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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CENTRO DE CIÊNCIAS DA VIDA – FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA PARASITOTECA: PARASITOLOGIA VETERINÁRIA CLÁUDIO GONÇALVES DE SOUSA FERNANDO APARECIDO ESPONGINO Campinas - SP 2020 Número/catálogo: 1 Gênero/espécie: Toxocara / Toxocara canis Informações particulares da coleta: Local da coleta (cidade/bairro): Local anatômico: Descrição: Nomes populares: “vermes” dos cães, também chamados de helmintos. Principais hospedeiros: Cães e outros canídeos Ciclo evolutivo: Consequências do parasitismo: Os animais parasitados com T. canis apresentam como sinais clínicos diarreia, desconforto abdominal, vocalização (“lamúrias”), abdômen distendido (aspecto “barrigudo”), pelagem sem força, desidratação e retardo no crescimento, o óbito pode acontecer em decorrência de obstrução intestinal, intussuscepção (invaginação de uma porção do aparelho gastrointestinal sobre a luz da porção adjacente) ou perfuração intestinal. Prevenção e Controle: PARASITOTECA A prevenção dessas e de outras verminoses são realizadas com a adoção de medidas profiláticas tais como: correta higienização do ambiente e dos utensílios de fornecimento de água e alimento, canis devem ser construídos com padrões adequados para melhor higienização além de remoção e destino adequado as fezes. Para a prevenção de infecção por T. canis é imprescindível o conhecimento de que os ovos deste helminto são resistentes a ação de produtos químicos, mas perdem sua viabilidade quando submetidos a raios ultravioletas e latas temperaturas dessa forma os canis devem ser projetados de tal maneira que as fezes fiquem expostas ao sol durante a maior parte do dia, outra medida importante no combate a este verme é o combate a aves e roedores que funcionam como hospedeiros de transporte. A fim de se evitar a transmissão transplacentária de parasitas é indispensável a vermifugação da fêmea prenhe e/ou antes da cobertura de acordo com critério do Medico Veterinário responsável. Como prevenção da transmissão através da lactação é aconselhável vermifugação após o parto de acordo com a prescrição veterinária. Em canis ou áreas endêmicas é importante o estabelecimento por parte do Médico Veterinário de um programa de controle de parasitas baseado em exames coproparasitológicos e vermifugações constantes. Imagens: PARASITOTECA Número/catálogo: 2 Gênero/espécie: Parascaris / P. equorum Informações particulares da coleta: Local da coleta (cidade/bairro): Local anatômico: Descrição: Nomes populares: Parascariose. Principais hospedeiros: Equinos. Ciclo evolutivo: P. equorum é sexualmente dimórfico as fêmeas são significativamente maiores que os machos. Enquanto os machos crescem apenas até 15-28 cm de comprimento, as fêmeas podem crescer até 50 cm de comprimento. Eles são um verme cilíndrico de cor branca e têm três lábios muito grandes. Acasalamento ocorre no intestino delgado do equídeo. A fêmea é capaz de colocar mais de 170.000 ovos por dia e 60 milhões de ovos por ano. Ovos têm uma casca espessa em várias camadas para proteção e a capacidade de aderir a qualquer superfície que tocarem depois de serem expulsos. Ovos são expelidos nas fezes, que são consumidos por um cavalo ao comer grama contaminada ou beber água contaminada. Em um ciclo de vida de três meses, os ovos engolidos tornam-se larvas e migram do intestino delgado para os vasos sanguíneos e daí viajam para o fígado, onde mudam para outro estágio larval. De lá, eles migram para os pulmões, de onde emergem dos vasos sanguíneos para os alvéolos . Eles passam entre 14 e 17 dias migrando pelo fígado e pulmões. Nesse ponto, eles são tossidos e engolidos novamente, onde as larvas amadurecem em lombrigas adultas que produzem ovos. Os vermes levam de 79 a 110 dias para chegar à idade adulta. P. equorum vive sugando o conteúdo líquido do intestino e pode, ocasionalmente, sugar sangue da parede intestinal. Consequências do parasitismo: Os cavalos podem desenvolver tosse e secreção nasal durante o estágio de migração pulmonar. Cicatrizes de órgãos internos, principalmente pulmões e fígado, podem ocorrer durante a migração do parasita. Infestações graves de P. equorum adulto também podem causar cólicas , bloqueio intestinal e potencial ruptura intestinal. A absorção da ração costuma ser reduzida, e outros sinais clínicos podem incluir mesquinharia, barrigudo, pelagem áspera e crescimento lento. Infestações graves de P. equorum são capazes de criar um bloqueio mecânico nos intestinos. Em alguns casos, o tratamento de desparasitação pode realmente desencadear um bloqueio intestinal de parasitas mortos e moribundos; por esse motivo, os casos graves podem exigir vários tratamentos com medicamentos mais leves. O diagnóstico de infestação pode ser encontrado procurando por ovos nas fezes por meio de um exame microscópico. A limitação desse método é que apenas vermes maduros podem ser detectados por meio de seus ovos; as formas larvais imaturas são difíceis de detectar e os exames de sangue não são confiáveis. Prevenção e Controle: Algumas medidas de manejo podem auxiliar no controle desse parasita, entre elas: limpar e desinfetar as baias-maternidade após cada parição, fazer rotação de piquetes e remover estercos dos pastos pelo menos uma vez a cada semana. Tratamento: princípios ativos a base de ivermectina, prazinquantel e abamectina. Imagens: PARASITOTECA Número/catálogo: 3 Gênero/espécie: Trichuris suis / Trichuris Descrição: Nomes populares: Popularmente como lombriga Principais hospedeiros: Suínos Ciclo evolutivo: A infeção ocorre pela ingestão de ovos contendo a larva L2. Esta, após alcançar o intestino, migra para o fígado onde vai provocar lesões denominadas de "Milk Spots" que são facilmente observadas em matadouro. O parasita adulto encontra-se nos pulmões de onde é expelido pela tosse. Consequências do parasitismo: