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@NOVAIISVITORIA VITÓRIA NOVAIS – MEDICINA UFJF 1 TÉCNICA OPERATÓRIA DIÉRESE: Em seu conceito mais restrito e tradicional, a técnica cirúrgica significa a codificação de regras que presidem as intervenções cirúrgicas. Operação ou Intervenção Cirúrgica é o conjunto de gestos manuais ou instrumentais que o cirurgião executa para integral realização de ato cruento com finalidade diagnóstica, terapêutica ou estética. OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS: Constituem atos cirúrgicos simples que associados permitem a realização de operações complexas. As operações complexas resultam da soma de gestos simples que visam cortar e dissecar estruturas, pinçar e ligar vasos sanguíneos, além de realizar a síntese de tecidos. Gestos e movimentos que se sucedem e se alternam de acordo com inúmeros arranjos. Cada qual peculiar a sua respectiva técnica Qualquer que seja a via de acesso para realização de intervenções cirúrgicas intracavitárias, através de amplas ou pequenas incisões, os tempos fundamentais são os mesmos. 1. Separação ou retirada de tecidos orgânicos 2. Sustação ou prevenção de sangramentos 3. Aproximação de estruturas vivas para facilitar a cicatrização Por mais sofisticada que seja a tecnologia empregada, as intervenções cirúrgicas mais complexas se compõem, quase sempre, das 3 manobras fundamentais: o Diérese ou divisão o Hemostasia o Síntese Por outro lado, cada uma destas, por si só, pode constituir uma intervenção cirúrgica. EXÉRESE: quando a sequência de operações fundamentais tem por objetivos a retirada de tecidos ou órgãos, dá-se a este procedimento o nome de exérese. Diversos fatores contribuíram para solidificar as bases modernas da cirurgia. São exemplos: os aprimoramentos das anestesias, melhor conhecimento dos agentes causadores de infecções, estudo da fisiopatologia e resposta do organismo à agressão cirúrgica. DIÉRESE OU DIVISÃO: toda manobra destinada a criar descontinuidade de tecido desde a simples introdução de agulhas ou trocarteres INCISÃO: Feita com instrumento de corte. Isto é, secciona os tecidos moles por meio de uma lâmina, produzindo um ferimento inciso Bisturi, bisturi elétrico, raios laser SECÇÃO: Ato de cortar Tesoura, serra, lâmina, bisturi eletrico, laser, ultrassom ou microondas DIVULSÃO: Separação dos tecidos Pinça, tesouras, afastadores, tentacânulas... @NOVAIISVITORIA VITÓRIA NOVAIS – MEDICINA UFJF 2 TÉCNICA OPERATÓRIA Observe que a tesoura é inserida fechada e, posteriormente, é aberta. Dessa forma, afasta os tecidos PUNÇÃO: Realizada com um instrumento perfurante, possui várias finalidades Drenagens de coleções líquidas de cavidades ou órgãos Coletas de fragmentos de tecidos e líquidos orgânicos para exames diagnósticos Injeção de contraste, medicamentos... Agulha ou trocarte DILATAÇÃO: Usada para aumentar o diâmetro de canais e orifícios naturais, ou de trajetos fistulosos Obtida pela rotura de fibras musculares ou de tecido fibroso Vela de Hegar é um exemplo de instrumento usado para diérese de dilatação SERRAÇÃO: Realizada como uso de serras Especialmente em cirurgias ósseas Serra elétrica ou manual INSTRUMENTOS DE CORTE: BISTURIS: Bisturi Faca Tesoura Costótomo Serra Bisturi Elétrico Rugina Osteótomo Cisalha Goiva @NOVAIISVITORIA VITÓRIA NOVAIS – MEDICINA UFJF 3 TÉCNICA OPERATÓRIA o bisturi é composto de: cabo + lâmina Os cabos e lâminas podem ser de diversos tamanhos e formatos A lâmina deve ser encaixada no cabo com o auxílio de uma pinça O bisturi é um instrumento de corte utilizado para a incisão magistral da pele e pode-se utilizar as seguintes empunhaduras: o Tipo Lápis o Tipo Arco de Violino o bisturi deve penetrar a pele perpendicularmente e o sempre da esquerda para a direita (sentido da incisão) ou distal- proximal ao cirurgião. Após o término da incisão, o bisturi deve ser retirado também perpendicularmente à pele. Durante a incisão, a lâmina do bisturi deve ser deslizada a um ângulo de 30 a 45°enquanto a mão não dominante do cirurgião fixa a pele O ideal é que a incisão seja feita completamente em apenas uma passagem de lâmina que abranja toda a espessura da pele, evitando o tecido subcutâneo mais profundo Junto à incisão da pele é importante realizar o controle dos vasos seccionados. Isso permite melhor visualização do tecido subcutâneo subjacente BISTURI ELETRÔNICO: É um aparelho e em que, através da transmissão de corrente elétrica até a ponta metálica, realiza o corte do tecido Dependendo da intensidade dessa corrente, pode-se realizar também a coagulação/hemostasia eletrocautério O corte ou coagulação pode ser feito pelos botões presentes na