Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Autismo e Esquizofrenia T RA N S T OR N OS P S I C OL ÓG I C O S – C ON D U T A OD ON T OL Ó G I C A Conselho Federal de Odontologia, em sua resolução 22/2001, reconheceu a Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais. Objetivos: Diagnóstico Prevenção Tratamento Controle dos problemas de saúde bucal Importante: A percepção e atuação dentre de uma estrutura transdisciplinar com outros profissionais de saúde e de áreas correlatas. Epidemiologia: No último censo realizado pelo IBGE no ano de 2010, aproximadamente 24% da população, declarou ser portador de pelo menos uma deficiência. AUTISMO Desordem complexa, severamente incapacitante, caracterizada por alterações do comportamento relacionadas ao convívio social, linguagem e limitações motoras. E spect ro do Au t i smo 01 – Au t i smo g r ave Fatores genéticos Transmissão genética complexa e multifatorial 02 – Au t i smo c l ás s i co : Fatores pré-natais: Rubéola, caxumba, CMV, sífilis, toxoplasmose, varicela, exposição química 03 – S í n dr ome de Ret : Fatores peri-natais: Prematuridade, baixo peso, infecções graves ao nascer, traumas no parto 04 – A spe rger/S uperdo ta do : Fatores neurológicos: Tamanhos anormais das amígdalas, hipo campos e corpo caloso, maturação atrasada do córtex frontal Car act er í s t i c a s C l í n i c a s Atraso ou ausência total no desenvolvimento da fala Rejeição à interação social Comportamentos estereotipados (ex: agitar as mãos) Agressividade e ataques de raiva Ecolalia (repetição do que é dito) Automutilação (ex: arranhões, mordidas) Irregularidades no desenvolvimento intelectual Vocalizações bizarras Apresenta retardo ou falta da linguagem, linguagem repetitiva ou desajuste para manter uma conversação Possui falta ou falhas de imaginação e imitação espontânea Preocupa-se com algumas rotinas e rituais não funcionais Chora, grita ou ri sem motivo aparente Não possui noção de alguns perigos reais Desenvolvimento anormal ou desajustado antes do terceiro ano de vida em algumas áreas Preocupa-se de maneira repetitiva e estereotipada com partes de objetos Realiza movimentos estranhos e bizarros, alguns muito sutis Age, às vezes, como surdo, às vezes, como tendo hipersensibilidade auditiva Pouco interage e raramente realiza contato olho a olho Falha na interação social com seus semelhantes Falta de reciprocidade social ou emotiva T écn i c a s de Con d i c i o n amento Controle de comportamento Métodos de contenção física 01 •Au t i smo g r ave 02 •Au t i smo c l á s s i c o 03 •S í n d r ome de Re t 04 •Asper ge r/S uper do ta do Objetivo: proteger dos materiais cortantes que podem causar injúria no paciente em caso de movimentos rápidos e inesperados. Sedação o u an es t es i a g e r a l Uso de agentes farmacológicos Drogas mais usadas: Óxido nitroso, diazepam, hidrato de cloral, hidroxizina e prometazina Tratamentos odontológicos mais invasivos e em pacientes com grandes necessidades curativas Pacientes autistas com grande barreira comportamental Caso An amen se : Paciente M.C.M. Sexo feminino 20 anos Feoderma História médica: Autista com difícil manejo Queixa principal Terapêutica: Neuleptil 4% Periciazina Fo rmas de T r at ament o Ambulatorial: Tentativas de condicionamento Tratamento odontológico convencional Hospitalar (sob anestesia geral): Consentimento esclarecido Solicitar exames pré-operatórios Avaliar resultados dos exames Orientar familiar sobre os cuidados antes da cirurgia Agendar a cirurgia C on du t a du r an t e o a t en d imen to o don t o l ó g i co ambu l a t o r i a l 1. Realizar um questionário de saúde minucioso, posteriormente assinado por um responsável pelo paciente. 2. Rotina de atendimento para o paciente autista; continuidade: mesmo dia, horário e equipe multiprofissional. 3. Usar técnicas: dizer-mostrar-fazer; controle de voz; reforço positivo (elogios ao final do atendimento). 4. Elaborar um plano de tratamento equilibrando os riscos e benefícios. 