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1) Cite e explique as leis da dialética. R: A primeira é a Lei da Interação Universal, pois para o método dialético não podemos entender nenhum fenômeno ou coisa de forma isolada, tudo está relacionado. A 2° é a Lei do Movimento Universal, que diz que nada está acabado, mas sim em constante evolução apesar de alguns insucessos, e também que o repouso pode ser relativo, mas o movimento é absoluto, sendo interno ou externo. Marx apresenta também a Lei da Unidade e Luta dos Contrários, mostrando que a contradição é interna e inovadora, já que os objetos e fenômenos da natureza possuem contradições internas, porque todos têm 2 lados, 2 versões de si, que quando em conflito geram inovação, desenvolvimento e movimento. Temos ainda a Lei da Transformação das Mudanças Quantitativas em Saltos Qualitativos: há uma progressiva mudança quantitativa na luta de opostos, e essa mudança quantitativa é necessária para que haja também a mudança qualitativa. Por fim, a quinta e última é a Lei a Lei da Superação, ou Negação da Negação, e como na 3° lei, dita que tudo se desenvolve, isso é absoluto, e, tudo parte de uma proposição, que é positiva, e quando negada se transforma em seu contrário, a antítese, que quando negada se torna síntese, que não se torna a proposição, mas sim algo superior. 2) Qual é a diferença entre o materialismo histórico de Marx e o idealismo de Hegel? R: Enquanto o idealismo de Hegel tem maior foco em entidades metafísicas, transcendentes e imateriais, o materialismo de Marx considera a existência de apenas o que existe objetivamente, o materialmente presente. Ideias, formas, transcendência... nada disso existe para Marx e seu materialismo histórico. Vale ainda ressaltar que: o idealismo necessita do materialismo para existir. 3) Defina os termos: a) infraestrutura e b) superestrutura. R: Enquanto a infraestrutura é uma base para toda uma sociedade onde é possível observar manifestações de modos de produção passados ou futuros, a superstrutura consiste em ser consciência e a psicologia, o conjunto de ideias de uma sociedade em um determinado tempo histórico. Essa consciência social é o pensamento econômico, religioso, filosófico, político, sociológico de uma sociedade, e a psicologia é a forma de sentir, as emoções, a personalidade e o caráter da mesma. O conjunto de ideias materializa instituições, como escolas, igrejas, meios de comunicação etc. 4) Explique a relação entre infraestrutura e superestrura. R: Primordialmente, a infraestrutura é fundamental para a existência de uma superestrutura. Também, nela se percebe as diferenças entre os modos de produção que diferem as superestruturas existentes. A infraestrutura tem a superestrutura como correspondência do seu grau de desenvolvimento. Por este motivo, sempre quando a primeira evolui, também a segunda é mudada 5) Explique a diferença entre os conceitos de infraestrutura e modo de produção. R: Os modos de produção são como os homens produzem o que precisam para continuarem vivos, através de sua relação não apenas com outros homens, mas também com a natureza. E são esses modos de produção que formam a infraestrutura. 6) Defina o que são: a) forças produtivas; b) força de trabalho; c) meios de produção; d) objetos de trabalho; e) elementos naturais; f) matérias-primas; g) matérias-auxiliares; h) meios de trabalho; i) instrumentos de trabalho; j) meios auxiliares de trabalho. R: Forças produtivas: Formada pela força de trabalho e pelos meios de produção, é basicamente o necessário para produzir a o que é preciso para a subsistência humana. Força de trabalho: Composta pela organização, agilidade, habilidade e pelo conhecimento, é a capacidade de produzir seus meios subsistência. Meios de produção: O que é utilizado pelo homem na produção. É o conjunto de objetos de trabalho e meios de trabalho. Objetos de trabalho: materiais transformados pelo trabalho, como elementos naturais, matérias primas e matérias auxiliares e materiais necessários para transformar objetos em novos produtos. Podem ser instrumentos de trabalho como um martelo, ou meios auxiliares de trabalho, como caminhões Elementos naturais: Um elemento natural é algo produzido sem interferência humana, ou seja, pela