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Universidade de Brasília – UnB Faculdade de Ciências da Saúde – FS Departamento de Nutrição – NUT MANUAL DE ATENDIMENTO CLÍNICO-NUTRICIONAL EM PEDIATRIA AMBULATÓRIO DE CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO (CD) Disciplina: Nutrição e Ciclos de Vida – Prática Ambulatorial. Código: 176478 Local: Ambulatório de Pediatria (CD) - HUB Responsáveis: Profa. Regina Coeli de Carvalho Alves Profa. Stefanie Coelho E-mail de contato: rccalves1@gmail.com/stefaniecoelho@hotmail.com Brasília 2016 mailto:rccalves1@gmail.com mailto:stefaniecoelho@hotmail.com 2 AMBULATÓRIO DE NUTRIÇÃO – Orientações gerais DIAS/ HORÁRIO/ LOCAL Segunda e quarta das 8 – 12h. Ambulatório I do HUB – Pediatria – Corredor Laranja OS ALUNOS DEVEM: Comparecer ao ambulatório com jaleco e crachá de identificação. Levar caneta e calculadora Trazer uma pasta contendo o material necessário e cópias suficientes para o atendimento, tendo o prazo de uma semana para confeccioná-la. Providenciar todo material de atendimento é responsabilidade do aluno. Material mínimo que deve ser lido e deve constar na pasta de atendimento - PEDIATRIA Manual de Atendimento Clínico-Nutricional em Pediatria; Curvas de crescimento até 2 anos de idade para meninos e meninas da OMS (WHO, 2006); Orientações para Alimentos Flatulentos, Laxantes, Constipantes, Dieta sem Glúten, Intolerância à Lactose, Amamentação e para a alimentação da nutriz; Receitas básicas como arroz papa, caldo de feijão grosso, papa de vegetais e carne etc; Ficha Clínico – Nutricional de Atendimento Individual da Criança de 0 a 2 anos (1º Consulta) (MANTER SEMPRE 3 CÓPIAS NA PASTA) Ficha Clínico – Nutricional de Atendimento Individual da Criança de 0 a 2 anos (Retorno) (MANTER SEMPRE 3 CÓPIAS NA PASTA) Prescrição Dietética – Plano Alimentar (MANTER SEMPRE 3 CÓPIAS NA PASTA) Materiais complementares – leitura obrigatória: Caderneta da criança (MS, 2013); Estratégia ENPACS (MS, 2010) e capítulo sobre Fórmula infantil (WEFFORT, 2009). Artigos; Álbum seriado de antropometria de crianças do SISVAN (MS, 2004). LEMBRAR: A ficha clínico nutricional deverá ser anexada no prontuário. Sem faltar nenhum dado, deverá ser assinada e carimbada pela professora e pelo aluno responsáveis pelo atendimento. Tudo que o que é anexado no prontuário é considerado como documento. Portanto, evite rasuras e corretivos. Caso haja algum erro gráfico, coloque uma vírgula logo em seguida ao erro e escreva “digo”, para continuar a escrever. E se você esquecer de algum item, coloque um asterisco e escreva “em tempo”, especificando o dado omitido anteriormente. Coloque a data de retorno, assine em seguida. Todo o material que será utilizado está sob a responsabilidade do aluno. 3 ATENDIMENTO PASSO A PASSO - CRIANÇAS a) Leitura do prontuário: propicia conhecer a razão do encaminhamento da criança, sua história social e clínica pregressa; b) Verificação da caderneta da criança. Dados do recém-nascido (pág. 39) como idade gestacional, peso e comprimento ao nascer, aleitamento materno na primeira hora de vida, data de nascimento, peso e comprimento da última consulta, peso e comprimento atuais são alguns dos dados que deverão ser resgatados no instrumento; c) Preenchimento completo da Ficha Clínico Nutricional Avaliação antropométrica da criança: classificação de acordo com a Organização mundial de Saúde (WHO, 2006). O aluno responsável pela antropometria das crianças naquele dia deverá ter lido e observado os procedimentos contidos no manual de antropometria do SISVAN; Anamnese alimentar. Detalhar