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dificuldades e transtornos de aprendizagem aula 5

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AULA 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIFICULDADES E 
TRANSTORNOS DE 
APRENDIZAGEM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Alisson Rogério Caetano de Siqueira 
 
 
 
2 
INTRODUÇÃO 
Nossas aulas estão diretamente relacionadas à aprendizagem. Nosso foco 
principal é apresentar os processos que podem ser agentes de interferência na 
aprendizagem. De saída, já podemos dizer que há dificuldades de 
aprendizagem e que elas têm seu diagnóstico de causa no desenvolvimento 
humano. Essas dificuldades são nomeadas pelo manual DSM-5 (Manual 
Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 2015) como transtornos 
do neurodesenvolvimento. 
Os transtornos do neurodesenvolvimento são aqueles identificados no 
transcurso do desenvolvimento do sujeito, tendo como principais características o 
prejuízo ao desenvolvimento nas áreas afetivas, cognitivas, sociais e outras. 
Os transtornos do neurodesenvolvimento são um grupo de condições 
com início no período do desenvolvimento. Os transtornos tipicamente 
se manifestam cedo no desenvolvimento, em geral antes de a criança 
ingressar na escola, sendo caracterizados por déficits no 
desenvolvimento que acarretam prejuízos no funcionamento pessoal, 
social, acadêmico ou profissional. Os déficits de desenvolvimento variam 
desde limitações muito específicas na aprendizagem ou no controle de 
funções executivas até prejuízos globais em habilidades sociais ou 
inteligência (DSM-5, 2015). 
Os transtornos do neurodesenvolvimento são identificados normalmente na 
infância. Há um grupo de transtornos do desenvolvimento que apresenta uma 
condição específica relacionada à aprendizagem. São denominados de 
transtornos específicos da aprendizagem. 
Um transtorno específico da aprendizagem, como o nome implica, é 
diagnosticado diante de déficits específicos na capacidade individual 
para perceber ou processar informações com eficiência e precisão. Esse 
transtorno do neurodesenvolvimento manifesta-se, inicialmente, durante 
os anos de escolaridade formal, caracterizando-se por dificuldades 
persistentes e prejudiciais nas habilidades básicas acadêmicas de 
leitura, escrita e/ou matemática. O desempenho individual nas 
habilidades acadêmicas afetadas está bastante abaixo da média para a 
idade, ou níveis de desempenho aceitáveis são atingidos somente com 
esforço extraordinário. O transtorno específico da aprendizagem pode 
ocorrer em pessoas identificadas como apresentando altas habilidades 
intelectuais e manifestar-se apenas quando as demandas de 
aprendizagem ou procedimentos de avaliação (p. ex., testes 
cronometrados) impõem barreiras que não podem ser vencidas pela 
inteligência inata ou por estratégias compensatórias. Para todas as 
pessoas, o transtorno específico da aprendizagem pode acarretar 
prejuízos duradouros em atividades que dependam das habilidades, 
inclusive no desempenho profissional (DSM-5, 2015). 
 
 
3 
Os transtornos de aprendizagem são identificados normalmente quando a 
criança está em seu período escolar. Eles são reconhecidos pelo tipo de prejuízo 
causado ao sujeito ou pela área afetada pelas dificuldades. 
Esta aula tem como objetivo apresentar transtornos funcionais 
específicos, como dislexia, disgrafia, disortografia, discalculia e Transtorno do 
Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). Assim, abordaremos o assunto na 
seguinte ordem: 
• Tema 1: dislexia; 
• Tema 2: disgrafia; 
• Tema 3: disortografia; 
• Tema 4: discalculia; 
• Tema 5: TDAH. 
O conteúdo a ser abordado nos direcionará aos esclarecimentos 
necessários, propostos pela disciplina. 
CONTEXTUALIZANDO 
O ser humano é muito complexo, e, às vezes, usamos modelos simples 
para explicar algo tão complexo. É o que tentaremos fazer a partir de agora. 
Um dia desses nos deparamos com uma situação interessante envolvendo 
uma máquina de lavar roupas; embora já “fosse de idade” (dez anos de 
funcionamento), continuava em bom estado. Vamos à descrição da máquina: 
capacidade para 12 Kg; várias operações de lavagem; várias opções de trabalhos; 
função de reuso de água; painel com botões analógicos; tambor vertical. 
Pela descrição, talvez você ainda não saiba o que ela faz, mas seu produto 
é uma roupa lavada e quase seca por causa de sua supercentrífuga. Para quem 
não sabe, a centrifugação é uma operação que a máquina realiza fazendo giros 
em alta rotação, espremendo a roupa e retirando dela o excesso de água. 
O evento foi o seguinte: a máquina foi preparada para lavar uma quantidade 
X de roupa. Nesses casos, o primeiro passo da máquina é encher de água e 
começar a “bater” a roupa com movimentos para a esquerda e para a direita. Em 
um segundo momento, a água da pré-lavagem é escoada e a máquina faz uma 
minicentrífuga. Para o espanto geral, a centrífuga não foi executada. 
Consequentemente, a máquina simplesmente parou. 
 
