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Fichamento - YEHIA, G Y - Psicodiagnóstico Interventivo CAP 1

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
CURSO DE PSICOLOGIA
Aluno: Letícia França
R.A.: N509JE6
Semestre: 6° semestre
Turno: Noite
Professor: Andréia 
Texto 
YEHIA, G. Y. Psicodiagnóstico fenomenológico-existencial: focalizando os aspectos saudáveis. In: ANCONA-LOPEZ, Silvia. Psicodiagnóstico Interventivo: Evolução de Uma Prática. São Paulo, Cortez Ed., 2013, p. 23-44.
Síntese
	A autora, no início de sua explicação a respeito do psicodiagnóstico, nos leva a entender um pouco da importância do pensamento fenomenológico e suas contribuições para a psicologia. Explica que atualmente a doença não é vista apenas como algo não saudável e sim como uma construção de outros modos de existência, é claro que isso voltado para doenças mentais. A etimologia da palavra saúde nos remete a promoção de integridade e ou cuidado. Desta forma a prática psicológica vai em direção ao acolhimento do sofrimento humano como perda de sentido. O autor critica também o modelo técnico-científico, pois o domínio do saber não se torna um local seguro, além de trazer respostas extas ou verdadeiras, não alivia a angústia. O que ela propõe é um “deslocamento do saber”, aqui existe uma construção conjunta de sentido, e não uma verdade absoluta que é passada ao outro. A autora explica que a perspectiva fenomenológica existencial considera que, o que constitui a existência do ser humano são suas relações, sendo assim, são encontros entre outros sujeitos que ocasionam mudanças para o desenvolvimento e aprendizagem do ser humano.
Principais ideias
	Os pais que vão buscar a ajuda a partir do psicodiagnóstico após a solicitação da escola, por exemplo, não entendem muito bem a queixa e acabam se mostrando desinteressados e muitas vezes podem se mostrar decepcionados com os resultados obtidos, pois não é mostrado a eles nenhum benefício, pelo menos não os benefícios esperados por eles. 
	Se o psicodiagnóstico for considerado apenas como uma coleta de dados, onde organizaremos um raciocino clinico para que aí orientemos o processo terapêutico, este processo passa a ser insignificante, pois neste passo não seremos capazes de provocar mudanças, as mudanças ocorrerão nas etapas posteriores, e então sim ele encontrará acolhimento para seu sofrimento e dúvidas. 
	Entramos então no psicodiagnóstico fenomenologia-existencial. No ponto de vista da fenomenologia-existencial o sentido dos objetos se encontra na relação que existe entre eles o conjunto de significados estruturados e de interações inter-relacionadas. No cotidiano estamos com objetos de uso corriqueiro, com as pessoas, família, filhos, sem nos questionarmos a respeito do significado que cada um desses indivíduos e coisas tem para nós. 
	Quando falamos no psicodiagnóstico infantil, os pais tem grande relevância, pois a queixa é trazida, por ele, os sintomas da criança e a compreensão deles sobre a situação deles e do filho. Por tanto são eles que arcam com o processo, ou seja, com o tempo para levar e buscar, o valor gasto das sessões e as transformações na dinâmica da família. Sendo assim se ele não estiver motivado e empenhado para os atendimentos do filho, é bem improvável que esteja disposto a continuar o processo. 
	É então que a autora nos explica a importância de deixar claro qual é o entendimento dos pais sobre o encaminhamento feito pela pediatra, por exemplo. O atendimento precisa fazer sentido para eles, caso contrário fica quase impossível contar com a colaboração ativa deles. 
	
	Outro fator importante para o envolvimento dos pais é como os pais entendem o atendimento psicológico e quais são suas expectativas. Oferecendo a eles esclarecimentos a respeito da proposta que será trabalhada, informando que se trata de uma tentativa de compreensão do que está ocorrendo com a criança no amito pessoal, familiar e social. Esclarecendo esses pontos é possível fazer com que eles entendam a importância de sua participação, e se realmente estão dispostos a compartilhar deste projeto. 
	 Nas sessões subsequentes, através da anamnese é possível conhecer o desenvolvimento biopsicossocial da criança, além de ser uma oportunidade para os pais explorarem as experiências passada e presente com o filho, podendo expor sentimentos e expectativas que presenciam o relacionamento da criança. E para o psicólogo se torna possível observar as formas de relacionamento da família, focos de ansiedade, distribuição de forças dinâmica familiar. 
	Antes de marcar a sessão com a criança é extremamente importante que os pais informem a criança que vão a consulta com um psicólogo e o motivo desde fato. Pois muitas vezes os pais tem receio de que possa soar para o filho como se ele não fosse “diferente”, ou tem medo de que possa haver uma “piora”. Mas o aviso é importante, pois possibilita que a criança perceba que existe algo acontecendo e ela vai construindo seu entendimento a respeito deste fato.
	O primeiro encontro com o psicólogo e a criança ocorre de forma lúdica ou de uma entrevista acompanhada da realização de desenhos. A partir dessa observação, algumas vezes é preciso voltar a falar com os pais, pois podem aparecer informações que não tinham sido ditas anteriormente. 
