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Assistência de enfermagem a pacientes com distúrbios cardiovasculares I 1 Doenças da artéria coronária É o tipo mais prevalente de doença cardiovascular Aterosclerose Coronariana Caracteriza-se pelo acúmulo anormal de substâncias lipídicas e tecido fibrose na parede vascular, levando a alterações na estrutura e função arteriais e redução do fluxo sanguíneo para o miocárdio. Manifestações Clínicas da Aterosclerose Coronariana Aterosclerose estreitamento da luz arterial Irrigação Obstrução do fluxo Insuficiente sanguíneo Isquemia dor torácica Fatores de risco para doença coronariana Modificáveis Colesterol alto Hipertensão Arterial Sistêmica Tabagismo Diabetes Obesidade Inatividade física Estresse Anticoncepcionais Agressividade Não modificáveis Hist. Familiar Idade Sexo Raça Níveis de Colesterol LDL (lipoproteína de baixa densidade) São as principais transportadoras de colesterol e triglicerídeos para dentro da célula, pois promove a deposição de colesterol na parede. O nível desejado depende do paciente: <160mg/dl – um ou nenhum fator de risco; <130mg/dl – dois ou mais fatores de risco; <100mg;dl – doença da artéria coronária. Níveis de Colesterol HDL (lipoproteína de alta densidade) >40-60mg/dl Colesterol “bom”, tem ação protetora, transporta o colesterol até o fígado para biodegradação. Prevenção Atuar nos fatores modificáveis – dieta, atividade física e medicamentos. Prevenção Cessar o tabagismo Controlar a Hipertensão Controlar o Diabetes Melitus Evitar o estresse Angina de Peito Dor torácica em região subesternal ou retroesternal, que dissemina-se pelo tórax. Tem duração de 5 a 15 min, ocorrendo após esforço, emoção, alimentação ou frio. A dor pode ser aliviada com repouso, nitroglicerina e O2 Angina de Peito Etapas do Processo de Enfermagem: Avaliação Diagnósticos de Enfermagem Planejamento = Prevenção da dor, redução da ansiedade, compreensão da doença, adesão no autocuidado. Implementação Avaliação Angina de Peito Drogas usadas no tratamento: Nitroglicerina (Nitrostat, Nitrol) Bloqueadores de canais de cálcio (diltiazem Beta-bloqueadores (propranolol) Antiplaquetários e anticoagulantes O2 Infarto Agudo do Miocárdio Refere-se ao processo pelo qual áreas de células miocárdicas no coração são destruídas de maneira permanente. É causado por fluxo sanguíneo reduzido em uma artéria coronária devido à aterosclerose e oclusão de uma artéria por êmbolo ou trombo O diagnóstico se baseia nos sintomas, no ECG e nos resultados dos exames laboratoriais (CK-MB, creatina cinase, mioglobina e troponina). Infarto Agudo do Miocárdio Dor torácica subesternal ou precordial que dissemina-se por todo tórax, gerando dor incapacitante em ombros e mãos (em alguns casos) Tem duração de 15min, ocorrendo espontaneamente. A dor pode ser aliviada com morfina e revascularização do miocárdio. Tratamento Consiste em minimizar a lesão miocárdica e evitar as complicações. PTCA – Angioplastia Coronária Transluminal Percutânea Usam-se trombolíticos, analgésicos e inibidores da ECA, além de todos medicamentos utilizados na angina (nitratos, betabloqueadores, O2, bloqueadores dos canais de cálcio) Intervenção coronariana percutânea de emergência (PIC) Prescrições de enfermagem Aliviando a dor Melhorando a função respiratória Promovendo perfusão tissular adequada Reduzindo a ansiedade Monitorando as complicações potenciais Promovendo o cuidado domiciliar e comunitário Insuficiência Cardíaca Congestiva É a incapacidade do coração, enquanto bomba, de nutrir e oxigenar os tecidos de maneira eficiente. Também referida como falência cardíaca. O mecanismo responsável é a redução das propriedades contráteis do coração, acarretando DC< que o normal. DC – mede a capacidade do coração para bombear o sangue DC = FC x VS Insuficiência Cardíaca Congestiva Fisiopatologia: Ocorre um distúrbio de músculo cardíaco, que resulta na redução das propriedades contráteis do coração. Esse distúrbio pode ser: Disfunção miocárdica (doença coronariana e miocardiopatia dilatada) Hipertensão arterial (aumento da pós-carga) Disfunção valvular (aumento da pressão no coração) Insuficiência Cardíaca Congestiva Na ICC o volume ejetado está reduzido. Esse volume ejetado depende de 3 fatores: Pré-carga _ estiramento miocárdico antes da sístole devido ao volume de sangue no ventrículo Contratilidade _ capacidade de contração Pós-carga _ resistência à ejeção do sangue a partir do ventrículo Manifestação clínica: aumento do volume intravascular. Mecanismo de manutenção do DC = Ciclo vicioso para quem tem ICC Sangue ejetado = Estímulo SNS = Estímulo liberação renina Com vasoconstrição = Formação de Objetivo retenção hídrica angiotensina De Aumentar a para manter DC contratilidade Pré-carga e a pós-carga = Trabalho cardíaco Insuficiência Cardíaca Esquerda Quando isolada causa EAP (edema agudo pulmonar) Pode ocasionar ortopnéia, alguns apresentam dispnéia paroxística noturna, tosse úmida, grande quantidade de escarro