 
4 
Horas depois, verificou-se que a máquina não tinha terminado o trabalho. 
Assim, foi realizado um procedimento simples: adiantou-se o processo da 
máquina. Ela simplesmente recomeçou a funcionar, mas, quando chegou na 
operação de centrífuga, parou de novo. A situação causou surpresa, pois a 
centrifugação nada mais é do que a aceleração do eixo em que gira a máquina. 
Se o eixo estava funcionando, o que poderia estar causando o problema somente 
na função centrífuga? Obrigatoriamente, um técnico teve que ser chamado. Ele 
analisou a máquina e informou que havia uma conexão que interferia apenas na 
centrífuga, e que a peça inteira teria que ser trocada (uma peça que valia quase 
o valor da máquina!). 
Veja, acabamos de usar uma comparação muito comum para lhe informar 
que algumas áreas do cérebro podem não trabalhar direito, e que só 
perceberemos isso quando fizermos operações especificas. 
Isso deve levantar muitas dúvidas, como: O que são funções específicas? 
Como podemos identificar problemas em uma função específica? Como lidar com 
esses problemas? Como resolvê-los? 
Pois bem, essas são as perguntas que tentaremos responder nesta aula, 
assim como mostrar a você quais são as funções específicas do cérebro ligadas 
à aprendizagem que são identificadas a partir de processos cotidianos. Podemos 
adiantar que esses problemas são identificados ao final de processos de 
aprendizagem, normalmente no ambiente escolar, e que persistem no transcurso 
da vida do sujeito. 
TEMA 1 – DISLEXIA 
A dislexia é descrita pelo DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de 
Transtornos Mentais, 2015) como um transtorno do neurodesenvolvimento que 
implica um transtorno específico de aprendizagem. 
315.00 (F81.0) Com prejuízo na leitura: Precisão na leitura de palavras. 
Velocidade ou fluência da leitura. Compreensão da leitura. 
Nota: Dislexia é um termo alternativo usado em referência a um padrão 
de dificuldades de aprendizagem caracterizado por problemas no 
reconhecimento preciso ou fluente de palavras, problemas de 
decodificação e dificuldades de ortografia. Se o termo dislexia for usado 
para especificar esse padrão particular de dificuldades, é importante 
também especificar quaisquer dificuldades adicionais que estejam 
presentes, tais como dificuldades na compreensão da leitura ou no 
raciocínio matemático (DSM-5, 2015). 
 
 
5 
O (Código Internacional de Doenças) CID-10 descreve a dislexia como um 
transtorno específico do desenvolvimento das habilidades escolares. 
F81.0 Transtorno específico de leitura 
A característica essencial é um comprometimento específico e 
significativo do desenvolvimento das habilidades da leitura, não 
atribuível exclusivamente à idade mental, a transtornos de acuidade 
visual ou escolarização inadequada. A capacidade de compreensão da 
leitura, o reconhecimento das palavras, a leitura oral, e o desempenho 
de tarefas que necessitam da leitura podem estar todas comprometidas. 
O transtorno específico da leitura se acompanha frequentemente de 
dificuldades de soletração, persistindo comumente na adolescência, 
mesmoquando a criança haja feito alguns progressos na leitura. As 
crianças que apresentam um transtorno específico da leitura têm 
frequentemente antecedentes de transtornos da fala ou de linguagem. O 
transtorno se acompanha comumente de transtorno emocional e de 
transtorno do comportamento durante a escolarização. 
Dislexia de desenvolvimento 
Leitura especular 
Retardo específico da leitura [...] (Organização Mundial da Saúde, 1998). 
A Associação Internacional de Dislexia descreve a dislexia como: 
[...] caracterizada por dificuldades na correção e/ou fluência na leitura de 
palavras e por baixa competência leitora e ortográfica. Estas dificuldades 
resultam tipicamente de um déficit na componente fonológica da 
linguagem que é frequentemente imprevisto em relação a outras 
capacidades cognitivas e às condições educativas. Secundariamente 
podem surgir dificuldades de compreensão leitora, experiência de leitura 
reduzida que podem impedir o desenvolvimento do vocabulário e dos 
conhecimentos gerais (Associação Internacional de Dislexia, 2003, 
citada por Teles, 2009). 
Os dois manuais concordam que a dislexia é uma condição neurobiológica 
ligada à habilidade de aprendizagem, mais precisamente à leitura e à escrita. Suas 
causas estão originariamente atreladas a alterações na formação neurológica. 
Entende-se que a dislexia tem causa cromossômica hereditária. Há indícios de 
que há relação genética entre a dislexia e a produção excessiva de testosterona 
pela mãe durante a gravidez. 
De acordo com a Associação Brasileira de Dislexia (ABD), a condição tem 
uma prevalência de 0,5% a 17% na população mundial, e pode persistir até a vida 
adulta. 
A dislexia é normalmente diagnosticada quando a criança está em seu 
período escolar. Isso não quer dizer que os sinais apareçam durante o seu 
desenvolvimento, mas que se desenvolvem na infância e são percebidos 
normalmente nos anos escolares. 
A dislexia não impede o aprendizado, mas dificulta o processo de 
aprendizagem em uma escala que pode variar de leve a alta. É caracterizada por 
 