natureza. Daí que vem toda riqueza material de uma sociedade. Matérias-primas: É considerado Matérias-primas aquilo que está em um “estágio de transição”, pois já sofreu alguma transformação, mas irá novamente ser trabalhado para gerar algum produto. Matérias-auxiliares: O que já foi completamente transformado, porém não é parte integrante de um produto é uma matéria-auxiliar, por exemplo, o combustível de uma máquina. Meios de trabalho: São a ajuda (direta ou indireta) necessária para que haja transformação pelo homem de algo em um novo produto. É dividido em instrumentos de trabalho e meios auxiliares de trabalho. Instrumentos de trabalho: Os instrumentos agem diretamente na transformação do objeto de trabalho, como um martelo, uma máquina de pintura, uma serra etc. Meios auxiliares de trabalho: Como sugere o próprio nome, é tudo que auxilia, mas não interfere diretamente, como um ônibus transportando trabalhadores, uma empilhadeira e afins. 7) Defina o que são: a) relações sociais de produção; b) relações de propriedade; c) relações de distribuição. R: Relações sociais de produção: formadas pelas relações de propriedade e distribuição, as relações sociais de produção são estabelecidas entre classes sociais e indivíduos durante o processo produtivo. Relações de propriedade: São o meio através do qual os homens se relacionam e tomam posse e se relacionam com as forças produtivas. São divididas em coletivas (quando os meios de produção, o trabalho, e por consequência seus frutos são coletivos) e privadas (quando a propriedade é privada e os homens que a possuem usam a força de trabalho de quem tem apenas isso). Relações de distribuição: Esta é a forma como a riqueza é repartida e dependente das relações de propriedade. Numa sociedade sem classes sociais, as riquezas produzidas são divididas de acordo com as necessidades de cada um, mas nas sociedades onde existem essas classes, os proprietários exploram o excedente. 8) Explique a relação que existe entre as relações de produção e as forças produtivas. R: Tanto as forças produtivas quanto as relações de produção são as peças fundamentais de qualquer modo de produção, mas em certo ponto, elas entram em contradição, e então, surge uma revolução social. 9) Explique como se dá o processo revolucionário que faz uma dada formação social evoluir para outra de desenvolvimento superior. R: Com uma evolução nas forças produtivas mais acelerada do que nas relações de produção, um choque entre o que está estabelecido e o que está se desenvolvendo é inevitável, e nesse ponto, o acúmulo de avanços quantitativos culminam num salto qualitativo, fazendo surgir uma crise revolucionária, que só é resolvida quando acontecem mudanças profundas na infraestrutura de uma sociedade, e na sequência na superestrutura. Assim, em decorrência das mudanças econômicas, a sociedade também sofre mudanças ideológicas. 10) Quais as características dos tipos de formação social e econômica (ou dos modos de produção) que já existiram na história até Marx e os que ele previu para o futuro: a) comunismo primitivo; b) escravismo; c) modo de produção asiático; d) feudalismo; e) capitalismo; f) socialismo; h) comunismo. R: Comunismo primitivo: Todos são iguais econômica e politicamente, os seres humanos vivem da caça e coleta e, sem um líder ou conceito de propriedade privada, todos compartilham do conhecimento e dos avanços da sociedade. Com o desenvolvimento, acabaram surgindo conflitos, a propriedade privada, e o estado. Escravismo: Aqui, surge a classe média, composta por artesãos, comerciantes, funcionários civis, públicose militares, sendo que estes também compunham um aparato militar organizado pelo estado para defender os interesses dos proprietários de terras e escravos. Houve o desenvolvimento até certo ponto, porém o aumento de escravos demandava também um aumento no contingente militar afim de controlar as rebeliões. Modo de produção asiático: De forma breve, as sociedades organizadas em castas, sendo a mais poderosa a que opera o estado, e que não se enquadravam em outras definições são consideradas modo de produção asiático, independentemente de sua época ou região. Por exemplo, o império egípcio e inca são “modos de produção asiático” Feudalismo: Este é o estágio posterior ao