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1 Revisão N1- 6º período D RG E Doença do Refluxo Gastroesofágico ► Refluxo pode ser fisiológico ou patológico → diz que é patológico quando causa sintomas como pirose (azia) e regurgitação ► DRGE: afecção decorrente do fluxo retrógrado de parte do conteúdo gástrico para o esôfago ▪ Podendo atingir órgãos adjacentes Manifes tações clínicas ► Sintomas clássicos: pirose + regurgitação ▪ Pirose é definida como queimação retroesternal ▪ Regurgitação: sensação do alimento retornando para a cavidade oral ► Outros: ~vida real~ soluço, arroto, asma de repetição, tosse, chiado no peito ▪ Esofágicos − Disfagia − Dor no peito − Hipersalivação − Globus faríngeo − Odinofagia ▪ Extra-esofágicos − Tosse crônica − Rouquidão − Chiado ► Complicações ▪ Esofágicas − Barret Substituição do epitélio do esôfago (escamoso estratificado) por epitélio colunar contendo células intestinalizadas (metaplasia intestinal) Refluxo crônico e/ou uso crônico de Omeprazol Predisposição − Estenose − Adenocarcinoma ▪ Extra-esofágica − Laringite crônica − Exacerbação da asma Diagnóstico ► Se sintomas clássicos → diagnóstico é CLÍNICO ▪ Avaliação adicional se: − Sinais de alarme − Fatores de risco para esôfago de Barret ou adenocarcinoma História de DRGE há + de 5 anos e + de 2 dos seguintes fatores: Idade > 45 anos Sexo masculino Caucasianos Obesidade Hérnia de hiato Refluxo noturno História familiar de neoplasia esofágica ou Barret História de tabagismo − Imagens anormais do TGI ► Sem sintomas clássicos → avaliação adicional Avaliação adicional ► EDA (Endoscopia Digestiva Alta) + Biópsia ▪ 1ª avaliação adicional desses anteriores ► Manometria esofágica ▪ Paciente suspeita de DRGE com dor torácica e/ou disfagia + EDA normal ▪ Avaliar/excluir distúrbios de motilidade esofágica − Ver acalasia ► Monitoramento ambulatorial do pH esofágico ▪ Confirmar o diagnóstico de DRGE naqueles pacientes com sintomas persistentes (típico ou atípico) ▪ Monitorar adequação do tratamento naqueles com sintomas contínuos 2 Tratamento ► Sintomas leves e intermitentes: < 2 episódios/semana e sem evidência de esofagite erosiva ▪ Estilo de vida e modificação alimentar ▪ Antiácidos (carbonato de cálcio ou hidróxido de alumínio) ▪ Agentes de superfície e alginatos ► Sintomas graves/frequentes (2 ou +/semana) ou esofagite erosiva − IBPs Esomeprazol 40mg/dia por, no mínimo, 8 semanas D I SP E PS IA FU N C ION A L ► Presença de sinais e sintomas dispépticos crônicos na ausência de doença estrutural ou metabólica ▪ Sintomas com início a 6 meses e presente a 3 meses ► Presença de apenas 1, já diagnostica ▪ Dor epigástrica (pontada no estômago) − 1x na semana ▪ Ardor epigástrico (pirose) − Quando isolada, configura dispepsia e não DRGE ▪ Plenitude pós-prandial ▪ Saciedade precoce Diagnóstico ► Anamnese + Exame clínico + Pesquisa de sinais de alarme ► Pedir EDA se: ▪ Emagrecimento ▪ Anemia ▪ Idade avançada ▪ Melena ► Tratamento empírico: Omeprazol por no mín 4sem ▪ Se sem alívio de sintomas → investigar H. pylori → teste/trate ou EDA → erradicação − Dependendo da região: Exame parasitológico de fezes ou tratamento empírico para parasitoses Tratamento ► Medidas gerais ► Orientação dietética ► Tratamento medicamentoso ▪ IBPs − Esomeprazol 40mg/dia por, no mínimo, 4 semanas ► Para sensação de má-digestão: ▪ Domperidona: favorito – uso em larga