 
6 
um baixo desempenho na precisão e na velocidade da leitura e da escrita, 
característica esta que não está relacionada à inteligência ou ao desenvolvimento 
intelectual; também não está relacionada a uma condição sensorial ou de 
possibilidades ou oportunidades de aprender. 
A dislexia, como os transtornos do neurodesenvolvimento, não tem cura. 
Isso significa que todos os esforços na identificação precoce e um processo de 
intervenção permitem alcançar um desenvolvimento adequado das habilidades 
escolares e da vida do sujeito. Quem tem dislexia tem uma grande dificuldade em 
adquirir informações, pelo simples fato de que estas são adquiridas, geralmente, 
por meio da leitura e da escrita. 
O diagnóstico é normalmente realizado por uma equipe multidisciplinar, que 
inclui psicólogos, neuropsicólogos, fonoaudiólogos, psicopedagogos e um médico 
neuropediatra. São utilizados vários testes avaliativos e levantamentos clínicos 
para o fechamento do diagnóstico. 
Além de apresentarem problemas com a coordenação motora, os 
indivíduos com dislexia também têm dificuldades para (Bruna, 2018): 
• ler, escrever e soletrar; 
• entender textos escritos; 
• identificar fonemas, associá-los às letras e reconhecer rimas e aliterações; 
• decorar a tabuada, reconhecer símbolos e conceitos matemáticos 
(discalculia); 
• perceber a ortografia: trocam, invertem, omitem ou acrescentam letras e 
sílabas (disgrafia); 
• organizar tempo e espaço. 
No Brasil, entre as muitas instituições que trabalham em prol das pessoas 
com dislexia temos a Associação Brasileira de Dislexia (ABD), fundada em 1983. 
Como parte do trabalho da associação, algumas conquistas já foram registradas, 
como a classificação da dislexia como transtorno específico de aprendizagem 
reconhecido pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) (Lei n. 
9.394/1996). Segundo o Censo do IBGE de 2010, a dislexia ocorre em 
aproximadamente 4% da população brasileira, o que equivale a 7,8 milhões de 
pessoas. 
TEMA 2 – DISGRAFIA 
 
 
7 
A disgrafia é descrita pelo DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de 
Transtornos Mentais, 2015) como um transtorno do neurodesenvolvimento que 
implica transtorno específico de aprendizagem. 
315.2 (F81.81) Com prejuízo na expressão escrita: 
Precisão na ortografia 
Precisão na gramática e na pontuação Clareza ou organização da 
expressão escrita (DSM-5, 2015). 
O (Código Internacional de Doenças) CID-10 descreve a disgrafia como 
“F81.8 Outros transtornos do desenvolvimento das habilidades escolares 
Transtorno de desenvolvimento da expressão escrita” (Organização Mundial da 
Saúde, 1998). 
A disgrafia é um transtorno da psicomotricidade e atinge a relação entre a 
associação da letra com a escrita. Ela surge no indivíduo por meio de uma 
disfunção no sistema nervoso central (SNC). A disgrafia também pode vir a ocorrer 
por meio de uma lesão cerebral adquirida ao longo da vida. A disfunção resultante 
no SNC produz um desenvolvimento anormal na habilidade de escrever. 
Segundo Hamstra-Bletz e Blöte (1993), a disgrafia é uma perturbação da 
linguagem escrita que abrange as competências mecânicas ligadas a ela 
manifestando-se por uma fraca prestação na escrita em crianças com inteligência 
pelo menos na média e que não apresentam uma desordem neurológica distinta 
e/ou uma deficiência sensório-motora. 
Como causas da disgrafia, podemos identificar: 
• causas maturacionais: maturação significa que o cérebro está pronto para 
determinada ação. Nesse caso, estamos falando de alterações da 
lateralidade de eficácia psicomotora. O cérebro não está maturado, e, por 
isso, as crianças não desenvolvem ações esperadas para determinada 
idade. Por isso são desordenadas e apresentam uma escrita irregular em 
termos de pressa, velocidade e traçado; 
• causas pessoais: nesse caso, estamos falando da personalidade da 
criança. Sua personalidade afeta a sua grafia. Assim, temos uma escrita 
identificadora da personalidade do sujeito. Fatores psicoafetivos, traumas, 
frustrações e outras características podem afetar a escrita da criança; 
• causas pedagógicas: a alteração está relacionada à alteração do tipo de 
letra e à qualidade ou à rapidez da escrita. 
 
