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Profa. Dra. Juliana Mauri UNIDADE I Nutrição Clínica Avançada Anemia ferropriva (deficiência de ferro). Anemia megaloblástica (deficiência de b12 ou folato). Anemias nutricionais – Definição e classificação Fonte: Krause et al. (2017); Chaparro et al. (2019). Microcítica (VCM < 80; CHCM < 31) Normocítica (VCM de 82-92 fl; CHCM > 30) Macrocítica (VCM > 94; CHCM > 31) Deficiência de ferro Anemia aplásica Anemia perniciosa/deficiência de vitamina B12 Anemia por inflamação/ doença crônica Doença renal Anemia megaloblástica/ deficiência de acido fólico Deficiência de vitamina A (talassemia) Leucemia, mieloma múltiplo Distúrbios da síntese de DNA induzida por fármacos/anemia falciforme Deficiência de cobre Hipotireoidismo, insuficiência suprarrenal Anemia (vitamina B6) Edemas na gestação Consumo inadequado/insuficiente; Má absorção de ferro (obeso – processo inflamatório, parasitoses); Perda crônica de sangue (hemorragias – feridas na mucosa, órgãos – ex.: gastrite, parasitoses, período menstrual, acidentes...); Aumento das necessidades (gestantes, adolescentes). Grupos de risco: Crianças < 2 anos; Crianças/adolescentes; Gestantes. Anemia ferropriva – Causas Dieta hiperproteica (1,5 g/kg) e rica em vitaminas. Consumir vegetais e frutas (folhas verdes contêm ferro e acido fólico), de preferência, crus, já que o folato se perde com o calor. Consumir carnes (sobretudo a carne bovina e a carne de porco), mas cuidado com o excesso devido ao colesterol alto. Consumir ovos, leite e os derivados do leite. Nos indivíduos que tomam metformina para o tratamento do diabetes mellitus, 10% a 30% apresentam uma redução na absorção de vitamina B12. Anemia megaloblástica – Recomendações nutricionais Muitos testes são propostos para o diagnóstico de deficiência de ferro, como o ferro e a transferrina. Ferritina sérica: Mulheres – < 10 μg/dL; Homens – < 12 μg/dL. A hemoglobina é somente alterada na fase tardia da doença. Anemia ferropriva – Diagnóstico Orientação nutricional para o consumo de alimentos fonte, e reposição de ferro – por via oral. Crianças: de 3 a 5 mg/kg/dia de ferro elementar (oito semanas). Adultos: 50 a 100 mg, três vezes ao dia (três meses). A vitamina C aumenta, acentuadamente, a absorção de ferro e, ligeiramente, a irritação gástrica, devido à sua capacidade de mantê-lo no estado reduzido. Anemia ferropriva – Tratamento clínico Ferro heme (origem animal): 15% a 23% do ferro heme ingerido pelo indivíduo normal; e 35% naquele com baixa reserva de ferro. Ferro não heme (origem vegetal): 1 a 5% ou 3 até 8%, e varia substancialmente em função da presença de fatores químicos e alimentares que potencializam a absorção. Fatores que auxiliam na absorção: Vitaminas C e A, e as proteínas (aminoácidos). Fatores que interferem negativamente: Ácido fítico (encontrados em cereais e grãos); Fibras, ácido oxálico; Taninos (encontrado em chás e no café); Cálcio. Anemia ferropriva – Absorção do ferro A anemia megaloblástica representa a principal anemia macrocítica e resulta da deficiência de cobalamina (vitamina B12) e/ou folato (vitamina B9). Causas da deficiência de cobalamina: Baixa ingestão alimentar do nutriente e das suas formas biodisponíveis (são encontradas, apenas, em alimentos de origem animal); Má absorção intestinal crônica: em idosos que tem atrofia gástrica, cirurgia de redução do estômago, doença de Crohn, doença celíaca; Alcoolismo e uso de longo prazo de antiácidos; Anemia perniciosa, uma doença autoimune; Vegetarianos