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Diagnóstico Bucal

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l
Conceitos básicos 
 
ESTOMATOLOGIA: é o estudo da boca que cuida de todas as estruturas orais do paciente, 
como: dentes, gengivas e língua, mucosa bucal, dos ossos (maxila, mandíbula e temporal), 
da ATM e da pele interna da boca. 
SEMIOLOGIA ou PROPEDEUTICA (caminho): é a investigação e o estudo dos sinais e sintomas 
apresentados pelo paciente, centrados na realização do exame físico. 
SEMIOTÉCNICA: estudo e ensino da técnica e dos procedimentos necessários ao cuidar que 
sucedem ao exame físico. 
EXAME CLINICO: O exame clínico é dividido em duas etapas: a anamnese e o exame físico. 
Tem a finalidade de coletar sinais e sintomas para elaborar hipóteses de diagnóstico. 
• EXAME FÍSICO: Consiste em avaliar o paciente através da inspeção, palpação, ausculta 
e percussão, com o auxílio de equipamentos como; estetoscópio, termômetro, 
esfigmomanômetro, lanterna, lupa, oftalmoscópio, 
• ANAMNESE: entrevista em que o profissional de saúde ajuda o paciente a relembrar 
todos os fatos que se relacionam com a doença e à pessoa doente. A anamnese 
compreende os seguintes tópicos, cada um apresentando uma função semiológica 
específica: (1) Identificação; (2) Queixa principal e duração; (3) História da Doença 
Atual (HDA); (4) Interrogatório Sintomatológico (ou Sistemático); (5) Antecedentes 
Pessoais e Familiares (Fisiológicos e Patológicos); (6) Hábitos de vida e condições 
socioeconômicas e culturais. 
HISTÓRIA CLINICA: é o registo das informações obtidas, na entrevista (anamnese) médico-
paciente, através do interrogatório, do exame físico, e também dos resultados dos estudos de 
laboratório clínico, bem como de diagnóstico por imagem. 
SINAIS VITAIS: medidas corporais básicas de um ser humano, essenciais para que ele esteja 
bem, como temperatura, frequência respiratória, frequência cardíaca e pressão arterial. 
SINTOMAS: características subjetivas da enfermidade, de modo que só o PACIENTE pode 
informar ao médico a existêcia e intensidade, sem que o examinador tenha como comprovar. 
Ex: dor, irritação, prurido, etc. 
SINAIS: características objetivas da enfermidade, ou seja, que podem ser evidenciadas pelo 
PROFISSIONAL sem ser necessário a interlocução do doente. Ex: febre, lesões tissulares, 
edemas, icterícia, etc. 
SINTOMATOLOGIA: Representa um conjunto de sinais e sintomas presentes em uma 
determinada doença. Ex.: disfunção temporomandibular. 
EXAME COMPLEMENTAR: é um teste solicitado pelo médico após uma anamnese e exame 
físico, para confirmar ou descartar um diagnóstico clínico. 
HIPOTESE DIAGNÓSTICA: Consiste na sugestão de um diagnóstico com base nas informações 
clínicas e em outros exames complementares 
DIAGNOSTICO CLÍNICO: é a descrição de sinais e sintomas. 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: uma lista de possíveis explicações para os sinais e sintomas de 
um paciente, segundo a qual ele restringe o seu diagnóstico a um grupo de possibilidades que, 
dadas as suas semelhanças com o quadro clínico em questão, não podem deixar de ser 
elencadas como provável. A partir do diagnóstico diferencial, o médico pode selecionar testes 
terapêuticos, ou ainda, exames complementares específicos a fim de se obter um diagnóstico 
final ou de certeza. 
DIAGNOSTICO: é a determinação e conhecimento de uma doença pelo estudo dos seus 
sintomas e pela análise dos vários exames efetuados, sendo um conjunto de elementos que 
permite determinar a existência de uma doença. 
PROGNÓSTICO: é conhecimento ou juízo antecipado, prévio, feito pelo médico, baseado 
necessariamente no diagnóstico médico e nas possibilidades terapêuticas, segundo o estado 
da arte, acerca da duração, da evolução e do eventual termo de uma doença ou quadro clínico 
sob seu cuidado ou orientação. É predição do médico de como a doença do paciente irá 
evoluir, e se há e quais são as chances de cura. 
CONDUTA TERAPEUTICA: foi definida como a sequência de 
modalidades terapêuticas (radioterapia, quimioterapia ou hormonioterapia) adotadas no 
tratamento dos casos. 
COMORBIDADE: ocorre quando duas ou mais doenças estão etiologicamente relacionadas; 
TRATAMENTO: Um tratamento é um conjunto de meios que se utilizam para aliviar ou curar 
uma doença, chegar à essência daquilo que se desconhece ou transformar algo 
CURA: restabelecimento da saúde. 
RECIDIVA: reaparecimento de uma doença ou de um sintoma, após período de cura mais ou 
menos longo; recorrência. 
 