 
8 
Hallahan, Kauffman & Lloyd (1999) classificam os problemas com a escrita 
dos alunos diagnosticados com disgrafia em dois tipos: 
• problemas com a formação das letras: em geral são as características da 
letra em sua apresentação que são afetadas: deformações, espaçamento 
irregular, inversões e rotações; 
• problemas com a fluência: neste item podemos citar a velocidade com que 
a escrita é apresentada, que, nesses casos, é muito lenta e laboriosa. A 
impressão que temos que há um esforço motor muito grande para que a 
escrita aconteça; 
Alguns autores levantaram algumas situações que são percebidas em 
alunos com disgrafia, como: formação pobre das letras; letras muito largas, 
demasiado pequenas ou com tamanho inconsistente; uso incorreto de letras 
maiúsculas e minúsculas; letras sobrepostas; espaçamento inconsistente entre as 
letras; alinhamento incorreto; inclinação inconsistente; falta de fluência na escrita 
(Addy; Dixon, 2004). 
Torres e Fernández (2001) observaram que crianças com disgrafia 
apresentam, juntamente com seu grafismo defeituoso, características globais que 
especificam uma condição diferenciada na escrita. Essas características são: 
postura gráfica incorreta; forma incorreta de segurar o lápis; deficiência na 
preensão do lápis e na pressão exercida sobre a folha; e falta de uniformidade na 
velocidade da escrita. 
É possível identificar alguns tipos de disgrafia com características 
especificas: 
• disgrafia disléxica: a escrita espontânea de um texto é ilegível, 
especialmente quando o texto é complexo. A soletração oral é pobre, mas 
a cópia de texto e o desenho são relativamentenormais. A velocidade de 
digitação com o dedo indicador (finger-tapping speed), uma medida de 
velocidade motora fina, é normal; 
• disgrafia motora: tanto a escrita espontânea quanto a cópia de um texto 
podem ser ilegíveis. A soletração oral é normal, e o desenho é 
frequentemente problemático. A velocidade de digitação com o dedo 
indicador é anormalmente lenta; 
 
 
9 
• disgrafia espacial: a escrita é ilegível, seja espontânea, seja cópia. A 
soletração oral e a velocidade de digitação com o dedo indicador são 
normais, mas o desenho é problemático. 
Quando a disgrafia é diagnosticada é importante que algumas ações sejam 
tomadas. A primeira delas está relacionada à acomodação. Nessa ação, o objetivo 
é reduzir o impacto que a escrita tem na aprendizagem. Isso significa usar de 
outras ferramentas e técnicas para alcançar o objetivo da aula. A segunda ação 
está relacionada à modificação. Nesse caso, é necessário procurar e criar 
expectativas e rotas para que o aluno possa perceber seu progresso na 
aprendizagem. E, por último, a remediação. Nessa ação, o professor procurará 
outras instruções e oportunidades para aperfeiçoar a caligrafia do aluno. 
TEMA 3 – DISORTOGRAFIA 
A disortografia segue a mesma descrição do DSM-5 (Manual Diagnóstico 
e Estatístico de Transtornos Mentais, 2015) e do (Código Internacional de 
Doenças) CID-10. Embora estejam no mesmo grupo e pareçam semelhantes, a 
disortografia é diferente da disgrafia. 
Os déficits de escrita incluídos como transtornos de aprendizagem 
específicos são descritos como dificuldades em executar os processos cognitivos 
subjacentes a composição de textos. Há dificuldades no processo fonológico e 
ortográfico e, consequentemente, uma caligrafia irregular. A prevalência é que 
90% dos casos conhecidos de disortografia relacionam-se com atrasos no 
aprendizado da linguagem e 10% com disfunções neurológicas. 
A disortografia é descrita pelo DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de 
Transtornos Mentais, 2015) como uma perturbação da expressão escrita, tendo 
origem neurobiológica. O principal prejuízo da disortografia está na interferência 
nas capacidades da expressão escrita, pois ocorrem falhas na precisão 
ortográfica e na organização, na estruturação e na composição de textos escritos. 
O conteúdo das frases elaboradas é pobre, e os textos, curtos, apresentam muitos 
erros ortográficos. 
Caracterizar a disortografia é apresentar suas principais ocorrências, que 
são (Rosado, 2018): 
 