5. Esquematizar as consultas odontológicas; explicar as etapas do atendimento ao paciente autista. F l u xo gr ama do At en d imen to Plano de tratamento: Feito a partir dos exames clínico e radiográfico Liberação após: Restabelecidas as funções normais Sem sinais clínicos de quaisquer intercorrências Ausência de queixas e/ou resíduos anestésicos ESQU IZOFRENIA Tem tudo a ver com psicose! O psicótico fica aquém da realidade Transformam-se os projetos, as atitudes, as ideias devido a coisas inaceitáveis Constroem-se relações com situações inexistentes Apresentam manias de perseguição e pavor como se tudo estivesse contra ele “É uma das doenças psiquiátricas mais angustiantes e incapacitantes de todas. Geralmente começa na adolescência ou no início da idade adulta, podendo manifestar-se desde a 01 •Anamnese 02 •T r i a g em - n eces s i d a de o d o n to l ó g i c a 03 •S o l i c i t aç ã o d e e x ames 04 •Ava l i a ç ã o d o r i s c o c i r ú r g i c o 05 •Apraz amento d a c i r u r g i a – marcação 06 •Ava l i a ç ã o p r é - an es té s i c a 07 •Pré - an es te s i a 08 •C i r u r g i a s o b a n e s t e s i a g e r a l 09 •S a l a d e r e cu pe r ação 10 •A l t a ambu l a t o r i a l infância até os 40 anos. Quanto mais cedo de apresenta, pior o prognóstico”. D i agn ós t i co Ainda não há um instrumento para avaliação bem definido. Sugestões: Delírios Confusão de fala Alucinação Comportamento catatônico Negativos, embotamento afetivo, alogia e avolia Observação: Pelo menos dois dos sintomas, presentes e durante pelo menos um mês ou se apresentar delírio, apenas um sintoma fecha o diagnóstico S i n t omas Seu início pode ser lento (meses, anos) ou abrupto (dias, semanas) O gatilho geralmente é acionado na adolescência ou na fase adulta A família percebe mudanças de comportamento Fuga de ideias e fala retardada ou mutismo Pensamento e fala desordenados Confusão nas emoções e afetos Cognição deficiente e avolição Apresentam delírios Neologismos S i n a i s P ro dr ôm i co s Negligência com a higiene corporal Descuidado com a aparência Depressão Indisposição Desinteresse Sem iniciativa Isolamento Catatônico T i po s E squ i z o f ren i a C at at ôn i c a : Perturbação motora grave, imobilidade ou atividade excessiva. Extremo negativismo, mutismo, ecolalia ou ecopraxia. A imobilidade motora pode manifestar por estupor. A atividade motora excessiva é aparentemente desprovida de sentido e não é influenciada por estímulos externos. Par ano i d e : Delírios tipicamente persecutórios ou grandiosos ou ambos Os delírios podem ser múltiplos As alucinações são relacionadas ao tema do delírio A pessoa apresenta ansiedade, raiva afastamento e tendência a discussões Pode predispor ao suicídio pelos delírios persecutórios ou predispor a violência E squ i z o f ren i a Deso rg an i z a d a : Os discursos são desorganizados, comportamento desorganizado e afeto embotado ou inadequado, risos imotivados Leva a uma severa perturbação na capacidade de executar atividades da vida diária (banho, vestir- se) Hebefr ên i c a : Mudanças afetivas, comportamento irresponsável, maneirismos, pensamento desorganizado e incoerente Tem um mau prognóstico devido ao embotamento afetivo, rápido desenvolvimento dos sintomas negativos E squ i z o f ren i a , T er apêu t i c a e Ef e it o s Co l a t er a i s Fazem uso de muitos medicamentos antipsicóticos como: típicos e atípicos Efeitos colaterais dos típicos: Acatasia: desconforto intenso que os torna incapaz de ficar parados Ginecomastia, galactorreia e amenorreia Ressecamento da cavidade oral Midríase e acomodação visual Taquicardia, constipação instestinal e retenção urinária Efeitos colaterais dos atípicos: Menos efeitos extrapiramidais Eficazes no tratamento dos sintomas Clozapina, risperidona, olanzapina, quetiapina, ziprasidina e aripiprazol Monotorização com hemograma Mane j o Geralmente são acompanhados por psiquiatras e psicólogos. Depende do caso e dos sintomas manifestos Buscar histórico de saúde mental (compensado?) Capacitação prévia dos cuidadores Fatores que desencadeiam crises Entre no mundo do paciente Investigar comorbidades Não atender sozinho(a) Atenção para possíveis agressões Con d i ç ões Or a i s E n co n t r a d as Bruxismo Xerostomia Doença periodontal severa Gengivite Periodontite Cárie Aten d imen to Ambu l a t o r i a l Atendimento normal se compensado e normossistêmico Ter cuidado com o uso de anestésico – apenas se tiver comorbidades Evitar noraepinefrina interage com os antipsicóticos e provoca taquicardia
Compartilhar