horários, refeições, alimentos (se industrializado, anotar a marca), forma de preparo, no caso da preparação de mamadeiras observar a diluição, quantidade e frequência dos alimentos. Não se esquecer dos líquidos e o tempo que a criança fica no peito. Este momento destina-se a ouvir o relato da mãe, devendo QUALQUER ORIENTAÇÃO SOMENTE SER FEITA AO FINAL DA CONSULTA, APÓS APRESENTAÇÃO DA CONDUTA MÉDICA. Verificação do uso de suplementos vitamínico/minerais (tipo, horário e dosagem); Função intestinal (frequência, coloração e consistência das fezes); Verificação de resultado de exames e dados complementares; Impressão diagnóstica: descrever a avaliação antropométrica, avaliação do consumo alimentar e presença de intercorrências. Discutir com o aluno da medicina e com a professora; d) Conhecimento das intercorrências no momento da consulta e evolução da criança desde a última consulta no serviço; e) Conduta: descrever a orientação alimentar realizada, fornecendo detalhes relevantes para modificações dietéticas futuras, e descrever prescrição de suplementos nutricionais, quando for o caso. A conduta deverá ser bem explicada à mãe ou acompanhante. Sua compreensão deverá ser avaliada através de perguntas, solicitando que ela explique o que entendeu. Caso a criança estiver só com leite materno exclusivo, entregar à mãe a prescrição em receituário escrevendo LEITE MATERNO EXCLUSIVO EM LIVRE DEMANDA. Caso esteja em alimentação complementar entregar formulário próprio da nutrição com a prescrição recomendada. NESTE FORMULÁRIO, NÃO ESCREVER NOME DE MARCAS E SIM O NOME DO ALIMENTO (ex: farinha de arroz), assim como orienta o Código de Ética do Nutricionista (CFN, 2004). Não esquecer de orientar higiene bucal com gaze. 4 7º PASSO: Fazer a intervenção adequada, para cada situação. AVAL. ANTROPOMÉTRICA SEGUNDO O INDICADOR PESO AO NASCER CLASSIFICAÇÃO DO RN PELO PESO DE NASCIMENTO (PN) Peso adequado: ≥ 2.500 g Baixo peso ao nascer (BPN) < 2.500 g Muito Baixo Peso ao Nascer: ≤ 1.500 g CLASSIFICAÇÃO DO RN POR PN X IG AIG (adequado para a idade gestacional) entre 10º e 90º PIG (pequeno para a idade gestacional) abaixo 10º GIG (grande para a Idade gestacional) acima 90º AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTICA RESUMO DOS PASSOS PARA O DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL DA CRIANÇA: 1º PASSO: Calcular a idade em meses (diferenciando aqueles com 28, 29, 30 ou 31 dias). Fazer as aproximações que seguem. Padronização para a idade: Fração de idade até 15 dias: aproxima-se a idade para baixo, isto é, para o mês já completado. Fração de idade igual ou superior a 16 dias: aproxima-se a idade para cima, ou seja, para o mês a ser completado. Ex: Criança nasceu em 25/09/2012, e veio ao HUB para uma consulta de rotina no dia 10/08/2013. Idade que deve ser procurada no Cartão de saúde da Criança para fazer o diagnóstico nutricional = 10 meses e 16 dias = 11 meses 2º PASSO: Verificar o peso e a estatura, anteriormente aferidos na sala de antropometria. 3º PASSO: Anotar os dados na ficha clínico nutricional e no prontuário. 4º PASSO: Marcar o ponto no gráfico de crescimento do Cartão de Saúde da Criança e avaliar a curva quando possível. Curva ascendente: velocidade de ganho de peso adequada. Curva de peso reta: diminuição da velocidade de ganho de peso. Curva de peso descendente: criança perdeu peso, o que pode significar mudança brusca na prática alimentar ou estado patológico. 5º PASSO: Fazer e registrar o diagnóstico nutricional, utilizando também a inclinação da curva de crescimento para complementar o diagnóstico nutricional. 