 
10 
• erros linguístico-perceptivos: omissões de letras, sílabas e palavras; 
adições de fonemas, sílabas e palavras; inversões de caracteres, sílabas e 
palavras; e trocas de símbolos linguísticos ao nível do traço de nasalidade; 
• erros viso-espaciais: substituições de letras que são diferentes pela sua 
forma escrita; substituições de letras semelhantes visualmente; confusão 
com fonemas que tenham dupla grafia; escrita de palavras em espelho; 
• erros viso-analíticos: trocas de letras sem motivo; 
• erros de conteúdo: junção de duas palavras ou separação incorreta de 
palavras; 
• erros de ortografia: falta de pontuação; início das frases com letra 
minúscula; e uma deficiente separação de palavras. 
A disortografia pode ser caracterizada por tipos em suas áreas de prejuízo: 
• disortografia perceptiva: há uma deficiência na percepção, na memória 
visual e auditiva, e na orientação espaço-temporal. Nesse caso, temos uma 
dificuldade pontual em que ocorrem erros de interpretação; com isso, as 
letras e os fonemas são confundidos; 
• disortografia intelectual: há uma relação direta com a inteligência. Pode ser 
resultante de déficit, imaturidade intelectual ou baixo nível de inteligência. 
Nesse caso há escrita incorreta por falta de conteúdo de produção; 
• disortografia afetivo-emocional: as ações cerebrais gerenciadoras de 
emoções não contribuem para a escrita. O sujeito apresenta características 
como falta de motivação e atenção. Atribui-se a essa condição os erros 
ortográficos cometidos. 
A consequência imediata da disortografia no sujeito é a desmotivação. O 
sujeito perde a vontade de escrever. Seus textos são muitos curtos, 
desorganizados e sem pontuação. Essa condição se agrava quando o sujeito 
apresenta problemas na fala. 
TEMA 4 – DISCALCULIA 
A discalculia é descrita pelo DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de 
Transtornos Mentais, 2015) como um transtorno do neurodesenvolvimento que 
implica um transtorno específico de aprendizagem. 
315.1 (F81.2) Com prejuízo na matemática: 
Senso numérico 
 
 
11 
Memorização de fatos aritméticos 
Precisão ou fluência de cálculo 
Precisão no raciocínio matemático 
Nota: Discalculia é um termo alternativo usado em referência a um 
padrão de dificuldades caracterizado por problemas no processamento 
de informações numéricas, aprendizagem de fatos aritméticos e 
realização de cálculos precisos ou fluentes. Se o termo discalculia for 
usado para especificar esse padrão particular de dificuldades 
matemáticas, é importante também especificar quaisquer dificuldades 
adicionais que estejam presentes, tais como dificuldades no raciocínio 
matemático ou na precisão na leitura de palavras (DSM-5, 2015). 
O (Código Internacional de Doenças) CID-10 descreve a discalculia como 
um transtorno específico do desenvolvimento das habilidades escolares. 
F81.2 Transtorno específico da habilidade em aritmética 
Transtorno que implica uma alteração específica da habilidade em 
aritmética, não atribuível exclusivamente a um retardo mental global ou 
à escolarização inadequada. O déficit concerne ao domínio de 
habilidades computacionais básicas de adição, subtração, multiplicação 
e divisão mais do que as habilidades matemáticas abstratas envolvidas 
na álgebra, trigonometria, geometria ou cálculo. 
Acalculia de desenvolvimento 
Discalculia 
Síndrome de Gerstmann de desenvolvimento 
Transtorno de desenvolvimento do tipo acalculia (Organização Mundial 
da Saúde, 1998). 
A discalculia é descrita nos manuais como um transtorno de aprendizagem. 
Sua principal característica é a dificuldade em desempenhar tarefas ligadas a toda 
e qualquer operação matemática. A discalculia também implica uma barreira à 
compreensão de conceitos numéricos, utilização de fórmulas ou símbolos que se 
refiram ao desenvolvimento matemático. 
A prevalência da discalculia é de 3% a 6% da população mundial, segundo 
a Associação Britânica de Dislexia. A discalculia é um problema biológico e de 
neurodesenvolvimento. Pode ser caracterizado também por aspectos ambientais 
que afetam a capacidade da criança em aprender matemática. 
A atividade de cálculo ocorre na região interparietal e na região inferior 
frontal, e por isso nos referimos a condições neurológicas. Essa é, possivelmente, 
a área afetada que a produz a discalculia. 
Kosc (1974) descreveu seis tipos de discalculia: 
1. léxica: dificuldade na leitura de símbolos matemáticos; 
2. verbal: dificuldades em nomear quantidades matemáticas, números, 
termos e símbolos; 
3. gráfica: dificuldade na escrita de símbolos matemáticos; 
4. operacional: dificuldade na execução de operações e cálculos numéricos; 
 
 
12 
5. practognóstica: dificuldade na enumeração, na manipulação e na 
comparação de objetos reais ou imagens; 
6. ideognóstica: dificuldades nas operações mentais e no entendimento de 
conceitos matemáticos. 
A discalculia ocorre ao longo do desenvolvimento humano. Isso significa 
que, muitas vezes, o diagnostico não é realizado na infância, passando 
despercebido; às vezes as dificuldades são interpretadas como preguiça ou 
desinteresse. Na verdade, quanto mais cedo a discalculia for diagnosticada mais 
eficaz poderá ser o seu tratamento. 
A seguir, listamos algumas características identificáveis em indivíduos que 
apresentam discalculia no transcurso da vida escolar e acadêmica (Ansari, S.d.) 
• pré-escola 
✓ tem dificuldade em aprender a contar; diferentementedas outras 
crianças, ignora números e sua ordem correta; 
✓ tem dificuldades para reconhecer padrões, como menor e maior, mais 
alto e mais baixo; 
✓ não problemas para reconhecer símbolos numéricos (por exemplo, é 
difícil compreender que 7 significa sete); 
✓ não parece entender o significado da contagem. 
• ensino fundamental 
✓ tem dificuldade em aprender e lembrar fatos matemáticos básicos, como 
2 + 4 = 6; 
✓ sofre para identificar os sinais de mais, menos, entre outros, e usá-los 
corretamente; 
✓ pode ainda usar os dedos para contar em vez de usar estratégias mais 
sofisticadas, como cálculos mentais; 
✓ tem que se esforçar muito para entender palavras relacionadas a 
matemática, como maior que e menor que; 
✓ tem problemas com representações visuais e espaciais de números, 
como linhas numéricas. 
• ensino médio 
✓ tem dificuldade em entender valores; 
✓ apresenta problemas para escrever números claramente ou colocá-los 
na ordem correta; 
 
