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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA ... VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE SETE LAGOAS - MG 
 
 
 	NELSON AVIZ, nacionalidade, estado civil, auxiliar de serviços gerais, filho de..., portador da carteira de identidade de nº..., com o CPF nº..., CTPS nº..., série..., PIS nº..., residente e domiciliado à Rua..., nº..., bairro..., CEP nº... , Cidade/Estado, por meio dos seus advogados que esta subscreve, nos termos da procuração (anexa), com escritório à Rua Amazonas, nº 325, Betânia, Manaus/Amazonas, em nome de quem e para onde quer que sejam remetidas as notificações, vem, perante a Vossa Excelência propor a presente:
 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
Em face de SOCIEDADE EMPRESÁRIA ALPHA LTDA., CNPJ ..., situada na rua ..., nº..., bairro..., CEP..., Sete Lagoa/MG, o que faz de acordo com os fundamentos fáticos e jurídicos a seguir expostos: 
 
I. DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
Cumpre salientar que a Requerente não possui condições financeiras de arcar com custas processuais e honorárias advocatícias, sem prejuízo ao seu próprio sustento e de sua família, requerendo desde já os benefícios da justiça gratuita, nos termos do artigo 4º da Lei 1.060/50, com redação introduzida pela Lei 7.510/86.
II. SÍNTESE DO CONTRATO DE TRABALHO 
O RECLAMANTE foi admitido pelo RECLAMADO no dia 17 de dezembro de 2017 para exercer o cargo de auxiliar de serviço gerais, conforme registro em sua CTPS, percebendo o salário mensal de R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais) para a determinada função.
Contudo, em sua realidade diária, o RECLAMANTE exercia o posto de técnico em informática, realizando jornada de 20h às 5hs de segunda a sábado, servindo-se de tão-somente 20 minutos de intervalo intrajornada, pela remuneração de R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais), valor este pago à funcionário que desempenha função de auxiliar de serviços gerais.
É de fundamental importância salientar que o piso salarial do técnico em informática é de R$ 1.800,00 (mil e oitocentos reais)
O RECLAMANTE fora então despedido por justa causa no dia 28 de abril de 2018 pelo RECLAMADO, não auferindo quaisquer indenização, salvo pelo saldo de salário do último mês. 
Tendo em vista os argumentos jurídicos a seguir apresentados, interpõe-se a presente Reclamação Trabalhista no intuito de serem satisfeitos todos os direitos do RECLAMANTE. 
III. DO DIREITO 
1. DO AVISO PRÉVIO INDENIZADO
Observando a inexistência de justa causa para a rescisão, passa a existir então à RECLAMANTE o direito ao Aviso Prévio indenizado, já que o § 1º do art. 487, da CLT, estabelece que:
 A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período no seu tempo de serviço.
Dessa forma, o período de Aviso Prévio Indenizado, corresponde a mais 30 dias de tempo de serviço para efeitos de cálculos trabalhistas. 
Neste caso, o RECLAMANTE trabalhou pelo período de 99 dias e conforme Lei A lei 12.506/11, no art. 1º, caput, faz jus, portanto, ao recebimento do Aviso Prévio indenizado.
A reclamante faz jus, portanto, ao recebimento do Aviso Prévio indenizado.
2. DAS FÉRIAS PROPORCIONAIS E PROJEÇÃO SOBRE O AVISO PRÉVIO
O RECLAMANTE possui direito a receber o período incompleto de férias, acrescentado do terço constitucional, em concordância com o art. 146, parágrafo único da CLT e art. 7º, XVII da CF/88
Ambas bases jurídicas preveem as férias proporcionais acrescidas de 1/3. 
Sendo assim, tendo o contrato iniciado no mês de Dezembro de 2017 e terminado no mês de Abril de 2018, totalizando o período de 4 meses, o RECLAMANTE faz jus ao pagamento das férias proporcionais equivalente a 4/12 de férias bem como faz jus a 1/12 de férias referente à projeção do aviso prévio segundo o art. 487, §1º, da CLT.
3. DO 13º SALÁRIO PROPORCIONAL E PROJEÇÃO SOBRE O AVISO PRÉVIO 
As leis 4.090/62 e 4.749/65 prescrevem que o 13º salário deverá ser liquidado até o dia 20 de dezembro de cada ano. Frisa-se além disso que, a parcela igual ou superior a 15 dias de trabalho deverá ser compreendida como mês integral para efeitos do cálculo do 13% salário.
Portanto, tendo início o contrato do Reclamante no mês de Dezembro de 2017 e terminado no mês de Abril de 2018, computando o período de 4 meses, faz jus, assim sendo, a 4/12 de 13º salário proporcional bem como faz jus, de acordo com o art. 487, §1º, da CLT a 1/12 de 13º referente a projeção de aviso prévio. 
4. DO FGTS E MULTA DE 40% 
