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Tratamento de feridas em pequenos animais

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@veterinariando_ 
 
Fundamentos no 
tratamento de feridas 
1. Cobrir temporariamente para 
reduzir traumatismo e contaminação 
2. Avaliar todo o animal e estabilizar o 
paciente 
3. Realizar a limpeza e tricotomia 
4. “Cultivar” ferida para que o tecido 
saudável cresça 
5. Desbridar tecido morto e remover 
resíduos estranhos 
6. Lavar a ferida 
7. Providenciar drenagem se necessário 
8. Favorecer a cicatrização, estabilizar e 
proteger a ferida 
9. Fechamento adequado 
 
Objetivo 
 O principal objetivo do tratamento 
de feridas e converter as feridas 
abertas em feridas limpas que 
podem se cicatrizar ou serem 
fechadas cirurgicamente 
 Em lesões traumáticas é necessário 
cobrir o ferimento com atadura 
limpa e seca o quanto antes, para 
evitar contaminação e hemorragias 
 É importante estabilizar o paciente 
antes de realizar qualquer 
procedimento para minimizar o risco 
 Quanto antes: retirar as ataduras, 
classificar a ferida e iniciar o 
processo de controle microbiológico 
 
Tratamento de feridas 
 Período de ouro: 6 a 8 horas – 
quando mais cedo iniciar o 
tratamento da ferida, melhor será o 
prognóstico 
 Feridas com 6 a 8 horas (trauma e 
contaminação mínimos ) – realizar 
lavagem, desbridamento e 
fechamento primário 
 Feridas com mais de 6 a 8 horas 
(infectados e gravemente 
traumática e contaminada) – o 
tratamento deve ser feito como 
ferida aberta (cicatrização por 
segunda intenção) 
 
 
 
Após a estabilização e classificação da 
ferida: 
 Fazer a assepsia, manuseando 
suavemente o tecido e promovendo a 
hemostasia 
 Tricotomia ampla dos bordos da ferida, 
protegendo-a do contato com os pelos 
(uso de gel e gaze úmida) 
 Limpeza da pele (iodo-povidina ou 
gluconato de clorexidina) com escovação 
se necessário 
 O uso do álcool só deve ser feito na pele 
intacta, pois ele desvitaliza o tecido 
lesionando promovendo a morte celular 
 Remover contaminantes grosseiros e 
realizar lavagem abundante com solução 
salina (reduzem a contagem bacteriana) 
 Evitar esfregar com espoja (exceto em 
processo de debridamento) 
• Usada na periferia 
da lesão quando há 
contaminação 
grosseira 
• Recomendação feita 
para tutores num 
primeiro momento 
pós-lesão até levar 
o animal ao 
veterinário 
• Indicada em feridas 
limpas 
• Não possui ação 
antimicrobiana, mas 
remove a população 
bacteriana por 
pressão quando 
feita a lavagem da 
ferida 
• Possui amplo 
espectro 
antimicrobiano e 
atividade residual 
(continua agindo 
durante alguns 
dias) 
• Seu uso é indicado 
em feridas 
contaminadas 
• Sempre se atentar 
as concentrações do 
clorex, pois 
concentrações alta 
usadas diretamente 
na ferida pode 
causar danos 
teciduais 
• Possui amplo 
espectro 
antimicrobiano e 
não é irritante 
• Indicado em feridas 
contaminadas 
 
→ Consiste na retiradas de tecido 
desvitalizado e necrosados, que ficam 
evidentes após 48h pós lesão 
→ O desbridamento pode ser cirúrgico 
(excisão cirúrgica em camadas do 
tecido necrosado) 
o Ossos, tendões, nervos e vasos - 
devem ser preservados 
o Músculos – desbridar até sangrar 
o Tecido adiposo – generosamente 
excisado, pois abriga bactérias 
o Feridas penetrantes – alargar a 
ferida para avaliar a extensão 
→ Desbridamento autolítico, onde se 
utiliza produtos ou curativos 
comerciais para promover a 
degradação do tecido necrosado 
o Utilizado em feridas aonde a 
viabilidade do tecido é duvidosa 
→ Desbridamento enzimático, onde se 
utiliza agentes enzimáticos capazes 
de degradar o tecido necrosado 
o Não há necessidade de anestesiar o 
paciente 
o O produto é aplicado na região de 
necrose 
o Os mais utilizados: colagenase, óleo 
de rícino, tripsina pancreática e 
balsamo de peru 
→ Desbridamento com curativo 
o Os curativos secam sobre a ferida 
(seco-seco ou úmido-seco) 
o Retiram as camadas superficiais do 
leito da ferida 
o Remove tecidos sadios juntamente, 
é contraindicado na etapa 
proliferativa 
→ Desbridamento biocirúrgico 
o Uso de larvas de mosca varejeira 
estéreis, que liberam enzimas 
proteolíticas que degradam o tecido 
necrosado 
 
