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Resenha Contrato de Mandato

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CONTRATO DE MANDATO
De antemão, antes de entramos no tocante ao funcionamento do contrato de mandato, cabe salientar seu conceito e os termos que são utilizados. Em Direito Civil, o contrato se mandado é um negócio jurídico onde uma pessoa, cujo termo utilizado é mandatário, recebe poderes de outra pessoa, cujo termo utilizado é mandante, para que em nome dela atue de forma a praticar atos ou interesses do mandante. “Art. 653 - Opera-se o mandato quando alguém recebe de outrem poderes para, em seu nome, praticar atos ou administrar interesses. A procuração é o instrumento do mandato.”
O contrato de mandato, em suma, é consensual, gratuito, intuito personae, revogável e principalmente bilateral, por exigir um mandante e um mandatário. Por sua vez podem ser mandantes a pessoa que nomeia o mandatário para ser seu representante, detentor de seus poderes de decisão O mandante pode ser pessoa natural ou jurídica. A pessoa que aceita os poderes diz-se mandatário e é representante daquela. O maior de dezesseis e menor de dezoito anos não emancipado pode ser mandatário, mas o mandante não tem ação contra ele senão de conformidade com as regras gerais, aplicáveis às obrigações contraídas por menores. 
Por este viés, fica a termo das funções do mandatário, além de agir em nome do mandante dentro dos poderes que lhe é conferido, ampliar a atuação do mandante. Sendo dois ou mais os mandatários nomeados no mesmo instrumento, qualquer deles poderá exercer os poderes outorgados, se não forem expressamente declarados conjuntos, nem especificadamente designados para atos diferentes, ou subordinados a atos sucessivos. Se os mandatários forem declarados conjuntos, não terá eficácia o ato praticado sem interferência de todos, salvo havendo ratificação. Ao aceitar o mandato o mandatário assume a obrigação de praticar determinado ato ou realizar um negócio jurídico em nome do mandante. “O mandante é obrigado a satisfazer todas as obrigações contraídas pelo mandatário, na conformidade do mandato conferido, e adiantar a importância das despesas necessárias à execução dele, quando o mandatário lhe pedir (art.675 Código Civil)”, além do ressarcimento do mandatário por eventuais perdas que lhe forem causados mediante uso das atribuições do mandante, o mesmo terá que de arcar com as despesas do foi incumbido ao mandatário, sem que seja considerada o resultado final, pois neste caso importa-se o meio.
No que tange as espécies contratuais do contrato de mandato, a doutrina prevê validade e eficácia em contratos de mandatos que sejam expressos ou tácitos, contratos verbais ou escritos, contratos gratuitos ou remunerados, solidários, conjuntos, sucessivos ou facionários, em termos gerais e com poderes especiais, e também institui o código covil que, segundo o Art. 660. “O mandato pode ser especial a um ou mais negócios determinadamente, ou geral a todos os do mandante.” 
Como citado anteriormente, o contrato de mandato poderá ser irrevogável, entretanto só poderá ser irrevogável quando contiver cláusula de irrevogabilidade (CC, art. 683) e quando for outorgado em causa própria. Estabelece o artigo 683 do código que quando o mandato contiver a cláusula de irrevogabilidade e o mandante o revogar, pagará perdas e danos. Segundo o art.685. do Código Civil, “conferido o mandato com a cláusula "em causa própria", a sua revogação não terá eficácia, nem se extinguirá pela morte de qualquer das partes, ficando o mandatário dispensado de prestar contas, e podendo transferir para si os bens móveis ou imóveis objeto do mandato, obedecidas as formalidades legais.”, além de ser irrevogável o mandato que contenha poderes de cumprimento ou confirmação de negócios encetados, aos quais se ache vinculado.
Nas questões referentes ao fim do contrato de mandato, o art. 682 do Código Civil, elenca as causas de cessação. Em primeiro caso, cessa o mandato pela revogação ou renúncia, pelo mesmo caminho que as partes através de mutuo consentimento firmaram o contrato, podem desfaze-lo, ou por outros meios pode ocorrer através de declaração unilateral de vontade, entretanto, não é qualquer contrato que suporta a resilição unilateral. O art. 473 do Código Civil, assevera que tal modalidade de extinção só é admitida quando a lei expressa ou implicitamente o permita. O contrato também cessará por morte ou interdição de uma das partes, ou seja, um fato natural no primeiro caso que põe fim a vida de uma pessoa natural, determinando a extinção dos contratos personalíssimos. O falecimento do de uma das partes do contrato trará, como consequência, a impossibilidade de execução do contrato, impondo, automaticamente e de forma tácita seu fim. A cessação por causa impeditiva de continuação, ou seja, a interdição, tata da mudança do estado que inabilita a capacidade de uma das partes em dar continuidade no contrato que havia sido firmado. Além desses fatores extintivos, poderá o contrato simplesmente se findar pelo único e exclusivo fato de ter chegado ao seu prazo final ou pela conclusão do negócio jurídico. Ao contraírem um contrato jurídico, as partes de longe já veem seu fim de forma satisfatória em que tenha sido atribuído benéficos as ambas as partes contratantes. Ao ser concretizado o objetivo que deu azo à obrigação, ocorre seu desfazimento. 
Ademais, além das causas que estão elencadas no rol do art. 682 do código civil, o legislador também estabeleceu uma causa extintiva do contrato de mandado no art.687 do código civil, ao tratar sobre a nomeação de outro mandatário. Assim, de acordo com o dispositivo “Tanto que for comunicada ao mandatário a nomeação de outro, para o mesmo negócio, considerar-se-á revogado o mandato anterior.” colocando-o ciente da nomeação de novo representante para o negócio objeto do contrato de mandato. É de se ressaltar que a extinção só atinge o mandato anteriormente celebrado, quando o mandato posterior tiver por objeto, a outorga dos mesmos poderes já conferidos.

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