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Espirometria: Medindo a Função Pulmonar

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Pneumo: EspirometriaPneumo: Espirometria
Maryanne Adriano
Conceito
 É um exame utilizado para medir a quantidade e o fluxo
de ar que entra e sai dos pulmões. Se paciente possui
função pulmonar preservada ou não.
Indicações
investigação de dispneia
Avaliação perioperatória
Screening: rastreamento
Seguimento de pneumopatias 
É indicada para:
 Medir capacidade vital e volume expiratório forçado
Quando calculamos o volume total do pulmão,
chamamos isso de capacidade pulmonar total, visto que
vai desde o momento que paciente tá com pulmão cheio
de ar até o momento que ele sopra tudo e não sobra
mais ar dentro do pulmão, a espirometria simples não
consegue "enxergar" o volume residual, ou seja, a
capacidade pulmonar total só é calculada a partir de um
exame diferente todavia, todo o restante conseguiremos
por meio da espirometria simples. Dessa forma, já
entendemos que a capacidade pulmonar total (CPT) é
tudo que tem no pulmão.
Nos voltamos então para o volume residual(VR), nada
mais vai ser que o volume que fica aprisionado, por mais
que o paciente tente soprar, sempre tem que ficar o VR
para que não haja colapso dos nossos alvéolos. 
Temos o volume de reserva inspiratório(VRI), quando
enchemos o pulmão de ar, ou seja, é aquele volume que
conseguimos recrutar além do que é usado
habitualmente. 
Poe outro lado, temos o volume de reserva expiratório
(VRE), quando soltamos o ar com muita força, quando
solta todo o ar do tórax. 
Ainda teremos o volume corrente (VT), é o expirar e
inspirar tranquilamente, variando dentro da faixa (em
repouso). 
Quando "combinamos" um volume ao outro (volume
corrente + VRI), teremos a capacidade inspiratória (CI),
essa CI tem relação direta com a dispneia.
Ainda temos um outro ponto a ser avaliado, a capacidade
vital (CV), é todo ar que conseguimos recrutar, ou seja, é
o volume corrente + VRI +VRE, quando somamos esses
três volumes teremos a capacidade vital. 
Lembrando, quando temos todos esses volumes teremos
a CPT. 
O exame
No exame em si, os volumes que de fato é preciso ter em
toda espirometria é: 
volume pulmonar dinâmico (manobra forçada) 
Parâmetros: VEF1 (volume expiratório forçado no 1s), ou
seja, quando você sopra com força no 1 seg; a capacidade
vital forçada (CVF), ou seja, o quanto que tinha no pulmão.
Depois, é feita uma relação entre as duas medidas, visto
que a partir dessa relação que saberemos se o paciente tem
ou não um distúrbio obstrutivo.
Padrões
Pode estar:
Normal: paciente que tem VI forçado e capacidade vital
forçada e a relação entre os dois normais; 
Distúrbio ventilatório obstrutivo (DVO): tipicamente de
paciente com DPOC, asmático ou com algum tipo de
doença de VA como a bronqueolite;
Distúrbio ventilatório inespecífico (DVI): tem esse nome pq
na prática não se tem certeza que o que gera esses achados
é um DVO ou DVR ou seja, nesse caso faremos um novo
exame que é a prova de função completa com o volume e
as capacidades;
Distúrbio Ventilatório Restritivo (DVR): a espirometria
simples não é muito acurada para chegar a esse
diagnóstico, ela sugere. 
Feito por:
Sabemos que o paciente fez a manobra adequada (de
paciente soprar com muita força), se ele tiver um pico
adequado, se ele não usa muita força ou sopra rápido, esse
pico simplesmente desaparece.
Depois, analisaremos a ausência de artefato, que é quando
a linha descendente ocorre de forma tranquila, sem
sobresaltos, espiculas ou paralisações. 
Pneumo: EspirometriaPneumo: Espirometria
Maryanne Adriano
Depois, iremos observar
se o término é não
abrupto, quando temos
o termino bem suave, o
final da curva descendo
lentamente.
Por fim, a curva deve
ser fechada pois
lembrando, a alça de
cima é a curva
expiratória e a parte de
baixo fase inspiratória. 
Tipos de curva
Após analisar a curva de
fluxo vs. volume, iremos
analisar a curva de
volume vs. tempo, nela,
é necessário ter início
super rápido/abrupto,
com duração de pelo
menos 6 segundos ou 
platô no último segundo; essa duração de 06 segundos pq
levamos mais ou menos seis segundos para esvaziar todo
pulmão, caso contrario, não será possível "enxergar" todo
volume que estava dentro do pulmão, acabaremos
superestimar a cv. 
curva A: é a curva normal, paciente soprou com muita força e
desceu "suave";
curva B: paciente não conseguiu fazer expiração forçada;
curva C: o paciente também não conseguiu soprar com força e
velocidade, visto que não tem pico; 
curva D: diz se que é um paciente preguiçoso;
curva E: houve um fechamento precoce da glote, mais comum
em mulheres 
curva F: paciente cheio de secreção, provavelmente no
momento que tava expirando começou a eliminar secreção ao
longo do exame;
curva G: paciente claudicou, parou o fluxo da expiração, tava
soprando, parou e voltou a soprar;
curva H: fluxo absolutamente louco 
ATENÇÃO: sempre que se deparar com uma dessas situações,
com exceção da curva A, é necessário descartar o exame. 
Parâmetros avaliados
As principais variáveis que iremos avaliar são: CVF,
VEF1 e CVF/VEF1
Os parâmetros de normalidade são:
CVF: maior ou igual a 80% do valor predito 
VEF1 maior ou igual a 80% do predito 
e a relação VEF1/CVF precisa estar maior ou igual a
0,70
Mas temos outras variáveis que são úteis mas por exemplo
são de fluxo intermediário, então, podemos usar por
exemplo:
-Capacidade vital lenta (CVL) que é o paciente soprando
bem lentamente e quando temos uma diferença maior que
200 entre a manobra lenta e a manobra forçada isso
sugere um distúrbio obstrutivo!
