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Anemias Nutricionais e suas Causas

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Prévia do material em texto

Profa. Dra. Juliana Mauri
UNIDADE I
Nutrição Clínica Avançada
 Anemia ferropriva
(deficiência de ferro).
 Anemia megaloblástica
(deficiência de b12 ou folato).
Anemias nutricionais – Definição e classificação 
Fonte: Krause et al. (2017); Chaparro et al. (2019). 
Microcítica 
(VCM < 80; CHCM < 
31)
Normocítica
(VCM de 82-92 fl; 
CHCM > 30)
Macrocítica
(VCM > 94; CHCM > 31)
Deficiência de ferro Anemia aplásica
Anemia 
perniciosa/deficiência
de vitamina B12
Anemia por 
inflamação/ doença 
crônica
Doença renal
Anemia megaloblástica/
deficiência de acido fólico
Deficiência de 
vitamina A 
(talassemia)
Leucemia, mieloma 
múltiplo
Distúrbios da síntese de 
DNA induzida por 
fármacos/anemia falciforme
Deficiência de cobre
Hipotireoidismo, 
insuficiência
suprarrenal
Anemia 
(vitamina B6)
Edemas na gestação
 Consumo inadequado/insuficiente; 
 Má absorção de ferro (obeso – processo inflamatório, parasitoses);
 Perda crônica de sangue (hemorragias – feridas na mucosa, órgãos – ex.: gastrite, 
parasitoses, período menstrual, acidentes...); 
 Aumento das necessidades (gestantes, adolescentes).
Grupos de risco:
 Crianças < 2 anos;
 Crianças/adolescentes;
 Gestantes.
Anemia ferropriva – Causas 
 Dieta hiperproteica (1,5 g/kg) e rica em vitaminas.
 Consumir vegetais e frutas (folhas verdes contêm ferro e acido fólico), de preferência, crus, 
já que o folato se perde com o calor.
 Consumir carnes (sobretudo a carne bovina e a carne de porco), mas cuidado com o 
excesso devido ao colesterol alto.
 Consumir ovos, leite e os derivados do leite.
 Nos indivíduos que tomam metformina para o tratamento do 
diabetes mellitus, 10% a 30% apresentam uma redução na 
absorção de vitamina B12.
Anemia megaloblástica – Recomendações nutricionais
 Muitos testes são propostos para o diagnóstico de deficiência de ferro, como o ferro
e a transferrina. 
Ferritina sérica:
 Mulheres – < 10 μg/dL;
 Homens – < 12 μg/dL.
 A hemoglobina é somente alterada na fase tardia da doença.
Anemia ferropriva – Diagnóstico 
 Orientação nutricional para o consumo de alimentos fonte, e reposição de ferro –
por via oral.
 Crianças: de 3 a 5 mg/kg/dia de ferro elementar (oito semanas).
 Adultos: 50 a 100 mg, três vezes ao dia (três meses).
 A vitamina C aumenta, acentuadamente, a absorção de ferro e, ligeiramente, a irritação 
gástrica, devido à sua capacidade de mantê-lo no estado reduzido.
Anemia ferropriva – Tratamento clínico 
 Ferro heme (origem animal):
 15% a 23% do ferro heme ingerido pelo indivíduo normal; e 
 35% naquele com baixa reserva de ferro.
 Ferro não heme (origem vegetal):
 1 a 5% ou 3 até 8%, e varia substancialmente em função da presença de fatores químicos e 
alimentares que potencializam a absorção.
Fatores que auxiliam na absorção:
 Vitaminas C e A, e as proteínas (aminoácidos).
Fatores que interferem negativamente:
 Ácido fítico (encontrados em cereais e grãos); 
 Fibras, ácido oxálico; 
 Taninos (encontrado em chás e no café);
 Cálcio.
Anemia ferropriva – Absorção do ferro 
 A anemia megaloblástica representa a principal anemia macrocítica e resulta da deficiência 
de cobalamina (vitamina B12) e/ou folato (vitamina B9).
Causas da deficiência de cobalamina:
 Baixa ingestão alimentar do nutriente e das suas formas biodisponíveis (são encontradas, 
apenas, em alimentos de origem animal); 
 Má absorção intestinal crônica: em idosos que tem atrofia gástrica, cirurgia de redução do 
estômago, doença de Crohn, doença celíaca;
 Alcoolismo e uso de longo prazo de antiácidos;
 Anemia perniciosa, uma doença autoimune; 
 Vegetarianos e veganos.
