Buscar

RESUMO DE AULAS - NUTRIÇÃO ANIMAL E FORRAGENS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO 
CAMPUS DE SINOP 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁGRIAS E AMBIENTAIS 
CURSO DE AGRONOMIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Relatório 1 – Nutrição Animal e Forragens 
 
 
 
 
 
 
 
SINOP – MT 
SETEMBRO/2021 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO 
CAMPUS DE SINOP 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁGRIAS E AMBIENTAIS 
CURSO DE AGRONOMIA 
 
ALEXIA DE OLIVEIRA DOMINGUES 
 
 
 
 
 
 
 
Relatório 1 – Nutrição Animal e Forragens 
 
Relatório apresentado à disciplina 
de Nutrição Animal e Forragens, 
como avaliação parcial, no curso 
de Agronomia. 
Docente: Kamila Andreatta K. de 
Moraes. 
 
 
 
SINOP – MT 
SETEMBRO/2021 
Alimentos 
Os alimentos são definidos como qualquer material que após a ingestão é capaz 
de ser digerido, absorvido e utilizado pelo tecido animal. Podem ser classificados na 
alimentação animal como volumosos e concentrados. 
Os alimentos volumosos possuem mais de 20% de proteína bruta e compreendem 
a maioria das forragens como pastos (gramíneas e leguminosas), fenos, silagens (milho, 
sorgo, girassol, capins, leguminosas), cana de açúcar, e produtos agroindustriais como o 
bagaço da cana, casca de algodão e casca de café. Esses alimentos são fonte de energia 
de menor custo e tem menor competição com a alimentação humana. 
Os alimentos concentrados possuem menos de 20% de fibra bruta e são 
classificados como energéticos (menos de 20% de proteína bruta) e são fontes de glicerol, 
açucares, óleo e algumas fontes ricas em amido, em pectina e FDN digestível e podem 
ser classificados em proteicos (mais de 20% de proteína bruta. 
MILHO GRÃO 
 É o principal cereal utilizado na alimentação animal. É rico em energia útil e pobre 
em proteína, aminoácidos essenciais e em cálcio. É composto pelo endosperma, onde 
encontramos o amido, gérmen ou embrião, de onde retira-se o óleo e o farelo de gérmen, 
amido e glúten. 
Derivados do milho 
 Alguns derivados do milho também são muito importantes para a alimentação 
animal, como a palhada de milho, rolão de milho, milho desintegrado com palha e sabugo, 
farelo de gérmen de milho e farelo de glúten de milho. 
SORGO GRÃO 
 O teor de proteína bruta do sorgo é um pouco maior que o milho, porém o nível 
de aminoácidos essenciais é menor que o milho. Há a presença de taninos, um composto 
fenólico que interfere na digestão de proteínas. 
FARELO DE TRIGO 
 É obtido no processamento do grão de trigo, composto por pericarpo, partículas 
finas e outros resíduos resultantes do processamento industrial. Um dos principais 
alimentos concentrados energéticos utilizados para bovinos. O valor nutricional é 
equivalente 80 a 90% do grão do milho. O teor de proteína bruta é consideravelmente 
maior que o milho, além de ser rico em fósforo e selênio. 
FARELO DE ARROZ 
 É obtido no processamento do arroz, composto por pericarpo, partículas finas e 
outros resíduos resultantes do processamento industrial adicionando óleo. Possui alguns 
fatores limitantes como alto teor de sílica e se rancifica facilmente devido ao seu conteúdo 
em óleo. 
CASCA DE SOJA 
 É obtido no processamento do grão de soja para obtenção de óleo e farelo. É 
disponível em três formas básicas: inteira, moída ou peletizada. É rico em FDN digestível 
e pectina. A proteína é de rápida degradação ruminal. É utilizado em substituição parcial 
ou total do milho em dietas com alto grão para ruminantes ou com objetivo de redução 
de custos (quando conveniente). Em volumosos aumenta o valor energético da ração e 
em concentrados energéticos reduz o custo da ração. 
SOJA GRÃO 
 Para os animais ruminantes a soja tem alguns fatores limitantes como o alto teor 
de extrato etéreo e a presença de urease. Em animais não ruminantes a presença de fatores 
anti-nutricionais (soja crua e farelo sem tratamento), de inibidores de tripsina, que reduz 
a digestão de PTN e hipertrofia no pâncreas, a presença hemaglutinas, fatores 
goitrogênicos e fatores alergênicos são fatores limitantes para esses animais. 
CAROÇO DE ALGODÃO 
 É obtido através do processamento do algodão. Também apresenta alguns fatores 
limitantes como alto teor de lipídeos o que limita o uso de grandes quantidades, pois reduz 
a digestibilidade e consumo, porém é benéfico no desempenho reprodutivo de vacas. E 
outro fator limitante é a elevada presença de gossipol, que é tóxico para animais não-
ruminantes e ruminantes jovens, e em touros reduz a espermatogênese. O caroço de 
algodão é utilizado em dietas de ruminantes, é um substituto de forragens e/ou alimentos 
concentrados, a fibra tem alta efetividade física, o que estimula a mastigação. 
FARELO DE ALGODÃO 
O farelo de algodão também obtido através do processamento do algodão e tem 
grande variação na composição. É utilizado principalmente em dietas de ruminantes e não 
é recomendado para ruminantes jovens, devido a presença de gossipol. Tem limitação 
para não não ruminantes, pois tem levado teor de fibra, o que gera menor valor energético, 
menor disponibilidade de aminoácidos essenciais que o farelo de sola, presença de ácidos 
ciclopropenos, que causam manchas avermelhadas na clara do ovo, e presença de 
gossipol. 
Conceitos e importância da forragicultura 