6º PASSO: Compartilhar com a mãe/responsável o diagnóstico nutricional da criança. 5 OBSERVAÇÃO: Lembrar que na primeira semana de vida pode haver perda de cerca de 3-10% (perda fisiológica) com recuperação em 8-10 dias. CORREÇÃO DA IDADE CLASSIFICAÇÃO DO RN PELA IDADE GESTACIONAL (IG) IG 37 semanas RN pré-termo (RNPT) IG entre 37 e 42 semanas RN de termo (RNT) IG 42 semanas RN pós-termo 1º Método: Para efetuar essa correção considera-se: 1- A IG ao nascimento; 2- O no de dias até o nascimento a termo (considerar 40 semanas) subtraído daIG de nascimento em dias; 3- Subtrair a idade cronológica do bebê (em dias) pelo resultado encontrado no item 2. Ex: Criança nasceu de 36 semanas e hoje completa 1 mês de nascimento cronológico. (40semanas x7) – (36 semanas x7) = 28 dias antes Idade corrigida = 30 – 28 = 2 dias. O peso a ser marcado na curva do Cartão da Criança será de um RN. 2º Método: Este método é muito útil até que o bebê alcance idade pós-natal corrigida suficiente para “entrar” no GRÁFICO adotado pelo MS – caderneta de saúde da criança. O ganho de peso esperado, que deve ser associado ao GRÁFICO, após a correção da idade cronológica do bebê para a IG. IDADE PÓS-NATAL CORRIGIDA GANHO DE PESO DIÁRIO MÉDIO ESPERADO GANHO DE PESO DIÁRIO MÍNIMO ESPERADO Até 3 meses 30g/dia 20g/dia 3 a 6 meses 25g/dia 15g/dia 6 a 9 meses 15g/dia 10g/dia 9 a 12 meses 10g/dia 5g/dia EUCLYDES, 2005 GANHO DE PESO PÓS NATAL (criança a termo): Período Ganho de Peso Pós Natal (g) Diário Mensal 0 a 6 meses (1 o e 2 o trimestres) 20 600 6 a 12 meses (3 o e 4 o trimestres) 15 450 VÍTOLO, 2008 6 DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL - Crianças de 0 a < 5 anos (OMS, 2006) ESTATURA PARA IDADE VALORES CRÍTICOS DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL < Percentil 0,1 < Escore-z -3 Muito baixa estatura para a idade > Percentil 0,1 e < Percentil 3 > Escore-z -3 e < Escore-z -2 Baixa estatura para a idade ≥ Percentil 3 ≥ Escore-z -2 Estatura adequada para a idade PESO PARA IDADE VALORES CRÍTICOS DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL < Percentil 0,1 < Escore-z -3 Muito baixo peso para a idade > Percentil 0,1 e < Percentil 3 > Escore-z -3 e < Escore-z -2 Baixo peso para a idade > Percentil 3 e < Percentil 97 > Escore-z -2 e < Escore-z +2 Peso adequado para a idade > Percentil 97 > Escore-z +2 Peso elevado para a idade* * Observação para relatório: Este não é o índice antropométrico mais recomendado para a avaliação do excesso de peso entre crianças. Avalie esta situação pela interpretação dos índices de peso-para-estatura ou IMC-para-idade. PESO PARA ESTATURA VALORES CRÍTICOS DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL < Percentil 0,1 < Escore-z -3 Magreza acentuada > Percentil 0,1 e < Percentil 3 > Escore-z -3 e < Escore-z -2 Magreza > Percentil 3 e < Percentil 85 > Escore-z -2 e < Escore-z +1 Eutrofia > Percentil 85 e < Percentil 97 > Escore-z +1 e < Escore-z +2 Risco de sobrepeso > Percentil 97 e < Percentil 99,9 > Escore-z +2 e < Escore-z +3 Sobrepeso > Percentil 99,9 > Escore-z +3 Obesidade IMC PARA IDADE VALORES CRÍTICOS DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL < Percentil 0,1 < Escore-z -3 Magreza acentuada > Percentil 0,1 e < Percentil 3 > Escore-z -3 e < Escore-z -2 Magreza > Percentil 3 e < Percentil 85 > Escore-z -2 e < Escore-z +1 Eutrofia > Percentil 85 e < Percentil 97 > Escore-z +1 e < Escore-z +2 Risco de sobrepeso > Percentil 97 e < Percentil 99,9 > Escore-z +2 e < Escore-z +3 Sobrepeso > Percentil 99,9 > Escore-z +3 Obesidade 7 CONDUTA NUTRICIONAL - CRIANÇAS DE 