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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA - POLO BANGU LETRAS - HABILITAÇÃO PORTUGUÊS/INGLÊS JULIANA DE OLIVEIRA AUGUSTO AVA 2 - LITERATURA E OUTRAS SÉRIES CULTURAIS Carta para um amigo RIO DE JANEIRO - RJ 2021.2.3 Querida amiga, Tudo bem? Como está a vida na pandemia? Te escrevo pois li o conto Olhos D'água de Conceição Evaristo e pensei em você e nossas conversas, e acredito que irá se interessar em lê-lo também. No início do conto a narradora diz que, ao acordar, demorou para reconhecer o quarto de sua casa nova e não se lembrava de como havia chegado lá, o que me lembra uma conversa que tivemos quando morávamos na Inglaterra. Ela menciona que havia saído de casa em busca de uma melhor condição de vida para si e sua família, assim como a gente. Quando a narradora fala sobre sua infância, logo penso nas histórias que minha mãe me conta sobre sua infância e a realidade de tantas crianças em nosso país e no mundo. Mães com muitos filhos, morando em “barracos”, sem ter o que comer… Apesar de todas essas dificuldades que ambas a minha mãe e a narradora compartilharam (e que tantas famílias compartilham), elas se recordam de brincadeiras e momentos felizes em família na infância. Uma questão que é posta constantemente no conto é “de que cor eram os olhos de minha mãe?”, e, ao final do conto, a narradora chega à conclusão de que os olhos de sua mãe eram cor de olhos d’água de Mamãe Oxum - rios calmos, mas profundos e enganosos. Recomendo a leitura desse conto, nos faz refletir bastante sobre as diferenças entre nossas vidas e as de nossas mães e de pessoas menos favorecidas. Espero que leia e goste do conto, assim como eu gostei. Beijos, Juliana.
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