escravismo, onde além de escravos existem camponeses, que também são explorados excessivamente pelos senhores feudais (que detinham poderes quase absolutos em seus feudos), agora através de impostos, mas apesar disso tem interesse em aperfeiçoar sua produção para aumentar sua quantidade de bens. Nesse período as forças produtivas do feudalismo acabaram sendo substituídas pelas relações de produção do capitalismo. Capitalismo: Dividida em proletários (empregados) e capitalistas (donos dos meios de produção), o primeiro troca sua força de trabalho por um salário. Em meio a revoluções e momentos conturbados, o capitalismo trouxe uma organização do trabalho e aperfeiçoamento das forças produtivas, inclusive, essa organização e aperfeiçoamento fizeram com que a oficina artesanal fosse quase extinta. Socialismo: O socialismo é praticamente uma fase de transição entre o capitalismo e comunismo, onde vigor o princípio “De cada um conforme sua capacidade, A cada um conforme seu trabalho”. O estado socializa os meios de produção, a partir dos bancos, socializando das prestadoras de serviços públicos às produtoras de bens de capital. Nesse estágio, as diferenças devem ser eliminadas, a educação universalizada, e tanto ela quanto a ciência devem ser desenvolvidas até o mais alto nível. Comunismo: Aqui, não existe mais divisão social do trabalho, ou seja, os que trabalham na área moveleira trabalham tanto na produção quanto na gerência, todos executam o trabalho braçal e intelectual. Para Marx, um dia a tecnologia será avançada ao ponto de os trabalhos mais braçais não serem mais realizados pelos homens, mas sim pelas máquinas, logo, o trabalho será uma parte pequena na vida do homem, e ele deverá obter a realização pessoal, ao contrário do que ocorre na sociedade capitalista. 11) Explique o que foi o processo que Marx chamou de “acumulação primitiva do capital”. R: Foi o processo iniciado com a “expulsão” dos camponeses para as cidades, após a expansão imperialista para o mar, terminando com a revolução industrial. Nesse processo, surgiram as classes antagônicas, uma que possuía apenas sua força de trabalho e outra que contratava o trabalhador. 12) Em relação ao processo de trabalho defina: a) cooperação; b) divisão do trabalho; e, c) maquinaria. R: Cooperação: União de vários trabalhadores para ganho de potência e realização de tarefas impossíveis de serem executadas por uma única pessoa. Divisão do trabalho: Especialização do trabalhador, fazendo com que ele desempenhe apenas uma tarefa no processo produtivo, aumentando a eficiência da linha de produção e causando alienação. Maquinaria: Com a implantação da máquina, mulheres e crianças foram inclusas na linha de produção, as jornadas de trabalho foram alongadas e a força necessária foi reduzida, o capital controla mais o trabalho, e agora o trabalhador não opera suas ferramentas, assim, a velocidade de produção aumentou e o valor do trabalho diminuiu. 13) Defina: a) oficina artesanal; b) manufatura capitalista; e c) indústria capitalista. R: Oficina artesanal: Nela observamos artesãos desempenhando funções variadas e a presença de relações de trabalho diferentes daquelas observadas nas propriedades feudais. As oficinas artesanais já eram o modo organizado de trabalho, tinham inclusive salários, mas por fim deram lugar as fábricas. Manufatura capitalista: Apesar de ser explorado, na manufatura o trabalhador participa de todo o processo produtivo, e ainda faz uso de suas ferramentas. Esse processo ainda demanda uma quantidade de trabalhadores maior que na maquinaria. Indústria capitalista: Aqui há a máxima divisão entre proprietário e trabalhador, já existem máquinas na linha de produção, o que barateia e encurta o tempo do processo. A maior parte da economia europeia era centrada na indústria 14) Explique as vantagens da cooperação para as manufaturas capitalistas em comparação com as oficinas artesanais. R: Dentre outras coisas, a cooperação proporciona ganho de potência, já que muitos realizam uma mesma tarefa, e maior controle do capitalista sobre os trabalhadores reunidos. 15) Explique as vantagens da divisão do trabalho para as manufaturas capitalistas em comparação com as oficinas artesanais. R: A principal vantagem é o fato de o homem desempenhar apenas uma função, tornando-o especialista naquilo e consequentemente barateando a produção. 