escala ▪ Bromoprida: + faixa etária infantil ▪ Classe nova – Prucaloprida – muito usada nos EUA − Age nos receptores 5HT-4 Facilita a liberação de acetilcolina no plexo mioentérico − Alto custo − Restrita a pacientes refratários ► Fator emocional associado ▪ Amitriptilina pode dar boca seca − Indicado Paroxetina D I ST ÚRB IO S MOT OR ES DO E SÔ F AGO Acalásia ► Doença idiopática secundária à perda seletiva da função dos neurônios inibitórios dos plexos mioentéricos ▪ Provavelmente devido a fenômeno autoimune em resposta a antígenos desconhecidos ► Sintomas mais comuns são a disfagia e a regurgitação ► Tem vários estágios, podendo ter uma destruição parcial ou completa desse plexo 3 ▪ Conforme o grau de dilatação desse corpo esofágico → classificação do grau ► Estudo Radiológico Contrastado (Rx de esôfago com contraste) ▪ Exame diagnóstico para definir a morfologia do esôfago (diâmetro e eixo) ▪ Achados clássicos: − Esôfago distal afunilado com configuração de “bico de pássaro” − Dilatação proximal do órgão Algumas vezes com níveis hidroaéreos − Ausência de bolha gástrica ▪ Pressão de esôfago praticamente 0 ► EDA ▪ Para exclusão ▪ Terapêutica: Injeção de toxina botulínica no EEI; Dilatação pneumática da cárdia; Miotomia endoscópica peroral; Próteses endoscópicas ► Manometria esofágica ▪ Achados: incapacidade do esfíncter inferior do esôfago (EIE) em relaxar durante a deglutição e aperistalse ► Atentar para: Rx + valores da manometria Espasmo difuso do esô fago ► Esfíncter esofagiano inferior hipertenso (EEIH) ▪ Quando pressão basal de EEI > 45mmHg ► Esofagografia baritada – Rx com contraste ▪ Ocorre contrações terciárias não propulsivas − Referidas como esôfago em saca-rolha ► Manometria esofágica ▪ Melhor exame para diagnosticar ▪ Evidencia − Contrações caracteristicamente prolongadas (<2,5s) − Com grande amplitude (>120mmHg) - onda − Ocorrendo entre 20 a 90% das deglutições intercaladas com contrações normais ► Tratamento: ▪ Medidas comportamentais, como relaxamento, biofeedback e psicoterapia ▪ Fármacos relaxadoras da musculatura lisa (isossorbida, 10 mg, ou nifedipina, 10 mg, antes das refeições) e antidepressivos tricíclicos (amitriptilina, 25 a 50 mg, à noite) − Bloqueadores do canal de cálcio Tentar aliviar pressão − Amitriptilina Esôfago em Quebra-Nozes ► É uma anormalidade manométrica, incluída entre os distúrbios motores primários do esôfago, caracterizada por ondas peristálticas que atingem elevada amplitude em esôfago distal, descrita inicialmente em pacientes com dor torácica não- cardíaca ► Achados clínicos: Dor torácica (38,1%), disfagia (28,9%), pirose (17,5%), manifestações otorrinolaringológicas (9,3%) e dispepsia (6,2%) ▪ Dor no peito e braço que quando movimentou foi para a mandíbula ▪ Muito confundido com infarto ► Apesar de ser um achado frequente em pacientes com dor retroesternal não cardiogênica, a redução da amplitude das contrações com bloqueadores de canal de cálcio não se relaciona à melhora da dor 4 ► Devido à relação com depressão e ansiedade, o tratamento dessas condições pode trazer benefício no controle da dor ► Manometria ▪ Ondas desordenadas, altas e epiculadas ▪ Ondas peristálticas de elevada amplitude em esôfago distal (média ≥ a 180 mm Hg) ▪ Pode também ser um achado ocasional em pacientes encaminhados para investigação de DRGE
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