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ARTRITE REUMATOIDE - AULA 5 - UNIABEU - FISIOTERAPIA

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ARTRITE 
REUMATOIDE 
Prof Msc Nelson Marques 
Definição 
 É uma doença sistêmica do tecido 
conjuntivo cujas alterações são 
predominantes nas articulações 
diartrodiais e nas estruturas periarticulares, 
com processo inflamatório de caráter 
crônico e deformante da membrana 
sinovial. 
Incidência 
 É uma doença que acomete 0,5 a 1% da 
população adulta, aumentando para 4,5% 
em pessoas na faixa dos 55 aos 75 anos. 
 Ela afeta ambos os sexos – F 3:1 M. No 
Brasil as maiores incidências – Curitiba e 
Belém. 
Etiologia 
 De causa desconhecida, porém é 
considerado o fato de que seja uma 
doença multifatorial. Há uma alteração na 
resposta imunológica (defeitos 
imunorreguladores) em indivíduos 
geneticamente predispostos. 
Etiologia 
 A participação de alterações 
neuroendócrinas, fatores ambientais e 
infecciosos está sendo estudada, porém a 
presença de agentes como vírus e 
bactérias específicos na membrana 
sinovial ainda não existe comprovação. 
Patogênese 
 A AR acomete primariamente a membrana 
sinovial, com características de um 
processo inflamatório crônico. Se acredita 
que a presença de um auto-antígeno ainda 
desconhecido gera uma resposta 
antígeno-específica, na própria sinóvia. 
Patogênese 
 Essa resposta seria mediada por linfócitos 
T que, com a liberação de interleucinas, 
atrairiam e ativariam macrófagos, células 
mononucleadas e outras células 
plasmáticas. 
Patogênese 
 É observado a hipertrofia e hiperplasia das 
células da membrana sinovial com uma 
extensa proliferação de fibroblastos e 
angiogênese, formando um tecido 
granulomatoso entre a membrana sinovial, 
a cartilagem e o osso,... 
Patogênese 
 ,… denominado pannus, que tem a 
capacidade de invadir a cartilagem e o 
osso, causando a destruição articular. 
Patogênese 
 O fator reumatóide é um grupo de 
anticorpos com especificidade para a 
fração Fc da imunoglobulina G, sendo a 
maior alteração imunológica da AR. 
Patogênese 
 Ele é responsável por diversas funções 
efetoras dentro do processo patogênico, 
formando imunocomplexos, com ativação 
do sistema complemento, contribuindo 
para a perpetuação da inflamação articular. 
Patogênese 
 Sua produção tem sido associada à maior 
severidade da doença e à presença de 
manifestações extra-articulares. 
Quadro Clínico 
 A AR muitas vezes tem início insidioso, 
prosseguindo com poliartrite simétrica, 
aditiva, erosiva e deformante. 
Quadro Clínico 
 No início, o indivíduo pode apresentar 
apenas fadiga, mialgia, febre e 
emagrecimento, mas normalmente as 
crises se apresentam com dor inflamatória 
e inchaço em grandes e pequenas 
articulações, associados à rigidez de 
caráter inflamatório com duração maior ou 
igual a uma hora. 
Quadro Clínico 
 A dor e a rigidez muitas vezes são de difícil 
distinção. 
 As articulações mais acometidas são 
punho, metacarpofalângicas e 
interfalângicas proximais (geralmente são 
poupadas as interfalângicas distais). 
Quadro Clínico 
 Também são frequentes o acometimento 
dos joelhos, dos tornozelos e de pequenas 
articulações dos pés. Sinais clínicos de 
sinovite, como edema, calor ou hiperemia, 
são observados nas fases ativas de 
inflamação e nas articulações mais 
superficiais, que possuem cápsula articular 
mais distensível. 
Quadro Clínico 
 Em articulações como quadril e os ombros, 
a sinovite é dificilmente detectada no 
exame físico. Os músculos tornam-se 
enfraquecidos devido à distensão e ao 
edema, prejudicando a propriocepção. 
Quadro Clínico 
 As articulações ficam instáveis devido à 
frouxidão ligamentar decorrente da artrite 
persistente. Há uma certa deficiência na 
marcha, nas atividades diárias, nas 
atividades profissionais e até na função 
sexual. 
Quadro Clínico 
 Com o avanço da doença, ocorrem 
deformidades como dedos em pescoço de 
cisne (hiperextensão da articulação 
interfalângica proximal e flexão da 
interfalângica dista),... 
Quadro Clínico 
 ,… dedos em botoeira (flexão da 
