Intoxicacoes induzidas por AINES

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COX 1 
sinais 
inflamatórios 
 Prostaglandinas 
Enzima presente no
sistema digestivo e
plaquetas 
proteção da mucosa
gástrica 
 Prostaglandinas 
COX 1 
 Prostaglandinas 
proteção da mucosa
gástrica 
Inibidor de COX
(as duas) 
Resposta 
inflamatória 
Enzima presente no
tecido danificado 
 Prostaglandinas 
COX 2 
Cascata do
ácido
aracdônico 
Enzima presente no
sistema digestivo e
plaquetas 
 Prostaglandinas 
Fisiologia do AINE 
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Os AINEs agem bloqueando a cascata
do ácido aracdônico e a produção de
mediadores pró-inflamatórios, como as
prostaglandinas, combatendo a
inflamação, a dor e a febre, por meio
da Inibição não seletiva da enzima
cicloxigenase (COX-1 e COX-2)¹. 
 Os anti-inflamatórios não esteroides
(AINEs) seletivos são aqueles que inibem
seletivamente a Cicloxigenase-2(COX 2), ou
seja, não inibem a Cicloxigenase-1 (COX 1).
Esta ação visa manter a função protetora
gástrica de prostaglandinas produzidas
pela enzima fisiológica e controlar a
inflamação, febre e dor causadas pela
enzimainflamatória².
 
A principal queixa ocorre no sistema
gastrointestinal, isso porque os AINEs
inibem a COX 1 presente na mucosa
gastrointestinal e isso pode resultar em
diversos efeitos adversos como também ,
dores abdominais , diarreia e até úlceras .
 Mecanismo de ação de um AINE
não seletivo, como o ibuprofeno
Mecanismo de ação de um AINE
seletivo, tipo celecoxibe.
 Principal queixa adversa quando um
paciente utiliza um AINE 
Intoxicações
induzidas por
AINEs
A inibição da COX 1 por um período prolongado , diminui a
concentração de alguns tipos de prostaglandina no
organismo que são responsáveis pela proteção da mucosa 
 gastrointestinal. Em um estudo realizado em 2016 com 200
idosos com idade entre 65 a 80 anos , a principal queixa de
reações adversas foram as gastrointestinais que
manifestaram em 44% dos casos clínicos realizados³.
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Os coxibes são anti-inflamatórios não
esteroidais AINE que agem como inibidores
seletivos da ciclo-oxigenase-2. Deve-se evitar
o uso de AINE, principalmente coxibes, em
pacientes com insuficiência cardíaca grave e
cardiopatia isquêmica pelo risco de indução
de infarto do miocárdico e acidente vascular
encefálico. Pois aumenta o risco de trombose
endotelial, retenção de água e sódio, e perda
dos efeitos protetores da COX-2 no infarto,
resultando em aumento da área acometida e
remodelamento do ventrículo esquerdo⁴.
 