E um nematódeo o parasita que causa a ascaridíase em suínos. Provoca um atraso no crescimento dos animais, tosse e icterícia. O diagnostico clinico geralmente depende de achados clínicos e necropsia pois o principal evento patológico ocorre no estagio prepatente. Prevenção e Controle: Condições de higiene, práticas de manejo, limitar acesso dos suínos à terra, e uso de anti-helmínticos. Imagens: Informações particulares da coleta: Local da coleta (cidade/bairro): Local anatômico: Número/catálogo: 4 Gênero/espécie: Toxascaris leonina / Toxiscaris Informações particulares da coleta: Local da coleta (cidade/bairro): Local anatômico: Descrição: Nomes populares: Lombriga Principais hospedeiros: Cães, gatos, raposas e espécies hospedeiras relacionadas Ciclo evolutivo: Os ovos são liberados para o ambiente externo através das fezes. Lá, as larvas sofrem certas transformações de um estado inofensivo para a forma infecciosa. O ciclo de vida de Toxascaris leonina é bastante simples, muito menos complexo que o de outros nematoides. Geralmente não requer hospedeiro ou vetores intermediários, mas quando entra no corpo de seu hospedeiro definitivo, seu desenvolvimento termina aí. O hospedeiro ingere o ovo, ocorre a eclosão no intestino delgado depois a mudança para adulto. PARASITOTECA Consequências do parasitismo: Perda de apetite, apatia, perda de peso, causada pela diminuição da ingestão de alimentos, vômitos que às vezes podemconter vermes adultos, barriga globosa que é gerada pelo acúmulo de parasitas no intestino. Esta doença pode ser diagnosticada através de três mecanismos: observação direta de fezes, exames de sangue e exames de imagem. Prevenção e Controle: Vermifugação periódica é a melhor forma de prevenir as infestações, outra forma que pode prevenir as infestações é evitar que os animais sadios frequentem o mesmo ambiente frequentado por animais que possam estar parasitados, dar destino adequado às fezes dos animais e higiene regular do ambiente em que o animal vive deve ser feita com água sanitária. Imagens: PARASITOTECA Número/catálogo: 5 Gênero/espécie: Ancylostoma Caninum / Ancylostoma Informações particulares da coleta: Local da coleta (cidade/bairro): Local anatômico: Descrição: Nomes populares: Bicho geográfico Principais hospedeiros: Cães e Humanos Ciclo evolutivo: É bem simples: Os ovos do Ancylostoma Caninum são expelidos pelas fezes dos cachorros portadores apenas 15 dias após a infestação e estes ao encontrarem gramados, terra úmida ou jardins podem viver por vários meses de forma infectante como larvas infectantes. Consequências do parasitismo: Os cães manifestam uma hemorragia grave ou crônica na fase em que o parasita desenvolve a cápsula bucal. Animais na fase adulta desenvolvem mais comumente anemias brandas, porque seu sistema imunológico consegue responder melhor à infecção. Nos casos em que a doença é recidiva, ou seja, o animal desenvolve o quadro mais uma vez, podem ocorrer reações cutâneas. Contudo, se o problema for agudo, são percebidos sintomas como: dificuldades respiratórias, cansaço, perda de peso, alterações no apetite, vômito, diarreia, queda de pelos. O animal também pode desenvolver bronquite ou úlceras intestinais devido à ação do parasita em seu organismo, quando na fase adulta. Se não tratada, essa verminose pode levar o pet a óbito. Porém, no caso dos seres humanos, ela é menos agressiva, atingindo apenas a pele, sem prejudicar os órgãos internos. Prevenção e Controle: É muito difícil impedir que o animal tenha contato com o Ancylostoma Caninum, já que ele pode sobreviver durante muito tempo fora do organismo hospedeiro e não há como sabermos onde o parasita pode estar. Sendo assim, o ideal é fazer a prevenção desse problema por meio da administração dos vermífugos de amplo espectro. Essa medida faz tanto a prevenção da doença como também o seu tratamento, porque elimina o parasita. As doses são divididas ao longo das estações primavera, verão, outono e inverno. É importante não pular as doses para assegurar a eficácia do vermífugo. Contudo, não se esqueça da necessidade de manter o ambiente sempre muito limpo para evitar o contato do animalzinho e dos seres humanos com as fezes. Evite, também, que o animal coma algo na rua, e não ofereça alimentos para ele no solo a fim de evitar que aconteça a ingestão de larvas ou ovos. E para não contraia o Ancylostoma Caninum, evite caminhar descalços em áreas possivelmente contaminadas por esse parasita. Imagens: Número/catálogo: 6 PARASITOTECA Gênero/espécie: Dipylidium Caninum / Dipylidium Informações particulares da coleta: Local da coleta (cidade/bairro): Local anatômico: Descrição: Nomes populares: Chamando vulgarmente de tênia canina ou tênia pepino, mesmo apresentando tamanho um pouco inferior a Ténia. Principais hospedeiros: Cão, o gato e raramente o homem. Tem como hospedeiros intermediários a pulga e piolhos Ciclo evolutivo: Os segmentos eliminados são ativos e podem mover-se na região da cauda do animal. As oncosferas são contidas em aglomerados ou cápsulas, cada uma contendo cerca de vinte ovos, que são ou expelidos pelo segmento ativo ou liberados por sua desintegração. Depois de ingeridas pelo hospedeiro intermediário, as oncosferas seguem para a cavidade abdominal, onde se desenvolvem em cisticercóides. Todos os estágios do piolho mordedor podem ingerir oncosferas exceto a pulga adulta, que possui peças bucais adaptadas para perfuração, e a infecção é adquirida apenas durante o estagio larval, que tem peças bucais mastigadoras. O desenvolvimento no piolho, que é permanentemente parasita e, portanto desfruta de um ambiente quente, dura cerca de trinta dias, mas na larva de pulga e no adulto que estão crescendo no casulo, ambos no solo, o desenvolvimento pode prolongar-se por vários meses. O hospedeiro definitivo infecta-se por ingestão da pulga ou do piolho contendo os cisticercóides, e o desenvolvimento na forma patente, quando