Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Técnicas Cirúrgicas Profilaxia da infecção cirúrgica Infecção É a penetração e desenvolvimento de microorganismos patogênicos no organismo. Todas as feridas cirúrgicas apresentam bactérias durante o ato operatório, mas nem todas as feridas cirúrgicas tornam-se infectadas. Fatores que favorecem a infecção Microrganismos em grande quantidade Necrose tecidual (déficit vascular) Corpo estranho Extremos de idade Indivíduos idosos ou muito jovens são debilitados imunologicamente. Desnutrição Medicamentos que causam imunossupressão Tratamento quimioterápico que acaba atuando nas células que se multiplicam rapidamente como os neutrófilos Ou uso prolongado de corticoides que causam imunossupressão Quadro de choque Quanto ao paciente: Técnicas Cirúrgicas Como reduzir o risco de infecção Seleção e preparação correta do paciente Preparação da equipe cirúrgica Esterilização dos componentes cirúrgicos Limpeza da sala de cirurgia Cuidados pós-operatórios corretos Antibióticos e analgésicos no pós-operatório. Conjunto de medidas destinadas a impedir o aparecimento de infecção no paciente cirúrgico Aplicada no paciente, auxiliar e cirurgião. Antissepsia Processo que leva a destruição e redução dos microrganismos em tecidos vivos, neste processo não se obtém a esterilização. Desinfecção Destruição de grande parte dos microrganismos patogênicos presentes em objetos inanimados localizados no ambiente cirúrgicos. Desinfecção (desinfetantes): superfícies inanimadas. Profilaxia das Infecções quanto aos materiais, instrumentais e eq. cirúrgicos Compressas, fios de sutura, gaze, panos de capo, aventais Bisturi elétrico, aspirador cirúrgico (somente a mangueira), furadeiras e etc. Materiais Equipamentos Instrumento cirúrgico Profilaxia da infecção cirúrgica Técnicas Cirúrgicas Processo de esterilização É o processo que extermina todos os microrganismos sobre objetos inanimados através da utilização de agentes físicos ou químicos. Instrumental Cirúrgico Manual Lavador automático Equipamento de ultrassom Cuidados! Limpeza logo após o uso ou submersão em água com solução detergente e depois lavar. Métodos de limpeza: O instrumento deve ser bem limpo, não deixando resíduos como o biofilme bacteriano que é o restinho da sujeira, que proporciona um bom ambiente para a bactéria. Tecidos de Algodão Lavar e passar para reduzir parte da carga microbiana. Empacotamento Tecido de algodão São permeáveis ao vapor, suas desvantagens são: -Tecido- menor tempo de armazenagem -Não são resistentes a umidade Embalagem plástica selada grau cirúrgico é o melhor método, pois traz mais segurança e maior tempo de armazenamento. Calor: morte de microrganismos por desnaturação de proteínas celulares. Vapor de água sob pressão (autoclaves) é o melhor método. Correntes de ar quente (estufas secas) são proibidas e não demonstram eficiência. Esterilização Física Profilaxia da infecção cirúrgica Técnicas Cirúrgicas Água em ebulição: é um método antigo e ineficiente, normalmente se deixar o instrumento na água a 100°C por 20 min. Flambagem, é um método ineficiente Radiação ionizante É um método permitido atualmente Tem as autoclaves Água sob pressão e temperatura altíssimos Penetra e umedece os materiais Penetra em material poroso (pano) Denaturação das proteínas celulares Não usar em materiais com graxa e óleo Tecidos e aço inox Fases: remoção do ar, penetração do vapor, secagem Introduz vapor na câmara interna sob alta pressão com ambiente em vácuo Esterilização por calor úmido: morte dos microrganismos ocorrem em temperatura mais baixa que na estufa e em menos tempo Tempo de exposição: 20-30 min entre 120-130ºC Calor úmido Autoclaves Controle da eficácia de esterilização Químicos: Fitas de papel que mudam de cor ao atingir a temperatura Não indicam o tempo de exposição São os mais utilizados Biológicos: são bacilos esporulados resistente ao modo de esterilização. Podem ser: Indicadores químicos e biológicos Profilaxia da infecção cirúrgica Técnicas Cirúrgicas Tiras de papel, envelopes contendo tiras empregnadas por esporos de bacilos. Autocontido: ampolas contendo os bacilos e meio de cultura líquido. A frequência dos testes biológicos: semanalmente, testada e definida pela política da instituição. Esterilização por radiação ionizante Elevada energia e penetrabilidade Insumos hospitalares descartáveis: seringas plásticas, fios de sutura e luvas. Usado em indústrias de insumos hospitalares. Raios