e veganos. Anemia megaloblástica – Causas Causas de deficiência de folato: Ingestão adequada de legumes e vegetais; Na gravidez, há um aumento da necessidade de 5 a 10 vezes de folato causada pela transmissão de folato para o feto, que está em crescimento; Na lactação é agravada pela lactação prolongada; Na ressecção cirúrgica do intestino delgado, linfoma ou infiltração leucêmica do intestino delgado, e diabetes mellitus. Anemia megaloblástica – Causas Pacientes com anemia macrocítica (VCM > 94; CHCM > 31) devem ser testados para as possíveis deficiências de vitamina B12 e ácido fólico. O teste inicial para a deficiência de folato é a presença de níveis baixos de folato no soro ou plasma (< 2 no/mL), e a dosagem de vitamina b12 < 200 pg/mL é um indicativo da doença. Anemia megaloblástica – Diagnóstico Anemia megaloblástica – Tratamento Fonte: livro-texto. Deficiência Suplementação Cobalamina eritrocitária Depleção < 300 pg/ml Deficiência < 150 pg/ml 1000 mg, 1x/dia por 2 meses, via oral. Melhor absorvida na forma sublingual. Folato sérico Deficiência: < 3 ng/ml Adulto saudável: 1 a 5 mg/dia, via oral (2 a 3 semanas). Adulto com má absorção: 15 mg/dia. Gestação – 400 mg/dia (doses mais altas podem mascarar a deficiência de B12). Qual é o objetivo da terapia nutricional na anemia ferropriva? Interatividade Os objetivos da terapia nutricional são: Corrigir a deficiência de ferro e orientar a importância da adesão à suplementação; Melhorar os sintomas relatados; Orientar sobre a qualidade da alimentação; Orientar sobre o fracionamento das refeições; Traçar as estratégias nutricionais que favoreçam a reeducação alimentar. Resposta A desnutrição energético-proteica (DEP) pode ser definida como uma doença multifatorial de alta letalidade, capaz de promover diversas alterações fisiológicas na tentativa de adaptar o organismo à escassez de nutrientes. Sarcopenia foi definida, originalmente, como a diminuição da massa muscular relacionada ao envelhecimento (EVANS, 1995). Entretanto, ao longo da última década, tornou-se um termo mais abrangente, regularmente usado para definir a perda de massa e força muscular relacionadas à idade, e pode iniciar antes do envelhecimento. Desnutrição – Definição Identificar o risco nutricional em crianças é de extrema importância: Alterações do estado nutricional; Aumentam a probabilidade de morbimortalidade. Desnutrição – Triagem nutricional Desnutrição – Triagem nutricional Fonte: Adaptado de: BRASPEN, J., 34 (1): 3-23, 2019. Quadro 2 – Adaptado de: Triagem nutricional em pediatria – STRONG Kids11. 1. Diagnóstico: ___________________________________________________________________ Data: ______/______/______ Impressão do médico ou nutricionista 1. Avaliação nutricional subjetiva: a criança parece ter déficit nutricional ou desnutrição? Sim (1 ponto) Não (0 ponto) Exemplos: redução da gordura subcutânea e/ou da massa muscular, face emagrecida, outro sinal 2. Doença (com alto risco nutricional) ou cirurgia de grande porte. Sim (2 pontos) Não (0 ponto) Exemplos: anorexia nervosa, fibrose cística, AIDS, pancreatite, doença muscular, baixo peso para a idade/prematuridade (idade corrigida 6 meses), doença crônica (cardíaca, renal ou hepática) displasia broncopulmonar (até 2 meses), queimaduras, doença inflamatória intestinal, síndrome do intestino curto, doença metabólica, doença celíaca, câncer, trauma, deficiência mental/paralisia cerebral, pré ou pós-operatório de cirurgia de grande porte, outra (classificada pelo médico ou nutricionista). Perguntar ao acompanhante ou checar em prontuário, ou com a enfermagem 3. Ingestão nutricional e/ou perdas nos últimos dias. Sim (1 ponto) Não (0 ponto) Exemplos: diarreia (> 5x/dia), dificuldade de se alimentar devido à dor, vômitos (> 3x/dia), intervenção nutricional prévia, diminuição da ingestão alimentar (não considerar jejum para o procedimento ou cirurgia). 