são eliminados os primeiros segmentos grávidos, prolonga-se por cerca de três semanas. Consequências do parasitismo: As infecções leves são frequentemente assintomáticas. Indivíduos com maior infecção eliminam segmentos os quais “rastejam” ativamente pelo ânus causando desconforto e produzindo prurido anal. Os animais também podem apresentar dor abdominal, enterite, vômito e casos mais crônicos podem ainda resultar em distúrbios nervosos (FOREYT, 2005). Ocasionalmente um segmento do cestódeo pode penetrar no saco anal e causar inflamação e muito raramente, um grande número de helmintos pode causar obstrução intestinal. O diagnóstico desta doença é realizado pelo achado do Dipylidium Caninum nas fezes ou ao redor do períneo das proglotes características ou, mais raramente, dos sacos ovíferos. Prevenção e Controle: Na infecção por Dipylidium, o tratamento e controle devem ser instituídos juntos, pois evidentemente não se justifica eliminar o verme adulto e ao mesmo tempo deixar um reservatório nos ectoparasitos do animal. Portanto, é utilizada a administração de antihelmínticos. Imagens: Número/catálogo: 7 Gênero/espécie: Taenia solium e Taenia Saginata / Taenia PARASITOTECA Informações particulares da coleta: Local da coleta (cidade/bairro): Local anatômico: Descrição: Nomes populares: Solitária Principais hospedeiros: Humano Taenia solium = suínos / Taenia Saginata = bovinos Ciclo evolutivo: Taenia solium / Taenia Saginata Consequências do parasitismo: As tênias adultas ambas vivem no intestino das pessoas, geralmente não causam nenhum sintoma, mas podem causar desconforto abdominal, diarreia e perda de peso. A tênia dos suínos também pode formar cistos no cérebro e em outras partes do corpo Prevenção e Controle: Os métodos de profilaxia das doenças envolvidas são muitos simples, se comparados aos de outras doenças parasitárias, porém muitas vezes esquecidos pela população. A inspeção médica veterinária post mortem é fundamental no controle da doença Imagens: Taenia solium Taenia Saginata Número/catálogo: 8 Gênero/espécie: Fascíola Hepática / Fascíola Informações particulares da coleta: Local da coleta (cidade/bairro): Local anatômico: PARASITOTECA Descrição: Nomes populares: Verme conhecido pelos nomes popular de barata-do-fígado, baratinha-do- fígado, dúvia e saguaipé. Principais hospedeiros: Ruminantes, suínos, coelhos, entre outros e o Homem Ciclo evolutivo: • Ovos não embrionados são liberados nos ductos biliares e excretados nas fezes. • Os ovos são embrionados na água. • Os ovos liberam miracídios, que invadem um caramujo (hospedeiro intermediário). • No caramujo, os parasitas passam por vários estágios de desenvolvimento (esporocistos, rédias e cercárias). • As cercárias são liberadas do caracol e se encistam como metacercárias na vegetação aquática ou em outras superfícies. • A fasciolíaseé adquirida pela ingestão de plantas, especialmente agrião, contendo metacercárias. • Após a ingestão, as metacercárias se encistam no duodeno. • Migram da parede intestinal pela cavidade peritoneal até o parênquima hepático e para os ductos biliares, onde se transformam em adultos. Consequências do parasitismo: Quando a forma aguda está presente, os sintomas associados são: mucosas pálidas, debilidade, dispneia, dores abdominais, anemia, apatia, anorexia e edema da conjuntiva. Prevenção e Controle: Como medida de prevenção, os animais podem ser tratados com fármacos anti-helmínticos, sendo o Triclabenzol o fármaco de eleição. Não existe ainda vacina contra Fasciolose. Imagens: Número/catálogo: 9 Gênero/espécie: Schistosoma mansoni / Schistosoma Informações particulares da coleta: Local da coleta (cidade/bairro): Local anatômico: Descrição: Nomes populares: Esquistossomose é também conhecida como barriga-d'água Principais hospedeiros: Intermediário, o molusco aquático. Definitivo humanos podendo também usar outros mamíferos. Ciclo evolutivo: PARASITOTECA Consequências do parasitismo: Entre outros sintomas, além do aumento do volume do abdome, podem ocorrer dores abdominais, cólicas, náuseas, inflamação do fígado e enfraquecimento do organismo. Causando milhares de mortes todos os anos. Prevenção e Controle: Saneamento, o controle de moluscos, o tratamento da população humana e a educação sanitária Imagens: Número/catálogo: 10 Gênero/espécie: Trichostrongylus / Trichostrongylidae Informações particulares da coleta: Local da coleta (cidade/bairro): Local anatômico: Descrição: Nomes populares: Tricostrongilídeos Principais hospedeiros: Ovinos e bovinos Ciclo evolutivo: PARASITOTECA Consequências do parasitismo: Sinais clínicos podem ser agudos ou crônicos dependendo de cada espécie e idade. Anemia, diarreia, perda de peso, edemas, emagrecimento são sintomas mais comuns. Ocasiona uma grande mortalidade. Prevenção e Controle: Higiene do ambiente, controle clínicos(exames), vermifugação, manter a nitrição do animal... Imagens: Número/catálogo: 11 Gênero/espécie: O. ostertagi / Ostertagia Informações particulares da coleta: Local da coleta (cidade/bairro): Local anatômico: Descrição: Nomes populares: Verme do estômago médio ou verme do estômago marrom. Principais hospedeiros: Ruminantes porem pode ser encontrado também em ovinos caprinos. Ciclo evolutivo: PARASITOTECA Consequências do parasitismo: Normalmente ocorre em bezerros da primeira estação de pastejo, mas pode afetar animais adultos. Infecção subclínica resulta em redução do ganho de peso e da taxa de crescimento, redução da eficiência reprodutiva e redução da produção de leite. O principal sintoma clínico da ostertagiose bovina é a diarreia aquosa e geralmente é acompanhada por redução do apetite . Os animais infectados são caracterizados por pelagens opacas e ásperas e quartos traseiros sujos com fezes como resultado da diarreia abundante. Prevenção e Controle: Existem várias classes de medicamentos, Vários novos métodos de controle também estão sendo