0 A 6 MESES Em aleitamento materno, segundo Lacerda (2002) e ENPACS (MS, 2010): Observar se a técnica de amamentação está correta (caso necessário, pedir à mãe que oferte o peito a criança). Verificar a irritabilidade da criança; Frequência de mamadas, o esvaziamento e alternância das mamas. Nº de fraldas molhadas (8 a 10 fraldas/dia); Realizar a promoção do Aleitamento Materno (AM) informando seus benefícios à mãe e a criança; Conduta nutricional: Aleitamento materno exclusivo até 6 mês, sem oferecer água, chás ou qualquer outro alimento, e em livre demanda. ORDENHA Caso a mãe precise retornar ao trabalho, estimular a ordenha. CONSERVAÇÃO DO LEITE MATERNO Para realizar a ordenha escolher um lugar limpo e tranquilo. Preparar uma vasilha (de preferência um frasco de vidro de boca larga com tampa plástica) fervida por aproximadamente 20 minutos (MS, 2010). A aparência do leite pode mudar ao ser conservado, pois os componentes com frequência se separam. Guardar mais ou menos as quantidades que o bebê recebe em cada mamada. Se for congelar, deixar espaço no recipiente para algum aumento de volume. Marcar cada rótulo com o nome, data, hora e quantidade. TEMPO DE CONSERVAÇÃO O leite ordenhado e armazenado em um frasco de vidro, com tampa plástica de rosca, pode ser estocado na geladeira por 12 horas, no congelador ou freezer por no máximo 15 dias (MS, 2010). OFERTA DO LEITE ORDENHADO Lavar bem as mãos antes de manipular o leite. Usar sempre o leite mais antigo. Para descongelar e aquecer o leite materno, colocá-lo em banho maria. Não é recomendado o calor excessivo porque este destrói enzimas e proteínas. Tempo de conservação MÉTODO BEBÊ SADIO BEBÊ PREMATURO OU DOENTE Temperatura ambiente 40 minutos Não se recomenda Refrigerador 48 horas 24 horas Congelador (refrig. 1 porta) Não se recomenda Não se recomenda Congelador (refrig. 2 portas) 3 meses 3 meses Congelador profundo (-20º) 1 ano 1 ano 8 Utilizar todo o volume do recipiente, pois as gorduras separam-se no congelamento. Agitar o recipiente em água quente (não fervendo). Não usar micro-ondas e nem fervê-lo. Utilizar dentro de 24 horas (MS, 2010). EM ALEITAMENTO ARTIFICIAL, SEGUNDO LACERDA (2002), DEVE-SE: Observar a duração do aleitamento materno; Ver a possibilidade de promover a relactação e se houver interesse buscar auxílio da enfermagem ou banco de leite; Verificar o número e composição das mamadeiras. Conferir o tipo de leite utilizado, a sua diluição, a técnica de preparo e se necessário o tipo de CHO (complexo ou simples); Instruir a mãe quanto ao preparo e reconstituição do leite; Verificar as condições de higiene; Observar o consumo de outros alimentos (tipo, início da introdução, consistência); Verificar a ingestão hídrica; Levantar o padrão alimentar da criança por meio de inquérito de ingestão habitual e frequência alimentar. Observar os critérios para a seleção do tipo de leite ou fórmula (renda e local de moradia da família - urbana ou rural; acesso ao produto; condição de conservação; idade; maturidade e saúde da criança). ALEITAMENTO ARTIFICIAL COM FÓRMULA INFANTIL Caso a criança já esteja em leite diferente de leite humano e NÃO HAJA POSSIBILIDADE DE RELACTAÇÃO VOLUME E NÚMERO DE REFEIÇÕES LÁCTEAS POR FAIXA ETÁRIA NO PRIMEIRO ANO DE VIDA MS, 2009.Volume/Refeição Número de refeições/dia > 12 meses – 200 – 300 ml. (VITOLO, 2008) OU 30 A 40 ML / KG PESO: CAPACIDADE GÁSTRICA. IDADE VOLUME POR REFEIÇÃO/ nº de medidas NÚMERO DE REFEIÇÕES POR DIA Do nascimento a 30 dias 60 – 120 ml/ 2-4 medidas 6 a 8 30 a 60 dias 120 - 150 ml/ 4-5 medidas 6 a 8 2 a 3 meses 150 - 180 