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ASMA - clinica medica I

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Asma: 
Doença inflamatória crônica de vias aéreas 
inferiores, caracterizadas por sinais e sintomas 
persistentes e recorrentes de obstrução dessas vias 
-> DOENÇA PROGRESSIVA, DEGENERATIVA E SEM 
CURA DEFINIDA -> Bronco-espasmo é reversível, 
mas não é curado. 
ETIOLOGIA: 
Interação entre fatores alérgenos: fatores 
desencadeantes de hiperprodução de IgE 
(indivíduo precisa de ter sido sensibilizado para 
responder de maneira reativa) -> ácaros, fumaça 
de cigarro (tabagismo passivo e ativo), agentes 
químicos (ar poluído), pelos de animais, mudanças 
climáticas, fármacos e exercícios físicos; 
Genéticos: quando 1 dos genitores é portador de 
asma = 25% de chance de desenvolver; quando 2 
dos genitores são portadores de asma = 50% de 
chance de desenvolver. 
 
**Pacientes atópicos tem uma maior predisposição a apresentar asma 
(ter esses quadros de hipersensibilidade) -> Asma é incomum na ausência 
de atopia, mas nem todo o atópico é asmático (apenas 1/3 dos atópicos 
desenvolvem asma). 
PATOGÊNIA: 
Ocorrem sinais de hiper-reatividade, quando o 
paciente é sensibilizado por algum fator alérgico, 
levam a obstrução aguda das vias aéreas 
inferiores. Essa obstrução é causada por EDEMA DA 
MUCOSA, HIPERSSECREÇÃO DE MUCO (TAMPÕES DE 
MUCO) e CONTRAÇÃO DA MUSCULATURA LISA 
BRÔNQUICA (proximal e distal, sendo que os 
alvéolos não são afetados), e é conhecida 
popularmente como CRISE ASMÁTICA. 
 
Suspeita-se que há um desequilíbrio imunológico 
nos asmáticos, relacionados às células T-helper (Th) 
do sistema imune -> Th-2 predomina e esta é 
responsável pela inflamação alérgica -> realiza a 
proliferação de mastócitos, a produção de IgE por 
linfócitos B e o recrutamento de eosinófilos à 
mucosa respiratória: 
Após a o contato com a substância alérgena do 
indivíduo com esse desequilíbrio de células T-
helper realizam a proliferação de: 
MASTÓCITOS -> Sinalizam para o sistema imune o 
contato com a substância alérgica, promovendo a 
liberação de mediadores que induzem 
diretamente o broncoespasmo. 
EOSINÓFILOS -> Responsáveis pelas principais 
lesões encontradas nas vias aéreas dos asmáticos, 
sendo predominantemente no infiltrado 
inflamatório dos asmáticos atópicos (podem ser 
observados no lavado bronco-alveolar da maioria 
dos pacientes asmáticos, devido a grande maioria 
ser atópico); 
NEUTRÓFILOS -> responsáveis pelas lesões 
encontradas nas vias aéreas dos asmáticos, sendo 
observado predominante no infiltrado inflamatório 
de obesos, fumantes e em segmentos de asma 
grave durante crises. 
 
FENÓTIPOS DA ASMA: 
 
