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Somente há poucas décadas é que mudanças que promovem a inclusão dessas pessoas na sociedade podem ser observadas. Portanto, há um caminho e precisamos percorrê-lo para avançar. Da mesma forma, a busca básica por direitos, fez e se faz presente em sua história. A partir de 1981, Ano Internacional da Pessoa Deficiente, promulgado pela ONU, os indivíduos com deficiências, passaram a se organizar politicamente (FIGUEIRA, 2008). O movimento, vai culminar com uma ratificação dessa Convenção relacionada aos direitos das Pessoas com Deficiência pelo Brasil, A participação direta e efetiva dos indivíduos não foi fruto do acaso, mas decorre do paulatino fortalecimento deste grupo populacional, que passou a exigir direitos civis, políticos, sociais e também econômicos (GARCIA, 2011 apud RODRIGUES; CAPELLINI, 2014). A primeira lei federal abrangente sobre as pessoas com deficiência é a Lei 7.853/1989 (regulamentada pelo Decreto 3.298/1999). A lei dispõe sobre apoio às pessoas portadoras de deficiência (perceba que o termo ainda era “portador”), sua integração, sobre a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, Corde institui a tutela jurisdicional de interesses coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público e define crimes. Foi a primeira lei que garantiu algum tipo de direitos para esses indivíduos Em seu Art. 1º Ficam estabelecidas as normas gerais que asseguram o pleno exercício dos direitos individuais e também sociais das pessoas portadoras de deficiências, além da sua efetiva integração social; No Art. 2º assegurava o pleno exercício de seus direitos básicos, inclusive dos direitos à educação, à saúde, ao trabalho, ao lazer, à previdência social, ao amparo à infância e à maternidade, e outros. Vale destacar, que todos esses direitos muito básicos eram negados a essa parcela da população, e mesmo aqui, ainda eram bastante rasos e superficiais Essa primeira lei, (7.853/1989), quanto área da educação, assegurava principalmente: inclusão, no sistema educacional, da Educação Especial como modalidade educativa que abranja a educação precoce, a pré- escolar, as de 1º e do 2º graus, em escolas públicas ou privadas, oferta obrigatória e gratuita, da Educação Especial em escolas públi cas, acesso de alunos deficientes a benefícios conferidos aos demais educandos, inclusive material escolar, merenda escolar etc, além da criação de espaços como escolas nos próprios hospitais para inserção Essa primeira lei, (7.853/1989), quanto área da saúde, assegurava a promoção de prevenções, referentes ao planejamento familiar,ao aconselhamento genético, ao acompanhamento da gravidez, do pa- rto e do puerpério, à nutrição da mulher e da criança, à identi ficação e ao controle da gestante e do feto, a criação de uma rede de serviços especializados em reabilitação e habilitação e garantia de atendimento domiciliar de saúde aos deficientes Essa primeira lei, (7.853/1989), quanto a formação profissional e do trabalho, assegurava principalmente: o apoio governamental à formação profissional, e acesso aos serviços que são concernentes, inclusive aos cursos regulares voltados à formação profissional, a promoção de ações de inserção, nos setores públicos e privado e por fim, adoção de legislação específica que discipline a reserva de mercado de trabalho, em favor das pessoas com deficiência. Porém, lembre-se que estar na lei, não significa que ocorria em real O decreto Nº 3.298, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1999, dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, consolida as normas de proteção, e dá outras providências. Esse decreto é mais abrangente que a lei anterior de 1989. Agora, são 60 artigos (Os principais são o capítulo I, IV, VII e VIII) relacionados as políticas voltadas aos deficientes. Em seu Art. 1 apresenta como definição: o conjunto de orientações que objetivam assegurar o pleno exercício dos direitos individuais e sociais das pessoas portadoras de deficiência . O decreto Nº 3.298, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1999, em seus Art. 3 e Art. 4, apresenta o que de acordo com esse novo decreto considera-se como deficiência. O Art. 3 dispõe sobre a diferença entre os termos deficiência, deficiência permanente ou incapaci- dade. O Art. 4 dispõe que é considerada pessoa portadora de uma deficiência aquele indivíduo que se enquadra nas categorias por ele descritas, são elas :deficiência física, deficiência auditiva, defici ência visual, deficiência mental e por último a deficiência múltipla O Art. 3 do decreto Nº 3.298 99, define: deficiência, como toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica que possa assim, gerar incapacidade para o desempenho de atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser humano; Deficiência permanente é aquela que ocorreu ou se estabilizou durante um período de tempo suficiente para não permitir recuperação tratamento Ainda nesse Art. 3 do decreto Nº 3.298 99, define-se incapacidade, como uma redução efetiva e acentuada da capacidade de integração social, com necessidade de equipamentos, adaptações, meios ou recursos especiais para que a pessoa portadora de deficiência possa receber ou transmitir informações necessárias ao seu bem-estar pessoal