Podemos usar também os fluxos intermediários, a curva do
meio, usamos então a relação entre o FEF25-75 que
precisa tá maior a 60% para ser normal. 
Pacientes que tem fibrose pulmonar, essa relação vai lá pra
cima visto que tem mais cicatriz, tem mais fibrose então
aumenta a velocidade de expulsar o ar. 
Podemos usar também a relação do fluxo intermediário o
FEF25-75 dividido pela capacidade vital forçada e é
importante lembrar que eles precisam estar a cima do valor
de normalidade que é o LIN 
LIN=limite inferior da normalidade
Todavia, na espirometria, ou poderá vim com o percentual
do predito, ou seja, olhar se o VEF1 tá >80% ou
simplesmente ela irá nos dar o limite inferior da
normalidade, e então, precisaremos basicamente chegar,
se o valor obtido do paciente é maior que o LIN 
Resumo
Espirometria normal é: checar as curvas, ver se estão
dentro do parâmetro, e ai vai para relação VEF1/CVF e
ela tá maior que 0,70, checa o VEF1 e tá maior que 80%
e CVF>80%
Olhando a relação FEV1/CVF, a do paciente tá 0,93
sabemos que o normal é maior de 0,7, portanto, tá bem a
cima do normal, é tanto que ela representa 109% da
população das características daquele paciente, portanto,
normal nessa relação. Partimos então para o próximo
parâmetro, o VEF1 predito é de 3,79, que corresponde a
88%, ou seja, quando comparamos paciente com a
população. Fazendo isso com o CVF, vemos que o cvf
dele é de 4 litros e 70 ml, acima de 80%. Ou seja, temos
um FEV1/CVF normal, VEF1 normal e uma CVF também
normal. 
EXEMPLO 1 
EXEMPLO 2 
Pneumo: EspirometriaPneumo: Espirometria
Maryanne Adriano
A relação CVF/VEF1 é de 0,43 que corresponde a 55%
do predito, portanto, já sabemos que tá abaixo do valor
de normalidade, já sabemos então que paciente possui
distúrbio ventilatório obstrutivo. Na sequência, vamos
para o VEF1 de 0,83 (menor que 1l) que corresponde ao
preditivo de 53% e, ao olhar para o CVF dele, vemos que
tá normal, maior que 80%. Portanto, estamos diante de
um paciente com um distúrbio ventilatório obstrutivo. 
Na curva desse paciente,
percebemos que ele faz um grande
pico mas depois observa-se a curva
descendo de forma bem rápida e
fazendo o que se chama de joelho, 
Distúrbio Ventilatório Obstrutivo 
Caracterizamos um DVO por meio do:
VEF1/CVF <0,70 ou <LIN 
VEF1 pode estar normal ou reduzido (<80% ou LIN)
Percebe-se então que quem determina esse distúrbio é a
relação VEF1/CVF. 
Podemos ainda classificar esse paciente, por exemplo: 
VEF1>60%: leve
VEF1 entre 40-60: moderado
VEF1 <40%: acentuado
EXEMPLO 3 
A relação CVF/VEF1 tá maiorque 0,7, tá de 0,81. Olhamos
então o VEF1 que tá de 2,01L correspondendo a 75% do
preditivo, como o esperado é de um VEF1 com pred > que
80%, o do paciente em questão tá baixo. Vamos então para
o CVF, com um valor preditivo de 75%, baixo também. Isso
quer dizer que temos uma redução da capacidade vital, um
distúrbio ventilatório inespecífico 
Vendo a curva do paciente,
observamos morfologia em
cúpula de igreja. 
Portanto, isso foi visto através da
VEF1/CVF normal + VEF1 e CVF
<80%--> DVI
Distúrbio Ventilatório Inespecífico 
Chamamos de DVI aquele paciente que possui CVF>50%
mas que também tá fora da normalidade. 
Pacientes que tem o fluxo intermediário (FEF23-75%)
dividido pela CVF menor que 150.
Obesidade é uma condicação que costuma cursar com DVI,
na dúvida, fazer exame subsidiário. 
Nesse tipo de paciente encontramos a relação mais que
o normal todavia, encontramos VEF1 e CVF <80%-------
---->DVR
Os pacientes aqui vão estar com CVF bastante reduzida,
cerca de 50% a relação VEF1/CVF vai tá MUITO
próxima de 1 e tem fluxo intermediário/CVF>150
EXEMPLO 4 
Pneumo: EspirometriaPneumo: Espirometria
Maryanne Adriano
A relação, percebemos que tá super alta, de 0,96. A
VEF1 tá 64% do predito, bem menor que o valor de
normalidade. Ao analisar o CVF percebemos que tá bem
menor também, que o valor de normalidade, tá de 56%.
Nesse caso, precisamos pensar em uma doença
restritiva, visto que os volumes estão bem mais baixos. 
Distúrbio Ventilatório Restritivo 
Resposta ao Broncodilatador
Em pacientes com asma, por exemplo é o que
procuramos. Se olharmos para relação do paciente do
exemplo a seguir, vemos que é de 0,62 (baixa),
mostrando ser um distúrbio ventilatório obstrutivo, o
VEF1 tá de 79% (baixo do normal) e ao olhar CVF
vemos que tá normal. Todavia, ao administrar o
broncodilatador , observa-se o VEF1 vai para 93%.
Portanto, quando temos um aumento de 200ml que
corresponde a pelo menos 12%, chamamos esse
paciente de BD +

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