 
 
CONCEITO DE SAÚDE E DOENÇA: 
“Segundo a OMS, saúde é o estado de completo bem estar físico, mental e social e não mera 
ausência de doença ou invalidez. Portanto, doença corresponde tanto a perda da função 
biológica, quanto ao equilíbrio psíquico e a sociabilidade do indivíduo” 
AVALIAÇÃO DO PACIENTE 
no Exame Clínico (anamnese + exame físico) 
1. Identificação 
2. Anamnese (histórico) 
3. Avaliação física (extra e intraoral) 
4. Exames complementares (laboratoriais e de 
imagem) 
 
1) Identificação: 
• Nome completo 
• Data de nascimento 
• Ocupação 
• Gênero 
• Estado Civil 
• Procedência (origem, de onde veio) 
• Endereço 
• Telefone 
• Documento de Identificação 
 
2) Anamnese: 
É o suporte principal do diagnóstico. Nessa fase, de modo criterioso, pode-se obter 
informações significativas. Ela é considerada uma entrevista subjetiva. 
Pode ser dividida em 5 categorias: 
• Queixa principal 
• História da doença atual (HDA) 
• História Médica Pregressa 
• História Familiar e social 
• Revisão dos Sistemas 
 
 Queixa principal (QP): 
É a razão pela qual o paciente procura o CD. É feita de acordo com as próprias palavras do 
paciente. 
Ex: Eu tô com dor de dente, meu dente está escuro, meu dente quebrou etc 
 
 História da Doença Atual (HDA): 
É o registro de todas as circunstancias que envolveram o início e a progresso da sintomatologia 
do paciente. Os fatos devem ser ordenados cronologicamente. As informações coletadas 
devem conter dados referentes à localização, duração, evolução e natureza da doença, sua 
relação com a função e tratamentos realizados. 
Ex: há quanto tempo isso ocorre? Melhora ou piora com alimentos frios/quentes? Qual a 
região? É a primeira vez que isso ocorre? Já tentou tratar? É uma ardência/ sensibilidade? Isso 
te atrapalha a comer? 
 
 História Médica pregressa: 
Pode ser obtida por questionário impresso ou entrevista verbal. Divide-se em história de 
doenças passadas e revisão de sistemas. 
• Doenças/Condições passadas: os pacientes devem ser interrogados sobre o 
histórico de doenças. Ex: Febre reumática, prolapso da válvula mitral, hipertensão, 
úlceras gástricas, doenças hepáticas, diabetes mellitus, anemia, distúrbios de 
sangramento, SIDA etc 
• Medicamentos: saber quais medicamentos estão em uso e que foram usados 
anteriormente. Alguns medicamentos podem causar lesões na cavidade oral 
(metotrexate, tetraciclina) e podem alterar o plano de tratamento odontológico 
(anticoagulantes). 
• Hospitalizações: podem revelar condição ou evento capaz de influenciar um 
diagnóstico ou plano de tratamento. 
• Revisão de Sistemas: questionamento completo relacionado a órgãos de 
determinantes sistemas (boca e garganta, gastrointestinal, urinário, cardiovascular 
etc) 
 
 
 História social: 
Reflete a influência que o meio em que vive ou o estilo de vida podem ter sobre a doença. São 
investigados: ocupação atual e anteriores, riscos ocupacionais, hábitos nocivos (etilismo e 
tabagismo) e uso de drogas. 
Ex: Fumo (há tempo fuma? Que tipo de tabaco usa? Qual a frequencia?) 
 História familial: 
Ajuda a determinar a transmissão genética de uma doença ou predisposição. Doença 
transmitida no seio da família. Devem ser descritos os familiares portadores de enfermidades, 
bem como a causa da morte dos membros afetados. 
 Ex: câncer, tuberculose 
 