 
13 
✓ tem problemas com frações e medidas; 
✓ encontra dificuldade em acompanhar a pontuação de jogos esportivos. 
• universidade e vida adulta 
✓ sofre para aplicar conceitos de matemática ao dinheiro, o que inclui fazer 
estimativas de custo total de uma compra, fazer mudanças exatas e 
descobrir uma dica; 
✓ apresenta dificuldades em entender as informações mostradas em 
gráficos ou planilhas; 
✓ não consegue facilmente fazer medições simples, como de ingredientes 
de uma receita ou de líquidos em uma garrafa; 
✓ tem problemas para encontrar abordagens diferentes para o mesmo 
problema de matemática; 
✓ demonstra ter dificuldade em compreender tamanhos, medir distâncias 
ou quantidades de uma determinada substância (Ansari, 2018). 
A discalculia pode criar desafios em mais áreas que vão além do 
aprendizado. Ela pode afetar também as habilidades diárias do indivíduo em 
termos de interações sociais e gerenciamento de tempo. 
TEMA 5 – TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE 
(TDAH) 
Começamos este tema com um esclarecimento importante: o Transtorno 
de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um transtorno do 
neurodesenvolvimento específico, e não um transtorno de aprendizagem. Isso 
significa que ele pode afetar a aprendizagem, mas não causa o transtorno de 
aprendizagem. 
O TDAH é descrito pelo DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de 
Transtornos Mentais, 2015) como: 
A. Um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade-
impulsividade que interfere no funcionamento e no desenvolvimento, 
conforme caracterizado por (1) e/ou (2): 
1. Desatenção: Seis (ou mais) dos seguintes sintomas persistem por 
pelo menos seis meses em um grau que é inconsistente com o nível do 
desenvolvimento e têm impacto negativo diretamente nas atividades 
sociais e acadêmicas/profissionais: 
Nota: Os sintomas não são apenas uma manifestação de 
comportamento opositor, desafio, hostilidade ou dificuldade para 
compreender tarefas ou instruções. Para adolescentes mais velhos e 
adultos (17 anos ou mais), pelo menos cinco sintomas são necessários. 
 
 
14 
2. Hiperatividade e impulsividade: Seis (ou mais) dos seguintes sintomas 
persistem por pelo menos seis meses em um grau que é inconsistente 
com o nível do desenvolvimento e têm impacto negativo diretamente nas 
atividades sociais e acadêmicas/profissionais: 
Nota: Os sintomas não são apenas uma manifestação de 
comportamento opositor, desafio, hostilidade ou dificuldade para 
compreender tarefas ou instruções. Para adolescentes mais velhos e 
adultos (17 anos ou mais), pelo menos cinco sintomas são necessários. 
Determinar o subtipo: 
314.01 (F90.2) Apresentação combinada: Se tanto o Critério A1 
(desatenção) quanto o Critério A2 (hiperatividade-impulsividade) são 
preenchidos nos últimos 6 meses. 
314.00 (F90.0) Apresentação predominantemente desatenta: Se o 
Critério A1 (desatenção) é preenchido, mas o Critério A2 (hiperatividade-
impulsividade) não é preenchido nos últimos 6 meses. 
314.01 (F90.1) Apresentação predominantemente hiperativa/impulsiva: 
Se o Critério A2 (hiperatividade-impulsividade) é preenchido, e o Critério 
A1 (desatenção) não é preenchido nos últimos 6 meses. (DSM-5, 2015) 
O (Código Internacional de Doenças) CID-10 descreve o TDAH como: 
F90 Transtornos hipercinéticos 
Grupo de transtornos caracterizados por início precoce (habitualmente 
durante os cinco primeiros anos de vida), falta de perseverança nas 
atividades que exigem um envolvimento cognitivo, e uma tendência a 
passar de uma atividade a outra sem acabar nenhuma, associadas a 
uma atividade global desorganizada, incoordenada e excessiva. Os 
transtornos podem se acompanhar de outras anomalias. As crianças 
hipercinéticas são frequentemente imprudentes e impulsivas, sujeitas a 
acidentes e incorrem em problemas disciplinares mais por infrações não 
premeditadas de regras que por desafio deliberado. Suas relações com 
os adultos são frequentemente marcadas por uma ausência de inibição 
social, com falta de cautela e reserva normais. São impopulares com as 
outras crianças e podem se tornar isoladas socialmente. Estes 
transtornos se acompanham frequentemente de um déficit cognitivo e de 
um retardo específico do desenvolvimento da motricidade e da 
linguagem. As complicações secundárias incluem um comportamento 
dissocial e uma perda de autoestima. 
[...] 
F90.0 Distúrbios da atividade e da atenção 
Síndrome de déficit da atenção com hiperatividade 
Transtorno de déficit da atenção com hiperatividade 
Transtorno de hiperatividade e déficit da atenção 
(Organização Mundial da Saúde, 1998). 
O TDAH é descrito pelo DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de 
Transtornos Mentais, 2015) como um transtorno do neurodenvolvimento com um 
padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade que interfere 
no funcionamento ou no desenvolvimento. 
Entende-se a desatenção no TDAH como parte de um grupo 
comportamental com características de divagação em tarefas, falta de 
persistência, dificuldade de manter o foco e desorganização (Manual Diagnóstico 
e Estatístico de Transtornos Mentais, 2015). 
A hiperatividade é compreendida como uma atividade motora excessiva 
(por exemplo, uma criança que corre o tempo todo, mesmo quando isso não é 
 
