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1 Roteiro de aula - Introdução à Saúde Coletiva(1)

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Graduação em Enfermagem 
Introdução à Enfermagem na Saúde Coletiva 
Prof. ª Dr. ª Ana Eloísa C. de Oliveira 
 
 
Roteiro de aula: Introdução à Saúde Coletiva 
 
Saúde Coletiva 
Conforme Paim (1982) e Donnangelo (1983) a Saúde Coletiva pode ser definida como um 
campo de produção de conhecimentos voltados para a compreensão da saúde e a explicação de 
seus determinantes sociais, bem como o âmbito de práticas direcionadas prioritariamente para 
sua promoção, além de voltadas para a prevenção e o cuidado a agravos e doenças, tomando 
por objeto não apenas os indivíduos, mas, sobretudo, os grupos sociais, portanto a coletividade. 
 
 
 Brasil, final da década de 1970: a expressão saúde coletiva foi usada como título do 
primeiro encontro nacional de cursos de pós-graduação então existentes no Brasil, 
denominados Medicina Social, Medicina Preventiva, Saúde Comunitária e Saúde 
Pública. 
 Nessa oportunidade, foi proposta a criação da Associação Brasileira de Pós-graduação 
em Saúde Coletiva (ABRASCO), e que foi fundada em setembro de 1979, em Brasília. 
 Há o reconhecimento de que o referencial estritamente biológico é insuficiente para 
compreender e abordar o processo saúde-doença, tanto no plano individual como no 
plano coletivo. 
 Ocorre a constituição de uma nova área de produção de conhecimentos científicos que 
se desloca de abordagens técnicas de temas específicos prevalentes na saúde pública 
tradicional (saúde materno-infantil, saneamento etc.) ou de enfoques convencionais de 
epidemiologia e da administração e planejamento de saúde para uma abordagem 
multidisciplinar. 
 Médicos, cientistas sociais, enfermeiros, odontólogos, farmacêuticos, e também 
agentes oriundos de outras áreas do conhecimento, como engenheiros, físicos e 
arquitetos, contribuíram para sua construção. 
 A incorporação das ciências sociais em sua constituição tomava possível o 
redimensionamento tanto da epidemiologia como da política, da gestão e do 
planejamento de saúde. 
 A Saúde Coletiva brasileira consolidou-se como espaço multiprofissional (que reúne 
diversas profissões) e interdisciplinar (que exige a integração de saberes de diferentes 
disciplinas). 
 A Saúde Coletiva dá suporte às práticas de distintas categorias e atores social face às 
questões de saúde/doença e ainda da organização da assistência. 
 Seu desenvolvimento, tanto teórico como no que diz respeito ao âmbito das práticas 
correspondentes, tende a ultrapassar as fronteiras disciplinares. 
 São diversas as possibilidades de se trabalhar com saberes e práticas da Saúde Coletiva, 
tanto no setor governamental, quanto no setor privado. 
Nessa perspectiva, sua evolução tem sido na direção de um campo, no sentido concebido 
pelo sociólogo Pierre Bourdieu, com objeto específico: a saúde no âmbito dos grupos e classes 
sociais e com práticas também específicas, voltadas para a análise de situações de saúde que 
incorpora o conhecimento produzido sobre os determinantes sociais e biológicos da saúde- 
doença, a formulação de políticas e a gestão de processos voltados para o controle desses 
problemas no nível populacional. 
 
 
Saúde Pública x Saúde Coletiva x Saúde da Família 
 Saúde Pública: Envolve todo o Sistema Único de Saúde, pois se refere exatamente ao 
direito das pessoas terem acesso aos serviços de saúde. Preocupa-se com orçamento, 
planejamento, legislação e pactuações. 
 Saúde Coletiva: Dentro da Saúde Pública, há uma preocupação com os principais 
problemas de saúde da população. Sabe - se que há inúmeros fatores que interferem na 
saúde. É com esses fatores que a saúde coletiva se ocupa. A epidemiologia é uma das 
ciências mais importantes da Saúde Coletiva. 
 Saúde da Família: Para promover saúde, prevenir e tratar os principais problemas de 
Saúde Coletiva, temos a Estratégia Saúde da Família. Desenvolve ações de saúde com 
vistas a melhorar a saúde de toda a população. Os profissionais executam os programas 
de saúde, criados com o intuito de melhorar os índices epidemiológicos. 
 
Enfermagem e Saúde Coletiva 
 A Saúde Coletiva configura-se como uma nova perspectiva de saberes e práticas: as 
possibilidades teóricas são ampliadas para além da enfermagem centrada em procedimentos e 
no corpo biológico; a autonomia e o trabalho em equipe ressignificam a prática dos enfermeiros 
e atributos como comprometimento social e visão crítica e reflexiva são identificados não só 
como características do ser humano-cidadão, mas também do ser humano-profissional 
enfermeiro. 
 
Referências 
ANDRADE, L. O. M.; BARRETO, I. C. H. C.; BEZERRA, R. C. Atenção Primária à Saúde e Estratégia 
Saúde da Família. In: CAMPOS, G. W. S. et. al. (org.). Tratado de Saúde Coletiva. São Paulo: 
HUCITEC; Rio de Janeiro: Ed. Fiocruz, 2006. 
DONNANGELO, M.C.F. A pesquisa em Saúde Coletiva no Brasil - a década de 70. In: ABRASCO 
(ed.) Ensino da Saúde Pública, Medicina Preventiva e Social no Brasil. Rio de Janeiro: Núcleo 
de Tecnologia Educacional para a Saúde, UFRJ. Centro Latino-Americano de Tecnologia 
Educacional para a Saúde (Organização Panamericana da Saúde). Escola Nacional de Saúde 
Pública, Fiocruz, 1983. 
 
PAIM, J.S. Desenvolvimento teórico-conceitual do ensino em saúde coletiva. ABRASCO, Rio de 
Janeiro, mimeo, 1982. 
PAIM, J. S. de (orgs.) Saúde coletiva: teoria e prática 1.ed.. Medbook, Rio de Janeiro: 2014. 
REGIS, C. G.; BATISTA, N. A. O enfermeiro na área da saúde coletiva: concepções e 
competências. Revista Brasileira de Enfermagem [online], v. 68, n. 5, p. 830-836, 2015.

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