da Educação requer uma visão sistêmica que integre todos os níveis e atores do processo educativo: o Ministério da Educação, as secretarias municipais e estaduais, os conselhos educacionais, as equipes escolares – diretores, coordenadores pedagógicos, professores e funcionários –, as famílias dos alunos e as comunidades do entorno das escolas. Todos fazem parte de um mesmo sistema complexo e interdependente. 
A aprendizagem das crianças e dos jovens que ocorre na escola é provocada pelas pessoas que agem no funcionamento dessa engrenagem. Deve, então, ser a fonte de sentido da atuação dos profissionais envolvidos no sistema de ensino, porque são eles os responsáveis por criar condições para que todos possam usufruir de seus direitos de aprender. 
O diagrama no verso, desenvolvido pela Comunidade Educativa CEDAC, em parceria com a Editora Moderna e a Fundação Santillana, busca demonstrar como essa interdependência se dá na prática, consideradas as distintas dimensões de cada ator desse processo. 
É essa a visão do processo educativo na qual se baseia esta publicação, para que se possa pensar a implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) na escola a partir das condições que devem ser geradas para e pelos educadores para favorecer a aprendizagem e o desenvolvimento de nossas crianças e jovens. Veja o diagrama o processo educativo abaixo.
O PROCESSO EDUCATIVO O desenvolvimento e a aprendizagem de todas as crianças e de todos os jovens e adultos é a fonte de sentido de toda ação educativa. 
Conselho Nacional de Educação (CNE) 
Ministério da Educação (MEC) 
Conselhos estaduais e municipais Secretarias estaduais e municipais 
Diretores Coordenadores pedagógicos 
Professores Famílias/responsáveis 
Funcionários Crianças e jovens 
Abreviações: 
CE: conselho escolar CP: coordenador pedagógico PPP: projeto político-pedagógico
A BNCC – Base Nacional Comum Curricular se trata de um documento de função normativa voltada para as redes de ensino tanto particular quando público, sendo uma fonte obrigatória dentro dessas instituições para a elaboração das matrizes curriculares e também propostas pedagógicas para todo o ensino brasileiro.
Como é explicito na introdução de apresentação da BNNC, necessário salientar que esse documento não é capaz de alterar a desigualdade educacional dentro do cenário brasileiro, mas é importante porque através dele podem-se ter mudanças importantes e necessárias dentro do ambiente acadêmico tendo influência nos componentes curriculares, pedagógicos, materiais didáticos e também nas matrizes de avaliações das instituições escolares, garantindo assim u conjunto de aprendizagens que são essenciais aos discentes brasileiros que podem ter seu desenvolvimento pleno através das dez competências gerais voltadas para a educação básica.
Seguindo essa linha de raciocínio, a BNCC também auxilia o ambiente escolar a desenvolver o seu papel de maneira eficiente que segundo Queiroz se trata de se:
[...] adequar necessidades individuais ao meio, propiciar experiências, cujo centro é o aluno. Papel do aluno: buscar, conhecer, experimentar. Relação professor-aluno: clima democrático, o professor é um auxiliar na realização das experiências. Conhecimentos: algo inacabado, a ser descoberto e reinventado, baseado em experiências cognitivas de modo progressivo em consideração ao interesse. Metodologia; aprender experimentando, aprender a aprender. Conteúdos: estabelecidos pela experiência. Avaliação: foco na qualidade e não na quantidade, no processo e não no produto. (QUEIROZ; MOITA, 2007, p. 7)
Além disso, esse documento também se embasa em documentos legais que defendem sua importância e a necessidade de sua existência como é evidenciado na Constituição Federal de 1988 em seu Artigo 55 que determina que:
A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (BRASIL, 1988).
Neste sentido, uma tendência pedagógica basicamente é originária dentro de um contexto social que acaba influenciando as práticas pedagógicas adotadas dentro da escola com objetivo de alcançar determinadas expectativas. Sendo assim, tais tendências são responsáveis por possibilitarem um maior entendimento a respeito da educação durante a prática educacional.
Tendo como foco a tendência liberal, o discente era tido como uma tela em branco onde seria registrado o conhecimento descartando outros componentes importantes nessa abordagem como a cultura, a família e também os conhecimentos prévios fazendo com que a educação basicamente se baseasse no aprendizado de técnicas específicas voltados somente para a atuação dentro do mercado capitalista.
Em se tratando das tendências pedagógicas, elas se conceituam como a conjuntura de concepções teóricas de filósofos ou outros autores que debatem a educação de maneira compartilhando.É necessário salientar que segundo LIBÂNEO (1989) existem dois modelos, sendo eles: o liberal e o progressista. O primeiro basicamente se esforça apara manter a sociedade da mesma maneira que ela se encontra atualmente, enquanto a segunda defende que a educação é um instrumento transformador e de caráter progressista entro da sociedade.