Anemia megaloblástica – Causas
Causas de deficiência de folato:
 Ingestão adequada de legumes e vegetais;
 Na gravidez, há um aumento da necessidade de 5 a 10 vezes de folato causada pela 
transmissão de folato para o feto, que está em crescimento;
 Na lactação é agravada pela lactação prolongada;
 Na ressecção cirúrgica do intestino delgado, linfoma ou infiltração leucêmica do intestino 
delgado, e diabetes mellitus.
Anemia megaloblástica – Causas
 Pacientes com anemia macrocítica (VCM > 94; CHCM > 31) devem ser testados para as 
possíveis deficiências de vitamina B12 e ácido fólico. 
 O teste inicial para a deficiência de folato é a presença de níveis baixos de folato no soro ou 
plasma (< 2 no/mL), e a dosagem de vitamina b12 < 200 pg/mL é um indicativo da doença.
Anemia megaloblástica – Diagnóstico
Anemia megaloblástica – Tratamento 
Fonte: livro-texto.
Deficiência Suplementação
Cobalamina 
eritrocitária 
Depleção < 300 pg/ml
Deficiência < 150 pg/ml
1000 mg, 1x/dia por 2 meses, 
via oral. Melhor absorvida na 
forma sublingual. 
Folato sérico
Deficiência: < 3 ng/ml
Adulto saudável: 1 a 5 mg/dia,
via oral (2 a 3 semanas). 
Adulto com má absorção: 15 
mg/dia.
Gestação – 400 mg/dia (doses 
mais altas podem mascarar
a deficiência de B12).
Qual é o objetivo da terapia nutricional na anemia ferropriva?
Interatividade
Os objetivos da terapia nutricional são: 
 Corrigir a deficiência de ferro e orientar a importância da adesão à suplementação;
 Melhorar os sintomas relatados;
 Orientar sobre a qualidade da alimentação;
 Orientar sobre o fracionamento das refeições;
 Traçar as estratégias nutricionais que favoreçam a reeducação alimentar.
Resposta
 A desnutrição energético-proteica (DEP) pode ser definida como uma doença multifatorial de 
alta letalidade, capaz de promover diversas alterações fisiológicas na tentativa de adaptar o 
organismo à escassez de nutrientes.
 Sarcopenia foi definida, originalmente, como a diminuição da massa muscular relacionada ao 
envelhecimento (EVANS, 1995). Entretanto, ao longo da última década, tornou-se um termo 
mais abrangente, regularmente usado para definir a perda de massa e força muscular 
relacionadas à idade, e pode iniciar antes do envelhecimento.
Desnutrição – Definição 
Identificar o risco nutricional em crianças é de extrema importância:
 Alterações do estado nutricional;
 Aumentam a probabilidade de morbimortalidade.
Desnutrição – Triagem nutricional 
Desnutrição – Triagem nutricional 
Fonte: Adaptado de: BRASPEN, J., 
34 (1): 3-23, 2019. 
Quadro 2 – Adaptado de: Triagem nutricional em pediatria – STRONG Kids11.
1. Diagnóstico: ___________________________________________________________________ Data: ______/______/______
Impressão do médico ou nutricionista
1. Avaliação nutricional subjetiva: a criança parece ter déficit nutricional ou desnutrição?
Sim (1 ponto) Não (0 ponto)
Exemplos: redução da gordura subcutânea e/ou da massa muscular, face emagrecida, outro sinal
2. Doença (com alto risco nutricional) ou cirurgia de grande porte.
Sim (2 pontos) Não (0 ponto)
Exemplos: anorexia nervosa, fibrose cística, AIDS, pancreatite, doença muscular, baixo peso para a idade/prematuridade (idade
corrigida 6 meses), doença crônica (cardíaca, renal ou hepática) displasia broncopulmonar (até 2 meses), queimaduras, doença
inflamatória intestinal, síndrome do intestino curto, doença metabólica, doença celíaca, câncer, trauma, deficiência mental/paralisia
cerebral, pré ou pós-operatório de cirurgia de grande porte, outra (classificada pelo médico ou nutricionista).
Perguntar ao acompanhante ou checar em prontuário, ou com a enfermagem
3. Ingestão nutricional e/ou perdas nos últimos dias.
Sim (1 ponto) Não (0 ponto)
Exemplos: diarreia (> 5x/dia), dificuldade de se alimentar devido à dor, vômitos (> 3x/dia), intervenção nutricional prévia, diminuição
da ingestão alimentar (não considerar jejum para o procedimento ou cirurgia).
