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VascularVascular arterites Sanguíneo e linfático Sistema Vascular Sanguíneo dividido em: •sistema arterial •microcirculação (capilares) •sistema venoso Formam a circulação sistêmica e a circulação pulmonar Sistema Vascular alterações do desenvolvimento Desvio (Shunt) ou anastomose (comunicação entre vasos fisiológica ou não) protossistêmica congênita É o desvio da veia porta para a cava por meio de estruturas fetais remanescentes ° observado em cães e gatos - Quando tem esse desvio, o sangue não está passando pelo fígado, faltando sangue para o seu desenvolvimento e manutenção, permite a passagem de sangue da circulação porta diretamente para a circulação sistêmica, a filtragem do sangue não é feita, ou seja, o sangue chega repleto de substâncias tóxicas em todo o corpo, podendo levar a um distúrbio nervoso a encefalopatia hepática - tem correção cirúrgica alterações inflamatórias arterite = inflamação das artérias flebite = inflamação das veias linfangite = inflamação dos vasos linfáticos Inflamações nas paredes dos vasos Nos vasos inflamados, há presença de leucócitos na parede ou ao redor dos vasos, além de alterações degenerativas ou necróticas com deposição de fibrina ode ser estabelecida pela extensão local de processos inflamatórios nos tecidos adjacentes, se o pulmão estiver com alguma inflamação consequentemente as artérias próximas a ele vão estar inflamadas Outras vezes, o processo tem origem hematógena e a lesão inicial se dá no endotélio e não no parênquima - a natureza das células inflamatórias depende da etiologia da arterite ° as arterites podem ser classificadas em necrosante ou proliferativa de acordo com as alterações associadas á inflamação, por exemplo: trombose (mais frequente nas vasculites) é uma consequência frequente devido à lesão endotelial - quando você faz o histológico e vê o tipo de infiltrado consegue já deduzir do que se trata - pode ter uma necrose na parede do vaso arterites parasitárias Spirocerca lupi - as larvas do Spirocerca lupi migram do estômago para a adventícia da aorta torácica do cão, onde se desenvolvem para forma adulta - os vermes formam nódulos na parede da aorta, que podem levar a um aneurisma, seguido de ruptura fatal Microscopicamente: os vermes promovem necrose, inflamação, mineralização e até metaplasia óssea nas camadas íntima e média da aorta • geralmente, os vermes atravessam a parede do vaso e se instalam no esôfago @medvet_y as larvas migram contra a corrente pela camada íntima das artérias (causando arterites/vasculites por causa das lesões) e se localizam na artéria mesentérica cranial e também em outras artérias, por 3-4 meses antes de retornarem para o intestino Strongylus vulgaris Penetram na mucosa do intestino do cavalo e e atravessam pequenos vasos da submucosa • além da artéria mesentérica, outras como a aorta, as celíacas e as renais podem ser afetadas Dirofilaria immitis As formas adultas estão localizadas nas artérias pulmonares e no coração direito de cães, gatos e outros canídeos - as fêmeas vivíparas liberam as microfilárias na corrente sanguínea, pode onde se disseminam • os parasitas são filariformes e medem de 12-30 cm de comprimento É uma doença crônica em cães - mais comum em zonas tropicais e costeiras A dirofilariose se manifesta clinicamente em animais intensamente parasitados, levando à tosse e dispneia Causa: Insuficiência Cardíaca Congestiva Direita (ICCD) com hipertrofia cardíaca e edema generalizado (Anasarca) - podemos observar CID (Coagulação Intravascular Disseminada) (por causa da presença de antígenos presente na microfilaria que estimula o sistema de coagulação) membranoproliferativa (de origem imunomediada, tem danos nas paredes vasculares podendo gerar uma trombose generalizada) e glomerulonefrite pode ter uma insuficiência renal por causa disso Microscopicamente: • infiltração inflamatória • degeneração do tecido elástico e muscular da túnica média e substituição por fibroblastos • formação de aneurismas arterites bacterianas geralmente mais causadas por bactérias gram negativas Ocorrem pela ação do LPS (Lipopolissacarídeos de membrana) ou de endotoxinas de algumas bactérias que lesionam diretamente o endotélio (causando uma arterite) ou indiretamente (a partir de mediadores químicos), pela ação de prostaglandinas e radicais