Na tendência progressista, por outro lado, LIBÂNEO (1989) defende que neste caso tal termo é usado como intuito de apontar tendências que partem de uma análise crítica feita a partir das realidades sociais, sustentando de forma implícita os fatores sociopolíticos da educação. Nessa linha de raciocínio, para ele tal tendência é constituída por outras como a libertadora, libertária e crítico-social dos conteúdos.
Dessa forma, o termo progressista é bastante evidente na tendência libertária que basicamente tem como fundamento a modificação institucional de modificar o sistema e também as formas de poder, preocupando-se com todo o processo de aprendizagem e também com a liberdade dos indivíduos.
Neste sentido, em se tratando da relação entre a Base Nacional Comum Curricular e as tendências pedagógicas, pode-se afirmar que mesmo com as competências que embasam a BNCC, é possível se encontrar resquícios das tendências pedagógicas mesmo que de forma intrínseca, como é possível analisar na primeira competência da BNCC que traz uma estrutura da tendência Progressista Crítico-Social dos Conteúdos que tem como foco utilizar o pensamento e o eu lírico crítico do discente o levando a confrontar e analisar a realidade social.
Seguindo essa linha de raciocínio, é possível notar que existe uma relação tênue entre ambos os documentos que tem o seu valor dentro da pedagogia e também da educação de forma geral. Além disso, ao analisar as competências da BNCC como foi analisada a primeiras delas acimas e encontrar resquícios de uma tendência progressista, é de certo modo algo positivo para a educação tendo em vista que ela busca tornar o discente um ser pensante e não somente uma mão-de-obra para o mercado.
Professores e alunos são considerados agentes sociais, chamados a desenvolver uma prática social, centrada não na iniciativa do professor (pedagogia tradicional) ou na atividade do aluno (pedagogia nova), mas no encontro de seus diferentes níveis de compreensão da realidade por meio da prática social comum a ambos. (BATISTA e LIMA, 2012, p. 7)
Sendo assim, se situar no ambiente no qual o foco da educação é justamente um progresso da sociedade, visando questões sócio-políticas e socioeducativas direcionando o conteúdo e as aulas ministradas para a realidade social e também as formas como a sociedade tem se comportado, mostra-se como uma ótima oportunidade para o surgimento e também um abraço de ideias e debates que podem fazer uma evolução de um progresso mais ampliado e também mais maduro para as teorias e também para o comportamento social de maneira geral.
A Base Nacional Comum Curricular guiou o docente através das competências gerais ao caminho que deve ser seguido nos dias atuais, utilizando como base a tendência progressista em algumas de suas competências com intuito justamente de criar uma educação capaz de transformar o mundo e o contexto social no qual o ser humano se encontra atualmente, saindo daquele ideal de ensino mecanístico no qual o professor simplesmente repete aquilo que é ensinado a ele desde a universidade e passa a instigar os alunos a questionar, se posicionar e criar ciência e novos meios de viver dentro da sociedade.
Tendo isso em mente, logo abaixo tem-se uma listagem de posturas e propostas que caminham em direção ao desenvolvimento de cada uma das competências gerais indicadas na BNCC.
	Competência 1: Abordar a história social de forma descontraída com o intuito de promover o poder crítico e também a debate a respeito de como a sociedade é atingida diretamente por escolhas e acontecimentos de setores como a economia, a cultura e a política.
	Competência 2: Utilizar a tecnologia como uma ferramenta que irá permitir o acesso as diferentes áreas do conhecimento e induzir o aluno a buscar e investigar seus questionamentos através desse instrumento.
	Competência 3: Através das artes cênicas ou visuais, captar a criatividade do aluno e a usar como um canal que pode gerar conhecimento através de atividades artísticas voltadas para manifestações de arte e cultura.
	Competência 4: Elaborar atividades que utilizem diversas formas de linguagens como a verbal e a não-verbal com o intuito de promover o diálogo e também o entendimento mútuo de diferentes formas.
	Competência 5: Usar as mídias sociais para a expansão de atividades dos discentes com a participação e colaboração dos mesmos com o intuito de propagar o conhecimento utilizando a imagens deles (caso permitido pelo o responsável) para uma maior autonomia e originalidade do discente.
	Competência 6: Elaborar atividades descontraídas que envolvem temas da antropologia geral com o objetivo de demonstrar ao discente a diferença cultural existente entre uma sociedade e outra e também a importância do respeito diante tais divergências, valorizando o conhecimento e as diferenças regionais e culturais de todos. 
	Competência 7: Promover a elaboração de trabalhos em grupo com o uso de revistas, internet, livros ou outras fontes de conhecimento com o propósito de promover a interação, o debate e o poder crítico dos alunos, estimulando também a investigação e a força de posicionamento de cada um.