pesquisados, incluindo vacinas, fungos que capturam nematóides e taninos na alimentação. Imagens: Número/catálogo: 12 Gênero/espécie: Cooperia / Informações particulares da coleta: Local da coleta (cidade/bairro): Local anatômico: Descrição: Nomes populares: Larva Principais hospedeiros: Bovinos Ciclo evolutivo: Cooperia tem um ciclo de vida direto. As larvas infectantes são ingeridas pelo hospedeiro. As larvas crescem até adultos, que se reproduzem no intestino delgado. Os ovos são eliminados no pasto com as fezes, o que leva a novas infecções. Consequências do parasitismo: As infecções por Cooperia podem resultar em sintomas clínicos leves, mas podem levar à perda de peso e danos ao intestino delgado, especialmente quando ocorrem coinfecções com outros nematoides. Prevenção e Controle: PARASITOTECA A prevenção é uma tarefa difícil. As larvas de Cooperia podem resistir a condições ambientais adversas e sobreviver em pastagens por até um ano. As larvas podem permanecer dormentes durante o inverno e podem retornar em condições adequadas. Esforços combinados que são feitos para prevenir a infecção por vermes típicos também são aplicáveis para Cooperia. Isso inclui a manutenção de um rebanho saudável, manejo de pastagens, pastagem cuidadosa, aração do campo, evitar ambientes congestionados e úmidos, manter os bezerros separados e garantir a higiene. Imagens: Número/catálogo: 13 Gênero/espécie: Capillaria / Capillaria hepática PARASITOTECA Informações particulares da coleta: Local da coleta (cidade/bairro): Local anatômico: Descrição: Nomes populares: Verme do esôfago Principais hospedeiros: Pássaros que se alimenta de peixe e mais raramente o homem. Ciclo evolutivo: Consequências do parasitismo: O nematoide (verme) Capillaria parasita muitos animais, com raros casos de infecções humanas. A transmissão é através do consumo de peixes de água- doce mal-cozidos ou por ingestão de água ou alimentos contaminados. Causada por Capillaria hepática, os sintomas são hepatite, anemia, febre e hipereosinofilia. Raramente é fatal. Prevenção e Controle: Cozinhar bem os alimentos, principalmente peixe, e lavar as mãos regularmente são a principal medida de prevenção pessoal. Tratamento de água e esgoto é a medida mais eficaz para o coletivo. Imagens: Número/catálogo: 14 Gênero/espécie: Trichuris / Trichuris trichiura Informações particulares da coleta: Local da coleta (cidade/bairro): Local anatômico: PARASITOTECA Descrição: Nomes populares: Infecção do verme do chicote Principais hospedeiros: Humanos. Ciclo evolutivo: Consequências do parasitismo: Se a carga de parasitas é baixa, a doença é assintomática, porém se for elevada (mais de 200 vermes) pode ocorrer: Evacuação noturna frequente, Diarreia, Prolapso retal (ânus aumentado), Menor crescimento em crianças, Desconforto abdominal e complicações possíveis incluem necrose da mucosa intestinal com hemorragias e diarreia sanguinolenta, podendo progredir para anemia por déficit de ferro. Outros sintomas são a dor abdominal, perda de peso em indivíduos já desnutridos, flatulência e fadiga. Em casos incomuns pode ocorrer apendicite (se o verme entrar no apêndice e não conseguir sair) e prolapso retal com hemorroidas. Prevenção e Controle: A prevenção é pelo preparo correto do alimento e lavar as mãos antes de cozinhar. Outras medidas incluem a melhoria do acesso ao saneamento, tais como garantir a utilização funcional e limpa de banheiros e o acesso à água potável. Em áreas do mundo onde as infecções são comuns, muitas vezes, grupos inteiros de pessoas serão tratadas de uma só vez e em uma base regular. O tratamento é feito com três dias de medicação: albendazol, mebendazol ou ivermectin. Muitas vezes, as pessoas são infectadas novamente após o tratamento. Imagens: Número/catálogo: 15 Gênero/espécie: Mosca domestica / Mosca Informações particulares da coleta: Local da coleta (cidade/bairro): Local anatômico: Descrição: Nomes populares: Mosca domestica Principais hospedeiros: Humanos , animais, alimentos... Ciclo evolutivo: PARASITOTECA Consequências do parasitismo: Uma dos principais vetoresde doenças por transitar facilmente na sociedade. Vários patógenos causadores de infecções entéricas e não entéricas. Assim, dezenas de espécies de vírus, podem ser potencialmente veiculadas pela Mosca domestica. Ela pode transportar as bactérias da febre tifoide, da disenteria bacilar, das infecções estafilocócicas, os cistos e oocistos de protozoários e ovos de helmintos. Prevenção e Controle: O combate à mosca deve ser feito no sentido de eliminar os seus focos de criação. Já que o inseto desenvolve rápida resistência ao uso continuado de inseticidas, as medidas de controle recomendadas são: dar destino adequado ao lixo e aos dejetos humanos ou de animais; impedir o acesso dos insetos às fontes de alimentos (colocar telas em janelas e portas); aplicar inseticidas de efeito residual, nas épocas onde a presença do inseto é maior. Qualquer dessas medidas de controle deve ser realizada criteriosamente, para evitar intoxicação humana pelos inseticidas. Essas medidas contribuem diretamente no controle do inseto e nas doenças vetorizadas pelos mesmos. Imagens: Número/catálogo: 16 Gênero/espécie: Lucília / L. sericata Informações particulares da coleta: Local da coleta (cidade/bairro): Local anatômico: Descrição: Nomes populares: Moscas-varejeiras. Principais hospedeiros: Tecidos mortos, feridas carne em decomposição, humanos e outros ambientes pela fácil transição que ela tem. Ciclo evolutivo: PARASITOTECA Ovo – larva – pupa – adulta Consequências do parasitismo: Uma dos principais vetores de doenças por transitar facilmente na sociedade. Vários patógenos causadores de infecções entéricas e não entéricas. Assim, dezenas de espécies de vírus, podem ser potencialmente veiculadas pela Lucília: Bacterianas, cólera, conjuntivite, diarreia, Lepra, Intoxicações alimentares, Helmintos, Vermes, que vivem uma parte do