16) Explique as vantagens da divisão do trabalho para as manufaturas capitalistas em comparação com as oficinas artesanais e as manufaturas que não empregam a divisão do trabalho. R: A vantagem da divisão do trabalho para as manufaturas capitalistas tem basicamente as outras é basicamente a otimização, do tempo para produzir, da quantidade que pode ser produzida, do custo de produção e a possibilidade de empregar mulheres e crianças (e uma menor quantidade de pessoas, já que o que 5 homens fazem uma máquina faz na metade do tempo, por exemplo). 17) Explique as vantagens do uso da maquinaria para as indústrias capitalistas em comparação com as oficinas artesanais e as manufaturas capitalistas. R: A maquinaria não apenas reduz o contingente necessário para produzir algo, mas também otimiza o processo 18) Quais as desvantagens que os trabalhadores têm com o emprego da divisão do trabalho nas manufaturas e indústrias capitalistas? R: Os trabalhadores acabam por não compreender o processo todo, e isso gera alienação e controle do capital sobre o explorado. 19) Quais as desvantagens que os trabalhadores têm com o emprego da maquinaria nas indústrias capitalistas? R: Além da ampliação da jornada de trabalho, o trabalhador sofreu com o barateamento da sua força de trabalho devido a inclusão de mulheres e crianças nas fábricas e à depreciação do valor do seu trabalho. Por fim, o empregado chegou ao ponto de ser controlado pelas máquinas, quando o contrário deveria ocorrer. 20) Porque só o capitalismo é um tipo de formação social majoritariamente produtora de mercadorias, segundo Marx? Quais condições foram necessárias para que isso ocorresse? R: Antes do capitalismo, muito era destinado a subsistência e pouco era comercializado, apenas o excedente agrícola e o fruto de artesanato, mas nesse novo sistema, é preciso ter algo para vender, só assim existe a necessidade de produzir, o que sustenta o sistema é produzir e vender. 21) O que é uma mercadoria segundo Marx? R: Um bem físico que possui valor de uso e troca. 22) Defina: a) valor de uso e, b) valor de troca, e c) valor. R: Valor de uso: Grau de satisfação ou utilidade que algo oferece para o comprador. É determinado pelas qualidades do produto. Valor de troca: É o quanto de determinada mercadoria pode ser obtida com outra mercadoria, uma relação quantitativa. Por exemplo, o valor de troca de 5 pães é 1L de leite. Valor: O valor é determinado a partir do tempo médio, usando tecnologia média, que um trabalhador necessita para produzir uma única unidade de determinada mercadoria, ou seja, o trabalho empregado. 23) Explique o que se entende por: a) trabalho simples e, b) trabalho complexo. R: Trabalho simples: São trabalhos que qualquer pessoa possa realizar, semqualificações mínimas (apesar de que cada sociedade tem um nível de capacitação para realizar esse tipo de trabalho). Trabalho complexo: Esse já exige um certo nível de conhecimento, estudo ou treinamento. Quanto maior o tempo e custo para obtenção dessa capacitação, maior o valor gerado por esse trabalho. 24) Cite e explique quais são as formas de valor. R: Forma simples de valor: Correspondem a trocas ocasionais, entre povos que precisam de algo que não produzem. Não ocorrem entre pessoas da mesma tribo, pois o conhecimento era compartilhado, e todos tinham / sabiam fazer tudo. Forma relativa: Presente na mercadoria que tem seu valor expresso em outra. Por exemplo, 1 peixe = 1L de leite, o peixe é a forma relativa. Forma total: Ocorre na mercadoria que serve para expressar o valor de outra. No caso do exemplo acima, seria o peixe. Forma equivalente geral: É uma mercadoria padrão que expressa o valor de todas as outras, usada como moeda de troca, geralmente é um objeto de desejo comum. Como o outro, 1 moeda de outro equivale a 10 vacas, ou 20 cabras, ou 100 peixes, e assim por diante. Forma dinheiro: Substituiu a forma anterior, funcionando da mesma maneira, mas dessa vez sendo, por exemplo, 1 real igual a 4 pães; esse 1 real é a forma dinheiro e os 4 pães são a mercadoria. 