“Na ciência como na vida, só se acha o que se procura” 
 
3) Avaliação física: 
O exame físico é objetivo, sendo dividido em: 
 
Para a sua realização, é usado os órgãos do sentido (tato, olfato, visão, audição). 
➢ Condiçõespara o exame físico: 
• Sentidos aguçados, 
• Segurança; 
• Conhecimento das estruturas anatômicas e fisiológicas; 
• Afastar as estruturas que se interpõem à visão; 
• Secar as áreas a examinar; 
• Cooperação do paciente 
Exame 
físico
Geral
Regional
Extra bucal/ 
ectocospia
Intra bucal/ 
oroscopia
 
Para isso é necessária a SEMIOTÉCNICA: 
“São recursos clínicos utilizados para coletar os sinais vitais. Podem ser realizados 
diretamente através dos órgãos dos sentidos ou indiretamente através da utilização de 
instrumentos e aparelho” (BORAKS, 1996) 
➢ MANOBRAS DE SEMIOTÉCNICA: 
• Inspeção; 
• Palpação; 
• Percussão; 
• Auscultação; 
• Olfação; 
• Diascopia ou vitopressão 
• Raspagem; 
• Punção; 
• Ordenha; 
• Sondagem; 
• Fotografia; 
• Exploração; 
• Teste de sensibilidade pulpar 
 
 Inspeção: 
É o ato de observar, inspecionar. Deve-se avaliar: 
• Aspecto; 
• Cor; 
• Dimensões; 
• Forma; 
• Localização; 
 
 palpação: 
É o ato de tocar com a digital, a bidigital ou a digitopalmar. Para isso, deve-se avaliar: 
• Textura/consistência; 
• Presença de nódulos submucosos; 
• Tamanho; 
• Forma; 
• Sensibilidade ao toque; 
• Alterações de temperatura; 
• Mobilidade; 
• Resistência muscular; 
• Presença de massas (bolha, 
vesícula, nódulo, placa etc);
 
 percussão: 
É o ato ou efeito de percutir (bater, tocar). Consiste em usar o cabo de 
um instrumento (como o cabo do espelho clínico) para bater 
suavemente sobre a superfície dos dentes. Com ela é possível 
identificar o conteúdo da estrutura (presença de ar livre, líquidos e 
massas). Ela pode ser: 
• Vertical: avaliação da região periapical. Ex: caso positivo, sugere 
inflamação apical. 
• Horizontal: avaliação de alterações periodontais Ex: caso 
positivo, sugere inflamação periodontal. 
 
 olfação: 
Consiste em utilizar o olfato para detectar alterações fisiopatológicas. Como por exemplo: 
• Odor cetônico; 
• Hálito com cheiro de urina, pacientes com uremia; 
• Ingestão de bebidas alcoólicas; 
• Tabagismo; 
• Neoplasias malignas: odor relacionado aos tecidos necróticos; 
• Higiene oral insatisfatória; 
• Lesões cariosas; 
• Próteses mal higienizadas; 
• Xerostomia (sensação de boca seca, por isso é sintoma) 
• Infecções periodontais e/ou de vias aéreas; 
• Alimentação 
 
 Diascopia/vitropressão: 
Consiste em pressionar o local com uma lâmina de vidro, 
com o objetivo de identificar ou não o clareamento 
(isquemia) de uma lesão. Com isso, é possível identificar 
se a lesão é vascularizada ou não, ou decorrente de um 
pigmento. 
 raspagem: 
É o ato remover ou escarear áreas superficiais da mucosa bucal. É utilizada principalmente 
para lesões brancas, como a Candidíase, Líquen Plano Oral, Ceratose friccional etc 
 punção: 
É o ato ou efeito de puncionar/perfurar o interior dos tecidos, com uma seringa hipodérmica. 
Tem objetivo de identificar com o conteúdo da estrutura (presença de líquidos ou 
semissólidos), por meio da tração do êmbolo. 
 ordenha: 
É tipo específico de palpação que consiste no ato de comprimir dinamicamente glândulas 
salivares em direção à carúncula, percorrendo o ducto no sentido posteroanterior das 
glândulas salivares e de seus ductos, provocando a eliminação de saliva. Assim, podem-se 
avaliar quantidade, qualidade, alterações físicas e eventuais elementos associados, como pus 
e sangue, que podem emergir do orifício de saída. 
 sondagem: 
É possível explorar fístulas ou trajetos fistulosos na pele ou na mucosa com um cone de guta-
percha introduzido para localizar, por meio de radiografia, a origem de eventual infecção. 
Podem-se também sondar e explorar ductos das glândulas salivares em busca de obstruções, 
como cálculos salivares. 
 fotografia: 
É utilizado em lesões que mudam de forma ou posição para o controle de lesões em diferentes 
estágios, como é o caso da língua geográfica. 
 Exploração cirúrgica: 
É utilizada para examinar o interior das estruturas/lesões, por meio de incisões feitas com o 
bisturi. 
 teste de sensibilidade: 
É utilizada para examinar a vitalidade da polpa dentária. 
exame Físico geral: 
Deve-se observar: 
• Postura; 
• Atitudes; 
• Deformidades; 
• Estatura; 
• Peso: avaliação da perda de peso em intervalos de tempo; 
• Biotipo; 
• Simetria; 
• Fácies (Conjunto de dados exibidos na face do paciente e que, pelas suas 
características peculiares, pode lembrar determinadas doenças. Quando não lembra 
doença é atípico ou normal). Ex: Face TÍPICA de Acromegalia etc 
 