ciclo no interior das moscas, Protozoários, disenteria amebiana, tripanossomíases. Prevenção e Controle: O combate à mosca deve ser feito no sentido de eliminar os seus focos de criação. Já que o inseto desenvolve rápida resistência ao uso continuado de inseticidas, as medidas de controle recomendadas são: dar destino adequado ao lixo e aos dejetos humanos ou de animais; impedir o acesso dos insetos às fontes de alimentos (colocar telas em janelas e portas); aplicar inseticidas de efeito residual, nas épocas onde a presença do inseto é maior. Qualquer dessas medidas de controle deve ser realizada criteriosamente, para evitar intoxicação humana pelos inseticidas. Essas medidas contribuem diretamente no controle do inseto e nas doenças vetorizadas pelos mesmos. Imagens: Número/catálogo: 17 Gênero/espécie: Dermatobia / D hominis Informações particulares da coleta: Local da coleta (cidade/bairro): Local anatômico: Descrição: Nomes populares: No Brasil como mosca-berneira ou varejeira Principais hospedeiros: Principalmente bovinos. Ciclo evolutivo: PARASITOTECA Consequências do parasitismo: O berne é classificado como um tipo de miíase cutânea primária, também conhecida como miíase furuncular, e não precisa de uma lesão prévia para acontecer. Após a penetração da larva no organismo do animal forma-se uma lesão de aparência nodular e algumas vezes associam-se processos infecciosos secundários o que pode piorar o quadro da doença Prevenção e Controle: Além do controle dos vetores, que deve ser realizado principalmente com produtos de efeito por contato e ação repelente, o tratamento dos animais que já se apresentam infestados também deve ser realizado com produtos de efeito por contato, como por exemplo, Colosso Pour On, Colosso FC30 ou Superhion. Uma forma de auxiliar tanto no controle quanto no tratamento do berne é utilizando ivermectina injetável, ressaltando-se que esta tem caráter auxiliar no controle do berne, não devendo ser depositada apenas nela o tratamento/controle das infestações. Um bom protocolo de controle de berne deve ser iniciado previamente ao período das altas infestações por moscas que servem de vetores, o que ocorre normalmente antes e após o período mais chuvoso. Os produtos mais indicados para o protocolo são Superhion, Colosso e Colosso FC30, os intervalos de aplicação e o momento de uso irão depender das condições climáticas e do histórico de desafio de cada propriedade. Imagens: Número/catálogo: 18 Gênero/espécie: S.calcitrans / Stomoxys Informações particulares da coleta: Local da coleta (cidade/bairro): Local anatômico: Descrição: Nomes populares: Mosca-de-estábulo. Principais hospedeiros: Cavalos e outros animais. Ciclo evolutivo: PARASITOTECA Consequências do parasitismo: Causando-lhes feridas nas orelhas e transmitindo doença a exemplo de outras moscas. A mosca-dos-estábulos é, atualmente, responsável por causar prejuízos de grande impacto econômico nas cadeias produtivas da pecuária bovina e sucroalcooleira. Prevenção e Controle: Controle químico, higiene, remoção de materiais e compostagem para facilitar a drenagem, acompanhamento técnico. Imagens: Número/catálogo: 19 Gênero/espécie: H. irritans / Haemalobia Informações particulares da coleta: Local da coleta (cidade/bairro): Local anatômico: Descrição: Nomes populares: Mosca-dos-chifres Principais hospedeiros: Bovinos Ciclo evolutivo: O ciclo completo da Haematobia irritans, de ovo a adulto, dura em média 10 a 15 dias e se dá basicamente nas fezes de seu hospedeiro. Esse ciclo tem início quando a fêmea deposita seus ovos no bolo fecal dos bovinos, esses ovos devem ser depositados muito profundamente já no contato entre o bolo fecal e o solo. Depois que esses ovos eclodirem as larvas tendem a migrar para o interior do bolo fecal onde há condições ideais de umidade e temperatura. Uma vez na forma adulta, essas moscas irão migrar para o hospedeiro onde realizarão a cópula novamente, isso pode ocorrer a partir do segundo dia de vida no hospedeiro. Consequências do parasitismo: Os maiores prejuízos observados em rebanhos é pela ação irritante das moscas e não apenas da perda de sangue. A irritação causada pela presença dos parasitas leva os animais a deixarem de se alimentar em quantidade PARASITOTECA suficiente, pois passam grande parte do tempo tentando se livrar das moscas, como consequência temos a queda de produção e peso desses animais. Prevenção e Controle: Um dos métodos de controle biológico é através dos besouros que enterram as fezes, sendo os do gênero Onthophagus os de maior importância. Imagens: Número/catálogo: 20 Gênero/espécie: Sarcophaga / Informações particulares da coleta: Local da coleta (cidade/bairro): Local anatômico: PARASITOTECA Descrição: Nomes populares: Moscas-da-carne Principais hospedeiros: Cadáveres humanos e animais mortos Ciclo evolutivo: Consequências do parasitismo: Implantando-se em úlceras e tecidos necrosados. A terapêutica, neste caso, é a remoção das larvas com anestesia prévia, raramente causar miíases acidentais. Prevenção e Controle: Controle químico, higiene, remoção de materiais em decomposição. Imagens: Número/catálogo: 21 Gênero/espécie: Ctenocephalis felis Informações particulares da coleta: Local da coleta (cidade/bairro): Local anatômico: Descrição: Nomes populares: Pulga Principais hospedeiros: cães e gatos Ciclo evolutivo: Consequências do parasitismo: A alternância entre vida livre e parasitária nos estágios larvários e adultos faz com que as pulgas participem de diferentes elos na cadeia epidemiológica atuando como parasitos propriamenteditos, vetores biológicos e hospedeiros invertebrados. São importantes não só pela transmissão de patógenos, mas também por determinar diversas reações no seu hospedeiro como: irritação provocada pela inoculação de sua saliva no momento da picada podendo resultar numa hipersensibilidade do tipo 1 (tipo imediata) conhecida como DAPP (Dermatite alérgica a