4. Refere-se à perda de peso ou ao ganho insuficiente nas últimas semanas ou meses.
Sim (1 ponto) Não (0 ponto)
Exemplos: perda de peso (crianças > 1 ano), não ganho de peso (< 1 ano).
Sugestão para a intervenção de acordo com a pontuação obtida
Escore Risco Intervenção
4-5 Alto
1-3 Médio
0 Baixo1. Consultar um médico e nutricionista para o diagnóstico nutricional completo;
2. Orientação nutricional individualizada e seguimento;
3. Iniciar suplementação oral até a conclusão do diagnóstico nutricional.
1. Consultar um médico para o diagnóstico completo;
2. Considerar intervenção nutricional;
3. Checar peso 2x/semana;
4. Reavaliar o risco nutricional após 1 semana.
1. Checar o peso regularmente;
2. Reavaliar o risco em 1 semana.
Responsável: ____________________________________________________
Desnutrição – Tipos 
Fonte : livro-texto. 
Kwashiorkor Marasmo 
Edema Presente Ausente
Hipoalbuminemia Presente, podendo ser severa Leve
Esteatose hepática Presente Ausente
Níveis de insulina Mantidos Reduzidos
Níveis de cortisol Normais Elevados
Atrofia muscular Ausente ou leve Pode ser muito severa
Gordura corpórea Diminuída Ausente ou muito ↓
Harris Benedict: 
 Homens: GEB = 66,4 + (13,7 x peso (kg)) + 
(5 x altura (cm)) – (6,8 x idade (anos);
 Mulheres: GEB = 655,1 + (9,5 x peso (kg)) + 
(1,7 x altura (cm)) – (4,7 x idade (anos).
Desnutrição – Necessidades nutricionais para os adultos 
Pacientes Calorias/Kg de peso/Dia
Pacientes adultos (sem 
enfermidade grave ou 
risco de síndrome de 
realimentação)
25-35 kcal/kg/dia
Nutridos ou quando o 
objetivo da TN for 
manter a condição atual
Iniciar o aporte calórico 
com 25 kcal/kg/dia, com 
ajustes, conforme, a 
evolução clínica
Desnutridos 30 a 40 kcal/kg/dia
Paciente de UTI: fase 
inicial
25 a 30 kcal/kg/dia
Paciente de UTI: fase de 
reabilitação
25 a 30 kcal/kg/dia
Fonte: livro-texto. 
Desnutrição – Necessidades nutricionais para os adultos 
ENFERMARIA
BAIXO 
CATABOLISMO
1 a 1,2 g/PTN/kg/dia
MODERADO 
CATABOLISMO
1,2 a 1,5 
g/PTN/kg/dia
ALTO CATABOLISMO
1,5 a 2,0 
g/PTN/kg/dia
PACIENTE DE UTI
SEM TERAPIA RENAL 
SUBSTITUTIVA
1,2 a 2,0 
g/PTN/kg/dia
COM TERAPIA RENAL 
SUBS.
2,0 a 2,5 
g/PTN/kg/dia
OBESO GRAU 1 E 2 2,0 g/PTN/kg/dia
OBESO GRAU 3 2,5 g/PTN/kg/dia
Fonte: livro-texto.
Desnutrição – Necessidades nutricionais para as crianças 
Fonte: DIMAND, R. J.; KALLAS, H. J. Current Concepts in Pediatric Critical Care, 1999, p. 38-56.
Terapia metabólica Terapia nutricional
Idade TMB Atividade Crescimento Total TMB/TOTAL (%)
muito BP 47 15 67 130 36
< 1ano 55 15 40 110 50
1 ano 55 35 20 110 50
2 anos 55 45 05 105 50
5 anos 47 38 02 87 54
10 anos 37 38 02 77 48
 Fase I (inicial/estabilização).
 Fase II (reabilitação).
 Fase III (manutenção).
Desnutrição – Tratamento nutricional 
Alterações no sistema digestivo:
 Presença de alterações na absorção de lipídeos e dissacarídeos – lactases reduzidas;
 Redução de secreções gástricas, pancreáticas e biliar;
 Fórmula polimérica isenta de lactose. 
Desnutrição – O que acontece no intestino?
Fórmula que deve ser prescrita
Quais os dez passos para a recuperação da criança com DEP (desnutrição energético-
proteica) grave?