exame Físico regional: 
Pode ser intrabucal ou extrabucal. 
 
➢ AVALIAÇÃO EXTRABUCAL: 
 
 Articulação temporomandibular: 
Deve ser feita a palpação da ATM (estalidos), determinação da abertura máxima, observação 
de desvios laterais da mandíbula durante a abertura e/ou fechamento, palpação dos mm da 
mastigação (sensibilidade). Para exame complementar é usada a ressonância. 
 Glândulas salivares maiores (Parótida, submandibular, sublingual): 
Parte da avaliação deve ser feita durante o exame intrabucal. 
 Linfonodos cervicais e faciais: 
Usa das manobras semiotécnicas a inspeção e palpação (não realizar massagem). 
Sistematização da investigação semiológica: 
• Localização, 
• Tamanho e volume; 
• Consistência, 
• Velocidade do aumento linfonodal; 
• Sensibilidade; 
• Alterações da pele; 
• Mobilidade 
Características dos linfonodos cervicais inflamatórios: 
• Evolução rápida com presença de sinais flogísticos; 
• Doloroso; 
• Superfície regular e lisa; 
• Não aderentes (móveis); 
• Volume pequeno; 
• Consistência mole ou firme (borrachóide); 
• Quentes na fase aguda 
Características dos linfonodos cervicais metastáticos: 
• Evolução progressiva 
• Indolor; 
• Superfície irregular; 
• Aderidos; 
• Podem atingir grandes volumes; 
• Consistência dura; 
• Frios (temperatura corporal) 
 
➢ AVALIAÇÃO INTRABUCAL: 
Usa das manobras semiotécnicas: inspeção e palpação. 
Necessário estabelecer uma sequência e aplicá-la sistematicamente percorrer todas as 
regiões da cavidade bucal: 
• Lábios: vermelhão e face interna; 
• Mucosa jugal; 
• Dorso e bordas laterais da língua; 
• Mucosa jugal; 
• Dorso e bordas laterais da língua 
(gaze); 
• Ventre da língua e assoalho bucal; 
• Palato duro e mole; 
• Orofaringe (abaixador lingual); 
• Gengiva vestibular e lingual; 
• Dentes; 
• Ordenha das glândulas salivares 
maiores 
 
➢ CONSIDERAÇÕES FINAIS: 
“O diagnóstico bucal é a arte de usar os conhecimentos científicos para identificar as 
doenças bucais e distinguir umas das outras.” 
“A avaliação perfeita dos sinais e sintomas, obtidos pelo CD diante do seu paciente, permitirá 
a elaboração de um quadro clínico, onde poderão ser agrupadas em conjunto de entidades 
clínicas comuns.” 
 
4) Exames complementares: 
Radiografias, ultrassonografia, tomografias, ressonâncias magnéticas, coagulograma, exame 
histopatológico, biopsia, exame bioquímicos, dosagens de eletrólitos e enzimas etc. 
 