picada de pulga). E a ação espoliadora onde em grandes infestações podem levar o hospedeiro a anemia devido à hematofagia. Dentre as enfermidades transmitidas por C. felis felis destaca-se o cestóide zoonótico Dipylidium caninum, parasito de cães e gatos Também é responsável PARASITOTECA pela transmissão das riquétsias Rickettsia typhi (tifo murino) e Rickettsia felis, além de Bartonella henselae e também Yersinia pestis. Prevenção e Controle: Comercialmente é possível encontrar diferentes formas de aplicação de produtos, dentre as mais utilizadas estão produtos “spot-on”, sabonetes, xampus, aerossóis, talcos e coleiras, esta última sendo muito utilizada devido a sua eficácia e principalmente ao longo período de ação. Imagens: Número/catálogo: 22 Gênero/espécie: Amblyomma cajennense Informações particulares da coleta: Local da coleta (cidade/bairro): Local anatômico: Descrição: Nomes populares: carrapato estrela ou carrapato do cavalo Principais hospedeiros: aves domésticas - galinhas, perus; aves silvestres - seriemas; mamíferos - cavalo, boi, carneiro, cabra, cão, porco, veado, capivara, cachorro do mato, coelho, cotia, coati, tatu, tamanduá; animais de sangue frio - ofídeos. Ciclo evolutivo: PARASITOTECA Consequências do parasitismo: A Febre Maculosa é uma doença febril aguda, de gravidade variável, causada por bactéria e transmitida por carrapatos infectados.A doença é causada por bactéria Rickettisia rickettsii . Bactéria intracelular obrigatória, sobrevivendo brevemente fora do hospedeiro. Os humanos são hospedeiros acidentais, não colaborando com a propagação do organismo. Doença de começo súbito com febre moderada a alta que dura geralmente de 2 a 3 semanas, acompanhada de cefaléia, calafrios, congestão das conjuntivas. Ao terceiro ou quarto dia pode se apresentar exantema maculopapular, róseo, nas extremidades, em torno do punho e tornozelo, de onde se irradia para o tronco, face, pescoço, palmas e solas. Petéquias e hemorragias são freqüentes A doença pode também cursar assintomática ou com sintomas frustros. Alguns casos evoluem gravemente, ocorrendo necrose nas áreas de sufusões hemorrágicas, em decorrência de vasculite generalizada. Torpor, agitação psicomotora, sinais meníngeos são freqüentes. A face é congesta e infiltrada, com edema peripalpebral e infecção conjuntival. Edema também está presente nas pernas, que se apresentam brilhantes. Tosse, hipotensão arterial e hipercitose liquórica são achados comuns. Hepatoesplenomegalia pouco acentuada é observada. A letalidade é aproximadamente de 20% na ausência de uma terapia específica. A morte é pouco comum quando se aplica o tratamento precocemente. Prevenção e Controle: Ter em mente quais são as áreas consideradas endêmicas para a febre maculosa. Evitar caminhar em áreas conhecidamente infestadas por carrapatos no meio rural e silvestre. Quando for necessário caminhar por áreas infestadas por carrapatos, vistoriar o corpo em busca de carrapatos em intervalos de 3 horas, pois quanto mais rápido for retirado o carrapato, menor serão os riscos de contrair a doença. Imagens: Número/catálogo: 23 Gênero/espécie: Aedes, Culex e Anopheles Informações particulares da coleta: Local da coleta (cidade/bairro): Local anatômico: Descrição: Nomes populares: Anopheles (Mosquito prego), Culex (pernilongo-comum ou muriçoca), Aedes (mosquito-da-dengue ou pernilongo-rajado) Principais hospedeiros: humanos Ciclo evolutivo: PARASITOTECA Consequências do parasitismo: São insetos pertencentes a ordem Diptera cujo corpo está dividido em cabeça, tórax e abdômen. Possuem um par de antenas olfativas, um par de olhos compostos, um par de palpos sensoriais e uma tromba sugadora, a proboscídea. As fêmeas são hematófagas, necessitando de sangue para que ocorra o amadurecimento dos ovos. Já os machos, alimentam-se de sucos vegetais. Após a alimentação, as fêmeas permanecem no interior das casas ou abrigos animais, para realização do repasto sanguíneo. Algumas espécies possuem hábito noturno e outras são ativas durante o dia. Durante seu ciclo de desenvolvimento, os mosquitos passam por quatro etapas: ovo, larva, pupa (fases aquáticas) e adulto (fase aérea). Os mosquitos são transmissores de inúmeras enfermidades dentre as quais destacam-se a dengue, a febre amarela, as filarioses, a malária, as encefalites, a leishmaniose, etc. Além de representar uma ameaça à saúde pública, os mosquitos causam incômodos, prejuízos nas áreas de turismo, lazer e no ambiente de trabalho. Prevenção e Controle: Deve-se reduzir o número de mosquitos por meio da eliminação de criadouros sempre que possível, ou manter os reservatórios e qualquer local que possa acumular água, totalmente cobertos com telas/capas impedindo o acesso das fêmeas grávidas. De forma complementar, deve ser realizada a proteção individual com uso de repelentes pela população. Pode-se utilizar também roupas que minimizem a exposição da pele, proporcionando alguma proteção contra as picadas dos mosquitos principalmente durante o dia, período que são mais ativos. Imagens: Número/catálogo: 24 Gênero/espécie: Lutzomyia Informações particulares da coleta: Local da coleta (cidade/bairro): Local anatômico: Descrição: Nomes populares: “mosquito palha” ou “birigui” PARASITOTECA Principais hospedeiros: homens e cães Ciclo evolutivo: Consequências do parasitismo: O mosquito palha tem importância com inseto espoliador, uma vez que a hematofagia perturba o repouso do homem, podendo causar-lhe manifestações atópicas. Entretanto este inseto destaca-se como vetor de doenças humanas, entre as quais as leishmaníases são as mais importantes. A espoliação humana pode ser evitada com o uso de repelentes sobre o corpo e sobre as roupas ou mosquiteiros. A leishmaniose é uma antropozoonose cujo agente etiológico é o protozoário Leishmania sp. A transmissão ocorre pela picada da fêmea do flebotomíneo Lutzomyia longipalpis, que tem sido registrado tanto em