4. Refere-se à perda de peso ou ao ganho insuficiente nas últimas semanas ou meses. Sim (1 ponto) Não (0 ponto) Exemplos: perda de peso (crianças > 1 ano), não ganho de peso (< 1 ano). Sugestão para a intervenção de acordo com a pontuação obtida Escore Risco Intervenção 4-5 Alto 1-3 Médio 0 Baixo1. Consultar um médico e nutricionista para o diagnóstico nutricional completo; 2. Orientação nutricional individualizada e seguimento; 3. Iniciar suplementação oral até a conclusão do diagnóstico nutricional. 1. Consultar um médico para o diagnóstico completo; 2. Considerar intervenção nutricional; 3. Checar peso 2x/semana; 4. Reavaliar o risco nutricional após 1 semana. 1. Checar o peso regularmente; 2. Reavaliar o risco em 1 semana. Responsável: ____________________________________________________ Desnutrição – Tipos Fonte : livro-texto. Kwashiorkor Marasmo Edema Presente Ausente Hipoalbuminemia Presente, podendo ser severa Leve Esteatose hepática Presente Ausente Níveis de insulina Mantidos Reduzidos Níveis de cortisol Normais Elevados Atrofia muscular Ausente ou leve Pode ser muito severa Gordura corpórea Diminuída Ausente ou muito ↓ Harris Benedict: Homens: GEB = 66,4 + (13,7 x peso (kg)) + (5 x altura (cm)) – (6,8 x idade (anos); Mulheres: GEB = 655,1 + (9,5 x peso (kg)) + (1,7 x altura (cm)) – (4,7 x idade (anos). Desnutrição – Necessidades nutricionais para os adultos Pacientes Calorias/Kg de peso/Dia Pacientes adultos (sem enfermidade grave ou risco de síndrome de realimentação) 25-35 kcal/kg/dia Nutridos ou quando o objetivo da TN for manter a condição atual Iniciar o aporte calórico com 25 kcal/kg/dia, com ajustes, conforme, a evolução clínica Desnutridos 30 a 40 kcal/kg/dia Paciente de UTI: fase inicial 25 a 30 kcal/kg/dia Paciente de UTI: fase de reabilitação 25 a 30 kcal/kg/dia Fonte: livro-texto. Desnutrição – Necessidades nutricionais para os adultos ENFERMARIA BAIXO CATABOLISMO 1 a 1,2 g/PTN/kg/dia MODERADO CATABOLISMO 1,2 a 1,5 g/PTN/kg/dia ALTO CATABOLISMO 1,5 a 2,0 g/PTN/kg/dia PACIENTE DE UTI SEM TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA 1,2 a 2,0 g/PTN/kg/dia COM TERAPIA RENAL SUBS. 2,0 a 2,5 g/PTN/kg/dia OBESO GRAU 1 E 2 2,0 g/PTN/kg/dia OBESO GRAU 3 2,5 g/PTN/kg/dia Fonte: livro-texto. Desnutrição – Necessidades nutricionais para as crianças Fonte: DIMAND, R. J.; KALLAS, H. J. Current Concepts in Pediatric Critical Care, 1999, p. 38-56. Terapia metabólica Terapia nutricional Idade TMB Atividade Crescimento Total TMB/TOTAL (%) muito BP 47 15 67 130 36 < 1ano 55 15 40 110 50 1 ano 55 35 20 110 50 2 anos 55 45 05 105 50 5 anos 47 38 02 87 54 10 anos 37 38 02 77 48 Fase I (inicial/estabilização). Fase II (reabilitação). Fase III (manutenção). Desnutrição – Tratamento nutricional Alterações no sistema digestivo: Presença de alterações na absorção de lipídeos e dissacarídeos – lactases reduzidas; Redução de secreções gástricas, pancreáticas e biliar; Fórmula polimérica isenta de lactose. Desnutrição – O que acontece no intestino? Fórmula que deve ser prescrita Quais os dez passos para a recuperação da criança com DEP (desnutrição energético- proteica) grave? Interatividade 1. e 2. Tratar/prevenir