Forragicultura: Ciência que estuda as forrageiras, as pastagens naturais/nativas, as 
pastagens cultivadas e os processos de conservação de forragem. 
Forragem: partes comestíveis das plantas (junto com os grãos), que podem servir na 
alimentação dos animais em pastejo, ou colhidas e fornecidas. 
Pastagem: um tipo de unidade de manejo de pastejo, fechada e separada de outras áreas 
por cerca ou outra barreira, e destinada à produção de forragem para ser colhida 
principalmente por pastejo. (conjunto de plantas forrageiras + solo + aguada + cocho + 
cerca. É toda a infraestrutura do ecossistema.) 
Ecossistema: Conjunto de organismos vivendo em associação com seu ambiente 
químico e físico. Implica, portanto, em interrelação ou interdependência entre os vários 
componentes do ecossistema. 
Pasto: Alimentação de animal em pastejo 
Pastejo: Maneira do animal colher a pasto 
Pastoreio: Manejo dos animais na pastagem 
Pasto natural: Composto por plantas espontâneas que surgem (sem a influencia do 
homem) em áreas que foram preparadas para outras culturas anteriormente. 
Pasto nativo: Formada sem qualquer interferência do homem e sem processo de 
sucessão. 
Pasto cultivado: Implantada com os devidos tratos agronômicos. 
Taxa de lotação: relação entre o número de animais ou de unidade animais (UA) e a 
área da unidade de manejo por eles ocupados, durante um período específico de tempo 
(uma estação de pastejo, um verão, etc.). Pode ser fica ou variável. Também ocorre o 
uso de “lotação” como sinônimo de taxa de lotação. 
Método de pastejo: Procedimento ou técnica de manejo do pastejo, idealizada para 
atingir objetivos específicos. Referente à estratégia de desfolhação e colheita pelos 
animais. 
Lotação contínua: Método de pastejo onde os animais têm acesso irrestrito a toda área 
pastejada, sem subdivisão em piquetes e sem alternância de períodos de pastejo sem 
períodos de descanso. Frequentemente (e erroneamente) expressa por “pastejo 
contínuo”. 
Lotação intermitente: Método de pastejo que utiliza subdivisão de uma área de 
pastagem em dois ou mais piquetes que são submetidos a períodos controlados de 
pastejo (ocupação) e descanso. Também conhecido como “pastejo rotacionado”, termo 
não recomendado, uma vez que o que é “rotacionado” (movimento este que nem sempre 
é obvio) é a lotação (ocupação) e não o pastejo. 
Piquete: área de pastejo correspondente a uma subdivisão de uma unidade de manejo de 
pastejo, fechada e separada de outras áreas por cerca ou outra barreira. Massa de 
forragem: quantidade de massa ou peso seco do total de forragem presente por unidade 
área acima do nível do solo. Expressa em kg MS/ha. 
Oferta de forragem: Relação entremassa de matéria seca de forragem disponível por 
unidade d emassa corporal dos animais, em um ponto qualquer no tempo. Uma relação 
quantitativa e instantânea entre forragem e animal. O inverso de “pressão de pastejo”. 
Afeta o desempenho animal, o número de animais por unidade de área e a 
sustentabilidade da pastagem. 
Pressão de pastejo: é o inverso da oferta de forragem. É a quantidade de massa corporal 
dos animais em relação à massa de matéria seca de forragem disponível. Diferencia-se 
do conceito “taxa de lotação”, pois este relaciona a quantidade de animais com a área, 
não levando em consideração a disponibilidade de forragem. 
Capacidade de suporte: É a máxima taxa de lotação que proporciona um determinado 
nível de desempenho animal, dentro de um método de pastejo, e que pode ser aplicada 
por determinado período de tempo sem causar a deterioração do ecossistema. “Taxa de 
lotação obtida na pressão ótima de pastejo”. A capacidade de suporte é flutuante entre 
anos, e pode ser abordada e discutida dentro de estações ou de períodos do ano. 
Cenário 
Pasto é o alimento mais barato e a principal fonte de alimento para o rebanho bovino 
brasileiro. Os sistemas mais utilizados são extensivos de um modelo extrativista e 
baixos índices zootécnicos. Cerca de 60 a 80% das pastagens apresentam algum grau de 
degradação. 
Considerações sobre morfologia de forrageiras 
Compreensão e o entendimento das particularidades do manejo das principais plantas 
forrageiras. As forrageiras são constituídas por um conjunto de órgãos: raiz, caule, folha 
e flor. 
RAÍZ 
A raiz possui funções como a fixação, sustentação, absorção de nutriente e 
armazenamento. Não apresenta segmentação, nem folhas e gemas. Geralmente é 
subterrânea e aclorofilada e tem a presença de coifa e pelos absorventes. Possui 
geocentrismo positivo e fototropismo negativo e tem importância econômica (alimentar 
e medicinal). 
As raízes podem ser classificadas quanto a sua origem, que podem ser normais 
(primárias) e se desenvolvem a partir da radícula do embrião ou adventícias e se 
desenvolvem a partir do caule, quanto ao habitat se subdividem em subterrâneas (abaixo 
da superfície do solo), aquáticas (crescem dentro da água) e aéreas (se desenvolvem no 
caule ou em folhas). Dentro dessa subdivisão ocorrem outras divisões, no caso das 
subterrâneas são classificadas em axiais, fasciculadas e tuberosas. As axiais apresentam 
um eixo principal de onde partem ramificações secundárias (dicotiledôneas), nas 
fasciculadas não existe um eixo principal, há apenas uma massa de raízes de diâmetro 
semelhante (monocotiledôneas) e nas tuberosas ocorre o acumulo de material de reserva. 