Gama Esterilização química Gasosa- esterilização por gás Líquida- esterilização química a frio Morte de microrganismos por contato direto com agente químico. Métodos para materiais termo sensíveis, que danificam após a esterilização por calor. Gases para esterilização Esterilização por processo de baixa temperatura Insumos, endoscópios e materiais sensíveis. Validade em média três anos. Tóxico, inflamável, explosivo e carcinogênico. Fora do mercado, é proibido por conta dos alisamentos nos cabelos Amplo espectro de ação (bactérias, vírus e esporos) Necessário 24 horas de exposição. Oxídeo de etileno Formalina Profilaxia da infecção cirúrgica Técnicas Cirúrgicas Liquídos para esterilização Equipamentos cirúrgicos termo sensíveis Maioria não elimina esporos e vírus Menos tóxico, mesmo assim, enxarguar e secar antes de usar Esterilização: 10h Desinfecção: 10 min Mais usado Usado para esterilizar instrumentos É um bactericida Tóxico para felinos instrumentos submerso em solução química Não é recomendado para instrumental cirúrgico. Glutaraldeído 2% Derivados Fenólicos Joseph Lister (sec. XIX) Profilaxia da infecção quanto à equipe cirúrgica Paramentação cirúrgica: pijama avental, gorro, touca, máscara e propés. Preparação do cirurgião (escovação): antissepsia das mãos e antibraços Remoção mecânica da sujeira Redução da carga bacteriana transitória Redução da carga bacteriana residente Amplo esctro antibacteriano Ação imediata Grande efeito residual Aumenta em 10 vezes a contagem de bactérias aérogenas após seu ingresso na sala de cirurgia (pele, cabelos, respiração e fala). Antissepsia Processo que visa reduzir ou inibir o crescimento de microrganismo na pele. Aplicado na pele do paciente e cirurgião. O antisséptico ideal: Profilaxia da infecção cirúrgica Técnicas Cirúrgicas Paramentação cirúrgica: pijama avental, gorro, touca, máscara e propés. Preparação do cirurgião (escovação): antissepsia das mãos e antibraços Remoção mecânica da sujeira Redução da carga bacteriana transitória Redução da carga bacteriana residente Amplo esctro antibacteriano Ação imediata Grande efeito residual Não irritante Boa atividade em matéria orgânica Mínima absorção sistêmica Colorido Baixo custo Alcoois Espectro de ação (batérias Proteus e Pseudomonas) Preciptação de proteínas dos microrganismos Baixo efeito residual Halogenados e derivados Iodo: espectro de ação, bactérias, vírus e fungos Cada vez mais os profissionais optam pelo iodo na antissepsia ao invés do àlcool. Concentração de 0,1% a 2% é o ideal 3,5% já é tóxico para os tecidos Aumenta em 10 vezes a contagem de bactérias aérogenas após seu ingresso na sala de cirurgia (pele, cabelos, respiração e fala). Antissepsia Processo que visa reduzir ou inibir o crescimento de microrganismo na pele. Aplicado na pele do paciente e cirurgião. O antisséptico ideal: Tipos de antisséptico Profilaxia da infecção cirúrgica Técnicas Cirúrgicas Tintura de iodo Iodopovidine (PVPI) Iodo povidine degermante Cloro Glocunato de clorexidine Não é irritante para a pele Usado para antissepsia Efetivo para gram + e -, vírus e alguns fungos. Atividade residual de aproximadamente 6 horas após a utilização. Fenol e derivados Triclosan (sabão para cirurgião e auxiliar, pois para gatos é tóxico) Ação em Gram + e - Profilaxia da infecção quanto ao paciente cirúrgico Pêlos e pele são fontes de contaminação Remoção dos pêlos (tricotomia)- avisar o dono que o pelo pode não nascer ou pode nascer sentido contrario (casos de Lulu da Pomerânia)Lâmina de barbear (cuidado para não ferir a pele) Máquina de rosa com lâmina n° 40 Limpeza e antissepsia prévia Retirar os pelos tricotomizados Uso de antissépticos Antissepsia do local cirúrgico (clorexidine) A antissepsia deve ser feita sempre do centro para as periferias, para diminuir o risco de contaminação. Colocação de panos de campo Algodão ou TNT Primeiro nível (mínimo) Segundo nível (cirurgias abdominais), idealmente se utiliza os dois níveis, mas em cirurgias mais rápidas pode se utilizar apenas um. Etapas: Profilaxia da infecção cirúrgica Técnicas Cirúrgicas Panos fenestrados (único pano com o corte já pronto). Profilaxia antimicrobiana Antibiótico Limpeza e desinfecção do centro cirúrgico Limpeza preparatória: antes da primeira cirurgia Limpeza operatória: durante e cirurgia Limpeza concorrente: executado ao término de cada cirurgia Limpeza diária: executada após todas as cirurgias Profilaxia da infecção cirúrgica
Compartilhar