LESÕES FUNDAMENTAIS 
As lesões fundamentais são importantes para padronizar a descrição das lesões, além de 
ajudar nas hipóteses diagnósticas. Apresentam aspecto semiológico: 
 
1) Mancha ou Mácula: 
Alteração de coloração, sem elevação ou depressão da superfície, geralmente bem 
delineadas. Podem ser: 
• Hemorrágicas 
• Vasculares, 
• Pigmentárias 
 
➢ Modificações Estruturais: 
 
 HEMORRÁGICAS (PÚRPURAS: 
caracterizam-se por 
extravasamento sanguíneo, 
Lesão 
Fundamental
Número Forma Tamanho
Cor Borda Limite Localização
Contorno Consistência
Base de 
implantação
Fundo
Profundidade
Sensibilidade 
dolorosa a 
palpação
Aderencia aos 
planos 
profundos
Lesões 
concomitantes
coloração muda de vermelho a amarelo devido a decomposição da hemoglobina. 
Não desaparecem por compressão. 
o Petéquias: 2 a 3 mm de diâmetro. 
o Equimose ou contusão: maiores do que as petéquias. 
 
 VASCULARES: Podem ser inflamatórias ou não e desaparecem por compressão: 
o Inflamatórias: participaçãodos agentes inflamatórios na dilatação e 
congestão do leito vascular. As menores (róseas) e as maiores (eritema). Ex: 
roséola sifilítica, do sarampo e eritema de insolação. 
o Não inflamatórias: dilatação permanente dos vasos sg. ex; telangectasias; 
 
 PIGMENTÁRIAS: mudança de cor devido a maior quantidade de melanina, deposição 
de metais pesados ou perda de pigmentação natural. 
o Hipercromica congênitas: nervus pigmentários 
o Hipercromica adquiridas: tatuagem por amálgama; 
o Hipocromicas adquiridas: vitiligo 
 
2) placa: 
Elevação suave, com superfície plana e mais extensa que elevada. 
Possui uma textura de superfície lisa, rugosa, 
verrucosa, associadas ou não a manchas, erosões e 
fissuras. 
Ex: leucoplasia, líquen plano, carcinoma 
epidermóide. 
 
3) pápula: 
Elevação focal sólida, circunscrita, de superfície lisa, rugosa ou verrucosa. 
Possui formas variadas: arredondada, oval, pontiaguda ou achatada. 
Tamanho de até 0,5 cm. 
Coloração variável. 
Base de implantação séssil ou pediculada. 
Placa papulosa: número elevado e aglomeradas. 
Ex: grânulos de fordyce, hiperplasia papilar 
inflamatório. 
 
 
4) nódulo: 
Aumento tecidual sólido circunscrito. 
Localização: superficial ou profundo. 
Tamanho entre 0,5 e 5 cm de diâmetro. 
Base de implantação séssil ou pediculada. 
No fundo de saco do vestíbulo pode ter forma de 
rolete. 
Tumor: aumento volumétrico sólido maior que 5 cm. 
TUMOR x NEOPLASIA 
Ex: fibroma, hiperplasia fibrosa, lipoma, metástases 
5) TUMORAL: 
Aumento tecidual sólido circunscrito. 
Tamanho maior que 5 cm de diâmetro. 
 
 
6) erosão: 
Perda parcial do epitélio, SEM exposição do tecido conjuntivo. 
Origem: trauma mecânico, queimadura química 
superficial, doença autoimune. 
Pode ser secundárias (rompimento de vesículas ou 
bolhas). 
Não deixam cicatriz. 
Ex: líquen plano, língua geográfica, penfigóide 
benigno de mucosa 
 
7) úlcera: 
Perda de integridade do epitélio, com exposição do tecido conjuntivo. 
Apresenta bordas e bases variadas: elevadas e 
invertidas. 
Fundos variados: fibrinoso, hemorrágico, necrótico. 
As causas podem ser: agentes traumáticos, físicos 
ou químicos, evolução de outras lesões (vesícula e 
bolhas) primárias ou secundárias. 
Ex: carcinoma epidermóide, ulcerações aftosas recorrentes, traumas, herpes simples, 
pênfigo vulgar, sífilis secundárias. 
ÚLCERA é crônica x ULCERAÇÃO é aguda 
Ex: afta surge rápido, logo é ulceração aguda 
 
8) fissura 
Semelhante a úlcera, porém apresenta-se como um 
defeito linear que se estende até a derme ou 
submucosa. 
Apresenta fendas ou depressões superficiais ou 
profundas. Podem sofrer infecção secundária. 
 