CAULE 
O caule possui funções de produção e suporte de ramos, flores e frutos, além da 
condução da seiva, crescimento e propagação vegetativa. As vezes realiza fotossíntese e 
reserva de material. Pode ser dividido em nós e entrenós, geralmente possuem 
geotropismo negativo e fototropismo positivo. 
Os caules podem ser classificados quanto ao habitat, que podem ser aéreos, 
subterrâneos e aquáticos. E ainda pela forma de crescimento: rasteiro, decumbente ou 
ereto. 
Os aéreos podem ser do tipo haste, colmo e estolão. As hastes consistem em um 
caule pequeno, tenro, herbáceo ou fracamente lenhificado, pouco resistente, clorofilado e 
geralmente ramificado desde a base. Os colmos são caules cilíndricos, com nítida divisão 
entre os nós e entrenós, podendo ser cheios ou ocos. Os estolões crescem paralelamente 
ao solo, apresentando gemas e enraizamento de pontos em pontos. 
Os subterrâneos podem ser do tipo bulbo, tubérculo e rizoma. Do tipo bulbo 
geralmente servem como órgãos de armazenamento e possuem forma discoidal. Os 
tubérculos são caules arredondados, bastante dilatados pelas reservas que contém, além 
de possuir gemas. Os rizomas geralmente crescem horizontalmente no solo, difere das 
raízes por apresentar nós e entrenós bem definidos, emitindo brotações de espaço a 
espaço. 
O caule ainda pode ser classificado em relação a sua forma de crescimento. Pode 
ser de forma rasteira, ou seja, cresce apoiado a superfície do solo, de forma decumbente, 
em que parte tem crescimento prostrado, mas as pontas se elevam e de forma ereta, que 
cresce perpendicular a superfície do solo. 
FOLHA 
 As folhas possuem funções como a realização da fotossíntese, processo muito 
importante para sobrevivência das plantas, condução e distribuição da seiva, de 
respiração, de captação de luz e transpiração. É um órgão laminar com simetria bilateral 
e geralmente de coloração verde. 
 Uma folha completa possui pecíolo, limbo e bainha. O pecíolo é uma haste 
sustentadora do limbo, e este é uma parte laminar e bilateral. A bainha é a parte basilar, 
que “abraça” o caule. Em monocotiledôneas a presença desse conjunto é a regra e em 
dicotiledôneas é a exceção. Já uma folha incompleta pode ser séssil ou apeciolada, 
peciolada mas sem bainha, ou possuir uma folha invaginante, onde a bainha envolve o 
caule em grande extensão (gramíneas). 
 As folhas podem ser classificadas quanto a divisão do limbo, a inserção no caule 
e as nervuras. Quanto a divisão do limbo é subdivida como simples – que apresenta 
apenas um limbo, e como composta – que apresenta dois ou mais limbos. Quanto a 
inserção no caule pode ser alternada – uma por né, oposta – duas por nó e verticilada – 
três ou mais por nó. Quanto as nervuras podem ser uninervias – uma só nervura, 
paralelinervias – nervuras secundárias paralelas a principal (mono) e reticulada – nervuras 
não paralelas (dicotiledôneas). 
FLOR 
 Uma organização das espiguetas ao longo da raque (eixo central) forma uma 
inflorescência e pode ser do tipo racemo ou cacho, espiga e panícula. 
 O racemo ou cacho possui flores com pedicelos (curtos) inseridas no eixo 
principal de maneira que as flores mais velhas estão mais afastadas do ápice. A espiga é 
uma flor sem pedicelo inserida no eixo principal e a panícula é um cacho de cachos, ou 
seja, há uma ramificação da raque. 
Principais gramíneas tropicais de interesse zootécnico 
 O Brasil tem 80% de seu território em área tropical, ou seja, esse clima tem 
temperatura média anual acima de 22 °C. As gramíneas apresentam ótimo crescimento 
com temperaturas entre 30 a 35 °C. Possui maior produção no verão (60 – 80%), devido 
a temperatura elevada, maior disponibilidade de água e maior intensidade luminosa. 
 As gramíneas dependem de alguns fatores para obter sucesso na pecuária baseada 
em pastagens, como a adequação na escolha das forrageiras e para isso é necessário 
avaliar a área que será implantada a cultivar, observando o relevo da área, índices 
pluviométricos, a umidade do solo, pragas e doenças, características físicas e químicas do 
solo, intensidade luminosa, entre outros fatores. 
GÊNERO ANDROPOGON 
Nome científico: Andropogon gayanus Kunth. cv. Planaltina 
Nome comum: Andropogon, capim-gambá 
É uma gramínea perene, que pode alcançar 3 metros de altura. Possui folhas com 
estreitamento na base, porém, muito abundantes, macias e de coloração azulada. Há a 
presença de pelos na bainha e lâmina foliar, dando um aspecto aveludado. Sua 
inflorescência ocorre em pares de racemos. O sistema radicular é bastante vigoroso e 
profundo. 
O Andropogon vegeta bem em solos pobres e de pH ácido e prefere solos bem 
drenados. Adapta-se bem a regiões com 400 a 3000 mm/ano, com temperatura média 
anual em torno de 25 °C, não tolera alagamento e responde bem a adubação com NPK. 
Além de apresentar alta resistência a seca, boa tolerância a doenças e ataque de 
cigarrinhas, possui bom valor nutritivo e boa aceitabilidade quando jovem. Pode 
apresentar acamamento. A média de produção é de 8 a 14 t MS/há e possui rápido 
crescimento, porém o manejo é dificultado. 
GÊNERO BRACHIARIA 
Família: Poaceae/Paniceae 
São mais de 90 espécies e mais de 50 milhões de ha no Brasil, aproximadamente85% 
com B. decumbens e B. brizantha. São plantas pouco tolerantes a baixas temperaturas. 
 