Porque a aspirina (antiagregante plaquetário) inibe a
enzima ciclooxigenase, fazendo com que ocorra a
redução da produção de tromboxano A2, que nada
mais é que um estimulador de agregação plaquetária.
Sendo assim isso interfere com a formação de
trombos, reduzindo o risco de IAM(Infarto Agudo do
Miocárdio)⁵.
Piroxicam é um anti-inflamatório não esteroide
(AINE), indicado para uma variedade de condições 
que requeiram atividade anti-inflamatória e/ou
analgésica, tais como: artrite reumatoide, osteoartrite,
gota aguda, cólica menstrual, etc. 
Por que o uso de um coxibe é
contraindicado em pacientes
cardiopatas?
Por que se utiliza a aspirina em
pacientes pós infarto agudo do
miocárdio?
Descreva um parâmetro laboratorial
que pode ser alterado com o uso de
um AINE.
Esse anti-inflamatório pode causar um aumento na
glicemia. Ou seja, em pacientes normais, pode levar o médico
a pensar em diabetes. E, nos diabéticos, pode elevar demais o
resultado causando uma impressão de emergência⁶.
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Os AINEs além de inibirem a enzima 
ciclo-oxigenase (COX) que atua na 
síntese de prostaglandina 
hemeostaticas, também liberam 
citocinas pro-inflamatórias causadoras 
do dano glomerular e alteram a vasodilatação.
Dessa forma, podem resultar em vasoconstrição
renal e isquemia medular. Em casos mais graves,
podem causar insuficiência renal aguda ou crônica⁷.
O risco do uso de AINE em pessoas que 
sofrem de asma é devido ao mecanismo de 
ação dessa classe de medicamentos, que 
eleva os níveis de leucotrienos e estimula a
broncoconstrição. Em alguns casos a 
utilização destes fármacos pode agravar a crise asmática
em pacientes devido ao caráter broncoconstritor e
produção de muco pelas vias aéreas.
O uso deste medicamento inibe a enzima COXs
(ciclooxigenase) e com isso não ocorrerá a troca de ácido
araquidônico para prostaglandinas por essa via,
incluindo a PGE2 (prostaglandina E2) que tem ação anti-
inflamatória. Desta forma teremos um acúmulo de ácido
araquidônico pela inibição da enzima COXs, que assim
sofrerá ação da enzima lipoxigenase-5 e ocorrerá o
desvio para via da lipoxigenase e assim teremos a
formação de leucotrienos entre outras propriedades que
gerará uma contração da musculatura lisa dos
brônquios, gerando broncoconstrição e assim causando a
precipitação da crise asmática⁸.
Explique por que um AINE pode ser
tóxico aos rins.
Explique por que não há indicação
de uso de um AINE a um paciente
asmático.
A Indometacina (AINE) age inibindo a função
da COX 1 e 2, e assim, reduzindo a produção de
prostaglandinas⁹.As PGs tem importante papel
fisiológico, uma vez que 
dependemos dela para manter
 a perfusão renal, regulação 
da volemia, excreção de sódio
 e água, entre outros¹⁰. No caso do 
Captopril, que tem como mecanismo 
de ação a inibição da ECA (Enzima 
Conversora da Angiotensina) a inibição seletiva
da COX 2 compromete a produção das
prostaciclinas (PGI- 2) que são vasodilatadoras¹¹.
A ECA degrada a bradicinina, um peptídeo que
aumenta a produção de óxido nítrico e
prostaciclina nos vasos sanguíneos¹². Uma
exposição crônica a AINEs pode elevar os níveis
pressóricos, exigindo assim, o aumento na
dose de Captopril afim de regular a PA¹³.
“O uso concomitante com indometacina
(AINE) é possivelmente com outros
agentes anti-inflamatórios não-
esteroidais pode exigir um aumento na
dose de Captopril (anti-hipertensivo)”
Explique 
CASO CLÍNICO 
 Medicamentos que contém ácido
acetilsalicílico e outros anti-inflamatórios
não podem ser usados em caso de suspeita da
dengue , pois inibem os elementos essenciais
para a coagulação. O vírus da dengue já 
 diminui a produção de plaquetas e por conta
disso pode acontecer grave hemorragia se
houver o uso desses medicamentos. Alguns
dos principais remédios que não devem ser
usados quando houver suspeita da dengue
são: AAS, Analgesin, Aspirina, Aspirina C
Efervescente, Benegrip, Bufferin, Cafiaspirina,
Cibalena A, Doril, Engov, Melhoral C,
Sinutab,Melhoral infantil , entre outros¹⁴.
O Governo Federal tem exigido que em
propagandas televisivas sobre o uso de
qualquer medicamento que contenha
A.A.S., seja veiculada a seguinte frase,
que contempla um cuidado relacionado
ao aspecto toxicológico da categoria
de fármacos pertencentes aos grupos
dos AINEs não seletivos:
 
Explique o porquê.
DESAFIO 
 
“ESSE MEDICAMENTO NÃO DEVE SER
USADO EM CASOS DE SUSPEITA DE
DENGUE”
 