a hipoglicemia/hipotermia; 3. Tratar a desidratação e o choque séptico; 4. Corrigir o distúrbio hidroeletrolítico; 5. Tratar a infecção; 6. Escolher o antibiótico; 7. Corrigir as deficiências de micronutrientes*; 8. Reiniciar a alimentação gradativamente*; 9. Promover a afetividade; 10. Preparar a alta hospitalar. Resposta Lesão renal aguda (IRA) é um distúrbio clínico complexo que é caracterizado por perda repentina da função excretora do rim, uma diminuição repentina da taxa de filtração glomerular (TFG) seguida por um aumento na concentração creatinina sérica (SCC) ou oligúria resultando na incapacidade de manter o equilíbrio de eletrólitos, ácido-base e água. Insuficiência renal aguda – Definição Fatores de risco para o rim agudo: Idade avançada; Diabete melito; Neoplasias; Anemia; Doenças crônicas (coração, fígado, intestino). Critérios para o diagnóstico – creatinina sérica e débito urinário. Insuficiência renal aguda – Fatores de risco e diagnóstico Pré-renal – Causada por eventos que culminam com a diminuição do volume circulante e, assim, do fluxo sanguíneo renal (como na desidratação por vômitos, na diarreia, na febre, no uso de diuréticos e na insuficiência cardíaca, insuficiência hepática, queimadura). Renal – Causada por fatores intrínsecos ao rim: efeitos adversos farmacológicos, doenças hematológicas, inflamação. Toxinas exógenas: antibióticos, agentes quimioterápicos. Infecções: leptospirose, cândida, tuberculose. Causas vasculares (por exemplo, grandes doenças dos vasos, como a embolia). Pós-renal – A lesão pós-renal é devido à obstrução do fluxo urinário, ou seja, a passagem da urina está impedida devido a alguma obstrução. Insuficiência renal aguda – 3 estágios Evitar a desnutrição energético-proteica. Minimizar a inflamação. Melhor a função imune. Melhorar a atividade antioxidante. Preservar a massa magra. Insuficiência renal aguda – Suporte nutricional Insuficiência renal aguda – Necessidades nutricionais Fonte: livro-texto. Referências Energia (kcal/kg/dia) Glicose (g/kg/dia) Lipídios (TCM+TCL) Espen (2009) 20 a 30 cal 3 a 5 0,8 a 1,2 Fiaccadori et al. (2011) 25 calorias não proteicas 2/3 das calorias totais 1/3 das calorias totais Kdigo (2012) 20 a 30 3 a 5 0,8 a 1 Insuficiência renal aguda – Necessidades nutricionais Critérios – diagnóstico de desnutrição- energético proteica para os pacientes com IRA Parâmetros Valores Albumina sérica < 3,8g/dL Pré-albumina < 30 mg/dL Colesterol sérico < 100 mg/dL IMC* < 23 kg/m2 Fonte: livro-texto. Fonte: livro-texto. Espen (2009) Baixo catabolismo: 0,6 a 0,8 Médio catabolismo: 1 a 1,5 Grave catabolismo: máximo de 1,7 Causas: Hábitos alimentares inadequados, baixa ingestão hídrica e uso inapropriado de elevadas doses de vitamina C. Tipo mais comum: é o oxalato de cálcio, que se dá por anormalidades na composição urinária em função de maior cristalização dos promotores, de menor cristalização dos inibidores ou ambos. No episódio agudo, o paciente apresenta dor intensa, podendo ser acompanhada de náuseas e vômitos; a presença de febre pode sugerir a associação com a infecção do trato urinário. Litíase renal A dieta deve ser, sempre, individualizada; Evitar a adição de sal de mesa; Ingestão proteica 0,8 a 1,0 g/kg/dia; Evitar os alimentos ricos em oxalato; Ingestão de cálcio 800-1000 mg/dia; Manter o peso adequado; Aumentar o consumo de alimentos ricos em potássio (vegetais e frutas); Aumentar a ingestão de líquidos. Litíase renal – Conduta nutricional Fonte: livro-texto. Ingestão diária Proteína 0,8 a 1,0 