e ao desempenho de função ou atividade que é exercida pelo indivíduo nessa condição O Art. 4 dispõe que é considerada como pessoa portadora de uma deficiência aquele indivíduo que se enquadra nas seguintes categorias Deficiência física, como alteração completa ou parcial de segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física; Deficiência auditiva, perda parcial ou total; Visual, a cegueira, na qual a acuidade visual é afetada; Deficiência mental, onde o funcionamento intelectual significativamente inferior à média e Deficiência múltipla, que diz respeito a associação de duas ou até mesmo mais deficiências. O decreto Nº 3.298, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1999, em seu Art. 7 apresenta objetivos quanto a inclusão social: I - O acesso, o ingresso e a permanência da pessoa portadora de deficiência em todos os serviços oferecidos à comunidade; II - A integração das ações dos órgãos e das entidades públicos e privados III - desenvolvimento de programas para atendimento das necessidades especiais IV - formação de recursos humanos para atendimento da pessoa portadora de deficiência; e por fim V - efetividade da prevenção e do atendimento O decreto Nº 3.298, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1999, em seu Art. 15 trata da equiparação de oportunidades, afirmando que: Os órgãos e as entidades da Administração Pública Federal prestarão direta ou indiretamente à pessoa portadora de deficiência os seguintes serviços: I - reabilitação integral, e desenvolvimento de habilidades que facilitem sua atividade laboral, educativa e social; II – A formação e qualificação para o trabalho; III - escolarização em ensino regular com a provisão dos apoios necessários, ou ensino especial; e IV – Uma orientação e promoção individual, familiar e social de políticas que sejam facilitadoras O decreto Nº 3.298, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1999, no capítulo VII, apresenta 5 incisos que foram destacados acima e 5 seções. A sua 1º seção no art.16 dispõe sobre: I - a promoção de ações preventivas, como as referentes ao planejamento familiar, ao aconselhamento genético, ao acompanhamento da gravidez; V - A garantia de um atendimento domiciliar de saúde ao portador de deficiência grave não internado; VII- práticas e estratégias de reabilitação baseada na comunidade. E existem outros, porém esses são os seus principais O decretoNº 3.298, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1999, no capítulo VII, apresenta 5 incisos que foram destacados acima e 5 seções. A sua 2º seção no art.24 dispõe sobre: II - inclusão, no sistema educacional, da educação especial como modalidade de educação escolar que permeia transversalmente todos os níveis e as modalidades de ensino; IV - a oferta, obrigatória e gratuita, da educação especial em estabelecimentos públicos de ensino. No Art. 27, As instituições de ensino superior deverão oferecer adaptações de provas e tempo. O decreto Nº 3.298, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1999, no capítulo VII, apresenta 5 incisos que foram destacados acima e 5 seções. A sua 3º seção no Art. 31 afirma que: Entende-se por habilitação e reabilitação profissional o processo orientado a possibilitar que a pessoa portadora de deficiência, a partir da identificação de suas potencialidades adquiram um nível suficiente de desenvolvimento profissional para ingresso e reingresso no mercado. No art. 33, considera dentre outras: motivações, atitudes e as expectativas. O decreto Nº 3.298, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1999, no capítulo VII, apresenta 5 incisos que foram destacados acima e 5 seções. A sua 4º seção no Art. 35 afirma que são modalidades de inserção laboral do portador de deficiência: I – Uma colocação competitiva, processo de contratação regular; II - colocação seletiva; III - Uma promoção do trabalho por conta própria, com vista à emancipação econômica e também pessoal. Além disso, empresas com mais de cem funcionários, eles devem preencher 2 a 5 por cento das vagas. O decreto Nº 3.298, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1999, no capítulo VII, apresenta 5 incisos que foram destacados acima e 5 seções. A sua 5º seção no Art. 46 afirma que Os órgãos e as entidades da Administração Pública Federal devem: III - incentivar uma prática desportiva formal e não-formal como direito de cada um; IV - estimular meios que facilitem o exercício de atividades desportivas entre a pessoa portadora de deficiência; VI - promover a inclusão de atividades desportivas para pessoa portadora de deficiência na prática da educação física ministrada nas instituições de ensino públicas e privadas O decreto Nº 3.298, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1999, no capítulo VIII, em seu Art. 49, dispõe sobre: I - A formação e qualificação de professores de nível médio e superior para educação especial, especializados na habilitação e reabilitação, e de instrutores II - formação e de qualificação profissional, nas diversas áreas de conhecimento que atendam às demandas da pessoa portadora de deficiência; III - incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento em todas as áreas relacionadas com a pessoa portadora de deficiência.
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