Interatividade
1. e 2. Tratar/prevenir a hipoglicemia/hipotermia;
3. Tratar a desidratação e o choque séptico;
4. Corrigir o distúrbio hidroeletrolítico;
5. Tratar a infecção;
6. Escolher o antibiótico;
7. Corrigir as deficiências de micronutrientes*;
8. Reiniciar a alimentação gradativamente*;
9. Promover a afetividade;
10. Preparar a alta hospitalar.
Resposta
 Lesão renal aguda (IRA) é um distúrbio clínico complexo que é caracterizado por perda 
repentina da função excretora do rim, uma diminuição repentina da taxa de filtração 
glomerular (TFG) seguida por um aumento na concentração creatinina sérica (SCC) ou 
oligúria resultando na incapacidade de manter o equilíbrio de eletrólitos, ácido-base e água.
Insuficiência renal aguda – Definição 
Fatores de risco para o rim agudo:
 Idade avançada; 
 Diabete melito;
 Neoplasias;
 Anemia;
 Doenças crônicas (coração, fígado, intestino).
 Critérios para o diagnóstico – creatinina sérica e débito urinário.
Insuficiência renal aguda – Fatores de risco e diagnóstico 
 Pré-renal – Causada por eventos que culminam com a diminuição do volume circulante e, 
assim, do fluxo sanguíneo renal (como na desidratação por vômitos, na diarreia, na febre,
no uso de diuréticos e na insuficiência cardíaca, insuficiência hepática, queimadura).
 Renal – Causada por fatores intrínsecos ao rim: efeitos adversos farmacológicos, doenças 
hematológicas, inflamação.
 Toxinas exógenas: antibióticos, agentes quimioterápicos. 
 Infecções: leptospirose, cândida, tuberculose.
 Causas vasculares (por exemplo, grandes doenças dos vasos, como a embolia).
 Pós-renal – A lesão pós-renal é devido à obstrução do fluxo 
urinário, ou seja, a passagem da urina está impedida devido a 
alguma obstrução.
Insuficiência renal aguda – 3 estágios
 Evitar a desnutrição energético-proteica.
 Minimizar a inflamação.
 Melhor a função imune.
 Melhorar a atividade antioxidante.
 Preservar a massa magra.
Insuficiência renal aguda – Suporte nutricional 
Insuficiência renal aguda – Necessidades nutricionais 
Fonte: livro-texto.
Referências 
Energia
(kcal/kg/dia)
Glicose
(g/kg/dia)
Lipídios 
(TCM+TCL)
Espen (2009) 20 a 30 cal 3 a 5 0,8 a 1,2
Fiaccadori
et al. (2011)
25 calorias não 
proteicas
2/3 das 
calorias totais
1/3 das 
calorias totais
Kdigo (2012) 20 a 30 3 a 5 0,8 a 1
Insuficiência renal aguda – Necessidades nutricionais 
Critérios – diagnóstico de desnutrição-
energético proteica para os pacientes com IRA 
Parâmetros Valores
Albumina sérica < 3,8g/dL
Pré-albumina < 30 mg/dL
Colesterol sérico < 100 mg/dL
IMC* < 23 kg/m2
Fonte: livro-texto.
Fonte: livro-texto. 
Espen (2009)
Baixo catabolismo: 0,6 a 0,8
Médio catabolismo: 1 a 1,5
Grave catabolismo: máximo de 1,7
Causas: 
 Hábitos alimentares inadequados, baixa ingestão hídrica e uso inapropriado de elevadas 
doses de vitamina C. 
 Tipo mais comum: é o oxalato de cálcio, que se dá por anormalidades na composição 
urinária em função de maior cristalização dos promotores, de menor cristalização dos 
inibidores ou ambos. 
 No episódio agudo, o paciente apresenta dor intensa, podendo 
ser acompanhada de náuseas e vômitos; a presença de febre 
pode sugerir a associação com a infecção do trato urinário.
Litíase renal 
 A dieta deve ser, sempre, individualizada;
 Evitar a adição de sal de mesa;
 Ingestão proteica 0,8 a 1,0 g/kg/dia;
 Evitar os alimentos ricos em oxalato;
 Ingestão de cálcio 800-1000 mg/dia;
 Manter o peso adequado;
 Aumentar o consumo de alimentos ricos em potássio 
(vegetais e frutas);
 Aumentar a ingestão de líquidos.
Litíase renal – Conduta nutricional 
Fonte: livro-texto. 