g/kg/dia) Cálcio 800-1000 mg/dia Oxalato < 200 mg/dia Sódio < 2,3 g/d Potássio > 4,7 g/d O consumo de alimentos que contêm mais de 200 mg de purinas por 100 g de alimento, é considerado um fator de alto risco para a hiperuricemia. Independente do nível da doença é necessário limitar a ingestão de alimentos com purina. Manter o peso adequado. Se o paciente tiver sobrepeso/obesidade deverá perder peso. Aumentar o consumo de proteínas vegetais, nozes, vegetais, legumes, grãos inteiros, frutas (2-3 porções) com baixo teor de açúcar e óleos vegetais. Gota – Recomendações nutricionais Até 2 porções diárias de produtos lácteos com baixo teor de gordura são recomendadas. Ovos e aves devem ser consumidos com moderação. Reduzir o consumo de carnes vermelhas. Reduzir o consumo de frutos do mar, como: camarão, caranguejo, lagosta, mexilhões, mariscos e ostras. Evitar os alimentos adoçados com a frutose, a cerveja, o licor e os carboidratos simples. Consumir vinho com moderação. O consumo de alimentos que contêm mais de 200 mg de purinas por 100 g de alimento, especialmente, com uma alta proporção de hipoxantina, é considerado um fator de alto risco para a hiperuricemia. Gota – Recomendações nutricionais Sou agravada pela doença renal crônica;a patogênese dessa patologia está associada aos fatores dietéticos; apareço em pacientes com excesso de peso e com histórico familiar (entre outras causas); não posso nem ver oxalato na minha frente. Quem sou eu? Interatividade Litíase renal. Uma dieta rica em oxalato causa um aumento significativo de níveis de oxalato urinário, portanto, os alimentos ricos em oxalato devem ser evitados na dieta do paciente (espinafre, cacau em pó, beterraba). O consumo diário deve ser < 200 mg/dia. Resposta A Doença Renal Crônica (DRC) é uma síndrome clínica, que leva à mudança definitiva na função e/ou na estrutura do rim, e é caracterizada por uma perda progressiva irreversível da função renal, afetando múltiplas vias metabólicas. Insuficiência Renal Crônica Classificação da DRC de acordo com a Taxa de Filtração Glomerular. Classificação da DRC de acordo com a Taxa de Filtração Glomerular Fonte: livro- texto. Estágio Filtração glomerular (mL/min) Grau de insuficiência renal 0 > 90 Grupos de risco para DRC com função renal normal 1 > 90 Lesão renal com função renal normal 2 60 a 89 Discreto comprometimento da função renal 3 30 a 59 DRC moderada com alteração laboratorial 4 15 a 29 DRC avançada podendo existir sintomas clínicos 5 < 15 DRC terminal ou dialítica O tratamento ideal da DRC é baseado em três pilares de apoio: Diagnóstico precoce da doença; Encaminhamento imediato para o tratamento nefrológico; e Implementação de medidas para preservar a função renal. Tratamento: Conservador; Terapia renal substitutiva (TRS) – diálise. Insuficiência Renal Crônica Recomendações nutricionais no tratamento conservador Fonte: livro-texto. DRC Calorias Idade > 60 anos 30 a 35 kcal/kg/dia < 60 anos 35 kcal/kg/dia DRC – Estágios da doença Proteínas Estágio 1 e 2 (TFG > 60 mL/min) 0,8 a 1 g/kg/dia Estágio 3 (TFG 59 a 30 mL/min) 0,6 a 0,75 g/kg/dia Estágio 4 (TFG 29 a 15 mL/min) 0,6 a 0,75 g/kg/dia ou 0,3 g/kg/dia suplementada, com AAE e cetoácidos Estágio 5 (TFG < 15 mL/min) 0,6 a 0,75 g/kg/dia ou 0,3 g/kg/dia suplementada, com AAE e cetoácidos Diabete descompensado 0,8 g/kg/dia Proteinúria 0,6 a 0,8 g/kg/dia > 3 g/24 horas 0,8 + 1 g proteína para cada g de proteinúria Sódio 800-2500 mg/dia (80-100 mmol sódio ou 5 g sal por dia) Potássio Sem restrição, a não ser que os