ml/ 5-6 medidas 5 a 6 3 a 4 meses 180 - 200 ml/ 6-7 medidas 4 a 5 >4 meses 180 - 200 ml/ 6-7 medidas 2 a 3 9 DILUIÇÃO DAS FÓRMULAS ARTIFICIAIS INDUSTRIALIZADAS – LEITES MODIFICADOS A diluição das fórmulas infantis é padronizada, sendo 1 medida nivelada para cada 30 ml de água. Orientar a mãe a seguir o modo de preparo indicado no rótulo e não acrescentar açúcar ou farinhas ao leite modificado. INTRODUÇÃO DA ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR Alimentação complementar: a criança recebe além do leite materno, alimentos sólidos e semi-sólidos, incluindo o leite não humano. Introduzir gradativamente um alimento novo por dia; Orientar quanto à higiene dos alimentos e utensílios; Utilizar condimentação suave e natural. Evitar o sal antes de um ano; Usar colher, prato e copo no lugar de mamadeiras; Preparações que não atinjam a densidade energética mínima, tais como sucos, sopas e mingaus, e leite muito diluídos devem ser desaconselhadas. Aumentar gradativamente a consistência dos alimentos (semi-líquido,pastoso, sólido), segundo o aparecimento da dentição. Não forçar a criança a comer. Oferecer o mesmo alimento entre 08 (oito) a 10 (dez) vezes para verificar sua aceitação. Preferencialmente, avalie a aceitação fazendo variadas formas de apresentação do mesmo alimento. Respeitar a quantidade aceita pela criança. Respeitar horários. Não dar alimentos nos intervalos (nem Leite Materno). ESQUEMA ALIMENTAR PARA OS DOIS PRIMEIROS ANOS DE VIDA DAS CRIANÇAS AMAMENTADAS APÓS COMPLETAR 06 MESES APÓS COMPLETAR 07 MESES APÓS COMPLETAR 12 MESES Leite Materno sob livre demanda Leite Materno sob livre demanda Leite Materno e fruta ou cereal ou tubérculo Papa de Fruta Papa de Fruta Fruta Papa de Vegetais com Carne Papa de Vegetais com Carne Refeição básica de família Papa de Fruta Papa de Fruta Fruta ou pão simples ou tubérculo ou cereal Leite Materno Papa de Vegetais com Carne Refeição Básica de Família ENPACS (MS, 2010); MS, 2009. 10 ESQUEMA ALIMENTAR PARA OS DOIS PRIMEIROS ANOS DE VIDA PARA CRIANÇAS NÃO AMAMENTADAS ENPACS (MS, 2010); MS, 2009. REFERÊNCIA DE QUANTIDADES ADEQUADAS DE ALIMENTOS SEGUNDO IDADE DA CRIANÇA Algumas crianças aceitaraõ volumes maiores ou menores , sendo importante respeitar os sinais de fome e saciedade da criança. IDADE TEXTURA QUANTIDADE A partir de 6 meses Alimentos bem amassados Iniciar com 2 a 3 colheres de sopa e aumentar a quantidade conforme aceitação* A partir dos 7 meses Alimentos bem amassados 2/3 de uma xícara ou tigela de 250ml 9 a 11 meses Alimentos bem cortados ou levemente amassados 3⁄4 de uma xícara ou tigela de 250ml 12 a 24 meses Alimentos bem cortados ou levemente amassados 1 xícara ou tigela de 250ml. Fonte: MS, 2010. * Pode-se iniciar com uma quantidade menor , por exemplo, com 1 a 2 colheres de chá (SBP, 2012) Grupos de alimentos e número de porções /dia segundo pirâmide de alimentos para crianças (MS, 2010) De 6 a 11 meses (850 kcal) Pães e cereais: 3 porções Verduras e Legumes: 3 porções Frutas: 3 porções Leguminosas: 2 porções Carnes e ovos: 2 porções Leite e produtos lácteos: 3 porções Óleo e gorduras: 2 porções MENORES DE 4 MESES DE 04 A 08 MESES APÓS COMPLETAR 08 MESES APÓS COMPLETAR 12 MESES Alimentação Láctea Leite Leite Leite e fruta ou cereal ou tubérculo Papa de Fruta Fruta Fruta Papa de Vegetais com Carne Papa de Vegetais com Carne Refeição básica de família Papa de Fruta Fruta Fruta ou pão simples ou cereal ou tubérculo Papa de Vegetais com Carne Papa de Vegetais com Carne Refeição Básica de Família Leite Leite Leite 11 De 12 a 24 meses (1300 kcal) Pães e cereais: 5 porções; Verduras e Legumes: 3 porções Frutas: 4 porções Leguminosas: 2 porções Carnes e ovos: 2 porções Leite e produtos lácteos: 3 porções Óleo e gorduras: 2 porções Os grupos de alimentos com suas respectivas porções estão na ENPACS. 