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TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC): Síndromes Clínicas Do Intestino Grosso Associadas a Neoplasias AMANDA ALMEIDA OLINTO Porto Velho - RO Agosto/2022 1 Síndromes Clínicas associadas a cada topografia do Intestino Grosso - relacionado às neoplasias. Dentro do trato gastrointestinal, o intestino grosso é um dos principais locais para o surgimento de neoplasias primarias. As neoplasias colorretais, vão surgir de pólipos adenomatosos, geralmente benignos, sendo que 50% desses pólipos estão localizados no cólon retossigmoide e os outros 50% estão distribuídos ao longo dos outros segmentos do intestino grosso. Os pólipos são protusão visíveis na superfície da mucosa e pode ser classificada de acordo com o seu potencial neoplásico, benigno ou maligno, e de acordo com a sua patologia, hamartoma não neoplásico, proliferação hiperplásica da mucosa ou pólipo adenomatoso. Sendo que, os adenomas são considerados pré- malignos e que poucos dos pólipos adenomatosos podem evoluir para câncer. Para que um pólipo adenomatoso e uma neoplasia colorretal possa ser considerada câncer eles passam por processos de múltiplas etapas na evolução da mucosa colônica normal até serem um carcinoma invasivo e potencialmente fatal. Dessa maneira, as alterações que envolvem essa transformação podem conter a ativação mutacional de um oncogene, em seguida e combinada com a perda de genes que normalmente suprimem a tumorigênese. A maioria dos pacientes com câncer colorretal vão apresentar um histórico familiar da doença, ou seja, a maioria dos pacientes vão ter predisposição hereditatia para essas neoplasias. Essas neoplasias hereditárias que afetam o intestino grosso podem ser divididas em 2 principais grupos: síndromes associadas à polipose e síndromes não associadas à polipose. As principais síndromes desses dois grupos são: • Polipose Adenomatosa Familiar (PAF): Está associado tembém a síndrome de Gardner, de Turcot e a polipose adenomatosa familiar atenuada. A PAF é caracterizada por múltiplos pólipos adenomatosos colorretais que são causadores por uma variação na linhagem germinativa do gene supressor tumoral APC, que é encontrado no cromossomo 5. A maioria dos pacientes com essa patologia são assintomáticos até apresentarem sintomas de câncer colorretal (sangramento gastrointestinal, diarreia, dor abdominal). Além disso, pode apresentar tumores nos tecidos moles e dos ossos, hipertrofia congênita do epitélio pigmentar retiano, tumores desmoides no mesentério e neoplasias ampulares que estão relacionados a síndrome de Gardener. Já em outros casos pode aparecer tumores malignos no sistema nervoso central associados a polipose adenomatosa são características da síndrome de Turcot. • Síndrome de Polipose Recessiva (MAP): Essa síndrome é autossômica recessiva e rara, sendo causada por mutação bialélicas no gene MUT4H. Esse gene está associado ao reparo por cortes na base de proteína que causa um dano oxidativo ao DNA. Essa síndrome pode ter vários tipos de apresentações clinicas, mas a maioria se assemelha à polipose adenomatosa colônica e/ou ao do câncer retal. Além disso, ocorre em indivíduos mais jovens, sem polipose. • Síndrome Peutz-Jeghers: É uma síndrome autossômica dominante rara causada por uma mutação no gene STK11 que está associada à polipose hamartomatosa. Esse gene está associado a supressão de tumores que regula diversas atividades de membros das proteínas ativadas por AMP. Essa síndrome está associada à polipose gastrointestinal, pigmentação muco-cutânea e ao risco de desenvolvimento de neoplasias em múltiplos órgãos. Além disso, a um aumento para o desenvolvimento de câncer colorretal por conta dos vários pólipos no intestino grosso e ainda pode causar outros canceres como ovário e pâncreas. • Síndrome de Polipose Juvenil: São poliposo hamartomatosa, autossômica dominante e rara, que envolve mutação nos genes SMAD4 e BMPR1A. Esses genes estão associados a via de sinalização do fator de crescimento transformador beta (TGF-beta). Geralmente, esses pólipos são solitários e sem potencial maligno, contudo, os indivíduos que possuem essa síndrome têm um maior risco de desenvolverem câncer colorretal e gástrico. • Sindrome de Lynch: É um distúrbio autossômico dominante causado pela mutação germinativa nos genes de reparo de incompatibilidade de DNA (MLH1, MSH2, MSH6 e/ou PMS2) ou por conta da deleção do gene EPCAM. Essa síndrome não está associada com quadro de polipose, e os indivíduos que possuem essa síndrome têm um alto risco de desenvolver câncer colorretal, câncer de endométrio e outras malignidades. A maioria dos pacientes é assintomático até o surgimento dos sintomas de neoplasia colorretal como sangramento gastrointestinal, alterações no habito intestinais e dor abdominal, assim como na FAB. Síndrome Topografia do Intestino Grosso Lesões Associadas Polipose Adenomatosa Familiar (PAF) Cólon e reto Síndrome de Gardner: Tumores em tecidos moles, ossos e/ou desmoides. Síndrome de Turcot: Tumores do sistema nervoso central. Síndrome de Polipose Recessiva (MAP) Reto Nenhuma Síndrome Peutz-Jeghers Cólon Pigmentação melanótica cutâneo- mucosa, neoplasia de ovario, pancreas e outras neoplasia. Síndrome de Polipose Juvenil Cólon e reto Tumores gastricos e anomalidades congênitas Sindrome de Lynch Cólon e reto Tumores endometricos, ovario, pancreatico e neoplasia biliares Referência KASPER, Dennis L. Medicina interna de Harrison. 19 ed. Porto Alegre: AMGH Editora, 2017. PORTH, C.M.; MATFIN, G. Fisiopatologia. 8ª ed. Guanabara Koogan, 2010. MEDEIROS, D. Síndromes de polipose colorretal. Disponível em: <https://endoscopiaterapeutica.com.br/assuntosgerais/sindromes-de-polipose- colorretal/>. Acesso em: 27 ago. 2022. MACRAE, Finlay A. Câncer colorretal: Epidemiologia, fatores de risco e fatores de proteção. [S. l.], 21 jan. 2022. Disponível em: https://www.uptodate.com/contents/colorectal-cancer-epidemiology-risk-factors-and- protective- factors?search=neoplasias%20colorretal&source=search_result&selectedTitle=2~15 0&usage_type=default&display_rank=2#H1638683537. Acesso em: 27 ago. 2022. HALL, Michael J; NEUMANN, Catherine C. Síndrome de Lynch (câncer colorretal hereditário não polipose): manifestações clínicas e diagnóstico. [S. l.], 10 ago. 2022. Disponível em: https://www.uptodate.com/contents/lynch-syndrome-hereditary- nonpolyposis-colorectal-cancer-clinical-manifestations-and- diagnosis?sectionName=Family%20history- based%20criteria&search=S%C3%ADndrome%20de%20Lynch&topicRef=15804&an chor=H26207336&source=see_link#H545010842. Acesso em: 27 ago. 2022. CHUNG, Daniel C; DELGADO, Kiley. Síndrome de polipose juvenil. [S. l.], 14 jun. 2022. Disponível em: https://www.uptodate.com/contents/juvenile-polyposis- syndrome?search=S%C3%ADndrome%20de%20Polipose%20Juvenil&source=sear ch_result&selectedTitle=1~21&usage_type=default&display_rank=1. Acesso em: 28 ago. 2022. MACRAE, Finlay A. Visão geral dos pólipos do cólon. [S. l.], 28 jul. 2022. 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