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Fundamentação teórica de testes projetivos e expressivos

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Fundamentação teórica de 
testes Projetivos e 
Expressivos 
Técnicas projetivas – função e 
campo de abrangência 
As	 técnicas	 projetivas	 geram	 respostas	
emocionais	diferenciadas.	
• Apreensão	profunda	de	conteúdos		
• Dribla	a	resistência		
• Enfoque	interpretativo	do	material	
Essas	 técnicas	 são	 usadas	 em	
psicodiagnóstico	e	em	pesquisa.	
	
Pesquisa psicanalítica 
É	possível	existir	uma	pesquisa	psicanalítica?	
Ciência	e	psicanalise	são	compatíveis?	
O	 que	 faz	 diferentes	 disciplinas	 serem	
consideradas	ciência	são:	o	método	cientifico,	
composto	 por	 uma	 situação	 problema	 e	 a	
investigação/procedimento	 e	 o	 objeto	 de	
estudo.	
Pesquisa	positivista:	não	há	interferência	no	
objeto	 de	 estudo.	 Há	 uma	 neutralidade	 do	
pesquisador	com	o	objeto	de	estudo.	(S-O)	
Já	na	psicanalítica	abandona-se	esse	ideal	de	
neutralidade.	Pesquisador	e	objeto	de	estudo	
se	misturam.	(S-S)	
	
Testes projetivos e psicanálise 
• Os	 testes	 projetivos	 têm	 uma	 maior	
liberdade	para	associar.	
• Não	 existem	 respostas	 boas,	 corretas	 e	
únicas.	
• Há	 uma	 liberdade	 de	 tempo,	 mas	 a	
associação	 livre	 é	 provocada.	 Por	
exemplo:		
Um	 teste	 Rorschach,	 o	 avaliado	 vai	 ter	 de	
interpretar	 a	 imagem	 que	 você	 pedir	 –	 ele	
está	livre	para	associar	aquela	imagem,	mas	
há	a	delimitação	de	falar	somente	sobre	ela;	
Um	peixe	 está	 livre	para	 fazer	 o	 que	quiser	
dentro	do	aquário,	mas	o	aquário	é	o	limite.	
• Transferência	positiva:	Vinculo	positivo,	o	
paciente	 se	 sente	 confortável	 para	
transmitir	 as	 projeções	 inconscientes.	
Essa	 transferência	 estimula	 o	 paciente	 a	
falar.	
• Transferência	 negativa:	 há	 um	 bloqueio	
do	 paciente.	 Essa	 transferência	 negativa	
pode	acontecer	por	vários	motivos,	como:	
o	nome	do	avaliador	remeter	o	paciente	a	
alguém	 que	 não	 gosta,	 o	 avaliador	
apresentar	uma	postura	que	incomode	o	
paciente	etc.	
• Situação	projetiva	provoca	regressão	dos	
processos	 secundários	 (identidade	 de	
pensamento	e	princípio	de	realidade)	aos	
primários	(inconsciente).	
• Dados	 obtidos	 pelos	 protocolos	 =	
complementação	 dos	 dados	 obtidos	 na	
entrevista	e	não	com	função	de	confirmar	
dados	da	história	pessoal	
“...praticar	a	escuta	psicanalítica	-	pressupõe	
um	modo	de	conceber	o	homem,	a	alma	e	a	
linguagem	que	não	é	dado	 intuitivamente	a	
ninguém”	(Mezan,	1993,	p.	57).	
	
Teste projetivo: 
• Vazio	 que	 o	 sujeito	 deve	 preencher	
recorrendo	 menos	 às	 suas	 aptidões	 e	
inteligências	 e	 mais	 aos	 recursos	 da	
personalidade;	
• Material	 pouco	 estruturado	 –	 impede	 o	
apoio	 em	 informações	
convencionais/favorece	 o	 aparecimento	
de	fatores	internos	do	sujeito;	
• Apreensão	dos	dados	do	mundo	externo:	
caráter	subjetivo.	
Os	 testes	 projetivos	 são	 respostas	
estruturalmente	 análogas	 à	 estrutura	 de	
personalidade	do	sujeito.	
	
Visão de homem: 
Inconsciente:	
Determinismo	psíquico:	forma	de	agir/	modo	
de	funcionamento	no	mundo	que	não	muda.	
Uma	neurótica	não	vira	uma	psicótica.		
	
Realidade psíquica 
A	 realidade	 psíquica	 é	 uma	 forma	 de	
existência	 especial,	 que	 não	 deve	 ser	
confundida	com	a	realidade	material,	é	aquilo	
que	para	o	sujeito	assume	valor	de	realidade	
no	seu	psiquismo.	
A	realidade	psíquica,	no	entanto,	representa	
a	percepção	e	pontos	de	vista	que	o	sujeito	
possui.	
	