níveis séricos sejam elevados. Se K+ > 5,5 mmol/l recomenda-se 1,0 mmol/kg PCI Fósforo Se fósforo sérico > 4,6 mg/dL (> 1,49 mmol/l) recomendam-se 600-1000 mg/dia(19-31 mmol/l) Cálcio 1200 a 1400 mg/dia Líquidos Sem restrição Volume de urina de 24-horas + 750 ml, se tiver edemas Magnésio 200 a 300 mg/dia (não suplementar) Ferro Individualizado Zinco Suplementar, apenas, se houver uma deficiência de zinco confirmada Fonte: livro-texto. Terapia nutricional da fase dialítica Fonte: Adaptado de: livro-texto. Hemodiálise O sangue é bombeado da fístula arteriovenosa para o dialisador O dialisador remove os produtos residuais do sangue Artéria Fístula arteriovenosa Veia Membrana artificial Dialisado O sangue purificado é bombeado do dialisador para a fístula arteriovenosa Diálise peritoneal Peritoneu Espaço peritoneal Produtos residuais O fluido entra ou é bombeado no espaço peritoneal O fluido e os produtos residuais são drenados do espaço peritoneal Fornecer proteína suficiente para compensar as perdas dialíticas de ácidos aminados essenciais e nitrogênio, manter o balanço nitrogenado e prevenir o excesso de acúmulo de produtos tóxicos. Fornecer a energia adequada, de forma a evitar o catabolismo da massa magra. Se houver a necessidade de perda de peso o déficit energético não deve ser superior a: de 250 a 500 kcal/dia. Limitar a oferta de sódio de forma a controlar a pressão arterial, a sede e a prevenir o edema. Controlar a ingestão alimentar de potássio. Controlar o aporte de fósforo para prevenir a hiperfosfatemia. Intervenção nutricional – diálise Necessidades nutricionais na terapia dialítica Fonte: livro-texto. Consumo de carambola x DRC Sintomas: soluços que não cessam, vômitos, confusão mental, insônia, agitação, diminuição da força muscular e convulsão. Calorias Proteína Hemodiálise 30 a 35 kcal/kg/dia 1,2 g/kg/dia Peso ajustado livre de edema (PLEa = aBWef): Peso livre de edema = PLEa = Peso seco (kg) + [(Peso de referência – Peso seco) x 0,25]. PLEa: Peso livre de edema ajustado; PR: Peso de referência; PS: Peso seco (livre de edema). Ex.: PLEa = 65 + [(68 – 65) x 0,25] PLEa = 65,75 Kg Peso seco – peso mais baixo (pós-diálise) O peso seco é definido como o peso mais baixo (pós-diálise). Lembrar os pacientes que os alimentos líquidos não se referem, apenas, à água, mas, também ao(s)/à: leite, sucos, refrigerantes, café, chás, gelo, sopas, gelatina e, mesmo, algumas frutas, como o melão, a melancia e a laranja. Evitar o consumo de refrigerantes e sucos, pois não saciam a sede. Tomar água com algumas gotas de limão. Evitar as preparações e os alimentos salgados. Diminuir o consumo de doces e balas. Para os pacientes com dificuldade em controlar o ganho de peso interdialítico, recomenda-se medir o consumo diário de líquidos. Controle hídrico – Orientações Hipercalórica: 30 – 35 Kcal/Kg de peso; Normoglicídica: CHO 50 a 60%; Normolipídica: gordura total – 30 a 35%; Saturados < 7% VET; Poli > 10% VET; Mono > 20% VET; Colesterol < 200 mg/dia; Características da dieta diálise: Hiperproteica: PTN 1,2 g/Kg de peso; Suplementar as vitaminas do complexo B: folato, B6, B12/B1, B2 e ac. pantotênico; Restrição de líquidos: 500 mL + diurese; Restrição de sódio: < 2000 mg; Restrição de potássio: 2000 a 3000 mg; Restrição de fósforo: 800 a 1000 mg; Adequada em cálcio 2º recomendação: DRI. Características da dieta diálise: Referências EVANS, W. J. What is sarcopenia? J. Gerontol. A. Biol. Sci. Med. Sci, 50, 1995. ATÉ A PRÓXIMA!
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