Faculdade Ciências Médicas MG // Clínica médica I Luísa Trindade Vieira (@medstudydalu) – 72D 
QUADRO CLÍNICO: 
Paciente apresenta classicamente DISPNEIA, TOSSE 
e SIBILÂNCIA (tríade clássica). Eventualmente os 
pacientes podem referir sensação de aperto no 
peito ou desconforto torácico. 
**Sintomas são mais intensos no início da noite ou nas primeiras horas da 
manhã; 
**CASOS DE TOSSE ASMÁTICA -> tosse piora a noite, sendo que em casos 
de pacientes não diagnosticados, e com tosse crônica inexplicável, 
devemos pesquisar por asma -> tosse está relacionada à hiper-
reatividade de vias aéreas mais proximais (ricas em receptores que 
estimulam a tosse). 
**ASMA OCULTA -> Quadros em que não ocorre sibilância do paciente.	
Caracteristicamente, os sintomas da asma são 
desencadeados por: ácaros, fumaça de cigarro 
(tabagismo passivo e ativo), agentes químicos (ar 
poluído), pelos de animais, mudanças climáticas, 
fármacos e exercícios físicos; 
**ASMA SAZONAL -> Crises em apenas algumas estações do ano, como 
na primavera (presença de pólen) ou em estações úmidas (presença 
maior de fungos); ASMA PERENE -> crises ao longo de todo ano (ácaros, 
animais domésticos...). 
EXAME FÍSICO: 
• Taquipnéia (normalmente acima de 25irpm); 
• Tempo expiratório prolongado, com sinais de 
esforço respiratório (uso de musculatura 
acessória, batimento de asa de nariz e 
respiração abdominal); 
• Sibilos inspiratórios; 
• Asma mais grave -> sibilos inspiratórios e 
expiratórios; 
• Asma MUITO GRAVE -> ausência de som, 
devido ao baixíssimo fluxo de ar (MVF também 
se apresentará alterado); 
• Roncos podem estar presentes em casos com 
alta quantidade de muco em vias aéreas; 
• Pulso paradoxal (queda exagerada da PAS no 
momento da inspiração), posição em tripé 
(paciente sentado ou inclinado, com os braços 
estendidos suportando o tórax) e presença de 
cianose central (lábios e lobos das orelhas) -> 
casos de extrema gravidade. 
 
DIAGNÓSTICO: 
É facilmente suspeitado pela clínica, porém, 
recomenda-se que seja utilizado um método 
complementar que demonstre e quantifique a 
presença de obstrução reversível das vias aéreas, 
para confirmação do quadro (realizado 
posteriormente ao tratamento da crise!). 
ESPIROMETRIA: Prova de função pulmonar, sendo 
mensurado, por um aparelho, o volume de ar 
expirado pelo paciente em comparação com o 
que ele deveria ter, de acordo com a sua idade, 
sexo, peso e altura. 
 
Com isso, no paciente asmático o Volume 
Expiratório Forçado no primeiro segundo (VEF1), 
estará classicamente reduzido e após a o uso de 
broncodilatador, esse volume expiratório 
aumentará (prova broncodilatadora positiva). 
PEAK FLOW: Aparelho utilizado para medir o pico 
de função espiratória (PFE), sendo que a variação 
diurna desse pico, pode ser utilizada para a 
documentação de obstrução de fluxo aéreo. 
Em pacientes asmáticos, ocorre o aumento de 15% 
no PFE, após a administração do broncodilatador. 
**Caso ocorra uma variação diurna maior que 20% do PFE, o paciente 
pode ser diagnosticado com asma ocupacional -> doença do pulmão, 
caracterizada por crises de falta de ar (dispnéia), sibilos e tosse, causada 
por diferentes agentes existentes nos locais de trabalho. Ocorre uma 
obstrução reversível das vias aéreas causada pela exposição a inalantes 
gasosos ou particulados. 
CLASSIFICAÇÃO DA ASMA QUANTO À GRAVIDADE: 
 
Posição em tripé 
CONDUTA TERAPÊUTICA DE CONTROLE DA ASMA: 
O primeiro passo da conduta terapêutica da asma 
é a busca por fatores que podem estar levando o 
indivíduo à crises, e buscar retirar o contato. Caso 
apenas o afastamento do agente causal não 
esteja funcionando, devemos iniciar a terapia de 
acordo com as seguintes manifestações: 
 
Além de termos uma conduta terapêutica, 
precisamos sempre reavaliar o nosso paciente em 
busca de observar o nível de controle dele! Para 
que essa reavaliação seja feita, nós utilizamos: 
 
Em casos de crise asmática, a conduta com o 
paciente é diferente, e seguimos os seguintes 
critérios para medicá-lo: 
 
REFERÊNCIAS: 
Apostila VOL. 1 -> Pneumologia MEDCURSO (2019); 
SLIDES aula clínica médica I -> FCMMG (01/2022);

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