Ingestão
diária
Proteína
0,8 a 1,0 
g/kg/dia)
Cálcio
800-1000 mg/dia
Oxalato
< 200 mg/dia
Sódio
< 2,3 g/d
Potássio
> 4,7 g/d
 O consumo de alimentos que contêm mais de 200 mg de purinas por 100 g de alimento, é 
considerado um fator de alto risco para a hiperuricemia.
 Independente do nível da doença é necessário limitar a ingestão de alimentos com purina.
 Manter o peso adequado. Se o paciente tiver sobrepeso/obesidade deverá perder peso.
 Aumentar o consumo de proteínas vegetais, nozes, vegetais, legumes, grãos inteiros, frutas 
(2-3 porções) com baixo teor de açúcar e óleos vegetais.
Gota – Recomendações nutricionais 
 Até 2 porções diárias de produtos lácteos com baixo teor de gordura são recomendadas.
 Ovos e aves devem ser consumidos com moderação. Reduzir o consumo de
carnes vermelhas.
 Reduzir o consumo de frutos do mar, como: camarão, caranguejo, lagosta, mexilhões, 
mariscos e ostras.
 Evitar os alimentos adoçados com a frutose, a cerveja, o licor e os carboidratos simples. 
 Consumir vinho com moderação.
 O consumo de alimentos que contêm mais de 200 mg de 
purinas por 100 g de alimento, especialmente, com uma alta 
proporção de hipoxantina, é considerado um fator de alto risco 
para a hiperuricemia.
Gota – Recomendações nutricionais 
Sou agravada pela doença renal crônica;a patogênese dessa patologia está associada aos
fatores dietéticos; apareço em pacientes com excesso de peso e com histórico familiar (entre
outras causas); não posso nem ver oxalato na minha frente. Quem sou eu?
Interatividade
 Litíase renal.
 Uma dieta rica em oxalato causa um aumento significativo de níveis de oxalato urinário, 
portanto, os alimentos ricos em oxalato devem ser evitados na dieta do paciente (espinafre, 
cacau em pó, beterraba). O consumo diário deve ser < 200 mg/dia.
Resposta 
 A Doença Renal Crônica (DRC) é uma síndrome clínica, que leva à mudança definitiva na 
função e/ou na estrutura do rim, e é caracterizada por uma perda progressiva irreversível da 
função renal, afetando múltiplas vias metabólicas.
Insuficiência Renal Crônica 
 Classificação da DRC de acordo com
a Taxa de Filtração Glomerular.
Classificação da DRC de acordo com a Taxa de Filtração Glomerular
Fonte: livro-
texto. 
Estágio
Filtração
glomerular
(mL/min)
Grau de insuficiência renal
0 > 90
Grupos de risco para DRC com 
função renal normal
1 > 90
Lesão renal com função renal 
normal
2 60 a 89
Discreto comprometimento da 
função renal
3 30 a 59
DRC moderada com alteração 
laboratorial
4 15 a 29
DRC avançada podendo existir 
sintomas clínicos
5 < 15 DRC terminal ou dialítica
O tratamento ideal da DRC é baseado em três pilares de apoio:
 Diagnóstico precoce da doença; 
 Encaminhamento imediato para o tratamento nefrológico; e 
 Implementação de medidas para preservar a função renal.
Tratamento:
 Conservador;
 Terapia renal substitutiva (TRS) – diálise.
Insuficiência Renal Crônica 
Recomendações nutricionais no tratamento conservador
Fonte: livro-texto. 
DRC Calorias 
Idade > 60 anos 30 a 35 kcal/kg/dia
< 60 anos 35 kcal/kg/dia
DRC – Estágios da doença Proteínas 
Estágio 1 e 2
(TFG > 60 mL/min)
0,8 a 1 g/kg/dia
Estágio 3
(TFG 59 a 30 mL/min)
0,6 a 0,75 g/kg/dia
Estágio 4
(TFG 29 a 15 mL/min)
0,6 a 0,75 g/kg/dia ou 
0,3 g/kg/dia suplementada,
com AAE e cetoácidos 
Estágio 5 (TFG < 15 mL/min)
0,6 a 0,75 g/kg/dia ou 
0,3 g/kg/dia suplementada,
com AAE e cetoácidos 
Diabete descompensado 0,8 g/kg/dia
Proteinúria 0,6 a 0,8 g/kg/dia
> 3 g/24 horas
0,8 + 1 g proteína para cada
g de proteinúria
Sódio
800-2500 mg/dia (80-100 mmol sódio
ou 5 g sal por dia)
Potássio
Sem restrição, a não ser que os
níveis séricos sejam elevados. 
