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PILATESNASPATOLOGIASDOJOELHOLivro4 (1)

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1Érika Cássia Barroso Batista
PILATES NAS PATOLOGIAS DO JOELHO
Grupo VOLL - suporte@vollpilates.com.br - IP: 189.6.236.246WELERSON LUIZ DE OLIVEIRA CABRAL - welersoncabral272@gmail.com - IP: 179.95.114.229
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3Érika Cássia Barroso Batista
PILATES NAS PATOLOGIAS DO JOELHO
SUMÁRIO
ANATOMIA E BIOMECÂNICA DO JOELHO 05
PROPRIEDADES DA CARTILAGEM ARTICULAR 08
ARTICULAÇÃO PATELOFEMORAL 10
PILATES NA SÍNDROME DA DOR PATELOFEMORAL 13
LESÃO MENISCAL 24 
 PILATES NO PÓS OPERATÓRIO DA LESÃO MENISCAL 30
 EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS NA LESÃO MENISCAL 32
GONARTROSE OU OSTEOARTROSE DO JOELHO 33
 TRATAMENTOS ADICIONAIS DA GONARTROSE 41
 PILATES NO PÓS OPERATÓRIO DA GONARTROSE 43
 EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS NA GONARTROSE 43
PROPRIEDADES DO LIGAMENTO 46
 LESÃO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR 49
 TRATAMENTOS NA LESÃO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR 52
 PILATES NO PÓS OPERATÓRIO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR 57
 EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS NA LESÃO DO LCA 58
ANATOMIA E BIOMECÂNICA DO PÉ 61
 ENTORSE DE TORNOZELO 64
 INSTABILIDADE CRÔNICA DO TORNOZELO 67
 TRATAMENTO DO ENTORSE DE TORNOZELO 67
 EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS NO ENTORSE DE TORNOZELO 69
 PÉ PLANO 70
 PÉ CAVO 71
 PILATES NAS DISFUNÇÕES DO PÉ 72
 EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS NAS DISFUNÇÕES DO PÉ 74
EXERCÍCIOS 75
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4Érika Cássia Barroso Batista
PILATES NAS PATOLOGIAS DO JOELHO
O joelho é uma das articulações mais comumente lesionada por estar envolvida em grande parte dos gestos diários e ser uma das primeiras estruturas a absorver o impacto das forças de reação do solo. 
O Joelho é considerado uma das mais complexas estruturas anatômicas do corpo 
humano, com seus vários componentes que desempenham diferentes funções. 
Quando há desequilíbrio ou quando a função desta articulação é comprometida 
pode-se desencadear lesões nesta estrutura. Além disso, como o joelho é uma 
articulação intermediária, entre o quadril e o tornozelo, problemas nestas duas áreas 
podem gerar consequências na função do joelho, interferindo na sua integridade. 
Em vista de contribuir para uma boa funcionalidade do joelha, a boa compreensão 
da anatomia e biomecânica desta articulação pode contribuir para o sucesso de 
intervenções realizadas através do Método Pilates. A articulação do joelho é a maior 
do corpo humano, composta pelos ossos do fêmur, tíbia e patela. Entre a sua gama 
de movimentos, ela realiza flexão, extensão, rotação externa e rotação interna, 
conforme a tabela abaixo:
ANATOMIA E BIOMECÂNICA 
DO JOELHO
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5Érika Cássia Barroso Batista
PILATES NAS PATOLOGIAS DO JOELHO
Mais especifi camente, a articulação tibiofemoral (concavidade da tíbia e 
convexidade do fêmur) realizam movimentos de fl exão, extensão e leve rotação lateral 
e medial. Durante a fl exão em cadeia cinética aberta*, a tíbia desliza anteriormente 
sobre o fêmur, enquanto na extensão desliza posteriormente. Entretanto, em cadeia 
cinética fechada**, durante a fl exão o fêmur desliza posteriormente sobre a tíbia, 
enquanto na extensão desliza anteriormente.
Figura 1: Vista anterior do joelho
*Cadeia cinética aberta: Movimento no qual o segmento distal de um membro se move livremente.
