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Cisto Dentígero Origem: Folículo que circunda a coroa de um dente não erupcionado, principalmente, incluso. Estando aderido na junção amelocementária. É o tipo mais comum de cisto odontogênico de desenvolvimento, cerca de 20% de todos os cistos. Localização: terceiros molares e caninos superiores (por serem os últimos a erupcionar, acontece na fase final da odontogênese). Faixa etária: 10 a 30 anos. São descobertos normalmente quando o dente demora a erupcionar ou exame radiográfico de rotina. Radiografia: Área radiolúcida unilocular associada a dente incluso. Margens bem definidas com áreas de esclerose (comuns em lesões benignas). Na variante central, o cisto circunda a coroa do dente, a coroa se projeta para dentro do cisto. A variante lateral é associada a um terceiro molar inferior impactado com inclinação mesioangular. Espaço que circunda a coroa deve ser em torno de 3 a 4 mm. Histológico: duas a quatro camadas de células estratificadas não queratinizadas, com cápsula fibrosa contendo ilhas ou cordões de restos epiteliais odontogênicos de aspecto inativo. Quando há cisto dentígero inflamado apresenta quantidade maior de colágeno na cápsula fibrosa e variável hiperplasia na camada epitelial. Pode gerar 3 outros cistos: ameloblastoma (benigno), carcinoma espinocelular e carcinoma mucoepidermoide intraósseo. Tratamento: enucleação do cisto. Alguns pode ser marsupialização. Recidiva rara. Ceratocisto Origem: restos epiteliais da lâmina dental. Corresponde a 3 a 11% dos cistos odontogênicos. Faixa etária: 10-40 anos. Localização: região posterior e ramo de mandíbula. Os ceratocistos odontogênicos tendem a crescer em uma direção ântero-posterior, dentro da cavidade medular do osso, sem causar expansão óssea óbvia. Radiografia: Os ceratocistos odontogênicos exibem uma área radiolúcida, com margens escleróticas frequentemente bem definidas. Lesões grandes, particularmente no corpo posterior e no ramo da mandíbula, podem se apresentar multiloculadas. Dente incluso envolvido de 25% a 40% dos casos. Reabsorção das raízes de dentes adjacentes é rara. Histológico: O ceratocisto odontogênico exibe tipicamente uma cápsula fina e o epitélio com células pavimentosas estratificadas com 6 a 8 camadas e a camada basal é composta por células colunares com núcleos hipercromáticos. Na presença de alterações inflamatórias, a superfície luminal paraceratinizada pode desaparecer e o epitélio pode proliferar formando cristas epiteliais com perda da característica. Cisto cresce devido a queda das células epiteliais, ricas em proteínas e que aumentam a pressão de proteínas, proporcionando a entrada de água. Pulsão com característica de leite condensado, devido à ceratina. Recidiva em 30% dos casos. Tratamento: Descompressão ou marsupialização. Posteriormente, enclueação ou curetagem. Solução de Carnoy, nitrogênio líquido e ostectomia com broca para evitar recidiva. CISTOS ODONTOGÊNICOS Cisto de erupção Origem: Desenvolve-se como resultado da separação do folículo dentário. Análogo ao cisto dentígero, só que de tecidos moles. Faixa etária: crianças com menos de 10 anos. Características clínicas: aumento de volume de consistência mole, frequentemente translúcido ou roxo (hematoma de erupção) devido o sangue, na mucosa gengival que recobre a coroa de um dente decíduo ou permanente em erupção. Localização: centrais superiores e inferiores, primeiros molares permanentes. Histológico: semelhante ao dentígero. Cisto Odontogênico Ortoqueratinizado Localização: região posterior da mandíbula. Mais frequente em homens. Radiografia: desenvolvimento. A lesão usualmente surge como uma imagem radiolúcida unilocular, mas ocasionais exemplos se apresentam multiloculados. Histológico: O revestimento cístico é composto por epitélio escamoso estratificado, que mostra uma superfície ortoceratinizada de espessura variada. Tratamento: Enucleação seguida de curetagem. Recidiva em 2% dos casos. Cisto gengival do recém-nascido Origem: remanescentes da lâmina dental. Pápulas esbranquiçadas no rebordo parecem grão de arroz (ceratina). Histológico: epitélio delgado com superfície luminal paraceratótica. Cisto periodontal lateral Origem: restos epiteliais de malassez. Localização: 1 e 2 pré-molares e caninos em tecidos moles. Faixa etária: a partir dos 45 anos. Radiografia: o cisto aparece como uma área radiolúcida localizada lateralmente a raízes de dentes com vitalidades. A maioria desses cistos possui menos de 1,0cm em seu maior diâmetro. Ocasionalmente, a lesão pode apresentar um aspecto policístico; tais exemplos foram denominados cistos odontogênicos botrioides (cachos de uva). Histológico: Cápsula fibrosa delgada, epitélio com células achatadas ou cubóides com uma a três camadas. Presença de células claras ricas em glicogênio. Tratamento: Enucleação conservadora. Recidivas não são comuns. Cisto Odontogênico Calcificante ou de Gorlin Localização: Região anterior de mandíbula e maxila. Faixa etária: segunda, terceira e quarta décadas de vida. Radiografia: O cisto odontogênico calcificante central geralmente se apresenta como uma lesão radiolúcida, unilocular, bem definida, apesar de a lesão poder ser, ocasionalmente, multilocular. Estrutura radiopaca dentro da lesão quer sejam calcificações irregulares ou de densidade semelhante ao osso. A reabsorção radicular ou a divergência dos dentes adjacentes podem ser observadas com alguma freqüência. Histológico: Presença de células fantasmas dentro do epitélio com núcleo branco e aparecem na coloração roxa na imagem. Também presença de retículo estrelado central (parece ameloblastoma). Quanto mais células fantasmas, mais áreas radiopacas. Tratamento: Enucleação simples. Síndrome de Gorlin-Goltz Origem: condição hereditária autossômica dominante que exibe alta penetrância e expressividade variável. Principais sinais: carcinoma de células basais da pele, espinha bífida das vértebras, cistos satélites (ceratocisto), calcificações intracranianas, pequenas depressões palmoplantares, etc. Radiografia: semelhante ao ceratocisto. Histológico: cistos satélites, ilhas sólidas de proliferação epitelial e restos epiteliais odontogênicos. Tratamento: remoção de ceratocistos. Prognóstico depende do carcinoma basocelular de pele. Cisto Odontogênico Glandular ou Sialo- odontogênico Faixa etária: adultos de meia idade, em média 48 anos. Cisto agressivo, que rompe a cortical óssea. Pode estar associado a dor e parestesia. Localização: região posterior de mandíbula. Radiografia: aspecto bem definido apresenta borda esclerótica, podem ser uni ou multilocular. Histológico: epitélio de espessura variada com células com citoplasma rosa. Tratamento: Curetagem. Ressecção em bloco para lesões multiloculares. Recidiva em 30% dos casos.
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