Nome científico: Brachiaria decumbens Stapf. cv. Basilisk 
Nome comum: braquiária, decumbens, braquiarinha 
 É uma gramínea perene, decumbente que forma um denso relvado com 0,6 a 1 m 
de altura. Suas folhas são rígidas, lanceoladas e pilosas, com 5 a 25 cm de comprimento 
e 7 a 20 mm de largura, com bainhas pilosas. Possui inflorescência racemosa com 2 a 7 
racemos, contendo fila dupla de sementes também pubescentes. Os rizomas se 
apresentam na forma de pequenas nódulos que emitem muitos estolões, bem enraizados. 
 Apresenta um sistema radicular profundo com ampla adaptação às variações de 
solos de baixa a boa fertilidade e responde bem a adubação. Se desenvolve melhor em 
regiões com precipitação maior que 1200 mm/ano e temperatura média de 30 a 35 °C e 
apresenta baixa tolerância ao encharcamento. Essa cultivar é muito susceptível ao ataque 
de cigarrinhas. A média de produção é de 8 a 18 t MH/ha/ano, tem alta tolerância ao 
pisoteio e ao pastejo intenso, boa aceitabilidade por bovinos e baixa aceitabilidade por 
equinos, ovinos e caprinos. 
 
Nome científico: Brachiaria brizantha Stapf. cv. Marandú 
Nome comum: braquiarão, brizantão, marandú. 
Essa cultivar foi lançada em 1984 e é uma das responsáveis pelo maior volume de 
sementes forrageiras comercializadas no país e responde por 70% das vendas de sementes 
de capim no Brasil. É uma cultivar perene, subcespitosa, que forma uma touceira pequena 
a média. Os colmos são eretos e levemente decumbentes. As folhas tem largura de 
aproximadamente 2 cm e 1 metro de comprimento, de coloração verde-escura com pelos 
curtos na face superior. Apresenta rizomas curtos. A inflorescência possui de 2 a 16 
racemos com espiguetas unisseriadas ao longo da raque. 
Possui baixa tolerância ao encharcamento e a geadas e adapta-se melhor em 
regiões com precipitação maior que 1000 mm/ano e temperatura média de 30 a 35 °C. 
Apresenta boa tolerância a altas saturações por alumínio, são mais adequados em solos 
com textura média a arenosa, responde bem a adubação e seu sistema radicular é 
profundo. A média de produção é de 8 a 25 t MS/há/ano. Apresenta problemas com 
cigarrinhas e rebaixamento com o pastejo intenso. 
 