livres do oxigênio (são vaso dilatadores e aumentam a permeabilidade podendo ter maior lesão endotelial) arterites virais as paredes das artérias de pequeno e médio calibres apresentam necrose fibrinoide, edema e infiltrado linfoplasmocitário São originadas por viroses sistêmicas • muitas vezes, as células endoteliais são atingidas primariamente, como no caso da arterite viral equina e da peste suína Em outros casos, a vasculite é imunomediada, como na peritonite infecciosa felina e febre catarral maligna Peritonite Infecciosa Felina causada pela arterite que pode estar tendo O infiltrado é específico é mononucleado (indicando que é um vírus) @medvet_y ARTERITES MICÓTICAS Alguns fungos tem afinidade pelas artérias, como o Aspergillus spp., que pode causar arterite micótica tromboembólica e necrotizante, acompanhando a placentite (inflamação da placenta pelos aspergilos) micótica nas vacas e a inflamação das bolsas gurutais nos equinos - Zygomicetos também causam arterites quando invadem as paredes dos préestômagos dos bovinos causando uma ruminite, teticulite etc. CAUSAS IMUNOMEDIADAS NÃO INFECCIOSAS Não tem um agente infeccioso Ex de doenças: Púrpura hemorrágica, Poliarterite nodosa, Lúpus eritematoso sistêmico e Doença do soro Não tem só o comprometimento de um órgão tem do animal como um todo mais frequente em cães e gatos ° tem uma vasculite necrotizante causada pela deposição de complexos antígeno-anticorpo , seguida de fixação do complemento, influxo de neutrófilos no começo, seguido da migração de mononucleares Diagnóstico: histopatológico Flebites Onfaloflebite: Inflamação nas veias - extravasamento de medicamentos, antissepsia incorreta menos frequência que as arterites - frequentemente é complicada por tromboses, originando as tromboflebites ° origina-se de infecções sistêmicas (Peritonite Infecciosa Felina) ou por extensões de processos infecciosos locais, como a metrite e a hepatite supurada é um processo inflamatório que envolve os componente do cordão umbilical (uraco, veia e artéria umbilical). Ocorre em bezerro por contaminação bacteriana do umbigo após o parto e pode ocasionar septicemia, poliartrite e abscessos hepáticos e pneumonia trombo embólica Dilatações e rupturas consequências são as rupturas que são, muitas vezes, fatais e a formação de tromboses e obstrução O Aneurisma é uma dilatação localizada e permanente da parede de uma artéria pode ser venoso também (menos frequente) + frequente nas artérias elásticas ° enfraquecimento da parede vascular, geralmente associado a processos degenerativos e inflamatórios A causa mais comum é inflamação mas pode ser congênita - raros, a não ser nos casos de Spirocerca lupi e Strongylus vulgaris, na deficiência de cobre em suínos ruptura de grandes vasos em outros locais tem como consequência a hemorragia e o choque hipovolêmico A dilatação observada nas veias é denominada flebectasia, sendo considerada muito rara nos animais domésticos A dilatação dos vasos linfáticos é denominada telangectasia, podendo ser observada no fígado de bovinos, sem causa definida, levando ao descarte pelo aspecto do órgão com manchas escuras, irregulares e deprimidas em relação ao parênquima normal (não tem importância clínica só econômico) Rupturas vasculares: decorrem de traumatismo e eventualmente, são espontâneas, como observado na aorta intratorácica de equinos durante o exercício físico excessivo • a morte ocorre por tamponamento cardíaco @medvet_y TROMBOSE E TROMBOEMBOLISMO Causas de trombose Trombose está associada a: lesão endotelial causada por agentes infecciosos (pode ter começado por uma flebite), produtos tóxicos ou reações imunomediadas - alteraçãodo fluxo sanguíneo como na estase venosa, levando à hipóxia e à lesão endotelial ou a turbulência - alterações da hipercoagulabilidade como aumento dos fatores pró-coagulantes ou redução dos fatores anticoagulantes • Estrongilose em equinos, dirofilariose em cães, trombose da aorta caudal nos casos de cardiomiopatia felina e canina e trombose da veia cava causal de bovinos com abscesso hepático • CID causada por endotoxemias e septicemias bacterianas, infecções virais, como peritonite infecciosa felina e peste suína clássica, infecções parasitárias, como dirofilariose, queimaduras extensas, pancreatites agudas e neoplasias, como leucemias e hemagiossarcomas Os trombos