interfalângica proximal e hiperextensão da 
interfalângica distal), polegar em Z 
(decorrente da flexão da 
metacarpofalângica e hiperextensão da 
articulação interfalângica),... 
Quadro Clínico 
 ,… desvio ulnar dos dedos 
(metacarpofalângicas), desvio radial do 
punho, luxações e deformidades 
principalmente na flexão dos cotovelos, 
dos joelhos e do quadril. 
Quadro Clínico 
 Os ombros tendem a manter uma posição 
de adução e rotação interna, gerando 
limitações às atividades da vida diária, 
como pentear os cabelos e se vestir. 
Quadro Clínico 
 Os pés podem perder os arcos e tornar-se 
planos com luxações, hálux valgo e 
calosidades no antepé (sobre os dedos e 
também na região plantar das cabeças 
metatarsais). 
Quadro Clínico 
 Podem ocorrer síndromes compressivas, 
como a síndrome do túnel do carpo, pela 
proliferação do pannus que pode 
pressionar o nervo mediano. Em alguns 
casos, ocorre o comprometimento do 
esqueleto axial, principalmente na 
articulação atlantoaxial,... 
Quadro Clínico 
 ,… causando uma frouxidão ligamentar e, 
em casos mais graves, sua luxação. A 
articulação temporomandibular pode ser 
comprometida em 50% dos pacientes, 
dificultando o ato de se alimentar e, pode 
ser causa de dor referida do ouvido médio 
e na garganta. 
Quadro Clínico 
 Ocorrem também algumas manifestações 
extra-articulares da doença. A presença de 
nódulos reumatóides é mais frequente; 
esses aparecem em superfícies 
extensores de cotovelos, punhos e joelhos, 
podendo aparecer também nos pulmões. 
Quadro Clínico 
 O acometimento dos vasos, do pulmão, do 
coração dos rins, do sistema nervoso 
central (SNC) e dos olhos acontece mais 
raramente. 
Diagnóstico 
 Exames Laboratoriais – Não há um exame 
específico para a detenção da doença. 
Solicitar provas de atividade inflamatória, 
principalmente a velocidade de 
hemossedimentação (VHS) e a dosagem 
de proteína C-reativa (PCR), para avaliar a 
atividade clínica da doença. 
Diagnóstico 
 Exames Laboratoriais – O fator reumatóide 
(FR), presente em cerca de 80% dos 
pacientes, pode desenvolver uma doença 
mais agressiva e com mais manifestações 
extra-articulares. A ausência desse fator 
não exclui o diagnóstico, e sua presença 
isolada não identifica a doença. 
Diagnóstico 
 Radiologia – as alterações radiológicas 
fazem parte dos critérios de classificação 
da doença. Observa-se no raio X aumento 
de partes moles, rarefação óssea 
periarticular nos estágios iniciais e,... 
Diagnóstico 
 Radiologia – ,… posteriormente, 
diminuição dos espaço articular, além da 
presença de cistos subcondrais e erosões 
ósseas marginais, característicos da 
doença. 
Diagnóstico 
 Radiologia – Nos casos mais avançados, 
podem ser observados deformidades 
(luxações, desalinhamentos) e até mesmo 
anquilose nas articulações. 
Avaliação Fisioterapêutica 
 Para a classificação da doença são 
aplicados os critérios do American College 
of Rheumatology (1987). O paciente deve 
ter pelo menos 4 dos 7 critérios positivos, 
durante pelo 6 semanas para o diagnóstico 
de AR. 
Avaliação Fisioterapêutica 
 O paciente deve ter pelo menos 4 dos 7 
critérios positivos, durante pelo menos 6 
semanas para o diagnóstico de AR. 
Avaliação Fisioterapêutica 
 Os critérios são os seguintes: presença de 
rigidez matinal durante mais de uma hora, 
artrite de três ou mais articulações, artrite 
das mãos, artrite simétrica, fator 
reumatóide positivo, presença de nódulos 
reumatóides a alterações típicas no Rx. 
Avaliação Fisioterapêutica 
 Deve-se avaliar a presença de edema, 
além de outros sinais flogísticos... 
Avaliação Fisioterapêutica 
 Os punhos estão alargados pela sinovite e 
apresentam atrofia de músculos 
interósseos das mãos, além de aumento 
de volumedas articulações 
metacarpofalângicas e interfalângicas 
proximais. 
Avaliação Fisioterapêutica 
 A amplitude articular deve sr mensurada 
tanto de maneira ativa quanto passiva com 
um goniômetro, como um parâmetro a ser 
analisado na evolução do tratamento. 
Avaliação Fisioterapêutica 
 Testes especiais, como os de gaveta… 
 