25) O que ocorre com o valor relativo de uma mercadoria quando aumenta a produtividade do trabalho na sua produção e permanece constante a produtividade da mercadoria que assume a sua forma valor equivalente? Explique: R: Surge uma dificuldade para estabelecer um câmbio, ora, se um saco de trigo compra 10 peixes ou 10L de leite, mas por algum motivo a produtividade da lavoura aumenta, e a pesca e ordenha se mantêm constantes passa a haver muito trigo para pouco peixe e leite. O trigo passa a valer menos de outros bens. 26) O que ocorre com o valor relativo de uma mercadoria quando permanece constante a produtividade do trabalho na sua produção e aumenta a produtividade da mercadoria que assume a sua forma valor equivalente? R: Já neste caso, o trigo do exemplo acima passaria a ser pouco para a quantidade de peixe e leite, pois a mercadoria teria sua produtividade constante, enquanto haveria um aumento na obtenção das outras, seria preciso menos do primeiro para comprar a mesma quantidade do segundo e terceiro. 27) O que ocorre com o valor relativo de uma mercadoria quando permanece constante a produtividade do trabalho na sua produção e aumenta a produtividade da mercadoria que assume a sua forma valor equivalente? R: A mercadoria que assume o valor equivalente agora é produzida em maior quantidade, então sua relação é com a mercadoria valor equivalente antiga é de menor valor. 28) Explique o que é o fetichismo da mercadoria. R: Fetichismo da mercadoria é uma percepção que os homens tem nas suas relações sociais de troca de que as mercadorias possuem vontade própria, onde há uma inversão de papéis fazendo os homens agirem como coisas e as coisas como homens, pois essas coisas mediam as relações interpessoais. 29) Explique o processo de troca segundo Marx. R: Uma troca ocorre quando uma pessoa possui um bem ‘’A” (que não tem valor para si) e procura um bem “B” encontra outra pessoa que está disposta a trocar o bem “B” pelo “A”. Ou, quando alguém com um bem “A” procura uma soma de dinheiro que tenha o mesmo valor do bem, afim de trocar o dinheiro por outros bens equivalentes. 30) Cite e explique as funções do dinheiro. R: O dinheiro é uma unidade universal de medida, que serve para medir quantas e quais mercadorias se pode comprar com uma unidade deste dinheiro, isso é, o preço da mercadoria 31) Como Marx define “capital”? R: “Capital” é o necessário para produzir mercadorias, inclusive, a força de trabalho é um produto comprado pelos capitalistas, que também possuem os meios necessários para produzir mercadorias. 32) Como Marx define “capitalismo”? R: Para Marx, capitalismo é um modo de produção onde existem classes antagônicas, os operários explorados e capitalistas exploradores. Os capitalistas compram a força de trabalho dos operários para produzir mercadorias, que são vendidas e realizam lucro para o capitalista. 33) Defina circulação (de mercadorias): a) simples e, b) capitalista. R: A circulação simples consiste na troca de um produto por uma soma equivalente em dinheiro, que posteriormente será usado para adquirir outra mercadoria, e assim por diante. Seu foco é a subsistência. Já a capitalista, o foco é o lucro, o dinheiro é trocado por uma mercadoria, que é trocada pela mesma quantia em dinheiro mais uma quantia que representa o lucro. O dinheiro também pode ser emprestado, garantindo juros ao credor (capital usurário). 34) Qual é a contradição da “fórmula geral do capital” segundo Marx. R: A não criação de valor na circulação das mercadorias 35) Por que é impossível a mais-valia ou o lucro surgir na esfera da circulação? R: Todas as mercadorias são trocadas por seus equivalentes, ou seja, na melhor das hipóteses há um jogo de soma zero. Só existe lucro na troca pela força de trabalho. 36) Como Marx diferencia: a) trabalho e b) força de trabalho? R: A força de trabalho (conhecimento, técnica, capacidade etc) quando comprada pelo empresário proporciona torna trabalho, atividade humana. 37) O que determina o valor da força de trabalho? R: O tempo e custo necessário para produzi-la e reproduzi-la. 38) O que é necessário para que se realize o processo de trabalho? R: Força de trabalho e meios de produção (objetos e meios de trabalho). 