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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL Tarefa: Alterações da circulação: Hemorragia, hemostasia, isquemia e edema Curso: Odontologia Aluno(a): Dienifer da Silva Ricardo Professor: Marcio Lofet Bozouian Kruger TORRES-RS 2023 Alteraçõe� d� Circulaçã�: Hemorragi�, Hem�stasi�, Isquemi� � Edem� Patologia do sistema circulatório, classificada em fisiopatologia como processos hemodistradores decorrentes de alterações nas propriedades e volume de sangue no leito vascular. Com algumas patologias do sistema circulatório, o sangue ultrapassa os vasos sanguíneos. Hemorragia A hemorragia é a perda de sangue que acontece devido ao rompimento de vasos da circulação sanguínea, o que pode ser consequência de um ferimento, pancada ou alguma doença. A hemorragia pode ser externa, quando o sangramento é visualizado para fora do corpo, ou interna, quando acontece para dentro de alguma cavidade do organismo, como no abdômen, crânio ou pulmão, por exemplo. Uma vez que na hemorragia externa pode haver uma grande perda de sangue em pouco tempo, é importante ir ao pronto-socorro o mais rápido possível, especialmente se for uma ferida muito extensa ou se não parar de sangrar ao fim de 5 minutos. Já no caso da hemorragia interna o sangramento pode ser mais difícil de identificar, mas ainda assim deve ser avaliado por um médico. Por isso, se existir suspeita de uma hemorragia, deve-se sempre ir ao hospital. De acordo com a localização do sangramento, a hemorragia pode ser classificada em dois tipos principais: interna e externa. Hemorragia Interna A hemorragia interna é mais difícil de ser identificada, pois o sangramento acontece sem que exista lesão na pele, e acontece quando há lesão em algum órgão, sendo o tipo de hemorragia mais comum de acontecer após acidentes. Os sinais e sintomas de hemorragia interna podem demorar mais para surgir, mas à medida que acontece é que o sangue vai sendo acumulado no corpo, é possível notar: ● Palidez e cansaço; ● Pele fria; ● Pulso rápido e fraco; ● Respiração acelerada; ● Muita sede; ● Queda da pressão; ● Tontura; ● Náuseas ou vômitos com sangue; ● Confusão mental ou desmaios; ● Muita dor do abdômen, que fica endurecido. Hemorragia Externa A hemorragia externa é aquela em que é possível observar o sangramento, podendo ser mais ou menos intensa de acordo com o tipo de vaso afetado e a localização, ou seja, se acontece em uma área com muitos ou poucos vasos sanguíneos. Assim, de acordo com as características do sangramento, a hemorragia externa pode ser classificada em: Capilar: é o sangramento mais comum, que acontece no dia-a-dia, geralmente, devido a pequenos cortes ou escoriações, em que apenas os pequenos vasos que chegam até a superfície do corpo, chamados de capilares, são atingidos. Venosa: é a hemorragia que acontece devido a algum corte grande ou mais profundo, com sangramento em fluxo contínuo e lento, por vezes de grande volume, através da ferida Arterial: é o tipo de hemorragia em que são atingidas as artérias, isto é, os vasos que levam sangue do coração ao resto do corpo e, por isso, têm sangue vermelho vivo, com grande fluxo e intensidade. O sangramento arterial é o tipo mais grave, e pode, até, provocar jatos de sangue para locais distantes do corpo e risco de morte. Hemostasia A hemostasia corresponde a uma série de processos que acontecem dentro dos vasos sanguíneos que tem como objetivo manter o sangue fluido, sem que haja a formação de coágulos ou hemorragia. Didaticamente a hemostasia acontece em três etapas que acontecem de forma rápida e coordenada: - Hemostasia primária, que tem início a partir do momento em que acontece uma lesão no vaso, havendo a estimulação de mecanismos capazes de promover a vasoconstrição e a diminuição do fluxo sanguíneo local; - Hemostasia secundária, que envolve a ativação da cascata de coagulação; - Fibrinólise, em que há a destruição do tampão hemostático, restabelecendo o fluxo sanguíneo local. Apesar de serem separadas didaticamente, todas as etapas acontecem de forma simultânea. Identificação de alterações da hemostasia As alterações da hemostasia podem ser detectadas por meio de exames de sangue específicos, como por exemplo: Tempo de sangramento (TS): Esse exame consiste em verificar o tempo em que ocorre a hemostase e pode ser feito por meio de um pequeno furo na orelha, por exemplo. Por meio do resultado do tempo de sangramento é possível avaliar a hemostasia primária, ou seja, se as plaquetas