ecótopos naturais como em ambientes rurais e urbanos, próximos a animais domésticos e habitações humanas. A Leishmaniose Visceral (LV) é uma doença infecciosa sistêmica, caracterizada por febre de longa duração, aumento do fígado e baço, perda de peso, fraqueza, redução da força muscular, anemia e outras manifestações. Pessoas residentes em áreas onde ocorrem casos de Leishmaniose Visceral, ao apresentarem esses sintomas, devem procurar o serviço de saúde mais próximo e o quanto antes, pois o diagnóstico e o tratamento precoce evitam o agravamento da doença, que pode ser fatal se não for tratada. Leishmaniose Visceral é uma zoonose de evolução crônica, com acometimento sistêmico e, se não tratada, pode levar a óbito até 90% dos casos. É transmitida ao homem pela picada de fêmeas do inseto vetor infectado. No Brasil, a principal espécie responsável pela transmissão é a Lutzomyia longipalpis. Raposas (Lycalopex vetulus e Cerdocyon thous) e marsupiais (Didelphis albiventris) têm sido apontados como reservatórios silvestres. No ambiente urbano, os cães são a principal fonte de infecção para o vetor A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é uma doença infecciosa, não contagiosa, que provoca úlceras na pele e mucosas. A doença é causada por protozoários do gênero Leishmania. No Brasil, há sete espécies de leishmanias envolvidas na ocorrência de casos de LTA. As mais importantes são: Leishmania(Leishmania) amazonensis, L. (Viannia) guyanensis e L.(V.) braziliensis. Prevenção e Controle: Em casos de infestação em áreas com a presença de espécies mais adaptadas ao ambiente humano (antropofílicas), o controle do mosquito também pode ser realizado pela aplicação de inseticidas no local e pela destinação adequada do lixo orgânico. Imagens: Número/catálogo: 25 Gênero/espécie: Simulium Informações particulares da coleta: Local da coleta (cidade/bairro): Local anatômico: Descrição: Nomes populares: borrachudos Principais hospedeiros: homem Ciclo evolutivo: Consequências do parasitismo: É transmissor da Síndrome Hemorrágica de Altamira e das filárias Onchocerca volvulus e de espécies do gênero Mansonella, agentes da oncocercíase e da mansonelíase. A fêmea transmite essas doenças através da hematofagia, que pode ser realizada tanto em humanos como em animais. A hematofagia é realizada com voracidade, por isso causa desconforto, insônia e até irritabilidade, principalmente quando o número de insetos é grande. Terminada a hematofagia, surge no local da picada um ponto hemorrágico pequena (petéquia). A picada pode causar prurido insuportável de longa duração e também pode provocar reações alérgicas oriundas de proteínas e peptídeos presentes na saliva do inseto. Prevenção e Controle: É necessário controlar o mosquito com o uso de telas nas portas e janelas, mosquiteiros, inseticidas e repelentes. Qualquer dessas medidas de controle deve ser realizada criteriosamente, para evitar intoxicação humana pelos inseticidas. Devido à intensidade da espoliação por esses insetos, são PARASITOTECA combatidos pela aspersão local de inseticidas químicos e controle biológico (Bacillus thuringiensis). Entretanto, a degradação ambiental com a diminuição da fauna piscícola contribui ativamente para seu alastramento para os mais diversos cursos d’água. Imagens: Número/catálogo: 26 Gênero/espécie: Trichodectes Informações particulares da coleta: Local da coleta (cidade/bairro): Local anatômico: Descrição: Nomes populares: piolho Principais hospedeiros: homem, gatos e cãs Ciclo evolutivo: PARASITOTECA Consequências do parasitismo: Há dois tipos de piolhos em cães e gatos: os sugadores (Anoplura), que se alimentam de sangue e podem causar anemia e fraqueza em infestações maciças, e os mastigadores (Malophaga), que se alimentam de restos celulares da pele e do pelame. Podem ainda transmitir uma verminose intestinal pelo parasita Dipillidium caninum. Ambos os tipos podem causar uma dermatite alérgica caracterizada por prurido intenso, com consequente perda da pelagem e escoriações cutâneas. O animal apresenta um odor característico "de rato" e, frequentemente, encontra-se irritadiço e nervoso pelo incômodo que sente. Há, contudo, casos assintomáticos em que os animais apresentam apenas uma seborreia seca levemente pruriginosa. Normalmente, os piolhos acometem animais que vivem em locais sujos, na rua ou em abrigos super populosos, e preferencialmente nos meses mais frios do ano. O diagnóstico é feito com o exame microscópico do material obtido do pelame. Prevenção e Controle: Embora não existe nenhuma prevenção que seja 100% infalível, a verdade é que para evitar futuros contágios será conveniente seguir um calendário de desparasitação. Além disso, mantendo uma adequada higiene do cachorro e alimentando-o devidamente, o sistema imunológico fica reforçado e o risco de contrair estes parasitas diminui. Também será muito importante manter o ambiente do cachorro em ótimas condições de higiene, assim como todos os acessórios do mesmo, desde o comedouro até à escova do pelo Imagens: Número/catálogo: 27 Gênero/espécie: Sarcoptes scabiei Informações particulares da coleta: Local da coleta (cidade/bairro): Local anatômico: Descrição: Nomes populares: sarna Principais hospedeiros: homens, cães e gatos PARASITOTECA Ciclo evolutivo: O ciclo deste parasito é autoxênico: a ovipostura dura de 1 a 2 meses, eclosão dos ovos ocorre em três dias, as larvas desenvolvem-se por 3 dias e ninfas por 8 dias. Nos adultos, a maturidade sexual se dá em 2 dias. A escabiose desenvolve-se em 15 a 17 dias após a infestação. Os adultos perfuram galerias ou túneis na epiderme, principalmente nas regiões interdigitais, mãos, punhos, cotovelos, axilas e virilhas. A oviposição é feita nesses locais pelas fêmeas já copuladas. Consequências do parasitismo: A doença causada pelo ácaro decorre da perfuração da epiderme, dos produtos do metabolismo do parasito aí depositados e da presença