39) Explique o que é o processo de valorização. R: O processo de valorização ocorre quando o processo de trabalho realiza lucro, fazendo com que um emprego de capital X se torne X+Y. 40) Explique o que é: a) capital constante, b) capital variável. R: Capital constante: É o capital cujo valor é transferido ou conservado nas mercadorias na mesma paridade que custaram para o empresário. Capital Variável: Quando o valor gerado para o capitalista é diferente, maior que custo para as empregar e maior que o tempo para reproduzi-las. 41) Defina trabalho: a) necessário e, b) excedente. R: a) produção equivalente ao próprio valor; b) tempo que produz a mais-valia. 42) Defina mais valia. R: disparidade do valor da mercadoria e o que o trabalhador recebe. 43) Explique como se determinam os limites máximo e mínimo da jornada de trabalho numa sociedade capitalista. R: o limite mínimo é o necessário para o trabalhador produzir seu valor, mas não existe máximo 44) Defina: a) taxa de mais-valia; b) taxa de lucro; c) taxa de mais valia anual; e d) taxa de lucro anual. R: a) razão entre trabalho não pago e trabalho pago; b) massa de mais valia dívida pela soma do capital constante e capital variável; c) massa de mais valia anual sobre capital variável adiantado; d) divisão da massa de mais valia anual pela soma de capital constante adiantado e capital variável adiantado 45) Explique o que é: a) mais-valia absoluta; e, b) mais-valia relativa (caso geral e caso extraordinário). R: a) fruto do aumento da intensidade ou jornada de trabalho sem aumentar o salário; b) Caso geral: Melhora na linha de produção para o capitalista, mas não para o trabalhador; Extraordinário: Fábrica com maquinário melhor que outras fábricas do ramo. 46) Maria José montou uma fábrica de bonés promocionais, seu capital adiantado foi gasto da seguinte maneira: R$ 28.800,00 em meios de trabalho que duram em média 10 anos; R$ 71.280,00 de objetos de trabalho para três meses de produção; R$ 7.200,00 em capital variável para o pagamento mensal de 12 trabalhadores. A produção média diária é de 600 bonés, o preço de venda de cada boné é de R$ 3,0 e a jornada de trabalho é de 8 horas por dia. (OBS: considere um ano como 240 dias e um mês como 20 dias de trabalho).Calcule: a) Qual o valor do capital fixo adiantado R: R$28.800,00 b) Qual o valor do capital circulante adiantado R: R$ 71.280,00 c) Qual o valor do capital constante adiantado R: R$100.080 d) Qual o valor do capital variável adiantado R: R$7.200,00 e) Calcule o valor do capital constante por unidade de mercadoria R: R$0,87 f) Calcule o valor do capital variável por unidade de mercadoria R: R$0,2 g) Calcule o valor da mais valia por unidade de mercadoria R: R$1,93 h) Calcule a taxa de mais valia R: 10,36% i) Calcule a taxa de lucro R: 18,03% j) Calcule a taxa de mais valia anual R: 20% k) Calcule a taxa de lucro anual R: 18,63% l) Calcule o tempo de trabalho necessário R: Aproximadamente 2:45 horas m) Calcule o tempo de trabalho excedente R: Aproximadamente 5:15 horas Com base na questão acima, suponha que a capitalista aumente a jornada de trabalho para 10 horas diárias e que o salário permaneça constante. a) Calcule o valor do capital constante por unidade de mercadoria R: b) Calcule o valor do capital variável por unidade de mercadoria R: c) Calcule o valor da mais valia por unidade de mercadoria R: d) Calcule a taxa de mais valia R: e) Calcule a taxa de lucro R: f) Calcule a taxa de mais valia anual R: g) Calcule a taxa de lucro anual R: h) Calcule o tempo de trabalho necessário R: i) Calcule o tempo de trabalho excedente R: j) Que nome se dá o nome desse tipo de elevação na taxa de mais valia? R: Ainda com base na questão nº 46, suponha que uma elevação da produtividade no setor que produz meios de subsistência dos trabalhadores, reduziu o valor destes produtos e com isso o salário individual dos trabalhadores caia para R$ 480,00. a) Calcule o valor do capital constante por unidade de mercadoria R: b) Calcule o valor do capital variável por unidade de mercadoria R: c) Calcule o valor da mais valia por unidade de mercadoria R: d) Calcule a taxa de mais valia R: e) Calcule a taxa de lucro R: f) Calcule a taxa de mais valia anual R: g) Calcule a taxa de lucro anual R: h) Calcule o tempo de trabalho necessário R: i) Calcule o tempo de trabalho excedente R: j) Que nome se dá o nome desse tipo de elevação na taxa de mais valia? R: De novo com base na questão