própria caneta ou pelos “botões” do pedal TESOURA: É um instrumento de corte cuja ponta pode ser romba, aguda ou mista De modo geral, as tesouras podem ser agrupadas em retas, curvas e anguladas, sendo este ângulo no sentido do plano de corte ou perpendicular a ele As tesouras para dissecções, geralmente são as curvas de tamanho médio e pontas rombas delicadas. Dentro destas caracteríscticas enquandram-se: o Tesoura de Mayo (mais fortes) o Tesoura de Metzenbaum (mais delicada) @NOVAIISVITORIA VITÓRIA NOVAIS – MEDICINA UFJF 4 TÉCNICA OPERATÓRIA o as curvas são as preferidas, pois fornecem um manuseio maio confortável e uma melhor visualização das estruturas em alguns casos o as tesouras retas são mais usadas pelo auxiliar para seccionar fios A empunhadura das tesouras se faz com os dedos polegar e anelar nas olivas, enquanto o dedo médio firma o ramo interior e o dedo indicador na articulação para dar firmeza Esse modo de segurar a tesoura permite ao cirurgião mantê-la na mão enquanto maneja outros instrumentos. Para isso, basta girar a tesoura em 180° em torno do dedo anelar, sendo presa pelo dedo mínimo contra a palma da mão Empalmar a tesoura. Com os 3 primeiros dedos livres é possível, então, manejar uma pinça, dar nós ou fazer outras manobras sem abandonar a tesoura. Com o movimento inverso, traz-se a tesoura de volta à empunhadura para manuseio. OUTROS INSTRUMENTOS DE CORTE: INSTRUMENTOS DE DIVULSÃO: INSTRUMENTOS DE PUNÇÃO: INSTRUMENTOS DE DILATAÇÃO: Velas Sondas Beniqués (fala “beniquês”) INSTRUMENTOS DE SERRAÇÃO: Serras manuais e elétricas Serra de Gigli – fios de aço trançados INSTRUMENTOS AUXILIARES: Instrumentos de Preensão Serra de Falange Rugina Curva Serra de Amputação Cisalha de Liston Osteótomo e Martelo Goiva de Horsley Costótomo de Shoemaker – corte de costelas Pinça Hemostática Afastador Tesoura Tentacânula Tentacânula Afastador Farabeuf Trocarte Agulha + Seringa Vela de Hegar Sonda de Itard 13cm Dilatador de Beniqué @NOVAIISVITORIA VITÓRIA NOVAIS – MEDICINA UFJF 5 TÉCNICA OPERATÓRIA Instrumentos de Separação Instrumentos Especiais INSTRUMENTOS DE PREENSÃO: Destinados a prender vísceras e manipular tecidos PINÇAS ELÁSTICAS E INSTRUMENTOS COM ANÉIS E CREMALHEIRA 1. Pinças Elásticas: Apresentam-se em vários tamanhos, forças de preensão, com dentes ou não. Retas Curvas em Baioneta Anguladas Anatômica Dente de Rato Geralmente, são empunhadas na mão esquerda. São as diferentes pontas que lhes conferem suas principais características e indicações de uso. 2. Pinças de Anéis e Cremalheiras: São instrumentos de pressão constante usados para segurar ou tracionar órgãos móveis. Allis Babcock – muito usado para prenderalças intestinais sem lesá-las Collin Duval INSTRUMENTOS DE SEPARAÇÃO: Afastadores Dinâmicos: manuseados pelos auxiliares e dinâmicos de acordo com a necessidade do momento cirúrgico o Farabeuf o Love o Langenbeck o Volkmann o Richardson Afastadores Dinâmicos Profundos: o Harrington o Denver o Doyen o Coryllos @NOVAIISVITORIA VITÓRIA NOVAIS – MEDICINA UFJF 6 TÉCNICA OPERATÓRIA Afastadores Estáticos ou Autoestáticos: se mantém abertos e na mesma posição por si só o Gosset o Balfour o Finochietto(“Finoqueto”) muito usado na cavidade torácica INSTRUMENTOS ESPECIAIS: Embora as pinças de Foerster e Cheron sejam instrumentos de preensão, são mais usadas como transportadores de gases, hemostáticos e curativos em profundidade A Pinça de Cheron é muito usada na antissepsia da pele do pcte, no início do ato cirúrgico Pinça de Backhaus é muito usada para a fixação dos campos cirúrgicos Pinças de Coprostase são instrumentos de contensão das fezes – cirurgias do TGI HEMOSTASIA: Toda manobra destinada a evitar ou a estancar uma hemorragia Operação de suma importância que visa evitar que a perda sanguínea comprometa a volemia Contribui para a manutenção do campo operatório limpo, evitando a formação de coleções sanguíneas e de coágulos que favoreçam as infecções SÍNTESE: Consiste na aproximação dos tecidos a fim de acelerar a cicatrização da ferida Pode ser feita por simples afrontamento anatômico das estruturas ou por meio de sutura (mais comum) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: Chehuen Neto, José Antonio – FUNDAMENTOS E PRÁTICAS DA TÉCNICA CIRÚRGICA . Editora CRV. Goffi, Fábio Schmidt – TÉCNICA CIRÚRGICA – BASES ANATÔMICAS, FISIOPATOLÓGICAS E TÉCNICAS DA CIRURGIA. Editora Atheneu. Parra, Osório M. & Saad, William A. TÉCNICA OPERATÓRIA FUNDAMENTAL. DESCRIÇÃO DAS MANOBRAS OPERATÓRIAS BÁSICAS. Editora Atheneu. Cavidade abdominal Pinça de Foerster Pinça de Cheron Pinça de Backhaus Pinça de Coprostase
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