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Crescimento fetal restrito

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Crescimento Crescimento 
• Quando o feto não atinge o tamanho esperado ou determinado pelo seu potencial genético, sendo 
identificada 
• Nomenclaturas: crescimento fetal restrito (CFR), pequeno para a idade gestacional (PIG) 
• Percentil abaixo do P3 indica que o bebe não conseguiu alcançar nem o mínimo do percentil ideal 
• Cerca de 70% dos fetos são pequenos devido ao tipo constitucional, não por conta de alguma 
patologia, por isso, são chamados pequenos para a idade gestacional (PIG) 
 
fetal restrito 
• Existem múltiplos fatores etiológicos, dentre eles, destacam-se as causas fetais, maternas ou 
placentárias 
• Genéticos → determinado primeiramente pelo potencial genético, que pode ser bloqueado, 
modificado ou desviado por um conjunto de fatores e diminuindo permanentemente o número de 
células, como, por exemplo, Síndrome de Down 
• Fetais → 
• Maternos → idade, raça, altura, baixo nível socioeconômico, cultural, má adaptação 
cardiovascular, transtornos do estado nutricional, baixo peso pré-gestacional ou ganho insuficiente 
de peso durante a gravidez, altitude elevada e paridade, tabagismo, etilismo, uso de drogas 
ilícitas, cirurgia bariátrica, hemoglobinopatias, doenças hipertensivas, diabetes complicado por 
vasculopatias, lúpus, trombofilias, doenças pulmonares, irradiação, etc 
• Placentário → insuficiência vascular uteroplacentária devido a diminuição do fluxo por mecanismo 
de redução da pressão da perfusão, aumento da resistência vascular placentária e diminuição da 
superfície vascular de trocas, artéria umbilical única, anormalidade do sítio de implantação, 
placenta circunvalada, síndrome de transfusão fetal (gestação gemelar), mosaico placentário, 
infartos de placenta, tumores 
 
• 1ª fase – chamada de hiperplásica, presente nas primeiras 16 semanas e que se caracteriza pela 
multiplicação número de células (associada a causa cromossômica) 
• 2ª fase – chamada de hiperplásica e hipertrófica, onde ocorre aumento do volume e número 
celular, presente entre a 16-32ª semana 
• 3ª fase – chamada de hipertrófica, presente após a 32ª semana e caracterizada principalmente 
pela deposição de gordura resultante do metabolismo de glicogênio 
 
• Tipo I – simétrico ou intrínseco ou proporcional ou hipoplásico (cerca de 20% dos casos) → 
infecções maternas (STORCH), as alterações cromossômicas e as malformações congênitas, 
geralmente não apresentam hipóxia neonatal 
• Tipo II – assimétrico ou desproporcional (cerca de 75% dos casos) → principal fator é a insuficiência 
placentária, podem apresentar hipóxia e hipoglicemia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Confirmar a idade gestacional 
• Exame físico: discrepância da altura uterina e idade gestacional, maior de 2cm 
• Identificar fatores de risco 
• Rastrear doenças próprias e intercorrência na gestação 
• Avaliar o ganho ponderal materno 
• USG para avaliar peso fetal 
• Medida da circunferência abdominal fetal com 2 aferições no intervalo de 14 dias 
• Estimativa do volume de líquido amniótico 
• Estudo da maturidade placentária 
• USG com doppler e morfológico (a combinação da circunferência abdominal fetal e do doppler é o 
melhor diagnóstico para o crescimento fetal restrito) 
• Procedimentos complementares: diagnóstico de trombofilia, cariótipo fetal, sorologia materna e 
PCR 
 
• A causa mais comum de CFR é o déficit de passagem de nutrientes e oxigênio através da placenta 
para o feto 
• Os fatores fetais são mais comuns os que são inerentes ao próprio feto, limitando seu crescimento 
• Os fatores maternos e placentários são os que precisamos cuidar com maior cuidado 
 
• O doppler capta a velocidade com que o sangue passa pelo vaso 
• A progesterona favorece a passagem do sangue pela artéria e vasos, a fim de permitir a boa 
oxigenação de nutrição para o feto. Isso ocorre em casos fisiológicos normais 
• Em casos patológicos, no doppler aparece um problema da diástole, podendo ser baixa, nula ou 
negativa, isso pode levar a hipóxia fetal (isso ocorre na artéria umbilical, no caso da cerebral média 
não, porque como é um órgão nobre a taxa de oxigenação está normal) 
 
• Tipo II – assimétrico ou desproporcional (cerca de 75% dos casos) → principal fator é a insuficiência 
placentária, podem apresentar hipóxia e hipoglicemia 
• Tipo III – intermediário ou misto (cerca de 5-10% dos casos) → na fase de hiperplasia e hipertrofia 
do crescimento celular, os principais fatores etiológicos são desnutrição materna e consumo de 
drogas ilícitas, álcool, fumo e cafeína, o diagnóstico clínico é difícil 
 
• Fisiológico: o feto manda um sangue com saturação de 50% e volta com 80% para o coração do 
feto. No doppler, o ritmo está normal 
• Patológico: a saturação continua vindo com 50% para a placenta, porém, o sangue que volta tem 
<80% de saturação. O doppler, por sua vez, mostra uma resistência ou pulsatilidade alta, porque o 
sangue penetra com muita dificuldade (vaso de menor calibre, luz menor). No caso da artéria 
cerebral média, o fluxo continua normal, porém, o vaso está mais dilatado justamente para 
conseguir manter esse suprimento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTÁGIO DO CFR E CONDUTA 
Estágio 0 I II 
Critérios Peso fetal entre P3 e P10 
Dopplerfluxometria 
normal (PIG) 
Peso fetal menor P3 
Dopplerfluxometria 
normal 
Peso abaixo P10 
Dopplerfluxometria 
alterada 
Monitorização A cada 15 dias 26-34 semanas → 
semanalmente 
>34 semanas → 
2x/semana 
26-34 semanas → 
2x/semana 
>34 semanas → 
3x/semana/internar 
Parto 40 semanas 37 semanas 37 semanas 
Via de parto Obstétrica Obstétrico 
Preferencialmente o 
método de Krause 
Obstétrica 
Preferencialmente 
método de Krause 
 
 
• CFR precoce: representa cerca de 20-30% dos CFR e 50% está associado a pré-eclâmpsia 
precoce, à evolução para hipóxia grave e morbiletalidade, muito associado a prematuridade e o 
doppler da artéria umbilical está alterado e ACM normal 
• CFR tardio: acontece depois de 32 semanas, corresponde a grande maioria de CFR de causa 
placentária (70-80%), a pré-eclâmpsia tardia é menos frequente, a insuficiência placentária leve é 
<30% e a hipoxemia é mais leve, o comprometimento neurológico é a longo prazo, o risco de 
sofrimento fetal agudo acontece também, o doppler da artéria umbilical apresenta-se normal e 
ACM dilatada alterada (cerca de 25%) 
 
• Está associada ao aumento das taxas de morbidade e mortalidade perinatal devido a maior 
frequência de hipóxia, aspiração de mecônio, hipoglicemia, hipocalcemia, policitemia, hipotermia, 
hemorragia pulmonar e prejuízo no desenvolvimento neuropsicomotor 
• Pode repercutir sobre o estado nutricional na infância e também está associado com aumento do 
risco de desenvolver doenças cardiovasculares e diabetes na vida futura

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