De acordo com o art. 15 da Lei 8.036/90 todo empregador terá que realizar depósito até o dia 7 de cada mês na conta correspondente do empregado, o valor depositado deverá ser equivalente a 8% de sua remuneração devida no mês anterior.
Deste modo, o Reclamado deve efetuar os depósitos correspondentes ao período que abrange de 17 de Dezembro de 2017 e demais depósitos não realizados até a data de 28 de Abril de 2018 no FGTS do Reclamante. 
Para além disso, deve ainda o Reclamado pagar multa de 40% sobre o valor total a ser depositado a título de FGTS, de acordo com § 1º do art. 18 da Lei 8.036/90 c/c art. 7º, I, CF/88, uma vez que houve rescisão indireta de contrato de trabalho.
5. VERBAS RESCISÓRIAS E MULTA DO ART. 447 DA CLT
Dado que no prazo estabelecido no art. 477, § 6º, da CLT, de até 10 dias contados a partir do término do contrato para pagamento dos valores constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação nada foi pago ao Reclamante referentes às verbas rescisórias, o Reclamado deve efetuar o pagamento de uma multa equivalente a um mês de salário revertida em favor do Reclamante, conforme § 8º do mesmo artigo.
6. DA DESCONSIDERAÇÃO DA JUSTA CAUSA 
Impede destacar, de pronto, que antes de ter ciência da demissão por “justa causa”, o Reclamante em nenhum momento foi advertido de qualquer forma pela Reclamada, havendo assim ausência de motivos que pudessem justiçar a demissão sem justa causa em apreço. 
O Reclamante foi demitido de acordo com a Reclamada, por justa causa, que até o presente momento nunca existiu, por não estarem presentes no caso quaisquer dos atos faltosos elencados no art. 482, da CLT, que abrange as situações de dispensa por justa causa. 
O Reclamante foi surpreendido pela demissão por justa causa, pois durante a relação empregatícia sempre exerceu sua função com zelo, jamais provocando qualquer ato que desabonasse sua pessoa ou atividade laborativa, assim sendo, não deu motivo para dispensa por justa causa. 
A demissão, que se deu por justa causa, foi arbitrária, uma vez que desprovida de justificativa e sem qualquer fundamentação legal. 
O Reclamante, até a presente data, não entende porque foi demitido por justa causa, principalmente porque não houve nem justificativa por parte da Reclamada que pudesse corroborar com tal decisão arbitrária, já que sempre exerceu suas funções com normalidade. 
Salienta-se que a Reclamada não aplicou outras penalidades menos severas antes da demissão que se busca reverter, demonstrando assim a real intenção da Reclamada.
Há que se destacar que o poder do empregador tem limitações, tendo em vista que CLT protege o empregado das arbitrariedades que possam vir a acontecer por parte do patrão, como é o caso aqui apresentado. 
Inexistindo motivação, a rescisão sem justa causa é a mais correta a ser aplicada. 
Assim, faz jus a correção da CTPS, uma vez que a dispensa pode ser considerada como imotivada com aviso prévio indenizado. 
7. DO DESVIO DE FUNÇÃO E RETIFICAÇÃO DA CTPS
Conforme já relatado inicialmente, o Reclamante foi contratado pela Reclamada, em 17 de Dezembro de 2017, para então exercer a função de serviços gerais, mediante o salário-base mensal no valor de R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais), tendo este permanecido no exercício da respectiva função até o dia 28 de Abril de 2018.
Porém, em sua realidade cotidiana, o Reclamante desempenhava o posto de técnico em informática. É importante salientar que o valor de de R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais) é o salário-base pago para quem exerce função de auxiliar de serviços gerais, no caso, pago a Reclamante,como registro em sua CTPS. Já o salário-base de R$ 1.800,00 (mil e oitocentos reais) é a quantia que os demais empregados ocupantes do cargo de técnico em informática recebiam. 
Assim, por todo o período contratual, o Reclamante exerceu, de forma efetiva e exclusiva, de técnico em informática. 
Apesar da mudança de função do Reclamante, a Reclamada não procedeu ao pagamento do salário-base correspondente a função a qual o trabalhador passou a exercer em decorrência da determinação patronal, bem como não procedeu às devidas anotações de promoção de função e aumento de salário na CTPS do funcionário, permanecendo pagando a este o salário-base correspondente a função de auxiliar de serviços gerais.