12 SAÚDE DA NUTRIZ A saúde da nutriz é um dos pontos importantes a serem observados durante a consulta de pediatria, portanto é preciso ter atenção à perda de peso e orientá-la para ter uma alimentação saudável: ATENÇÃO: A perda de peso é maior nos primeiros três meses e em aleitamento materno exclusivo. PERDA DE PESO RECOMENDADA APÓS O PARTO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC)- KG/M2* META PERDA DE PESO RECOMENDADA <18,5 (Baixo peso) Alcance do IMC saudável (eutrofia) - ≥18,5 e ≤ 25 (Eutrofia) Manutenção do peso dentro da faixa de eutrofia - ≥25 e < 30 (Sobrepeso) Perda de peso até atingir IMC dentro da faixa de eutrofia 0,5 a 1kg/mês ≥ 30 (Obesidade) Perda de peso até atingir IMC dentro da faixa de eutrofia 0,5 a 2kg/mês ACCIOLY, 2009 *Classificação do IMC segundo WHO, 2002. Perda de peso: Para a perda de cada kg/mês usa-se uma redução de aproximadamente 217kcal (ACCIOLY, 2009). . Sucesso no atendimento! 13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ACCIOLY, E. Nutrição em Obstetrícia e Pediatria. 2ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara, 2009. CONSELHO FEDERAL DOS NUTRICIONISTAS. Resolução CFN nº 334, de 10 de maio de 2004: Dispõe sobre o Código de Ética do Nutricionista e dá outras providências. Acesso em: Março de 2015. Disponível em: <http://www.cfn.org.br/eficiente/repositorio/codigoetica/819.pdf> EUCLYDES, M.P. Nutrição do Lactente: base científica para uma alimentação saudável. Viçosa: UFV, 2005. 550p. LACERDA E.M.A., ACCIOLY, E. Alimentação do lactente com fórmulas lácteas. IN: ACCIOLY, E.; SAUNDERS, C.; LACERDA, E.M.A. Nutrição em Obstetrícia e Pediatria. Rio de Janeiro: Cultura Médica, 2002. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Vigilância Alimentar e Nutricional. Antropometria: como pesar e medir. Brasília: Ministério da Saúde, 2004. 62p. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Cadernos de Atenção Básica n. 23 – Saúde da Criança: Nutrição Infantil. Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 112p. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Alimentos Regionais para crianças de 6 a 24 meses. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. 27p. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Dez passos para uma alimentação saudável: guia alimentar para crianças menores de dois anos: um guia para profissional de saúde na atenção básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. 72p. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Aleitamento materno, distribuição de leites e fórmulas infantis em estabelecimentos de saúde e legislação. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. 28p. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Caderneta de Saúde da Criança. 8 a edição. Brasília: MS, 2013. Acesso em: Março de 2015. Disponível em: < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderneta_saude_crianca_menino.pdf> VÍTOLO, M.R. Nutrição da Gestação ao Envelhecimento. 1ª edição. Editora Rubio, 2008. WEFFORT, V.R.S. Fórmulas infantis. In: WEFFORT, V.R.S., LAMOUNIER, J.A. Nutrição em pediatria: da neonatologia à adolescência. Barueri: Manole, 2009. WORLD HEALTH ORGANISATION. The WHO Child Growth Standards. Geneva: WHO, 2006. Acesso em: março de 2015. Disponível em: < http://www.who.int/childgrowth/standards/en/>
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