Nome científico: Brachiaria brizantha Stapf. cv. Xaraés 
Nome comum: Xaraés (MG-5 e Toledo) 
 Essa cultivar foi lançada no ano de 2003 pela EMBRAPA. É uma gramínea 
perene, que forma uma touceira decumbente com até 1,5 m de altura. As folhas são 
lanceoladas e longas, de coloração verde-escura, com poucos pelos. Os colmos são finos 
e radicantes no nó. As inflorescências são grandes com espiguetas unisseriadas ao longo 
da raque. 
Em solos de média a alta fertilidade adapta-se melhor e solos de textura média e 
arenosos são mais adequados, além de responder bem a adubação. Possui baixa tolerância 
ao sombreamento e boa tolerância a seca e moderada tolerância a cigarrinha. Se 
desenvolve melhor em regiões com precipitação acima de 800 mm/ano e com a 
temperatura média é de 30 a 35 °C. Possui alta capacidade de rebrota, alta produtividade 
de folhas, produção de 8 a 25 t MS/ha/ano, florescimento tardio, bom valor nutritivo e 
boa aceitabilidade por bovinos, equinos e ovinos. Seu uso é especialmente para pastejo. 
 
Nome científico: Brachiaria brizantha cv. BRS Piatã 
Nome comum: Piatã 
 Lançada pela EMBRAPA, é uma gramínea perene, sub-cespitosa, que forma 
touceiras de porte médio. As lâminas foliares são glabras, com até 45 cm de comprimento 
e 1,8 cm de largura, são áreas na face superior e bordas serrilhadas e cortantes. As bainhas 
tem poucos pelos e colmos verdes e finos. A inflorescência pode ter até 12 racemos e com 
pelos longos e claros nas bordas e espiguetas sem pelos. 
 Adapta-se melhor em solos em média a alta fertilidade e responde bem a 
adubação. Se desenvolve melhor em regiões com precipitação acima de 800 mm/ano. 
Possui maior taxa de crescimento e maior produção de folhas em relação ao Marandú. 
Tem boa tolerância às cigarrinhas tradicionais de pastagens, bom valor nutritivo com 
média de 11% de proteína bruta e boa aceitabilidade. É utilizado para pastagens, 
eventualmente fenos e ensilagens e em sistemas de ILP. 
 
Nome científico: Brachiaria ruziziensis 
Nome comum: Ruziziensis, capim longo 
Essa cultivar é muito semelhante a B. decumbens. É uma gramínea perene, semi-
ereta que pode chegar até a 1,5 m de altura. As folhas são macias com 6 a 15 mm de 
largura e de 10 a 25 cm de comprimento, com aspecto aveludado devido a grande 
quantidade de pelos, de coloração verde-claro. Os colmos são decumbentes, com entrenós 
curtos. A inflorescência pode ter de 3 a 9 racemos de 4 a 10 cm de comprimento, com 
fileira dupla de sementes, raque bastante larga, o que diferencia das outras espécies. 
Possui baixa tolerância a seca ao fogo, diferente das cultivares vistas até aqui. 
Responde bem a adubação, e é adaptada a solos de média a boa fertilidade. Se desenvolve 
bem em regiões de mínima de 1000 mm e tem baixa tolerância a solos mal drenados. Tem 
uma produção de 14 a 25 t MS/ha/ano. É muito susceptível ao ataque de cigarrinhas e 
exala um odor peculiar. Tem bom valor nutritivo e alta aceitabilidade. Sua aplicação é em 
pastagens, ILP e eventuais cortes para fenação e ensilagem. 
 