Avaliação Fisioterapêutica 
 Teste para os ligamentos colaterais,... 
 
Testes Funcionais/Qualidade de 
Vida 
 O processo de agressão articular é mais 
intenso nos primeiros anos da doença. 
Mais de 50% dos indivíduos afetados pela 
AR apresentam dificuldades no 
desempenho das atividades profissionais 
após 10 anos da doença;... 
 
Testes Funcionais/Qualidade de 
Vida 
 ;… a sobrevida nesses pacientes é 20% 
menor se comparada com a população 
normal, sendo a expectativa de vida 
reduzida em 4 anos para os homens e em 
10 anos para as mulheres. 
 
Tratamento Fisioterapêutico 
 A reabilitação desses pacientes vai muito 
além da analgesia, que, na maioria dos 
casos, é momentânea (durando 1 a 2 
horas) e, de maneira isolada, não 
contribuirá com o controle da doença. 
 
Tratamento Fisioterapêutico 
 A Intervenção precoce é necessária para o 
sucesso de tratamento. O paciente sob 
efeito de analgésicos pode sobrecarregar 
as articulações com determinadas 
atividades, piorando o quadro e mantendo 
o processo inflamatório. 
 
Tratamento Fisioterapêutico 
 A fisioterapia visa melhorar e manter a 
qualidade de vida do paciente com AR, 
levando em consideração a realização de 
atividades de lazer e de trabalho, bem 
como a higiene pessoal com 
independência. 
 
Tratamento Fisioterapêutico 
 Mais especificamente, a fisioterapia tem 
como objetivo o controle da dor, o aumento 
e a manutenção da amplitude articular e da 
força muscular, a melhora da função 
cardiorrespiratória, a proteção articular, a 
conservação da energia e a manutenção 
da função motora. 
 
Tratamento Fisioterapêutico 
 O uso de medidas e proteção articular 
durante a terapia e nas atividades diárias e 
profissionais provocará uma analgesia 
mais duradoura do que a dos aparelhos de 
eletroterapia. 
 
Tratamento Fisioterapêutico 
 Orientações sobre como sentar e levantar 
da cama, como abaixar para pegar objetos 
no chão, como utilizar aparelhos que 
auxiliam na marcha reduzirão o estresse e 
a lesão nas articulações, permitindo o 
restabelecimento do quadro. 
 
Tratamento Fisioterapêutico 
 Os exercícios terapêuticos devem ser 
realizados no ambulatório e orientados 
para que continuem sendo realizados no 
domicílio todos os dias. 
 
