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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI GRADUAÇÃO EM MEDICINA DANIEL SIMÕES BARBOSA DE SOUZA SEMANA 7: Síndromes Clínicas - Neoplasias TERESINA 2022 1. Nesta semana, solicitamos que envie um mapa conceitual com as Síndromes Clínicas associadas a cada topografia do Intestino Grosso - relacionado às neoplasias. Síndromes Clínicas do Intestino Grosso A síndrome carcinóide é muito rara e acontece quando há o aparecimento de um tumor carcinoide que tem a capacidade de produzir substâncias semelhantes a hormônios, sendo a liberação dessas substâncias na corrente sanguínea a origem da síndrome carcinóide. A maioria dos pacientes com síndrome carcinóide possuem um câncer avançado que se espalhou para o fígado. As manifestações clínicas dessa síndrome dependem de qual substância ele produz e libera. As manifestações mais comuns são: vermelhidão e aquecimento na pele, lesões da pele da face, diarreia, dispneia, taquicardia, insuficiência cardíaca, desnutrição e edema. A síndrome de Peutz-Jeghers é uma condição autossômica dominante muita rara caracterizada pela associação dos pólipos, surgimento de máculas de tonalidade marrom na mucosa bucal, nos lábios, ao redor da boca, pele, olhos, nariz, mãos, genitália e região perianal e dor abdominal. Essa síndrome se apresenta em pacientes com idade média de 11 anos. Essa síndrome é causada por mutações no gene STK11, que é um gene supressor de tumores. A síndrome de Peutz-Jeghers é autossômica dominante por isso para uma pessoa herdar a síndrome só é necessário um dos pais possui a mutação, geralmente é isso que acontece, porém, essa mutação também pode aparecer em pessoas sem histórico de mutação na família. Síndrome Carcinóide Síndrome de Peutz-Jeghers A síndrome de Lynch é uma doença autossômica dominante, causada por mutações nos genes MSB2 e MLH1, atingindo de 70% a 80% das pessoas com mutações nesses genes. Geralmente apresentando câncer colorretal antes dos 50 anos. Pessoas com essa síndrome possuem maior chance de desenvolver câncer em outros órgãos. Essa síndrome leva o indivíduo a desenvolver câncer, geralmente no colón ascendente, em idades mais novas que os outros tipos de câncer do colón. Síndrome de Lynch É uma doença hereditária autossômica dominante, causada por mutações no gene polipose adenomatosa coli (APC), sendo caracterizada pelos surgimentos de 100 ou mais pólipos no cólon, que geralmente evoluem em carcinoma do colón. Pacientes com PAF não tratada tem 100% de chance de desenvolver adenocarcinoma colorretal, surgindo geralmente antes dos 40 anos. Geralmente os pacientes com PAF são assintomáticos, ocorrendo apenas episódios de sangramento retal oculto. Pacientes com PAF possuem maior chance de desenvolver alguns tipos de câncer em outros órgãos. São usadas como forma diagnóstica, a anamnese e exame físico, a colonoscopia e o teste genético do paciente e da família de 1° grau. Polipose Adenomatose Familiar (PAF) A síndrome de Cowden é uma doença autossômica dominante, causada por mutações do gene PTEN caracterizada por inúmeros pólipos hamartomatosos no TGI, tumores de pele, macrocefalia, pápulas e queratoses acrais. Embora a síndrome de Cowden não aumente o risco de malignância dos tumores, os pacientes com essa síndrome apresentam predisposição a alguns tipos de câncer. Síndrome de Cowden Síndrome de Gardner A síndrome de Gardner é uma condição autossômica dominante rara que acontece a partir de uma mutação no gene APC, o mesmo da PAF. Essa síndrome é caracterizada pela presença da PAF e outras alterações na pele, olhos, dentes, tecidos moles e nos ossos, a partir do aparecimento de osteomas. Os pólipos intestinais da síndrome de Gardner se tornam malignos em aproximadamente 100% dos casos. A síndrome de Turcot é uma doença hereditária rara, que pode ser classificada em tipo 1 (mutação do gene MMR) e tipo 2 (mutação do gene APC). Essa síndrome é caracterizada pela presença de tumores no SNC e polipose colorretal. Pacientes com síndrome de Turcot apresentam maior predisposição a alguns tipos de câncer. Síndrome de Turcot Podemos relacionar esse assunto com nossos estudos nas aulas de APG, em que aprendemos sobre os pólipos e o câncer colorretal. O estudo sobre as síndromes clínicas neoplásicas do intestino grosso se torna muito importante na prática clínica, possibilitando que se tenha um maior conhecimento das causas, das manifestações clinicas, das formas de diagnóstico e de tratamento, o que pode ajudar o médico no diagnóstico mais rápido e assertivo e na escolha da forma correta de tratamento do paciente, o que sabemos que é crucial para diminuição do risco de morte causada por essas síndromes neoplásicas. Relação Teoria-Prática REFERÊNCIAS ZATERKA, Schlioma; EISIG, Jaime Natan. Tratado de gastroenterologia: da graduação à pós-graduação. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2016. KUMAR, Vinay et al. Robbins e Cotran - Patologia - Bases patológicas das doenças. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
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