	Competência 8: Usar a educação física e algumas atividades específicas voltadas para a saúde corporal com o intuito de educar o discente com um olhar mais acentuado para o seu corpo e a sua mente, podendo utilizar termos da psicologia ou também buscando colocar em pauta a importância da alimentação saudável.
	Competência 9: Inserir debates ou rodas de conversa em turma a respeito de temáticas sociais envoltos de uma problemática com o objetivo de estimular o posicionamento e pensamento do discente a respeito de como lidar em determinadas situações e como demonstrar empatia ao próximo.
	Competência 10: Criar situações hipotéticas onde em grupo cada um deles deverão criar problemáticas que deverão ser solucionadas com um posicionamento individual firme e também coletivo com firmeza, autonomia e também responsabilidade.
Figura 1 – Modelo de Material Escolar
Fonte: Canva (2021).
CONCLUSÃO
Através dessa produção textual foi possível compreender a importância dessa temática voltada para a relação da base nacional comum curricular e também das tendências pedagógicas dentro da educação e da sociedade atual.
Os artigos disponibilizados para leitura foram de extrema relevância para a compreensão da temática, e também para o aprofundamento necessário que foi preciso se adquirir para a apresentação da tese aqui exposta a respeito das formas como as tendências progressistas são um passo importante e um marco necessário dentro da sociedade atual que busca transformar o mundo em um ambiente melhor. 
Por meio da situação problema apresentada que expõe Lívia e Cecília, foi possível se elaborar uma apresentação das posturas e propostas subsidiadas pelas tendências pedagógicas progressistas que tem o intuito de caminhar em direção ao desenvolvimento das competências gerais estabelecidas na BNCC, o que foi de extrema importância para uma visão mais generalizada e também mais prática de como funciona tais competências E também como ela se relacionam diretamente ou indiretamente com as tendências pedagógicas.
Neste sentido, é fundamental se falar a respeito das tendências pedagógicas liberais e também progressistas, para que a docência seja capaz de elaborar metodologias e práticas de ensino condizentes ao que está estabelecido dentro da BNCC. Sendo possível se fazer isso através do direcionamento dado pela tendência progressista que tem o intuito de preparar o discente para o mundo com um olhar crítico e com ideias e posicionamentos que podem vir agregar valor dentro da sociedade de forma geral, o tornando muito mais que um simplesproduto mecânico que reproduz um conhecimento vazio e com uma função questionável.
Por fim, esse tema é bastante atual e de muita importância dentro da ciência e da licenciatura atualmente, pois visa o amadurecimento do docente como um profissional que precisa se adaptar e sempre buscar meios de selecionar promovendo o conhecimento e também o pensamento crítico do aluno dentro e fora de sala de aula.
REFERÊNCIAS
APOLINÁRIO, Josimeire de Souza Lima; TARRAGÓ, Saiuri Totta; FERST, Enia Maria. Tendências pedagógicas e competências gerais da base nacional comum curricular para a educação básica: implicações para o currículo. Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.7, n.3, mar 2021. Acesso: 01 Ago. 2021
BRASIL, Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Brasília. 2018. “Introdução” Acesso: 01 Ago. 2021
CANVA. Modelos de material escolar e outros recursos que vão ajudar você a obter um alto desempenho escolar e acadêmico. 2021. Disponível em: https://www.canva.com/pt_br/aprenda/educacao/. Acesso: 07 Ago.2021.
LIBÂNEO, J. C. Democratização da escola pública: a pedagogia crítica-social dos conteúdos. 8. ed. São Paulo: Loyola, 1989. Acesso: 01 Ago. 2021
LIMA, M.R.; BATISTA, E.L. A pedagogia histórico-crítica como teoria pedagógica transformadora. In: MARSIGLIA, Ana Carolina Galvão; BATISTA, Eraldo Leme [orgs.]. Pedagogia histórico-crítica desafios e perspectivas para uma educação transformadora. 1.ed. Campinas: Autores associados, 2012, p. 1-36. Acesso: 01 Ago. 2021
QUEIROZ, C. T.; MOITA, F. M. G. S. C. Fundamentos sócio filosóficos da educação. Campina Grande: UEPB/UFRN, 2007 Acesso: 01 Ago. 2021
SANTOS, Raquel Elisabete de Oliveira. Pedagogia histórico crítica: que pedagogia é essa? Horizontes, v. 36, n. 2, p. 45-56, mai./ago. 2018. Acesso: 01 Ago. 2021
SILVA, Aracéli Girardi da. Tendências pedagógicas: perspectivas históricas e reflexões para a educação brasileira. Unoesc & Ciência, v. 9, n. 1, p. 97-106, jan./jun. 2018. Acesso: 01 Ago. 2021
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