9) crosta ou escara 
Concreção seca de células sanguíneas e proteínas plasmáticas decorrentes da perda de 
integridade da superfície da pele. 
Coloração variada: melicérica, enegrecida, branco 
acinzentada 
Na boca, devido a umidade, apresenta descamações 
úmidas. 
Aparecem apenas sobre superfícies relativamente 
secas, como lábios e pele na evolução das lesões 
ulceradas. 
 
10) vesícula: 
Elevação focal de conteúdo líquido. 
Superficial, intra ou subepitelial. 
Menor que 0,5 cm de diâmetro. 
Única ou múltiplas, agrupadas. 
Infecções virais. 
Quando contém sangue é HEMORRÁGICA. 
Quando contém pus é PÚSTULA 
Raramente, a erosão ou úlceras são encontradas 
íntegras na boca. 
 
 
 
11) bolha: 
Elevação focal de conteúdo líquido. 
Superficial, intra ou subepitelial. 
Maior que 0,5 cm de diâmetro. 
Também chamada de ampola. 
Ex; pênfigo, penfigóide bolhoso, mucocele, 
queimaduras. 
Quando contém sangue é HEMORRÁGICA. 
Quando contém pus é PÚSTULA 
Raramente, a erosão ou úlceras são encontradas íntegras na boca. 
 
12) atrofia: 
Diminuição da espessura da mucosa pela redução dos seus constituintes teciduais. 
Alteração suave e homogênea. 
Aparência frágil. 
Coloração avermelhada. 
Má nutrição, alteração hormonal, doença sistêmica avançada. 
 
terminologias 
PSEUDOMEMBRANA: acúmulo de tecido necrótico, restos celulares, bactérias etc. 
PÓLIPO: projeção de tecido, além do contorno normal da superfície. 
PEDICULADO: base de implantação menor que a porção exofítica. 
SÉSSIL: base de implantação mais larga do que a lesão. 
FÍSTULA: trajeto recoberto por epitélio que comunica o espaço de um tecido a outro. 
 
 
ROTEIRO PARA DESCRIÇÃO DE LESÕES BUCAIS 
01. LESÃO FUNDAMENTAL 
a. Alterações da cor: 
• Mancha ou mácula: 
(Hipocrômica ou 
Hipercrômica), 
• (Vascular ou 
Melanica) 
 
b. Formações sólidas: 
• Placa 
• Pápula 
• Nódulo 
• Tumor (Massa 
nodular) 
 
c. Coleção líquida: 
• Vesícula 
• Bolha 
 
d. Perda tecidual: 
• Atrofia 
• Erosão 
• Úlcera 
 
02. NÚMERO: 
a. Único 
b. Múltiplo 
 
03. TAMANHO: (No maior diâmetro 
em mm) 
 
04. IMPLANTAÇÃO: 
a. Séssil 
b. Pediculada 
c. Superficial 
d. Profunda 
e. Endofítica 
f. Exofítica 
 
05. COLORAÇÃO: 
a. Rosa 
b. Branca 
c. Amarela 
d. Vermelha 
e. Azul 
f. Roxa 
g. Parda 
h. Negra 
 
06. SUPERFÍCIE: 
a. Lisa 
b. Ceratótico 
c. Rugosa 
d. Filiforme 
e. Papilomatosa 
f. Verrucosa 
 
07. CONTORNO: 
a. Regular 
b. Irregular 
 
08. LIMITES: 
a. Com limites nítidos 
b. Sem limites nítidos 
 
09. CONSISTÊNCIA: 
a. Tecido normal 
b. Fibrosa 
c. Borrachóide 
d. Dura 
e. Elástica 
f. Flácida 
g. Flutuante 
h. Mole 
 
10. CONTEÚDO: 
a. Ceroso 
b. Hemorrágico 
c. Purulento 
d. Gaseoso 
 
11. LOCALIZAÇÃO 
 
12. TEMPO DE EVOLUÇÃO 
 
Sinais vitais 
 O exame físico do paciente deve incluir a avaliação geral e o registro dos sinais vitais: 
• Pulso: avalia a frequencia e o ritmo 
cardíaco periferico 
• Frequência cardíaca 
• Temperatura 
• Pressão Arterial 
• Dor 
 
 
 