Aspecto processual do 
funcionamento psíquico 
Terceira	lição	–	Freud		
• Pressuposto	 teórico:	 determinismo	 dos	
processos	mentais.	
• Repressão	 e	 resistência.	 à	 “Podemos	
admitir	que	tanto	maior	a	deformação	do	
elemento	procurado	quanto	mais	forte	a	
resistência	que	o	detiver”	(p.	30)	
• Duas	 forças	 antagônicas:	 trazer	 à	 tona	
conteúdos	inconscientes	X	resistência.	
	
Métodos de sondagem do 
inconsciente 
• Associação	livre		
• Interpretação	dos	sonhos.	
• Estudo	dos	lapsos	e	atos	casuais	
• Chistes		
• Sonhos:	 satisfação	 disfarçada	 de	 um	
desejo	reprimido	→	Conteúdos	manifesto	
e	latente	
Aproximações entre a elaboração 
onírica e o TAT 
• “O	 conteúdo	 manifesto	 dos	 sonhos	 é	 o	
substituto	 deformado	 para	 os	
pensamentos	 inconscientes	 do	 sonho”	
(p.34)	
• Condensação	e	deslocamento	
• Simbolismo	como	forma	de	expressão	do	
inconsciente.	
A interpretação dos sonhos como 
ilustração 
• Sonhos	 fazem	 uso	 irrestrito	 de	 símbolos	
linguísticos,	 em	 geral,	 com	 uso	
desconhecido	 para	 quem	 sonhaà	
aproximação	com	TAT.	
• Condensaçãoà	 elemento	 isolado	 no	
sonho	 manifesto	 representa,	 com	
frequência,	 grande	 número	 de	
pensamentos	latentes.	
• Regras	 da	 lógica	 não	 têm	 peso	 no	
inconsciente.	Reino	do	ilógico.	
¯	
Impulsos	 com	 objetivo	 contrário	
coexistem	lado	a	lado.	
• Sonhos,	 como	 histórias	 do	 TAT,	 são	
produtos	de	um	conflito,	são	uma	espécie	
de	estrutura	de	conciliação.	
• Intensidade	 psíquica	 deslocada	 de	 um	
elemento	 para	 outro	 (elementos	
essenciais	 podem	 parecer	 como	 meras	
alusões).	
• Quanto	 maior	 o	 deslocamento	 e	 a	
condensação,	 mais	 difícil	 acessar	 os	
conteúdos	latentes.	
Referências 
• HALL,	C.	S.;	LINDZEY,	G.;	CAMPBELL,	J.	B.	
Teorias	 da	 Personalidade.	 4	 ed.	 Porto	
Alegre:	Artes	Médicas	 Sul,	 2000.	 pp.189-
205.	
• SILVA,	 M.E.L.	 Pensar	 em	 psicanálise.	 In:	
LINO	DA	SILVA,	Maria	Emília	(Coord.).	
• Investigação	 e	 psicanálise.	 Brasília:	
Papirus,	1993.	p	11-25.	
• BARROS,	 I.P.M.	 de;	 PAIVA,	 M.L.S.C.	
Contribuições	 do	 Teste	 de	 Apercepção	
Temática	à	pesquisa	psicanalítica.	In:	Vaz,	
Cícero	Emídio;	GRAEF,	Rodrigo	Link	(org.).	
Técnicas	 Projetivas:	 produtividade	 em	
pesquisa.	Porto	Alegre,	2004.	p.	96-100.	
• Fensterseifer,	 L.,	 &	 Werlang,	 B.	 S.	 G.	
(2008).	 Apontamentos	 sobre	 o	 status	
científico	das	Técnicas	Projetivas.	In	A.	E.	
de	 Villemor-Amaral	 &	 B.	 S.	 G.	 Werlang	
(Orgs.),	 Atualizações	 em	 métodos	
projetivos	para	avaliação	psicológica	(pp.	
15-33).	São	Paulo:	Casa	do	Psicólogo.	
• GRASSANO,	 E.	 Indicadores	
psicopatológicos	 nas	 técnicas	 projetiva.	
São	Paulo:	Casa	do	Psicólogo,	1996.	
• Hanns,	 L.	 A.	 (2000).	 Psicoterapias	 sob	
suspeita	–	a	psicanálise	no	século	XXI.	In	R.	
A.	Pacheco	Filho,	N.	E.	Coelho	Junior	&	M.	
D.	 Rosa	 (Orgs.),	 Ciência,	 pesquisa,	
representação	e	realidade	em	psicanálise	
(pp.	175-203).	São	Paulo:	EDUC	&	Casa	do	
Psicólogo.

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