nº 46, suponha agora que apenas esta capitalista conseguiu melhorar a organização do trabalho de seus funcionários, de forma que a produção diária aumentou para 1.200 bonés. a) Calcule o valor do capital constante por unidade de mercadoria R: b) Calcule o valor do capital variável por unidade de mercadoria R: c) Calcule o valor da mais valia por unidade de mercadoria R: d) Calcule a taxa de mais valia R: e) Calcule a taxa de lucro R: f) Calcule a taxa de mais valia anual R: g) Calcule a taxa de lucro anual R: h) Calcule o tempo de trabalho necessário R: i) Calcule o tempo de trabalho excedente R: J) Que nome se dá o nome desse tipo de elevação na taxa de mais valia? R: 47) O que é reprodução do capital? Quando ocorre a reprodução simples do capital? Caracterize “reprodução ampliada do capital”. R: É renovar as relações sociais de produção repondo os bens consumidos anteriormente. A reprodução simples ocorre quando basta repor o que já foi gasto. A reprodução ampliada do capital é igual a simples, mas em escala aumentada de produtos já consumidos e também complementares. 48. Defina: a) composição técnica do capital; b) composição valor do capital; e c) composição orgânica do capital. R: a) Relação entre quantidade dos meios de produção e de força de trabalho. ctc = meios de produção/força de trabalho; b) Relação entre valor dos meios de produção e valor da força de trabalho. CVC = valor dos meios de produção/valor da força de trabalho; c) Marx chama assim para expressar a síntese dialética entre as formas de composição do capital, capital se divide em capital constante e capital variável. COC = capital constante/capital variável = c/v. 49. Explique a relação que existe entre produtividade de trabalho e composição técnica do capital. R: O aumento da produtividade está relacionado com um aumento dos meios de produção, podendo ter como consequência (quando este aumento da produtividade é obtido utilizando meios de trabalho mais eficientes) ou como causa (quando a força de trabalho se aprimora). A quantidade de objetos que cada trabalhador produz aumenta, e essa relação entre quantidade de meios e de força é a composição técnica do capital. 50. Explique o processo de: a) acumulação de capital; b) concentração de capital; e c) centralização de capital. R: a) É utilização da mais-valia para aumento do capital constante e variável; b) Quando a acumulação de capital é quantitativa e qualitativamente desigual entre os capitalistas, ocasionadas por diferenças nos lucros c) Quando há a diminuição do número de empresas no mercado, sempre vem acompanhada da acumulação, porém, é mais comum na crise, quando o capital produzido e acumulado em excesso é “desacumulado”. 51. Quais as causas do exército industrial de reserva (superpopulação relativa) segundo Marx? E quais as consequências da existência do exército industrial de reserva? R: Crescente composição orgânica do capital. Em algum tempo, a acumulação é maior que o imposto pelos trabalhadores. Entre as consequências está a redução salarial e aumento da exploração. 52. Cite e explique as formas de existência do exército industrial de reserva. R: A) Flutuante: Trabalhadores temporariamente desempregados por conta da rotatividade ou ciclos econômicos. ex: trabalhadores de construção civil quando o ciclo imobiliário está em baixa; b) Latente: Trabalhadores "desatualizados” substituídos por novas tecnologias. Ex: Agricultores sendo substituídos por máquinas agrícolas; c) Estagnada: São os que fazem trabalhos simples, parte do exército ativo, mas com condições de vida abaixo da média. d) Pauperismo: Trabalhadores aptos ao trabalho, órfãos e indigentes, degradados e incapacitados para o trabalho (mendigos, mutilados, idosos e doentes). Fora o lumpemproletariado. 53. Explique resumidamente o que a “lei do movimento do capitalismo” (ou “lei geral do capital”). R: Constante progresso das forças produtivas, que empregará cada vez mais de meios de produção por trabalhador, ocorrendo uma inversão, onde os trabalhadores que empregam os meios de produção, serão empregados. Quanto maior a produtividade, maior a concorrência por vagas de trabalho e mais baixo os salários e condições de vida, aumentando a desigualdade.
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