Nome científico: Brachiaria humidicola 
Nome comum: capim-agulha, pontudinho, espetudinho, quicuio da Amazonia. 
É uma gramínea perene, semi-ereta, com altura média de 0,6 m podendo chegar 
até 1,2 m. Possui colmos ascendentes, de cor verde-claro, com entrenós glabros. Os 
estolões são fortes, longos e enraízam com facilidade. As folhas são ascendentes, glabras, 
lanceoladas, com ápice acuminado e bordas serrilhadas. A inflorescência tem de 1 a 4 
racemos de 3 a 5 cm de comprimento com espiguetas unisseriadas. 
É pouco exigente em fertilidade de solo, tolera baixo pH e alta saturação por Al. 
Tem boa tolerância a excesso de umidade, mas não a alagamento prolongado. Boa 
tolerância a cigarrinha. Seu valor nutritivo é mediano, de 5 a 9% de proteína bruta e média 
aceitabilidade. A produção média é de 8 a 13 t MS/ha/ano. É muito utilizado para controle 
de erosão, pastejo, eventual cortes para a fenação e pode ser recomendado para áreas de 
várzeas. 
 
Nome científico: Brachiaria mutica (Forsk.) Stapf. 
Nome comum: capim-fino, capim-angola, capim-boi, capim-bengo, etc. 
 É uma gramínea perene, semiereta, chegando até 1,5 m de altura. Os colmos são 
ascendentes e com nós e bainhas bastantes pilosos. Os estolões são compridos e grossos. 
Forma um relvado denso o que garante uma boa cobertura do solo. As folhas são glabras 
a pilosas, lanceoladas, com 10 a 30 cm de comprimento e 8 a 20 mm de largura e sua 
inflorescência tem de 10 a 20 racemos. 
GÊNERO PENNISETUM 
Nome científico: Pennisetum purpureum 
Nome comum: capim elefante, capim Napier 
 É uma gramínea perene, cespitosa, com altura média de 2 a 3,5 m e pode chegar 
até 6 metros de altura. Os colmos formam touceiras abertas ou não, dependendo da 
variedade, preenchidos por parênquima suculento. Os colmos tem de 3 cm de diâmetro 
na base e rizomas curtos. O sistema radicular pode atingir até 4,5 m de profundidade. 
Folhas pubescentes a glabras, podendo apresentar bainha recoberta de pelos duros. A 
inflorescência é em panícula sedosa e contraída, cilíndrica. As espiguetas são biflorais e 
envolvidas por densas cerdas de tamanhos desiguais e de coloração amarelada ou púrpura. 
 Essa cultivar tem preferência por solos mais profundos e bem drenados e 
altamente exigente quanto a fertilidade do solo. Tem boa tolerância a seca e baixa 
tolerância a geada e a solos encharcados. Vegeta bem em regiões quentes e úmidas, com 
precipitação anual superior a 1000mm e temperaturas entre 25 a 40 °C. É muito sensível 
a cigarrinhas e lagartas. Em sua composição apresenta de 7,5 a 13% de proteínabruta, 
portanto um bom valor nutritivo e boa aceitabilidade. É utilizado para pastejo em sistema 
de lotação intermitente, muito utilizado para formação de capineiras e o seu corte para 
fornecimento de forragem verde e ensilagem. 
 
