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Revisao - DIP P1 - Leptospirose

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LEPTOSPIROSE
Etiologia: principais reservatórios são os roedores (ratos de esgoto ou ratazanas, rato de telhado, camundongos); 
colonização dos túbulos renais e eliminação de Leptospira em grande quantidade na urina; ser humano = hospedeiro 
ocidental; doença endêmica em países tropicais; caráter sazonal; faixa etária 25-54 anos
Brasil: distribuição endêmica (todos os meses do ano); epidemias urbanas anuais (comunidade carentes, 
principalmente); surtos em áreas rurais
Imunopatogênese
após penetrarem pelas mucosas ou pele => leptospira => corrente sanguínea => alcançar diversos órgãos
período de incubação = 1 a 30 dias (média 5 a 14 dias)
infecção por Leptospira interrogans => origina infecção subclínica à formas graves 
possíveis fatores de virulência: LPS, OMPs
resposta imune: ativação de células T por imunocomplexos, fatores antiplaquetários 
substrato imunopatológico da leptospirose => intensa vasculite que pode acometer diversos órgãos
Manifestações clínicas
Fase septicêmica (3 a 7 dias)
febre alta de início súbito e calafrios
mialgia intensa, dor abdominal 
cefaleia, fotofobia
icterícia, pode ter 
náuseas, vômitos e diarréia
hiperemia ou hemorragia conjutival
raramente: lifoadenomegalia, hepatomegalia e esplenomegalia 
exantema 
Fase imune - forma ictérica = Síndrome de Weil 
febre
icterícia - inicia 3-7 dias após o início da doença 
insuficiência renal (não oligúria, hipopotassemia = inibição de reabsorção de sódio nos túbulos renais 
próximas, aumento no aporte distal de sódio e consequente perda de potássio
oligúria e hipercalcemia = sinal de mal prognóstico 
fenômenos hemorrágicos (hemoptise, petéquias, sangramento nos locais de venopunção, sangramento de 
mucosa 
Miocardite, arritmias cardíacas; pancreatite, meningite asséptica, outras manifestações neurológicas (encefalite, 
paralisia focais, espasticidade, nistagmo, neurite periférica, paralisia dos nervos cranianos, radiculite, síndrome de 
Guillain-Barre e mielite), uveíte (complicação tardia, geralmente reversível) 
Fase imune - Síndrome Hemorrágica Pulmonar 
pode ocorrer em pcte sem síndrome de Weil 
tosse seca, dispnéia
expectoração com hemoptóicoi 
ou hemoptise fraca 
insuficiência respiratória aguda 
(hemorragia pulmonar ou SARA)
Letalidade 50%
Diagnóstico diferencial: fase precoce - inflenza, arboviróses, pneumonia, doenças exantemáticas, riquetsioses, 
doença de chagas agudo
 fase tardia - febre tifóide, malária grava, hepatites infecciosas virais ou alcóolica, colecistite, 
obstrução biliar com colangite, sepse, febre amarela, meningite à liquor claro, febre maculosa, dengue grave, 
hantavírus 
Diagnóstico inespecífico: hemograma completo (leucocitose, pode haver linfócitos atípicos, anemia e 
plaquetopenia, VHS - elevado, hepatograma (discreto aumento de transaminases, aumento de bilirrubinas, aumento 
da fosfatase alcalina), uréia e creatinina (elevadas na síndrome de Weil), potássio sérico (hipopotassemia), gasometria 
arterial (acidose metabólica, pode haver hipoxemia nos pctes graves), CPK (elevadas), coagulograma (diminuição da 
atividade de protrombina, aumento do INR, alargamento do tempo de protrombina), líquor (pleocitose de 
mononucleares), RX de tórax (infiltrado alveolar denso bilateral), EAS (proteinúria < 1g, diferente da febre amarela) 
Diagnóstico específico: 
primeira fase da doença: visualização em campo escuro (baixa sensibilidade), hemocultura (meios de cultura - 
2 a 4 semanas para crescimento - baixa sensibilidade), cultura do liquor (baixa sensibilidade) e PCR (boa 
sensibilidade e especificidade) 
segunda fase da doença: teste de algutinação microscópica (padrão ouro) - soroconversão = 1ª amostra 
negativa e 2ª amostra positiva, título ≥200; aumento de 4x ou mais nos títulos entre as duas amostras coletadas, testes 
quantitativos; quando não houver disponibilidade de duas ou mais amostras, um título ≥ 800, confirma o resultado; 
ELISA - IgM e testes rápidos; cultura de urina (baixa sensibilidade), imunohistoquímica (pós-mortem)
Tratamento
casos leves e brandos - sintomáticos e acompanhamento ambulatorial
casos graves - internação em UTI
medidas gerais: 
monitoramento cardíaco, pressão arterial, saturação de oxigênio, balanço hídrico
reposição volêmica - SF 0.9% ou Ringer Lactato (cuidado nos casos de insuficiência renal, 
hemorragia pulmonar e miocardite)
hemodiálise (precoce nos casos de hemorragia pulmonar e insuficiência renal oligúrica)
ajustes dos distúrbios hidroeletrolíticos
correção dos distúrbios de sangramento 
ventilação mecânica (principalmente nos casos de hemorragia pulmonar) 
antibioticoterapia: 
Formas leves: Amoxicilina, Doxiciclina, Azitromicina
Formas graves: Penicilina G Cristalina, Ampicilina, Ceftriaxone 
=> reação de Jarish-Herxheimer

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