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Reclamação Trabalhista por Dispensa Imotivada de Gestante

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EXMO. SR. DR. JUIZ DO TRABALHO DA VARA DO TRABALHO DE ______________________
TUTELA DE URGÊNCIA
QUALIFICAÇÃO RECLAMANTE, por meio de seu advogado e procurador que esta subscreve ao final, vem à presença de V. Excelência com fulcro no art. 840 da CLT, propor a presente RECLAMAÇÃO TRABALHISTA contra QUALIFICAÇÃO RECLAMADA, pelos motivos que passa a expor.
DA TUTELA DE URGÊNCIA
A reclamante foi dispensada imotivadamente enquanto grávida. Manteve contrato de trabalho com a reclamada entre 11/11/2013 a 01/08/2017 ocasião em que foi dispensada de forma imotivada mesmo estando grávida com idade gestacional de 6 semanas. O ultrassom aponta a data da concepção em 22/06/2017, ou seja, ainda no período em que o contrato de trabalho da obreira estava em vigor.
É cediço que a empregada grávida detém da garantia provisória de emprego disposto no art. 10, II, b da ADCT, que compreende o período desde a concepção até 5 meses após o parto.
In caso, inconteste a situação gravídica da obreira (ultrassom em anexo), inconteste ainda a dispensa de forma imotivada (aviso prévio em anexo), logo, preenchido os requisitos autorizadores para concessão da tutela de urgência que, no caso em tela, seria o da reintegração.
Com fulcro no art. 300 do NCPC, requer seja concedida a tutela de urgência antecipada compelindo a reclamada na reintegração da obreira nas mesmas condições de labor e cargo que ocupava anteriormente.
Sem prejuízo, requer a concessão da tutela para compelir a reclamada no pagamento dos salários do período de afastamento até a efetiva reintegração da obreira.
Para tanto, requer desde juízo a imposição de multa diária em caso de descumprimento.
DA JUSTIÇA GRATUITA
A reclamante não possui condições financeiras de arcar com as custas do processo sem prejuízo do próprio sustento, mesmo que na época percebia salário superior a 40% do teto da previdência, porquanto agora encontra-se desempregada e suportando despesas da sua gravidez, razão pela qual, com fulcro no art. 790, §3º da CLT, requer sejam concedidas as benesses da justiça gratuita.
DO CONTRATO DE TRABALHO
A reclamante fora admitida em 11/11/2013 na função de Assistente Administrativa com salário inicial de R$ 1.800,00. Fora dispensada em 01/08/2017 com salário de R$ 5.131,51.
DA ESTABILIDADE DA GESTANTE
A reclamante foi dispensada de forma imotivada em 01/08/2017 quando já suspeitava do seu estado gravídico. Ocorre que conseguiu agendar um exame de ultrassom para o dia 03/08/2017, ou seja, dias depois da sua dispensa. O resultado confirmou a situação gravídica de 6 semanas, apontando como a concepção ocorrida em 22/06/2017.
Imediatamente a reclamante informou a reclamada do seu estado gestacional e que não poderia ser dispensada imotivadamente (e-mail anexo datado em 09/08/2017). Contudo, a reclamada recusou-se a reintegrar a obreira alegando que não teria mais lugar para a mesma, pois já haviam contratado outro empregado para sua função.
Disposto no art. 10, II, b da ADCT a estabilidade da empregada gestante no seu emprego desde a concepção até 5 meses após o parto, obstando o empregado de proceder na dispensa imotivada em razão do estado gravídico da empregada mulher, momento este que mais necessita do trabalho para o seu sustento e da criança durante a gestação.
Outrossim o art. 391-A da CLT garante a estabilidade gestacional cuja concepção se deu durante o contrato de trabalho ou até mesmo no curso do aviso prévio, indenizado ou trabalhado.
Ressalta-se que a convenção ora colacionada nos autos, prevê na cláusula 34ª, que a empregada gestante terá o direito a estabilidade desde a concepção até 5 meses após o parto ou 90 dias após o retorno do afastamento legal (licença maternidade) prevalecendo destas duas alternativas, a que for mais favorável, sendo assim, cabível a estabilidade da obreira até 90 dias após o retorno da licença maternidade. 
No caso telado, a reclamante é detentora da estabilidade em comento, informando o empregador em tempo do seu estado gravídico solicitando a sua reintegração no emprego.
Entretanto a reclamada até o momento queda-se inerte em desacordo com a lei. Pode o juízo entender desaconselhável a reintegração da obreira e decidir pela indenização, entretanto, fica a critério do juízo a reintegração ou a indenização, vez que a obreira pugna pela reintegração ainda no período de estabilidade (Súmula 244, TST).
Pelo exposto, requer a reintegração da reclamante ao emprego nas mesmas condições de labor e cargo ocupado anteriormente a sua dispensa, instituindo multa diária em caso de descumprimento da decisão do juízo.
Entretanto, caso V. Excelência entenda desaconselhável a reintegração, requer seja a reclamada condenada no pagamento dos salários do período estável desde a dispensa até 5 meses após o parto ou 90 dias após o retorno da licença maternidade, incluindo-se 13º salário, FGTS, multa de 40% e férias acrescidas de 1/3 além do Aviso Prévio.
DOS PEDIDOS
Ante todo o exposto requer:
1 – A concessão da tutela de urgência para compelir a reclamada na imediata reintegração da obreira com pagamento dos salários do período de afastamento até sua efetiva reintegração, com a fixação de multa diária em caso de descumprimento OU caso este juízo entenda por desaconselhável a reintegração, requer seja a reclamada condenada no pagamento dos salários correspondente ao período estável desde o afastamento até 5 meses após o parto ou 90 dias após o retorno do afastamento legal com reflexos em aviso prévio, férias acrescidas de 1/3, 13º salário e FGTS acrescido de multa de 40% além da expedição de alvará para levantamento do FGTS e requerimento do Seguro Desemprego...........................R$ 103.913,07 (cento e três mil novecentos e treze reais e sete centavos).
2 – A intimação da reclamada para, querendo, apresentar defesa no momento oportuno sob pena de incorrer em revelia nos termos do art. 844 da CLT.
3 – A PROCEDÊNCIA DA AÇÃO para condenar a reclamada na reintegração imediata da obreira com pagamento dos salários pelo período de afastamento OU indenização substitutiva correspondente aos salários do período estável e reflexos em aviso prévio, férias acrescidas de 1/3, 13º salário e FGTS acrescido de multa de 40%.
4 – A concessão da justiça gratuita pelos termos da fundamentação.
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito em especial prova documental que seguem nos autos sem prejuízo de outras provas que se fizerem necessárias durante a instrução processual.
A condenação no pagamento de honorários advocatícios no importe de 15% sobre o valor da condenação e custas processuais nos termos do art. 791-A e 789, CLT respectivamente.
A atualização e correção do débito nos termos da súmula 200 e 381 do TST e art. 883 da CLT.
Dá-se a causa o valor de R$ 103.913,07 (cento e três mil novecentos e treze reais e sete centavos).
Termos em que
Pede deferimento

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