Se K+ > 5,5 mmol/l recomenda-se 1,0 mmol/kg PCI
Fósforo
Se fósforo sérico > 4,6 mg/dL (> 1,49 mmol/l)
recomendam-se 600-1000 mg/dia(19-31 mmol/l)
Cálcio 1200 a 1400 mg/dia
Líquidos
Sem restrição
Volume de urina de 24-horas + 750 ml, se tiver edemas
Magnésio 200 a 300 mg/dia (não suplementar)
Ferro Individualizado 
Zinco
Suplementar, apenas, se houver uma 
deficiência de zinco confirmada
Fonte: livro-texto. 
Terapia nutricional da fase dialítica 
Fonte: Adaptado de: livro-texto. 
Hemodiálise
O sangue é bombeado da fístula arteriovenosa para o dialisador O dialisador remove
os produtos residuais
do sangue
Artéria
Fístula
arteriovenosa
Veia
Membrana
artificial
Dialisado
O sangue purificado é bombeado do dialisador para a fístula arteriovenosa
Diálise peritoneal
Peritoneu
Espaço peritoneal
Produtos residuais
O fluido entra ou é
bombeado no espaço
peritoneal
O fluido e os produtos
residuais são drenados
do espaço peritoneal
 Fornecer proteína suficiente para compensar as perdas dialíticas de ácidos aminados 
essenciais e nitrogênio, manter o balanço nitrogenado e prevenir o excesso de acúmulo de 
produtos tóxicos. 
 Fornecer a energia adequada, de forma a evitar o catabolismo da massa magra. Se houver 
a necessidade de perda de peso o déficit energético não deve ser superior a: de 250
a 500 kcal/dia.
 Limitar a oferta de sódio de forma a controlar a pressão 
arterial, a sede e a prevenir o edema. 
 Controlar a ingestão alimentar de potássio.
 Controlar o aporte de fósforo para prevenir a hiperfosfatemia.
Intervenção nutricional – diálise
Necessidades nutricionais na terapia dialítica 
Fonte: livro-texto. 
Consumo de carambola x DRC
Sintomas: soluços que não cessam, 
vômitos, confusão mental, insônia, 
agitação, diminuição da força
muscular e convulsão.
Calorias Proteína
Hemodiálise 30 a 35 kcal/kg/dia 1,2 g/kg/dia
Peso ajustado livre de edema (PLEa = aBWef): 
 Peso livre de edema = PLEa = Peso seco (kg) + [(Peso de referência – Peso seco) x 0,25]. 
PLEa: Peso livre de edema ajustado; 
PR: Peso de referência; 
PS: Peso seco (livre de edema).
Ex.: PLEa = 65 + [(68 – 65) x 0,25]
PLEa = 65,75 Kg
Peso seco – peso mais baixo (pós-diálise) 
O peso seco é definido como o peso mais 
baixo (pós-diálise).
 Lembrar os pacientes que os alimentos líquidos não se referem, apenas, à água, mas, 
também ao(s)/à: leite, sucos, refrigerantes, café, chás, gelo, sopas, gelatina e, mesmo, 
algumas frutas, como o melão, a melancia e a laranja.
 Evitar o consumo de refrigerantes e sucos, pois não saciam a sede.
 Tomar água com algumas gotas de limão.
 Evitar as preparações e os alimentos salgados.
 Diminuir o consumo de doces e balas.
 Para os pacientes com dificuldade em controlar o ganho de peso interdialítico, recomenda-se 
medir o consumo diário de líquidos.
Controle hídrico – Orientações
 Hipercalórica: 30 – 35 Kcal/Kg de peso;
 Normoglicídica: CHO 50 a 60%;
 Normolipídica: gordura total – 30 a 35%; 
 Saturados < 7% VET; 
 Poli > 10% VET; 
 Mono > 20% VET; 
 Colesterol < 200 mg/dia;
Características da dieta diálise:
 Hiperproteica: PTN 1,2 g/Kg de peso;
 Suplementar as vitaminas do complexo B: folato, B6, B12/B1, B2 e ac. pantotênico;
 Restrição de líquidos: 500 mL + diurese;
 Restrição de sódio: < 2000 mg;
 Restrição de potássio: 2000 a 3000 mg;
 Restrição de fósforo: 800 a 1000 mg;
 Adequada em cálcio 2º recomendação: DRI.
Características da dieta diálise:
Referências
 EVANS, W. J. What is sarcopenia? J. Gerontol. A. Biol. Sci. Med. Sci, 50, 1995.
ATÉ A PRÓXIMA!

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