possuem função adequada; Teste de agregação plaquetária: Por esse exame é possível verificar a capacidade de agregação das plaquetas, sendo também útil como forma de avaliar a hemostasia primária; Tempo de protrombina (TP): Esse exame avalia a capacidade do sangue de coagular a partir da estimulação de uma das vias da cascata de coagulação, a via extrínseca; Tempo de Tromboplastina Parcial Ativado (TTPA): Esse exame também avalia a hemostasia secundária, no entanto verifica o funcionamento dos fatores de coagulação presentes na via intrínseca da cascata de coagulação; Dosagem do fibrinogênio: Esse teste é feito com o objetivo de verificar se há quantidade suficiente de fibrinogênio que possa ser utilizado para gerar fibrina. Isquemia Isquemia é um termo médico que significa deficiência ou ausência de suprimento sanguíneo e, consequentemente, de oxigênio, em determinado tecido ou órgão. A palavra "isquemia" vem do grego "ischaimos", onde iskho = reter e haima = sangue. Quando a oferta de sangue é inferior à necessidade básica do órgão ou tecido em questão, a isquemia se instala. A isquemia pode ser decorrente de causas funcionais (hemorragia, hipotensão acentuada, espasmo vascular) ou mecânicas ( obstrução/compressão vascular, diminuição da luz vascular). A intensidade e gravidade da isquemia depende do grau de obstrução vascular (total ou parcial), podendo ocorrer de forma rápida, no caso de um trombo, por exemplo, ou lenta, como acontece na aterosclerose. Se a isquemia for prolongada, ela pode provocar necrose (morte) tecidual, como acontece no infarto agudo do miocárdio. A isquemia cerebral ou Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI), conhecido popularmente por "derrame", é a falta de irrigação sanguínea numa determinada área do cérebro devido à obstrução de uma artéria. As principais causas de isquemia são: - Obstrução da luz vascular: - Obstrução anatômica: compressão por tumor, hematoma, decúbito, espessamento da parede arterial (aterosclerose), trombos, coágulos; - Espasmos vasculares. - Diminuição da pressão entre artérias e veias: - Estados de choque por redução da pressão arterial; - Redução do fluxo sanguíneo nos capilares. - Aumento da viscosidade sanguínea: Reduz o fluxo especialmente na microcirculação; - Aumento da demanda: Isoladamente, geralmente não provoca isquemia, tornando-se importante quando associada às outras causas. Edema O edema acontece quando existe acúmulo líquido para debaixo de pele, que normalmente aparece devido a infecções ou consumo excessivo de sal, mas também pode surgir em casos de inflamações, intoxicações e hipóxia, que é quando falta oxigênio em determinada parte do corpo, além de doença nos rins, coração ou sistema linfático. Neste caso, é comum que o edema, também chamado de inchaço, apareça nas mãos, braços, pernas, pés e no rosto, fazendo com que a pele fique marcada com uma ligeira depressão sempre que se faz pressão sobre o local afetado com um dedo. Dependendo da causa, o aparecimento de edema pode acontecer de forma repentina, ou aos poucos ao longo do dia. O tratamento do edema deve ser individualizado e com foco em eliminar a causa, mas geralmente o clínico geral indica repouso, elevação do membro afetado acima do nível do coração e redução da quantidade de sal consumida diariamente, além de receitar remédios diuréticos, que auxiliam na liberação do líquido que está em excesso no corpo pela urina. O edema é classificado em três tipos e tem como objetivo esclarecer melhor a causa e saber qual é exatamente a composição do fluido que escapou para debaixoda pele. Os principais tipos de edema são: Edema Comum O edema comum é composto de água e proteínas e, normalmente, está relacionado com situações menos graves, como picadas de insetos, quedas ou alergias a pólen, perfumes, maquiagem e poeira, por exemplo. Linfedema Normalmente o linfedema é composto por água, proteínas e lipídios, e acontece quando o fluido que faz parte da circulação linfática escapa para a pele e órgãos. Mixedema A principal diferença do mixedema é pela alta presença de lipídios em sua composição, que faz com que o inchaço seja mais firme que os outros tipos de edema, contando também com água e proteínas. O mixedema afeta mais frequentemente a face, deixando os olhos inchados, mas também pode ser generalizado. Causas do edema: Aumento da pressão capilar; Redução das proteínas plasmáticas; Aumento da permeabilidade capilar; Bloqueio do retorno linfático;
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