Portanto, diante do fato do Reclamante ter exercido, realmente, a função de técnico em informática junto à empregadora durante todo o contrato e lhe sendo pago o valor do salário-base correspondente a função de auxiliar de serviços gerais, é certo que este desde já faz jus ao reenquadramento de função para que passe a constar em sua CTPS, o cargo de técnico em informática, bem como seja anotado em sua CTPS e fixado como salário-base o valor de R$ 1.800,00 (mil e oitocentos reais), devidos pelo período em que houve o desvio funcional e ainda, segundo a OJ nº82 da SDI I, a data de saída a ser anotada na CTPS deve corresponder à do término do prazo do aviso prévio. Logo, faz jus à retificação da data de saída na CTPS para o dia 28 de Abril de 2018.
Sendo declarado reenquadramento de função para que se passe a considerar como exercida a função de técnico em informática de 17 de Dezembro de 2017 a 28 de Abril de 2018. 
O Reclamante desde já faz jus às diferenças das verbas trabalhistas do período equivalentes a 99 dias, eis que estas foram calculadas e pagas sobre o valor do salário-base correspondente a função de meio oficial eletricista.
Diante o exposto, uma vez declarado o reenquadramento de função, o Reclamante faz jus a diferença das seguintes verbas trabalhistas:
• Diferença de Saldo de Salários correspondentes a todo o período contratual, tendo em vista a diferença salarial do período em decorrência do reenquadramento de função;
• Diferença de Adicionais de Horas Extras, no percentual de 50% e 100%, e seus consequentes reflexos nas demais verbas trabalhistas, pagos durante o período laborativo, tendo em vista a diferença salarial do período em decorrência do reenquadramento de função;
• Diferença de depósitos de FGTS realizados durante o período laborativo, tendo em vista a diferença salarial do período em decorrência do reenquadramento de função.
8. DO ADICIONAL DE TRABALHO EM PERÍODO NOTURNO 
Segundo o Art. 7º, IX da CRFB, e art. 73, §2º da CLT o trabalho noturno deve ter remuneração superior ao diurno, acrescendo-se no mínimo 20% sobre a hora diurna. 
O Reclamante exercia o posto de técnico em informática, realizando jornada de 20h às 5hs de segunda a sábado, servindo-se de tão-somente 20 minutos de intervalo intrajornada. 
Portanto, faz jus o Reclamante ao pagamento de 693hs de adicional noturno durante o período de trabalho e seus reflexos. 
7HS AD NOTURNO X 99 DIAS = 693HS DE ADICIONAL NOTURNO
9. DAS HORAS EXTRAORDINÁRIAS 
É claro o art. 7º, XVI, da CRFB/88 e o art. 58 da CLT ao prever que é assegurado constitucionalmente a jornada de trabalho de 8 horas diárias e 44 horas semanais para os trabalhadores urbanos, sendo que qualquer trabalho acima do fixado na CF importará em prorrogação da jornada, devendo o empregador remunerar o serviço extraordinário superior, no mínimo, em 50% à hora do normal. 
Toda vez que o empregado prestar serviços após esgotar-se a jornada normal de trabalho haverá trabalho extraordinário, que deverá ser remunerado com o adicional de, no mínimo, 50% superior ao da hora normal.
No caso em apreço, verifica-se que a Reclamante cumpria diariamente 40 (quarenta) minutos extraordinários durante o período de vigência do contrato de trabalho, sendo que a Reclamada jamais lhe efetuou o pagamento destas horas extraordinárias e seus reflexos, tampouco em sua rescisão contratual, valores estes que faz jus o Reclamante em receber, conforme demonstrado acima.
Logo, faz jus o reclamante a 66 horas extraordinárias. 
8h40min/dia = 40m de H. Extra
40m x 99 dias trabalhados = 3.960m
3.960/60 = 66HS EXTRA
10. DO INTERVALO INTRAJORNADA 
 	O art. 71 caput da CLT, prevê que à jornada de trabalho que excede 6 horas é devida, no mínimo, 1 hora de intervalo intrajornada. E o §4º do mesmo artigo, prevê o pagamento das horas suprimidas com acréscimo de 50%. Logo, faz jus o reclamante ao pagamento do intervalo intrajornada equivalente a 33 horas. 
20 min. x 99 dias = 1.980min.
1.980min/60 = 33h
R.: 33h intrajornada devidas
11. DA PARTE INCONTROVERSA DAS VERBAS 
 O art. 467 da CLT é clara acerca do dever do Reclamado de realizar o pagamento da parte incontroversa das verbas rescisórias. 
A Reclamada deverá pagar a Reclamante, no ato da audiência, todas as verbas incontroversas, sob pena de acréscimo de 50%. 
Desta forma, protesta a Reclamante pelo pagamento de todas as parcelas incontroversas na primeiras audiência, uma vez que faz jus o Reclamante ao recebimento das verbas acima aludidas porquanto incontroversas. 
IV – DOS PEDIDOS 
 	(FALTA FAZER) 
 
V – DAS PROVAS 
Requer a produção de provas por todos os meios permitidos em direito, e não vedados em lei, em especial a prova documental, a prova pericial, a testemunhal e depoimento pessoal do réu. 
 
Dá-se a causa o valor de R$ ... para efeitos fiscais 
Nestes termos, pede e espera deferimento 
 
Município, .... data... 
Advogado... OAB...

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