→ Ferida limpa ou limpa contaminada – 
indicação de sutura 
→ Tecido questionável + exsudato + 
edema – esperar para suturar 
→ Contaminação + perda de tecido - 
cicatrização por segunda intenção ou 
fechamento secundário 
• Ferida com características 
que suportam suturas 
aposicionais e 
reconstruções 
• Feita quando há pouca 
contaminação, em lesão 
recente, ausência de 
tensão, sutura sempre em 
planos, colocação de dreno 
se houver espaço morto 
• Aguardar a retração e 
epitelização do tecido 
• Feitas em feridas muito 
intensas ou 
contaminadas, onde há 
contração e início de 
epitelização, maior tensão 
e retração do tecido dos 
bordos 
• Cobrir ferida com 
bandagens e reavaliar 
rotineiramente – tecido 
de granulação exagerado 
ou pálido e liso (avaliar 
bordos da ferida) 
• Fechamento de maneira 
primária retardada: 
antes do tecido de 
granulação 
• Fechamento secundário: 
quando há tecido de 
granulação 
 
→ Promove a proteção da ferida e 
minimizar risco de infecção e 
hemorragias locais 
→ Ajuda a reduzir ao máximo o espaço 
morto, por meio da compressão 
→ Imobiliza o tecido 
→ Mantém a umidade e o aquecimento 
→ Auxilia na drenagem de secreções 
→ É composta por 3 camadas: contato, 
intermediária e protetora 
 
 
 
 
Contato 
• Camada aderente, podendo ser 
úmidas ou secas e as trocas devem 
ser diárias 
 Componentes – gaze 
• Camada não aderente, com 
cicatrização úmida, que preserva o 
tecido 
 Componentes – gaze com 
nitrofurazona ou pomadas 
• Camada fechada, não adere e tem 
pouca absorção 
 Curativos secos que trocam a 
cada 7 dias 
 
Intermediária 
• Tem como função proteger a camada 
de contato e remover o líquido 
• Reduz espaço morto, edema e 
restringe o movimento 
 Componentes – algodão 
hidrofílico 
 
Protetora 
• É a camada mais externa, que 
consiste no usos de atadura crepe ou 
elástica 
 Componentes – esparadrapo 
 
Antibióticos sistêmicos 
→ Previnem e controlam infecções no 
tecido 
→ Feridas com menos de 6-8h podem 
ser limpas e tratadas sem 
antibióticos 
→ Fatores como grau de contaminação 
e local da ferida devem ser 
considerados 
 
Antibióticos tópicos 
→ Seu uso é recomendado em feridas 
abertas 
→ Combinar com medicações sistêmicas 
em feridas fortemente contaminadas 
→ Tomar cuidado com o efeito citotóxico 
sobre a ferida 
o Bacitracina e neomicina 
combinadas: mais eficaz na 
prevenção ao tratamento de 
infecções 
o Sulfadiazina de prata: eficaz contra 
bactéria gram positiva e negativa e 
para fungos, estimula a epitelização 
da ferida (queimadura) 
o Nitrofurazona: possui propriedade 
hidrofílica, mas retarda a 
epitelização da ferida 
o Gentamicina: eficaz em bactérias 
gram negativa 
o Cefazolina: eficaz em bactérias gram 
positiva 
o Mafenida: eficaz em gram negativa 
especialmente pseudomonas e 
Clostidium , usada em feridas 
altamente infectadas 
 
Aines de uso tópico 
→ Evitar danos progressivo 
→ Os AIEs podem ser utilizados, porém 
inibem a epitelização, contração e 
angiogênese, mas são indicados para 
reduzir edema 
Outros agentes tópico 
→ Aloe vera: possui ação contra 
pseudomonas e fungos, além disso 
tem ação antiprostaglandina e 
antitromboxano auxiliando no 
controle da inflamação e das fases 
de produção de fibrina, auxilia 
também na replicação de 
fibroblastos 
→ Açúcar cristal e mel: aumenta o 
desbridamento da ferida e melhora 
edema e inflamação, estimula a 
formação de granulação e melhora a 
nutrição da ferida, possui efeito 
hipertônico 
→ Ketanserina 0,25%: estimula a ação 
dos fibroblastos 
→ Ácidos graxos essenciais, 
hidrocoloides e hidrogéis: mantém o 
meio úmido, acelera a granulação 
tecidual promovendo angiogênese e 
promove o desbridamento autolítico 
 
→ Tem como função reduzir o espaço 
morto e possíveiscontaminações 
→ Podem ser passivos (penrose) ou 
ativos (sucção)

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