Nome científico: Pennisetum americanum Leeke 
Nome comum: milheto, pasto italiano, capim charuto 
 É uma gramínea anual, com colmos eretos, cespitosa, com altura média de 2 a 3 
m. Suas folhas tem lâminas largas e longas e o sistema radicular muito profundo. 
 Tem preferência por solos arenosos e argilo-arenosos bem drenados. Adapta-se 
bem em solos de baixa a média fertilidade e responde bem a adubação. Tem crescimento 
limitado em temperaturas abaixo de 18 °C, a temperatura ideal de 20 a 25 °C e a 
precipitação é em torno de 125 a 900 mm/ano. Tem boa tolerância a seca e baixa 
tolerância a geadas, encharcamento e sombreamento. Seu ciclo vegetativo é de 120 a 160 
dias. Tem bom valor nutritivo e boa aceitabilidade, bom perfilhamento após o corte, boa 
tolerância a cigarrinha e sua producal chega até 12 t MS/ha. É utilizado para pastejo, 
produção de grãos, uma opção para ILP, o seu corte é usado para fornecimento de 
forragem verde, fenação e ensilagem. 
GÊNERO PANICUM 
Nome cientifico: Panicum maximum 
Nome comum: capim Mombaça, colonião, aruana, massai, etc. 
 Essa cultivar possui uma ampla diversidade morfológica, dependendo do cultivar. 
É uma gramínea perene e cespitosa, formando touceiras. Seus colmos são eretos atingindo 
de 0,5 a 4,5 m de altura. Os nós podem ser pubescentes ou pilosos e as folhas são 
lanceoladas. Sua inflorescência é em panícula aberta, sem arroxeada ou não. A lâmina e 
a bainha foliar podem ser pubescentes ou glabras e o sistema radicular geralmente 
profundo. 
 Geralmente é exigente quanto a fertilidade do solo e prefere solos mais leves, 
férteis, bem drenados e responde bem a adubação. Vegeta bem em regiões com 
precipitação variando de 650 a 1000 mm até 3000 mm/ano e tem pouca tolerância a 
temperaturas baixas, encharcamento e alagamentos. A produção anual é de 10 a 40 t de 
MS/há e tem bom valor nutritivo e aceitabilidade pelos animais. A propagação ocorre por 
meio de sementes e é recomendada para sistemas mais intensivos, pastejos, etc. 
Principais leguminosas tropicais de interesse zootécnicos 
GÊNERO MEDICAGO 
Nome cientifíco: Medicago sativa L. 
Nome comum: Alfafa, lucerne 
 É uma leguminosa perene e herbácea, com rizomas curtos e os talos são eretos 
atingindo de 0,5 a 1 m de altura. O sistema radicular é muito profundo podendo chegar 
até 8 m. As vagens são espiraladas com 2 a 6 sementes, com cores que podem variar do 
amarelo ao marrom, em forma de rim a ovóide. 
 É altamente exigente em fertilidade do solo, adaptada a solos alcalinos, requer 
solos profundos, argilosos e bem drenados. A precipitação da região deve ser acima de 
700 mm/ano e é pouco tolerante ao encharcamento. Tem boa tolerância a seca e a 
temperatura ideal é em torno de 27 °C. Tem alto valor nutritivo, cerca de 20% de proteína 
bruta e sais minerais e alta aceitabilidade pelos animais. A produção anual é de 15 a 20 t 
MS/ha. Não suporta pastejo intenso, quando pastejada pode causar timpanismo em 
ruminantes e é muito atacada por pragas e doenças, o que torna o cultivo caro. É utilizada 
para adubação verde, pastejo e corte para fenação e ensilagem. No Brasil é utilizado 
principalmente para fenação, pois promove um feno de alta qualidade. 
GÊNERO CALOPOGONIUM 
Nome cientifico: Calopogonium mucunoides Desv. 
Nome comum: Calopogônio, calopo, feijão soja, falso oró 
 É uma leguminosa vigorosa perene, herbácea e rasteira. É volúvel e trepadora, que 
forma uma densa massa de folhagem emaranhada com até 50 cm de altura. Os caules são 
suculentos, cobertos com pelos longos e coloração ferruginosa. A inflorescência possui 
racemos axilares, com 4 a 12 flores, e pedúnculos pilosos. As flores de coloração azul a 
arroxeadas. As vagens são curtas e retas, deiscentes, cobertas por pelos grossos também 
de coloração ferruginosa, contendo de 3 a 8 sementes. 
 Adapta-se bem em vários tipos de solos, preferindo os argilosos com pH entre 4,5 
e 5,0. Tem boa tolerância a saturação por alumínio e boa adaptação ao clima tropical 
quente e úmido. A tolerância a seca também é satisfatória. A produção anual é trono de 4 
a 6 t MS/ha. É uma fixadora de nitrogênio e quando consorciada, geralmente são com 
gramíneas cespitosas. Muito utilizada para cobertura de solo e controle de erosão, 
adubação verde e em consórcios, pois é bem aceita no período da seca ou quando fenada. 
GÊNERO CAJANUS 
Nome científico: Canajus cajan Millsp. 
Nome comum: guandu, feijão guandu, 