recém-formados são massas de fibrina firmes, amareladas ou avermelhadas, aderidas firmemente à intima dos vasos, com o passar do tempo, tornam-se organizados, com a proliferação fibroblástica com oclusão parcial ou total do lúmen vascular, ocorrendo mineralização e recanalização da massa trombótica • esses trombos podem se destacar formando os êmbolos, que causarão obstrução em vasos de menor calibre ALTERAÇÕES DEGENERATIVAS Arteriosclerose = espessamento da parede das artérias, principalmente da aorta abdominal, com perda da elasticidade e proliferação de tecido conjuntivo na túnica íntima - causando obstrução • etiologia pouco conhecida, mas parece estar associada à maior turbulência sanguínea ° frequente nos animais domésticos, mas raramente, causa alterações clinicas Histologicamente: espessamento da intima pelo acumulo de mucopolissacarídeos, com proliferação e infiltração de células da musculatura lisa da túnica média e de tecido fibroso na intima Neoplasias nos animais parece ser rara, embora já tenha sido observada em cães com hipotireoidismo e também em suínos e aves Ateroesclerose (obstrução da artéria causada pelo acúmulo de gordura)= é o acúmulo de lipídeos (colesterol, ácidos graxos, triglicerídeos e fosfolipídeos), tecido fibroso e cálcio nas paredes musculares e elásticas de artérias de grande e médio calibre, com eventual estenose do lúmen (mais comum nos vasos do coração e artérias pulmonares) - extremamente comum em humanos e está relacionada ao infarto do miocárdio Os vasos acometidos apresentam-se espessos, firmes e de coloração esbranquiçada. Histologicamente, podemos observar glóbulos de lipídeos no citoplasma das células musculares lisas, de macrófagos e das túnicas media e intima Benignas- Hemangioma capilar ou cavernoso Malignas- Hemangiossarcoma: Tem origem nas células endoteliais que revestem os vasos • No cão é observado no baço, pele, átrio direito e fígado • No gato é observado no baço e intestino • No equino, é ocular e cutâneo • Geralmente, provoca a morte pela hemorragia VASOS LINFÁTICOS toda a linfa chega ao duto torácico e desemboca em grandes veias perto do coração Presentes em grande parte dos tecidos É a via pela qual, os líquidos contidos nos espaços intersticiais, as proteínas e outras macropartículas podem sair - facilitam também, no entanto, o transporte de microrganismos @medvet_y ANOMALIAS CONGÊNITAS Linfedema hereditário: o animal nasce com o edema e tem haver com uma alteração dos vasos linfáticos • anomalia rara descrita em cães, bovinos e suínos • caracterizada pelo desenvolvimento anormal dos vasos linfáticos, com hipoplasia ou aplasia • nos cães, pode haver associação de agenesia de linfonodos periféricos, como os poplíteos e/ou axilares Os animais apresentam edema subcutâneo generalizado ALTERAÇÕES INFLAMATÓRIAS Agentes bacterianos, fúngicos e parasitários Linfangite: pode ser primária mas, em geral, é secundária Lesões semelhantes são causados pelo Streptococcus spp, Staphylococcus spp, Rhodococcus equi, Pseudomonas aeruginosa e Mycobacterium avium; havendo necessidade de diagnóstico diferencial Corynebacterium pseudotuberculosis Causa inflamação progressiva crônica nos linfáticos subcutâneos em bovinos e equinos • o processo se inicial nos membros pélvicos e resulta na formação de edema e de nódulos na derme caracterizados por abscessos que ulceram (linfangite ulcerativa) Histoplasma capsulatum var. farcinimosum acomete exclusivamente equinos e muares, promovendo inflamação dos linfonodos e vasos linfáticos da cabeça e pescoço Sporothrix schenkii causa micose cutânea, com envolvimento dos vasos linfáticos adjacentes em felinos, caninos e equinos; a lesão ascende a partir da porta da entrada, geralmente dos membros, por via linfática, ocasionando o “rosário esporotricótico”. DILATAÇÃO E RUPTURA Linfangectasia: é a dilatação dos vasos linfáticos • decorrente de anomalias congênitas ou processos inflamatórios, ou ainda por excesso de liquido intersticial • Visto em bovinos em casos de Pasteurella spp e na paratuberculose Ruptura: importante no caso de vasos de grande calibre, como observado no duto torácico que pode decorrer de traumatismos ou ser espontânea, promovendo quilotórax ( derrame de linfa para o interior da cavidade torácica) ALTERAÇÕES NEOPLÁSICAS Linfangioma Linfangiossarcoma Metástases são frequentes @medvet_y