¹Seabra, CIR. Farmacocinética do Ibuprofeno. Universidade Fernando Pessoa. 
Faculdade de Ciências da Saúde, Porto – Portugal, 2015
²Batlouni, M. Anti-inflamatórios não esteroides: efeitos cardiovasculares, 
cérebro-vasculares e renais. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 2010
³Lima, JC; et al. Efeitos adversos associados ao uso de anti-inflamatórios não 
esteroídais (AINEs): uma revisão sistemática. Revista Científica Multidisciplinar, 
2021Lima, JC; et al. Efeitos adversos associados ao uso de anti-inflamatórios 
não esteroídais (AINEs): uma revisão sistemática. Revista Científica 
Multidisciplinar, 2021
⁴Lagoeiro, B. Anti-inflamatórios aumentam mortalidade cardiovascular, 2016 
disponível em: [https://pebmed.com.br/anti-inflamatorios-aumentam-
mortalidade-cardiovascular/amp/]
⁵O uso ininterrupto de AAS é indicado para prevenção secundária de Acidente
Vascular Cerebral Isquêmico e Infarto Agudo do Miocárdio? Qual a dosagem ideal e
o que deve ser avaliado?. Núcleo De Telessaúde Santa Catarina, Santa Catarina -
SC, 2019 disponível em: [https://aps.bvs.br/aps/o-uso-ininterrupto-de-acido-acetil-
salicilico-aas-esta-indicado-para-prevencao-secundaria-de-acidente-vascular-
cerebral-isquemico-avci-e-infarto-agudo-do-miocardio-iam-qual-a-dosagem-ideal-e-o/]
⁶Machado, J. Medicamentos podem atrapalhar o resultado de exames 
laboratoriais, 2010 disponível em: 
[https://itnet.com.br/2010/10/08/medicamentos-podem-atrapalhar-o-resultado-
de-exames-laboratoriais/]
⁷Lourenço, JV. Comprometimento renal com uso de AINEs, 2021 disponível 
em: [https://www.sanarmed.com/comprometimento-renal-com-uso-de-aines-
colunistas]
⁸Rosa, BLD. Uso de Aines associados à antileucotrienos em pacientes 
asmáticos: seus riscos e alternativas. 2016. 24 f. Trabalho de Conclusão de 
Curso (Especialização) - Instituto de Tecnologia em Fármacos–Farmanguinhos, 
Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2016.
⁹Seabra, CIR. Farmococinética do Ibuprofeno. Universidade Fernando Pessoa. 
Faculdade de Ciências da Saúde, Porto - Portugal, 2015
¹⁰Fortes, ZB; NIGRO, Dorothy. Aspectos farmacológicos da interação anti-
hipertensivos e antiinflamatórios não-esteróides. Revista Brasileira 
Hipertensão, 2005
¹¹Da Silva, BR; Estrela, MAA. Análise Quantitativa de Comprimidos Partidos de
Captopril 50 Miligramas. Revista Científica Multidisciplinar, 2018
¹²Silva, MM; et al. O uso crônico de anti-inflamatórios não-esteroidais e seus 
efeitos adversos. UNIFESO – Centro Universitário Serra dos Órgãos, 
Teresópolis – Rio de Janeiro, 2019
¹³Andrade, GB; Nunes, JDS. Uso indiscriminado de aines por pacientes 
hipertensos. Faculdade de Educação e Meio Ambiente, Faema – Ariquemes, 
Rondônia, 2021
¹⁴Medina, A. Porque não utilizar ácido acetilsalicílico em casos de suspeita de
dengue?, 2016. Disponível em:
[https://www.draandrezzamedina.com.br/2016/03/13/porque-nao-utilizar-acido-
acetilsalicilico-em-casos-de-suspeita-de-
dengue/#:~:text=Frente%20a%20um%20caso%20suspeito,infec%C3%A7%C3
%A3o%20pelo%20v%C3%ADrus%20da%20dengue] 
Referências