 É uma leguminosa anual e perene (em torno de 5 anos), arbustiva e ereta, com 1,5 
a 3 m de altura. Possui um sistema radicular profundo, com folhas trifoliadas, com folíolos 
lanceolados elípticos, racemos axilares com até 10 cm. As flores normalmente são 
amarelas e as vezes com estrias vermelhas. AS vagens são achatadas, indeiscentes, 
pubescentes, contendo 2 a 9 sementes, arredondadas de cor branca até castanho a preto. 
 Possui tolerância a seca, baixa tolerância ao frio, a geadas, fogo e sombreamento. 
Vegeta bem em vários tipos de solos e em regiões com precipitação anual de 500 a 2000 
mm e temperaturas em torno de 35 °C. Não tolera encharcamentos e alagamentos e alta 
tolerância a seca. Tem bom valor nutritivo e boa aceitabilidade. A produção anual é em 
torno de 7 a 14 t MS/ha. Dependendo do objetivo, é possível um consorciamento com 
várias gramíneas. É utilizado em adubação verde, para fixação de nitrogênio, na 
alimentação humana, na fabricação de farinha, utilizado na alimentação de aves, em 
pastagens, em cortes para fenação e ensilagem. 
GÊNERO LEUCAENA 
Nome científico: Leucaena leucocephala de Wit. 
Nome comum: Leucena, Caola 
 É uma leguminosa perene, arbustiva a arbórea, podendo alcançar até 20 m de 
altura, com um sistema radicular profundo, que pode chegar até 10 metros de 
profundidade. As folhas são bipinadas, com 4 a 9 pares de pinas. 
 Em solos arenosos a argilosos, desenvolve-se bem. Não tolera encharcamento e 
alagamentos, tem baixa tolerância a alta saturação por alumínio. Em regiões com 
precipitação anual de 650 a 1500 mm vegeta bem e com temperatura em torno de 25 °C 
a 30 °C. 
 Conservação de forragens 
A conservação de forragens, tem por objetivo conservar o valor nutritivo da 
forragem verde para uso em períodos de menor disponibilidade de pasto, ou para 
fornecimento em tempo integral. 
O valor nutritivo da forragem conservada depende das perdas do valor nutritivo 
no processo de conservação e o valor nutritivo no momento do corte. Os métodos 
utilizados para conservação de forragens é a fenação, ou seja, a desidratação, reduzindo 
o teor de umidade, e a ensilagem, onde ocorre a fermentação. 
ENSILAGEM 
Ensilagem: É o processo de conservação de forragem verde em meio anaeróbico, em 
depósitos denominados silos, por meio da redução do pH. Conjunto de todas as operações: 
corte, desintegração, transporte, compactação, vedação, retirada da silagem e 
fornecimento aos animais. 
Silagem: É o produto da fermentação anaeróbica controlada de determinada forragem 
verde, em uma estrutura denominada silo. 
Silo: estrutura de armazenagem 
Os pontos fundamentais do processo de ensilagem é anaerobiose e a queda do pH. 
A ensilagem possui quatro fases durante o processo: fase aeróbica, anaeróbica, estável e 
a fase de descarga. 
A fase aeróbica é a primeira, onde ocorre a presença de oxigênio na massa que 
está sendo inserida no solo. O excesso desse oxigênio pode causar degradação indesejável 
da proteína, produção excessiva de calor e promove o crescimento de leveduras e mofo. 
A causa do excesso de oxigênio na massa no silo é a lenta operação de distribuição da 
forragem no silo, em falhas no processo de compactação da forragem e no fechamento 
tardiodo silo. 
A segunda fase é a anaeróbica, onde ocorre a fermentação. Inicia-se após o 
declínio do oxigênio no silo e ocorre por cerca de 4 semanas. Ocorre através das 
atividades de bactérias anaeróbicas produtoras de ácido acético e bactérias produtos de 
ácido lático heterofermentativas. O produto final é o ácido acético, ácido lático, etanol e 
CO2. O substrato utilizado nesse processo são os carboidratos solúveis. Então ocorre a 
redução do pH e as enterobactérias são reduzidas e há um aumento das bactérias 
produtoras de ácido lático. Os níveis de ácido lático aumentam e o pH é reduzido 
drasticamente. 
A terceira fase é a de estabilidade anaeróbica e é caracterizada pela diminuição na 
atividade biológica e bioquímica no interior do silo. 
A quarta fase é de instabilidade aeróbica e ocorre durante a fase de abertura do 
silo. É caracterizada pela penetração do ar na massa ensilada e ocorrências de reações 
aeróbicas. 
Os produtos finais do processo de ensilagem são ácidos orgânicos (ácido lático, 
acético, butírico), CO2 e gases através da conversão de carboidratos solúveis, e através 
da degradação de proteínas e aminoácidos, é obtida a amônia.

Continue navegando