espumoso, as vezes com presença de sangue, ansiedade (hipóxia) e fadiga. Edema Agudo de Pulmão Cardiogênico É o acúmulo anormal de líquidos nos pulmões, seja no espaço intersticial ou nos alvéolos. O edema ocorre como resultado de um aumento da pressão microvascular devido a função cardíaca anormal. O EAP também pode ser provocado por distúrbios não cardíacos, como a insuficiência renal, insuficiência hepática e condições oncológicas que fazem com que o corpo retenha líquido. Edema Agudo de Pulmão Cardiogênico O refluxo de sangue para dentro do leito vascular pulmonar resultante da função ventricular esquerda inadequada, provoca um aumento da pressão microvascular e o líquido começa a extravasar para dentro do interstício e do alvéolo. Manifestações Clínicas: dispneia, aerofagia, cianose de unhas e lábios, ansiedade e escarro róseo e espumoso. Edema Agudo de Pulmão Cardiogênico Tratamento: melhorar a função ventricular Oxigenoterapia Morfina Diuréticos Dobutamina Milrinona (Primacor) Nesiritida (Natrecor) Insuficiência Cardíaca Direita Quando isolada causa congestão visceral e tecidual periféricas. Pode ocorrer: edema MMII, hepatomegalia, distensão de jugular, ascite, anorexia, angústia respiratória, náuseas, nictúria e debilidade. Insuficiência Cardíaca Congestiva TRATAMENTO: Repouso Fármacos que aumentam a contratilidade do miocárdio Eliminar excesso de líquido corporal (diuréticos, dieta e repouso) Processo de enfermagem na ICC Avaliação (respiratória, cardíaca, nível de consciência e periférica) Diagnósticos de enfermagem Intervenções: Repouso Elevação da cabeceira a 30º Evitar estresse Estabelecer perfusão tecidual normal Noções de autocuidado Choque Cardiogênico Acontece quando o coração não consegue bombear sangue suficiente para suprir a necessidade de oxigênio dos tecidos. Pode ocorrer por: Infarto, rompimento ventricular, disfunção valvular, trauma cardíaco ou estágio terminal da insuficiência cardíaca Choque Cardiogênico Manifestações clínicas: Hipóxia cerebral, PA baixa , pulso rápido e fraco, pele fria e pegajosa, estertores respiratórios aumentados, sons intestinais hipoativos e débito urinário diminuído. As disritmias são comuns, resultando de diminuição no oxigênio para o miocárdio. Choque cardiogênico - Tratamento O principal tratamento é corrigir os problemas subjacentes, reduzir qualquer demanda adicional sobre o coração, melhorar a oxigenação e restaurar a perfusão tissular. A terapia farmacológica é selecionada de acordo com parâmetros cardíacos e PA. Choque cardiogênico - Tratamento São eles: Vasopressores (norepinefrina e dopamina) – Diuréticos e vasodilatadores (nitroprussiato de sódio, nitroglicerina) Inotrópicos positivos (dopamina, dobutamina, epinefrina) Choque cardiogênico - Tratamento Balão intra-aórtico – aumenta a ação de bombeamento do coração Cabe a enfermagem: Monitoração constante e cuidados intensivos, Balanço Hídrico. Tromboembolia Trombose intracardíaca e intravascular causadas pela mobilidade diminuída O trombo intracardíaco é detectado por ecocardiograma e tratado com anticoagulantes O trombo pode se desprender e ser transportado até os rins, cérebro, intestinos ou pulmões. Tromboembolia O problema mais comum é a embolia pulmonar cujos sintomas incluem a dor torácica, cianose, falta de ar, respirações rápidas e hemoptise (escarro sanguinolento) Derrame pericárdico e tamponamento cardíaco É o acúmulo de líquido no saco pericárdico. Normalmente o saco pericárdico contém menos de 50 ml de líquido. Um aumento de líquido causa compressão cardíaca (tamponamento cardíaco), gerando: Pressões término-diastólicas ventriculares aumentadas, retorno venoso diminuído, incapacidade dos ventrículos para se distender adequadamente e encher Derrame pericárdico e tamponamento cardíaco Manifestações clínicas: Sensação de plenitude dentro do tórax, dor substancial ou difusa. A pressão venosa tende a elevar-se, as veias do pescoço ficam ingurgitadas. Falta de ar, queda na PA. Pulso paradoxal. Sinais cardeais do tamponamento cardíaco: PA sistólica decrescente, estreitamento da pressão de pulso, pressão venosa crescente(distensão jugular) e batimentos cardíacos distantes (abafados) Derrame pericárdico e tamponamento cardíaco Tratamento Pericardiocentese Pericardiotomia Ruptura miocárdica É um evento raro. Pode ocorrer quando um infarto do miocárdio, processo infeccioso, trauma cardíaco, doença pericárdica ou outra disfunção miocárdica enfraquece substancialmente o músculo cardíaco. (p.ex.aneurisma ventricular) Parada cardíaca Ocorre quando o coração para de produzir pulso e circulação sanguínea efetivos. Pode ser causada por evento elétrico cardíaco como taquicardia ventricular ou fibrilação ventricular, ou bradicardia ou bloqueio AV, ou assistolia. Pode também suceder à parada respiratória; ou acontecer quando há atividade elétrica mas existe contração ou volume circulante ineficaz, o que é chamado de atividade elétrica sem pulso
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