**Cadeia cinética fechada: Movimento no qual o segmento distal de um membro recebe apoio peso e 
o corpo se movimenta sobre a base de apoio.
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6Érika Cássia Barroso Batista
PILATES NAS PATOLOGIAS DO JOELHO
A cápsula articular do joelho auxilia na estabilidade, juntamente com os 
ligamentos e tem como função produzir o líquido sinovial que nutre a articulação 
e dá origem às bolsas do joelho.
Os ligamentos colaterais dão estabilidade e proteção ao joelho contra os 
estresses mediais e laterais. O ligamento colateral medial (LCM) se une ao menisco 
medial evitando o estresse em valgo e a rotação lateral da tíbia sobre o fêmur. O 
ligamento colateral lateral (LCL) impede o varo e a rotação medial da tíbia sobre 
o fêmur. Dentre os dois ligamentos o LCM é o mais lesionado com o mecanismo 
de torção com pé fi xo, podendo atingir inclusive o menisco lateral e o ligamento 
cruzado anterior, lesão conhecida como tríade infeliz.
Os ligamentos cruzados anterior (LCA) e posterior (LCP) dão estabilidade 
anteroposterior e rotacional para o joelho. A lesão do ligamento cruzado 
causa instabilidade no joelho e pode ser inclusive incapacitante. O LCA é mais 
frequentemente lesionado do que o LCP, mais adiante será abordada a lesão do 
LCA e seu tratamento.
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7Érika Cássia Barroso Batista
PILATES NAS PATOLOGIAS DO JOELHO
A articulação tibiofibular proximal não é uma articulação do joelho verdadeira, 
mas sua hipomobilidade afeta tanto o joelho quanto o tornozelo e pode causar dor 
na região lateral do joelho. Caso o aluno tenha hipomobilidade desta articulação, 
o fisioterapeuta pode realizar mobilização articular anteroposterior.
As lesões mais prevalentes do joelho nos estúdios de Pilates serão discutidas 
mais adiante.
PROPRIEDADES DA 
CARTILAGEM ARTICULAR
As articulações sinovias apresentam cápsula articular, cavidade articular com presença do líquido sinovial e a cartilagem articular nas extremidades ósseas.
A cartilagem articular é composta de células e matriz extracelular:
• Condrócitos 
• Colágeno tipo II (40%)
• Proteoglicanos– GAGs (60%) composto de ácido hialurônico, sulfato de 
glicosamina, de condroitina e queratina.
Os condrócitos são as células inseridas nas lacunas da matriz extracelular e são 
responsáveis pela síntese de colágeno.
A matriz extracelular é composta de colágeno tipo II e proteoglicanos. O primeiro 
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8Érika Cássia Barroso Batista
PILATES NAS PATOLOGIAS DO JOELHO
é responsável pela força tênsil da cartilagem, sendo a malha de sustentação da 
cartilagem. E o segundo atua na absorção de água durante a compressão e tração 
da cartilagem. A expansão dos proteoglicanos é limitada pelas fi bras de colágeno.
Quando a cartilagem se degenera, são rompidas as fi bras de colágeno. Os condrócitos 
aumentam a produção de colágeno para manter a integridade da articulação, mas à 
medida que a síntese e maturação fi cam limitadas, ocorre a degradação da cartilagem 
e a exposição do osso subcondral, como na síndrome da dor femoropatelar e na 
osteoartrose, ambas patologias serão abordadas nos próximos capítulos.
Figura 3: Propriedades da cartilagem articular
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9Érika Cássia Barroso Batista
PILATES NAS PATOLOGIAS DO JOELHO
ARTICULAÇÃO 
PATELOFEMORAL
A patela se articula com o fêmur nos movimentos de fl exão (0 a 135°) esta é a sua posição de máxima congruência e, na extensão (0 a -15°) sendo a sua posição de repouso. A patela tem como funções aumentar a efi ciência dos 
últimos 30 graus de extensão, diminuir o atrito do quadríceps no fêmur e proteger 
o joelho contra golpes anteriores. 
Quando o joelho estende a patela desliza no sulco femoral superiormente e 
quando fl exiona a patela desliza inferiormente, numa excursão entre5 a 7 cm.