 
15 
apropriado, ou remexe, batuca ou conversa em excesso). Nos adultos, a 
hiperatividade pode se manifestar como inquietude extrema ou esgotamento dos 
outros com sua atividade (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos 
Mentais, 2015). 
A impulsividade, uma outra característica do TDAH, refere-se a ações 
precipitadas que ocorrem em um determinado momento, sem premeditação e com 
elevado potencial para dano à pessoa. A impulsividade pode ser reflexo de um 
desejo de recompensas imediatas ou de incapacidade de postergar a gratificação. 
Comportamentos impulsivos podem se manifestar em forma de intromissão e/ou 
tomada de decisões importantes sem considerações acerca das consequências 
no longo prazo (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 2015). 
O diagnóstico do TDAH deve ser feito na infância. Caso não o seja, a 
avaliação deve ser feita considerando que a sintomática tenha ocorrido antes dos 
12 anos. Deve-se evitar um diagnóstico precoce demais, considerando sempre 
que os sinais do TDAH devem estar presentes em mais de um ambiente 
frequentado pelo sujeito, como escola, casa, clubes etc. 
Há situações em que os sintomas sofrem variações pelo fato de o contexto, 
em um determinado ambiente, reforçar com recompensas um comportamento 
apropriado do sujeito. Pode ser também que o sujeito esteja sob supervisão, ou 
em uma situação nova, envolvido em atividades especialmente interessantes, 
recebendo estímulos externos consistentes ou interagindo em situações 
individualizadas. Isso pode minimizar a apresentação circunstancial dos sintomas. 
Na maioria das culturas, o TDAH ocorre em cerca de 5% das crianças e 
2,5% dos adultos (Manual Diagnóstico eEstatístico de Transtornos Mentais, 
2015). As causas do TDAH podem ser ambientais, genéticas e fisiológicas. 
O grande problema do TDAH está nos prejuízos a que ele pode. A seguir, 
listamos algumas consequências do TDAH descritas pelo DSM-5 (Manual 
Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 2015): 
• na infância: 
✓ baixo desempenho escolar e baixo sucesso acadêmico; 
✓ rejeição social. 
• na vida adulta: 
✓ mau desempenho profissional, que pode levar ao insucesso e à falta de 
assiduidade no campo profissional; 
✓ maior probabilidade de desemprego; 
 
 
16 
✓ altos níveis de conflito interpessoal. 
• o indivíduo ainda pode: 
✓ desenvolver transtornos de conduta na adolescência; 
✓ desenvolver transtornos de personalidade antissocial na idade adulta; 
✓ desenvolver transtornos por uso de substâncias e ser preso; 
✓ ter maior propensão a sofrer lesões do que seus colegas na escola; 
✓ sofrer acidentes e violar regras de trânsito com mais frequências que o 
indivíduo médio. 
O TDAH leva a condição diferenciada no sujeito. O indivíduo pode ter, 
frequentemente, autodeterminação variável ou inadequada para cumprir tarefas 
que exijam esforço prolongado. Isso gera um certo preconceito por parte de 
outros, que podem classificar o comportamento como preguiça. Dessa forma, o 
indivíduo poderá ter que enfrentar rejeição ou negligência social até mesmo por 
parte de sua família, além de colegas de escola e trabalho. 
O tratamento para o TDAH envolve ações medicamentosas, quando 
necessário, e terapias com profissionais de diferentes áreas do desenvolvimento 
humano. 
FINALIZANDO 
Chegamos ao fim de mais uma aula. Fomos muito específicos em nossa 
abordagem: nosso foco esteve nos transtornos específicos de aprendizagem e no 
TDAH. Deixar esses elementos claros em seus conceitos nos abre a possibilidade 
de uma melhor investigação sobre os temas abordados. 
Voltando ao nosso exemplo inicial, é possível que tenhamos algum 
impeditivo de aprendizagem sem que necessariamente tenhamos problemas de 
inteligência, ou que ele seja um impeditivo global. 
Deixamos uma porta aberta para um maior aprofundamento de cada tema. 
Consideremos que a nossa direção passa a ser tomada com base nos manuais 
de diagnósticos. Temos, no entanto, que esclarecer que há impeditivos 
específicos no processo de aprendizagem. 
 