Tratamento Fisioterapêutico 
 No início, os exercícios passivos são feitos 
para manter a amplitude de movimento 
articular; já na fase subaguda, os 
isométricos são a melhor opção por serem 
mais seguros, permitindo a manutenção do 
trofismo muscular até que a inflamação 
esteja controlada. 
Tratamento Fisioterapêutico 
 Na fase crônica, pode-se realizar 
exercícios ativo-livres, progredindo com 
resistência leve a moderada, sempre 
objetivando a função ou uma atividade 
específica... 
Tratamento Fisioterapêutico 
 … (por exemplo, fortalecimento do 
grupamento quadríceps até que o paciente 
consiga pelo menos subir os degraus de 
uma escada). 
Tratamento Fisioterapêutico 
 Os exercícios devem ser feitos 
inicialmente na posição deitada, por 
permitir maior estabilidade, e depois 
passar para a posição ortostática. 
Tratamento Fisioterapêutico 
 Os alongamentos devem realizados de 
maneira ativa (com a contração do 
antagonista ao músculo encurtado), pois 
dessa forma haverá maior efetividade. 
Tratamento Fisioterapêutico 
 As técnicas de contração isométrica do 
músculo encurtado com resistência 
manual moderada, e o relaxamento, com 
alongamentos da musculatura com 
espasmo, ganhando amplitude de 
movimento. 
Tratamento Fisioterapêutico 
 Os exercícios são reconhecidos como a 
grande estratégia de reabilitação para 
pacientes com AR, permitindo melhora do 
fluxo sanguíneo e do metabolismo 
articular, reduzindo edema e rigidez. 
Tratamento Fisioterapêutico 
 Eles podem ser realizados no solo ou na 
água, sendo que para cada ambiente há 
diversos métodos e técnicas que podem 
ser aplicados. 
Tratamento Fisioterapêutico 
 A hidroterapia é muito útil, principalmente 
em pacientes com restrição à 
deambulação, A temperatura da água 
relaxa e a turbulência pode ser abordada a 
favor do exercício, no sentido de resisti-lo 
ou facilitá-lo. 
Tratamento Fisioterapêutico 
 Exercícios com tração cervical raramente 
são realizados devido à possibilidade de 
comprometimento cervical com frouxidão 
ligamentar. 
Tratamento Fisioterapêutico 
 Técnicas posturais são aplicadas com o 
auxílio do espelho, para que os pacientes 
tenham melhor consciência do movimento 
ou da postura realizada. 
Tratamento Fisioterapêutico 
 Aparelhos de eletroterapia que produzem 
calor, como OC e US, não devem ser 
utilizados na fase aguda da doença. 
Tratamento Fisioterapêutico 
 Nessa fase indica-se a crioterapia que 
produzirá analgesia (apesar de manter a 
rigidez articular). A crioterapia é 
contraindicada em todas as fases da 
doença se o paciente tiver vasculite, 
crioglobulinemia ou fenômeno de Raynaud 
associados. 
Tratamento Fisioterapêutico 
 Os exercícios da fase crônica podem ser 
precedidos de medidas físicas como 
turbilhão ou bolsas de água quente (ou 
ainda banho quente ou chuveiro) como 
forma de preparação para o exercício, com 
relaxamento muscular e diminuição da 
rigidez,... 
Tratamento Fisioterapêutico 
 ,… facilitando os exercícios de força , 
como os alongamentos. Não se deve 
utilizar métodos de analgesia antes do 
exercício, pois o fisioterapeuta deve dispor 
de parâmetros de tolerância do paciente 
em relação à atividade proposta. 
Tratamento Fisioterapêutico 
 A reabilitação da marcha também é 
importante e varia de acordo com a 
gravidade do caso. Em pacientes restritos 
à cadeira de rodas deve-se primeiro treinar 
o ortostatismo, utilizar um andador, e 
depois, treinar com bengala. 
Tratamento Fisioterapêutico 
 Em pacientes com poucas restrições, o 
uso de um dispositivo auxiliar da marcha 
proporcionará maior equilíbrio com menor 
sobrecarga nas articulações dos MMII, 
permitindo sua proteção e recuperação. 
Tratamento Fisioterapêutico 
 A força muscular, a resistência e a 
capacidade aeróbica estão diminuídas nos 
pacientes com AR, por isso, devemos 
fazer uso de atividades aeróbicas, como 
bicicleta estacionária e natação 
supervisionada.

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