dos ovos, levando à reação inflamatória, escoriações, vesículas, urticária, prurido intenso, disseminação e linfadenomegalia. A "sarna norueguesa" é uma forma grave da escabiose, que costuma ocorrer em imunodeprimidos. Prevenção e Controle: Para evitar a doença não use roupas pessoais, roupas de cama ou toalhas emprestadas, evite aglomerações ou contato íntimo com pessoas de hábitos higiênicos duvidosos. Em pessoas com bons hábitos higiênicos, a sarna pode ser confundida com outras doenças que causam coceira, devendo o diagnóstico correto ser realizado por um médico dermatologista que indicará o tratamento ideal para cada caso. O medico veterinário deverá orientar sobre a higienização correta do ambiente e dos banhos, mesmo que o animal pareça saudável e limpo. Também recomendará a limpeza, lavagem e desinfecção periódica de objetos como vasilhas, camas, roupinhas, cobertas, brinquedos e outros e da importância da exposição ao sol uma vez que os ácaros são termolábeis (sensíveis ao calor). Imagens: Número/catálogo: 28 Gênero/espécie: Demodex canis Informações particulares da coleta: Local da coleta (cidade/bairro): Local anatômico: Descrição: Nomes populares: sarna negra Principais hospedeiros: caninos, felinos e humanos. Ciclo evolutivo: PARASITOTECA Consequências do parasitismo: Demodex são ácaros parasitas encontrados próximo ou dentro de folículos pilosos de mamíferos. Em seres humanos, as espécies mais frequentes são Demodex folliculorum e Demodex brevis. Demodex folliculorum é comumente encontrado na porção infundibular do folículo piloso dos cílios, enquanto o Demodex brevis se localiza nos ductos profundos das glândulas sebáceas e nas glândulas meibomianas. Ambas espécies são encontradas principalmente no rosto, próximo ao nariz, cílios e sombrancelhas, mas também podem ocorrer em outras partes do corpo. O Demodex se espalhe e acometa as pálpebras, levando à blefarite. Como responsáveis pela demodicose ocular, o Demodex folliculorum pode causar blefarite anterior associada a distúrbios dos cílios e o D. brevis pode favorecer o desenvolvimento de blefarite posterior com disfunção da glândula meibomiana e ceratoconjuntivite. Os principais sintomas da infestação por Demodex são prurido, ardor, olho seco, sensação de corpo estranho, descamação e vermelhidão da margem da pálpebra e visão embaçada. Demodex também pode estar envolvido em outros distúrbios oculares como rosácea e pterígio. Existe uma estreita correlação entre a gravidade da rosácea e a blefarite causada por este ácaro. A rosácea predispõe os pacientes à blefarite, principalmente através do desenvolvimento de um ambiente favorável sobre a pele que congestiona as glândulas produtoras de óleo necessárias para uma derme e epiderme saudáveis. Prevenção e Controle: Na demodiciose localizada, o prognóstico é bom, pois geralmente se tem cura sem nenhuma intervenção medicamentosa, num período que duram de seis àoito semanas. O tratamento costuma ser mínimo, já que na maioria dos casos o mesmo não é necessário. Para prevenir a demodiciose, deve-se evitar o uso de drogas imunossupresoras, retirarmacho da reprodução e nas fêmeas deve ser realizada a ovário salpingo histerectomia (OSH), uma vez que estas poderão ter recidivas quando estiverem em estro, devido a supressão do sistema imunológico. Na demodiciose generalizada o prognóstico varia de reservado a bom, em termos de recuperação, pois afeta cães adultos com mais de dois anos, onde a dermatopatia é somente controlada com medicamentos e terapias, mas nem sempre o organismo responde de maneira positiva a estes tratamentos. Devemos reavaliar as recidivas em, intervalos de um a dois meses durante doze meses após o último raspado de pele negativo. Animais que permanecerem livres da doença por doze meses dificilmente apresentarão recidivas, e são convencionalmente declarados como curados. Imagens: Número/catálogo: 29 Gênero/espécie: Otodectes cynotis Informações particulares da coleta: Local da coleta (cidade/bairro): Local anatômico: Descrição: Nomes populares: Ácaro Principais hospedeiros: cães e gatos Ciclo evolutivo: Consequências do parasitismo: Eles são reconhecidos como os principais causadores de otite externa nesses animais e, desta forma, têm importância considerável na clínica médica de pequenos. Estes ácaros caracterizam-se por não cavarem galerias na pele do hospedeiro, sendo, portanto, considerados como agentes etiológicos de sarnas não penetrantes e, devido à alimentação por escarificação da pele, são importantes causadores de otite externa. No entanto, na maioria dos casos, eles apenas participam como oportunistas e complicadores das alterações no conduto, mudanças essas causadas pelos reais fatores primários, como aumento da umidade e de cerúmen, além de intenso prurido, os quais determinam alterações no microclima da orelha, permitindo a multiplicação de bactérias e perpetuando as reações inflamatórias dentro do canal auditivo. Prevenção e Controle: Evitar aglomeração de animais, estar sempre atento a saúde otológica dos PARASITOTECA mesmos e evitar o compartilhamento de objetos. Além da prevenção com antiparasitários como a Ivermectina e Selamectina. Imagens: Número/catálogo: 30 Gênero/espécie: Columbicola Informações particulares da coleta: Local da coleta (cidade/bairro): Local anatômico: Descrição: Nomes populares: piolhos de pombos Principais hospedeiros: pombos Ciclo evolutivo: PARASITOTECA Consequências do parasitismo: Esses ectoparasitas geralmente causam uma forte coceira, fazendo com que o pássaro se coce permanentemente. Outro sintoma comum com o avanço da infestação é a perda de vitalidade, causando um estado letárgico ou depressivo. Prevenção e Controle: O melhor método de prevenção é pulverizar esses produtos periodicamente no corpo do pássaro, além de desinfetar adequadamente a gaiola, os acessórios e toda a casa. Imagens:
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