 
 
17 
Saiba mais 
Texto de abordagem teórica 
NOGUEIRA, M. O. G.; LEAL, D. Dificuldades de aprendizagem: um olhar 
psicopedagógico. Curitiba: InterSaberes, 2012. Disponível na biblioteca virtual. 
Esse livro apresenta uma descrição do olhar da psicopedagogia sobre os 
transtornos específicos da aprendizagem e o TDAH. A leitura do texto esclarecerá 
dúvidas sobre a exposição das teorias da aprendizagem. 
Leia: 
• Capítulo 3 – Transtornos funcionais específicos da aprendizagem: disgrafia, 
disortografia, dislexia e discalculia, p. 67-70; 
• Capítulo 5 – Transtornos do comportamento: o transtorno do déficit de 
atenção/hiperatividade e da aprendizagem, p. 115-134. 
Texto de abordagem prática 
Instituto ABCD. Dificuldades e transtornos de aprendizagem: por que o aluno não 
aprende? Disponível em: <https://www.institutoabcd.org.br/todos-aprendem/>. 
Acesso em: 25 jul. 2020. 
O texto do Instituto ABCD é técnico e ao mesmo tempo prático, escrito com a 
finalidade de esclarecer dúvidas especificas sobre os transtornos específicos de 
aprendizagem. 
Saiba mais 
VEJA as características específicas de cada transtorno de aprendizagem. 
Amazon Sat, 25 jun. 2013. Disponível em: <https://youtu.be/Zi8nJ0Jg7HI>. 
Acesso em: 25 jul. 2018. 
 
 
 
18 
REFERÊNCIAS 
ADDY, L. M.; DIXON, G. Handwriting and dyspraxia. In: DIXON, G.; ADDY, L. M. 
Making inclusion work for children with dyspraxia: practical strategies for 
teachers. London: Routledge-Falmer, 2004. p. 66-80. 
ANSARI, D. Understanding dyscalculia. Understood, [S.d]. Disponível em: 
<https://www.understood.org/en/learning-attention-issues/child-learning-
disabilities/dyscalculia/understanding-dyscalculia>. Acesso em: 25 jul. 2018. 
BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional (LDB). Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, 
DF, 23 dez. 1996. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>. Acesso em: 25 jul. 2018. 
BRUNA, M. H. V. Dislexia. Portal Drauzio Varella, 20 abr. 2011. Disponível em: 
<https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/dislexia/>. Acesso em: 25 
jul. 2018. 
DSM-5 – Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. 5. ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2015. 
HALLAHAN, D. P.; KAUFFMAN, J. M.; LLOYD, J. W. Introduction to learning 
disabilities. 2. ed. Virginia: Pearson, 1999. 
HAMSTRA-BLETZ, L.; BLÖTE, A. W. A longitudinal study on dysgraphic 
handwriting in primary school. Journal of Learning Disabilities, v. 26, n. 10, p. 
689-699, dez. 1993. 
KOSC, L. Developmental dyscalculia. Journal of Learning Disabilities, v. 7, n. 
3, p. 164-177, 1974. 
NOGUEIRA, M. O. G.; LEAL, D. Dificuldades de Aprendizagem: um olhar 
psicopedagógico. Curitiba: InterSaberes, 2012. Disponível em: 
<http://uninter.bv3.digitalpages.com.br/users/publications/9788582123355/>. 
Acesso em: 25 jul. 2018. 
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Classificação de transtornos mentais 
e de comportamento da CID-10: diretrizes diagnósticas e de tratamento para 
transtornos mentais em cuidados primários. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998. 
105 p. 
https://www.understood.org/en/learning-attention-issues/child-learning-disabilities/dyscalculia/understanding-dyscalculia
https://www.understood.org/en/learning-attention-issues/child-learning-disabilities/dyscalculia/understanding-dyscalculia
https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/dislexia/
 
 
19 
ROSADO, S. Disortografia. Instituto de apoio e desenvolvimento, [S.d]. 
Disponível em: <http://www.itad.pt/problemas-escolares/disortografia/>. Acesso 
em: 25 jul. 2018. 
TELES, P. Dislexia: método fonomímico: abecedário e silabário. Lisboa: Distema, 
2009. 
TORRES, R.; FERNÁNDEZ, P. Dislexia, disortografia e disgrafia. Amadora: 
McGrawHill, 2001. 
 
 
http://www.itad.pt/problemas-escolares/disortografia/

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