A patela apresenta cinco facetas: superior, inferior, lateral, medial e ímpar ou 
terceira faceta (old facet), a geometria da faceta varia entre indivíduos e pode 
afetar o alinhamento da patela, aumentando as forças compressivas sobre ela.
Figura 4: Facetas patelar
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10Érika Cássia Barroso Batista
PILATES NAS PATOLOGIAS DO JOELHO
Os componentes do osso do fêmur são os maiores responsáveis por manter a 
estabilidade da patela. O sulco femoral é formado pelos côndilos medial e lateral, 
este é mais elevado e, quando raso a patela se lateraliza, esta pode ser uma das 
causas da síndrome da dor patelofemoral. A estabilidade passiva também é dada 
pelos retináculos lateral e medial e pela cápsula articular.
A estabilidade dinâmica da patela é dada pelos músculos quadríceps, em 
particular pelo vasto lateral (VL) e vasto medial (VM). O VL combina-se com o 
retináculo lateral tracionando a patela lateralmente. O VM é comumente dividido 
em vasto medial oblíquo (VMO) e vasto medial longo (VML). Estes músculos 
são responsáveis pela manutenção do alinhamento patelar no sulco femoral. O 
desequilíbrio muscular entre o VL e VMO é um dos fatores que afetam a biomecânica 
da patela e pode originar a síndrome da dor patelofemoral.
Figura 5: Vista anterior da patela e músculos
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PILATES NAS PATOLOGIAS DO JOELHO
Durante as atividades diárias a força de reação sobre a patela pode chegar a 7 
vezes o peso corporal, conforme a tabela abaixo.
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12Érika Cássia Barroso Batista
PILATES NAS PATOLOGIAS DO JOELHO
PILATES NA SÍNDROME 
DA DOR PATELOFEMORAL
A síndrome da dor patelofemoral também conhecida como condromalácia patelar, estresse femoropatelar ou disfunção patelofemoral é uma patologia frequente nos estúdios de Pilates. Esta doença tem alta incidência 
nos esportes e na população em geral, estimasse que 7 a 15% da população são 
acometidas com a síndrome da dor patelofemoral. Nas clínicas ortopédicas o 
diagnóstico da síndrome da dor patelofemoral chega a 25%. 
A síndrome da dor patelofemoral é uma alteração cartilaginosa da superfície 
articular da patela. A cartilagem da patela apesar de ser a mais espessa do corpo 
humano, é propícia a desgaste que se origina na camada superficial, intermediária 
e profunda evoluindo para a exposição do osso subcondral. Quando a alteração 
está em estágio avançado, aumenta a pressão intra-óssea resultando em dor. A 
lesão da cartilagem articular desencadeia a irritação sinovial sendo outra fonte de 
dor anterior ou retro patelar. Esta lesão pode ser desencadeada pelos seguintes 
fatores: 
• Desalinhamento patelar
• Aumento do ângulo Q
• Patela alta ou baixa
• Pronação subtalar excessiva
• Rotação lateral da tíbia
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13Érika Cássia Barroso Batista
PILATES NAS PATOLOGIAS DO JOELHO
• Anteversão femoral
• Joelhos valgos ou varos
• Encurtamento do retináculo lateral
• Encurtamento dos músculos isquiotibiais e trato íliotibial. 
O desequilíbrio dos estabilizadores dinâmicos da patela entre os músculos 
vasto medial oblíquo (VMO) e vasto lateral (VL) é considerado o fator primordial 
para o surgimento dos sintomas, alterando a cinemática patelar e contribuindo 
para o aumento das forças de reação e compressão femoropatelar. O tratamento 
conservador tem efetividade de 75-80% nos pacientes acometidos com a 
síndrome da dor patelofemoral, os exercícios do método Pilates promovem o 
equilíbrio neuromuscular através do ganho de força, resistência, flexibilidade e 
propriocepção. Os exercícios devem dar ênfase no fortalecimento do VMO e da 
ativação dos adutores. 