 
Sinais Vitais 
(SSVV) 
Normalidade Termo 
técnico 
Temperatura 
axilar (TAX) 
35,5° à 37° C Normotermia 
Frequência 
de pulso (FP) 
60 a 100 
BPM 
Normocardia 
Frequência 
respiratória 
(FR) 
16 a 20 
IRPM 
Normopneia 
Pressão 
Arterial (PA) 
101x61 à 
139x89 
mmHg 
Normotensão 
 
Pulso: 
Palpa a artéria carótida ou a artéria radial no pulso. 
O pulso radial é localizado fazendo-se o paciente voltar a palma da mão para cima. 
O pulso pode ser sentido apoiando-se os dedos indicador e médio acima do punho e abaixo 
do polegar. 
O pulso carotídeo pode ser melhor palpado ao longo da borda anterior do musculo 
esternocleidomastoideo no nível da cartilagem tireóidea. 
Deve-se monitorar o pulso durante 1 minuto. 
A frequencia em repouso é 72 bpm 
 
 
Variações da normalidade 
 
São variações do que normalmente é encontrado. Geralmente não requerem tratamento. 
Necessidade do seu conhecimento, pois podem ser confundidas com alterações patológicas. 
 
1) Eritema migratório (língua geográfica/ Glossite migratória 
benigna): 
Atrofia das papilas filiformes. 
Áreas eritematosas irregulares. 
Bordas bem definidas, esbranquiçadas e levemente elevadas, 
aspecto circinado. 
2/3 anteriores do dorso da língua. 
Lesões migratórias. Áreas despapiladas reparam-se e reaparecem 
em outros locais. 
Etiopatogenia desconhecida (hereditária/inflamatória). 
1/3 da população: m/H 2:1 
Tratamento apenas caso haja desconforto. 
 
2) Grânulos de fordyce 
Glândulas sebáceas ectópicas. 
Pápulas múltiplas amareladas assintomáticas. 
Comuns em mucosa jugal e vermelhão dos lábios. 
Ocasionais em área retro-molar. 
Mais frequente nos adultos. 
Presente em mais de 80% da população. 
Assintomáticos. 
Leve rugosidade 
 
3) leucoedema 
Edema intracelular. 
Supercie branca-acinzentada difusa, nevoenta. 
Etiologia desconhecida. 
Comum, 90% das crianças de raça negra. 
Mucosa jugal, normalmente simétrico, bilateral. 
Pode ser relacionado ao tabagismo. 
Não é removido pela raspagem.Desaparecimento temporário pelo estiramento da mucosa. 
 
4) Torus palatino e mandibular 
Massa óssea de consistência dura. 
Exostoses muito frequentes. 
Porção mediana do palato. 
Face lingual da mandínula (bilaterais). 
Etiologia desconhecida- genética ou mastigação intensa. 
Tratamento necessário em osso de traumatismos constantes ou colocação de prótese. 
 
 
 
5) Varizes linguais 
Veias dilatadas e tortuosas na face ventral da língua. 
Presentes em 2/3 da população acim dos 60 anos. 
Assintomáticos. 
Não necessita de tratamento, caso não ocorram complicações 
(trombose= remoção cirúrgica) 
 
6) Língua fissurada 
Sulcos ou fissuras na superficie dorsal da lingua, com profundidade, extensão e quantidade variáveis. 
Maior prevalência no sexo masculino. 
Retativamente comum- 15%. 
Podem aparecer após a puberdade. 
20% associado ao eritema migratório (língua 
geográfica). 
Etiologia desconhecida (hereditária?). 
Pode vir acompanhada de dor ou ardência. 
 
7) Melanose racial 
Acúmulo de pigmentação melânica geneticamente determinado. 
Ocorre em qualquer local da mucosa, simétrico. 
Mais comum na mucosa gengival. 
Pigmentação persistente que não altera a arquitetura normal do tecido. 
Melanodermas-mais acentuado. 
A produção aumentada de melanina pode ser estimulada por distúrbios endócrinos, 
anticoncepcional, fumo. 
 
 
8) Fossetas congênitas de comissura 
Pequenas invaginações da mucosa, localizadas na comissura labial. 
Mais comuns em homens. 
Uni ou bilaterais. 
Assintomáticos. 
 
 
9) Frênulos ou freios labiais 
Pregas fibrosas que se projetam dos lábios superior e inferior, unindo-se ao rebordo alveolar. 
Linha média dos lábios inferior e superior. 
Aumento de volume ou inserção baixa-diastema entre incisivos centrais superiores.

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