	Existe também um conteúdo pedagógico nas entrevistas com os pais, pois eles não têm a obrigação de conhecer os instrumentos e cultura da psicologia. 
	No final do processo o psicólogo elabora o relatório e apresenta aos pais na última sessão, para que assim possam compreender a síntese feita pelo profissional e caso eles não concordem podemos alterar o relatório, caso não concordem ou queiram acrescentar algo. 
	Outro ponto que a feno contribuiu para o psicodiagnóstico interventivo, foi a reavaliação do papel do cliente e do psicólogo. O cliente que era passivo, se torna ativo e envolvido no trabalho de compreensão é corresponsável pelo trabalho desenvolvido. 
	Assim o psicodiagnóstico se torna uma situação de cooperação, todas as partes aprendem, observam e compreendem a construção da base que tem muita importância para o trabalho. 
	Se for necessário utilizar instrumentos psicológicos é necessário discutir com os pais da criança, para que possamos explicar o objetivo e princípios gerais, assim os pais participam do estudo do filho.
	O psicodiagnóstico fenomenológico-existencial implica em um trabalho de redirecionamento dos pais a partir do entendimento da criança e da dinâmica familiar, tendo como objetivo facilitar o relacionamento, possibilitando formas novas de interação, abrindo assim, novas perspectivas experienciais. 
	No começo dos atendimentos os psicólogos usam as intervenções como forma de conseguir explorar e entender melhor as preocupações dos pais com a criança. De maneira geral, as intervenções não são utilizadas para ajudas os clientes, mas podem obter efeito terapêutico. 
	“O ponto de impacto da intervenção, no psicodiagnóstico, é a interação pais versus filho, dirigindo-se ao problema de identificações recíprocas e projeções.” (p.29).
	O psicólogo não é passivo e neutra no sentido de acompanhar as associações dos pais. Existe um limite para duração deste processo, por tanto é importante estimular o confronto dos pais com suas angústias. E para que seja possível este fato, é utilizado o princípio de focalização, “que consiste em polarizar sua atenção sobre o conflito central do qual decorreriam os problemas principais.” (p. 29).
	As visitas domiciliares podem ocorrer para que exista a observação da família, assim como a “ressignificação de falas e observações ocorridas durante as sessões.” (p. 30).
	Já as visitas á escola, podem ocorrer para observar e as vezes reavaliar queixas, podendo orientar a professora a parti da compreensão da criança, se for permitido. 
	Normalmente em torno da quinta sessão, a autora revela que em seus estudos foi possível observar uma movimentação dos pais onde estes começam a relatar as mudanças na forma em que se relacionam com o filho, ao mesmo tempo, mostram ter perdido seus norteadores, fazendo com que se tornem reféns das indicações do psicólogo. 
	No início dos atendimentos podemosinstalar um campo interacional, onde os pais e o psicólogo viverão experiências. Porém a eficácia deste campo depende dos pais e do psicólogo. 		
	“(...) é preciso que a desconstrução da imagem do filho, associada a uma maneira de ser dos pais, a sua própria forma de construir esta imagem e aos pressupostos implicados nesta construção, favoreça uma nova construção” (p.31).
	Todavia, enquanto esta novo construção ainda não ocorreu e a antiga está fragilizada, seria como se os participantes estivessem parados numa espécie de vazio. É então que o psicólogo deve estar disposto a acompanhar os pais, para que seja possível tornar estes momentos produtivos. 
	“Insisto, neste trabalho, busca-se sempre focalizar os aspectos saudáveis da criança e dos pais, fazendo apelo à abertura de novas possibilidades de estar-com em vez da busca de uma adequação a algo considerado “normal” pela ciência, respeitando a cultura e o contexto familiar.” (p.32).
O relatório final tem suma importância no processo, pois é a partir dele que o psicólogo pode verificar a consistência e a coerência das conclusões que chegou. Ele tem como objetivo construir uma síntese do processo, descrevendo os acontecimentos durante as sessões. 
“Por essa perspectiva, a leitura do relatório no final do atendimento se constitui em um momento significativo do processo.” (p.32).
“A leitura provoca, ainda, um impacto sobre os pais, na medida em que eles se confrontam de uma só vez com vários aspectos de sua experiência mencionados ao longo do processo.” (p.32).
A autora explica um pouco sobre a entrevista de follow-up, que ocorre com a finalidade de retomar as experiências vivenciadas pelos pais durante o psicodiagnóstico, para que assim possamos ter ciência da produtividade e eficácia do processo, ela é feita depois de um tempo. Possibilitando rever, por parte do cliente e psicólogo, abrindo novos caminhos e enxergando novas perspectivas. 
“(...) a entrevista de follow-up também propicia aos pais uma pausa reflexiva para se confrontar com seu momento atual de vida. Afinal, qual o objetivo de um trabalho em psicologia clínica? Depende da demanda do cliente no momento da procura. Ora, esta pode se modificar ao longo do tempo.” (p.33).
 	Está prática é pouco utilizada, mas proporciona um momento significativo de atenção e cuidado, tanto para o profissional quanto para o cliente.