A síndrome da dor patelofemoral é classificada por Outerbridge em IV graus:
• GRAU I - Amolecimento da cartilagem
• GRAU II - Áreas de fibrilação ou fissura, superfície irregular; fissuras em área 
menor que 1,3 cm de diâmetro
• GRAU III - Áreas de fibrilação com fissuras que se estendem até o osso subcondral; 
fissuras com diâmetro maior que 1,3cm
• GRAU IV - Exposição/erosão do osso subcondral
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14Érika Cássia Barroso Batista
PILATES NAS PATOLOGIAS DO JOELHO
Figura 6: Graus da síndrome da dor patelofemoral
O paciente se queixa de dor difusa na região anterior do joelho e durante as 
atividades diárias como subir, descer escadas e agachar. É incirreto afi rmar que 
todas as dores na região anterior do joelho são sintomas exclusivos da síndrome da 
dor patelofemoral. A dor também pode ocorrer na permanência de longo período 
sentado, sintoma conhecido como sinal do cinema, a crepitação está presente em 
aproximadamente 62% da população. 
Nos exercícios de Pilates em cadeia cinética fechada (CCF) a área de contato da 
patela aumenta conforme o joelho se fl exiona até 90°. As maiores compressões 
em cadeia cinética fechada da articulação patelofemoral ocorre entre 60° e 90° 
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15Érika Cássia Barroso Batista
PILATES NAS PATOLOGIAS DO JOELHO
e à medida que a fl exão aumenta entre 90° e 120° o estresse diminui. Em CCF as 
menores compressões acontecem até os 30° e acima dos 90°.
Já em cadeia cinética aberta (CCA) o maior estresse articular ocorre nos primeiros 
30° e diminui a 90°. A menor quantidade de estresse em CCA ocorre entre 60° e 90° 
de fl exão. Os exercícios em isometria com elevação da perna retifi cada produzem 
o mínimo de estresse sobre a articulação patelofemoral.
Figura 7: Estresse sobre a articulação do joelho em CCF e CCA
As repetições vão depender da manutenção dos princípios do Pilates, do 
alinhamento correto e da força muscular do quadríceps, nos casos de dor e edema 
a força máxima do quadríceps diminui. 
Inicia-se com movimentos de pequenas amplitudes e poucas repetições 
livres de dor, aumentando à medida que o aluno ganha consciência corporal e 
habilidade motora. O importante é dar ênfase na qualidade do movimento e não 
na quantidade.
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16Érika Cássia Barroso Batista
PILATES NAS PATOLOGIAS DO JOELHO
A pelve estabiliza o joelho minimizando o estresse articular da patelofemoral, 
deve-se dar prioridade para fortalecer os músculos glúteos (médio e mínimo) 
e rotadores externos (piriforme, gêmeo superior e inferior, obturador interno e 
externo e quadrado femoral) e durante os exercícios evitar o valgo dinâmico, pois 
aumenta a pressão sobre a patela.
A pronação excessiva do pé causa torção da tíbia e altera a tração do tendão 
patelar que pode acentuar o valgo dinâmico, todas estas alterações biomecânicas 
aumentam a força de compressão patelar. Um exercício simples que o aluno com 
pé pronador pode realizar em domicílio ou em qualquer lugar é de elevar o arco 
longitudinal medial do pé deixando a pressão no hálux apoiado no solo ou flexão, 
abdução e adução somente dos dedos.
O fortalecimento e o alongamento dos músculos reto femoral, isquiotibiais, 
tensor da fáscia lata e gastrocnêmios devem ser realizado, estes músculos quando 
encurtados, tracionam a patela lateralmente. Também pode realizar no final ou 
início da aula, a autoliberação miofascial através do foam rollerdos músculos acima.
Figura 8: Liberação miofascial do trato íliotibial com foam roller
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17Érika Cássia Barroso Batista
PILATES NAS PATOLOGIAS DO JOELHO
 Os exercícios proprioceptivos são indicados nas fases tardias da reabilitação e 
devem ser introduzidos com o mínimo de queixa de dor. O tempo estimado de 
melhora da dor do aluno com a síndrome da dor patelofemoral é de 2 a 6 meses, 
contudo, o trabalho de fortalecimento e alongamento muscular deve ser contínuo, 
pois os sinais e sintomas retornarão assim que o aluno perder a estabilidade 
dinâmica.
Apesar dos pacientes com síndrome da dor patelofemoral ter um bom resultado 
com o tratamento conservador, nos casos que evoluem para o tratamento cirúrgico 
é realizada a liberação do retináculo lateral e por via artroscópica, adicionalmente 
pode ser realizado a terapia com plasma rico em plaquetas (PRP), outros 
procedimentos cirúrgicos também podem ser realizados como a mosaicoplastia e 
a patelectomia.
Os testes abaixo podem ser realizados com os alunos no estúdio de Pilates para 
confirmar o diagnóstico médico. Cuidado ao realizá-los, pois eles podem aumentar 
a dor na articulação femoropatelar.
ÂNGULO Q 
O ângulo Q (quadríceps) é definido pelo ângulo do músculo quadríceps e o 
tendão patelar, representa a força do quadríceps. O paciente fica em pé com os pés 
e pelve em neutra e os membros inferiores alinhados, num ângulo reto. Passa uma 
linha da espinha ilíaca ântero-superior até o ponto médio da patela, o quadríceps 
deve estar relaxado durante o teste. Outra linha é traçada da tuberosidade da tíbia 
até o ponto médio da patela. O ângulo formado pelo cruzamento dessas duas 
linhas é o ângulo Q. Normalmente o ângulo Q é de 13° nos homens e 18° nas 
mulheres (em função da pelve mais larga). Ângulos menores que 13° ou maiores 
que 18° podem estar associados com a síndrome da dor patelofemoral. Este teste 
pode ser realizado diretamente no paciente ou no RX. Alterações no ângulo Q 
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18Érika Cássia Barroso Batista
PILATES NAS PATOLOGIAS DO JOELHO
pode não ser a causa primária da síndrome da dor patelofemoral, mas contribui 
para a síndrome na presença de outras alterações.
TESTE DE APREENSÃO PATELAR
Paciente em decúbito dorsal com o joelho a 30° de flexão. Cuidadosamente e 
lentamente o profissional desloca a patela lateralmente. Se o paciente parece 
apreensivo e tenta contrair o quadríceps para trazer a patela de volta à posição 
neutra, o teste é considerado positivo.
Figura 9: Ângulo Q
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19Érika Cássia Barroso Batista
PILATES NAS PATOLOGIAS DO JOELHO
 SINAL DE CLARKE
Paciente em decúbito dorsal com o joelho estendido, pressionar a patela para 
baixo, em seguida é solicitado a contração do quadríceps. O teste é considerado 
positivo se causar dor ou não consegue manter a contração. Pode-se testar em 
diferentes graus de flexão: 30°, 60° e 90°.
Figura 10: Teste de apreensão patelar
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PILATES NAS PATOLOGIAS DO JOELHO
 TESTE DE OBER
Este teste tem como objetivo verifi car o encurtamento do músculo tensor da 
fáscia lata (TFL).
Paciente em decúbito lateral com o quadril fl exionado a 90°, o profi ssional realiza 
uma leve abdução e uma extensão do quadril depois devagar solta a perna, se o 
paciente manter a perna elevada o teste é positivo para encurtamento do músculo 
tensor da fáscia lata.
Figura 11: Teste de Clarke
tensor da fáscia lata.
Figura 12: Teste de Ober
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PILATES NAS PATOLOGIAS DO JOELHO
EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS 
NA SÍNDROME DA DOR 
PATELOFEMORAL
A revisão sistemática de Alba-Martín et al., (2015) avaliaram os efeitos do tratamento conservador através de exercícios físicos e técnicas fisioterapeuticas em pacientes com a síndrome da dor patelofemoral e 
concluíram que os exercícios de facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP), 
alongamentos e fortalecimentos dos músculos rotadores externos e abdutores do 
quadril, assim como dos extensores do joelho foram efetivos na melhora da dor e 
da função de pacientes com síndrome da dor patelofemoral. 
Os estudos selecionados nesta publicação também concluíram que a combinação 
de exercícios de fortalecimento para os rotadores externos, abdutores do quadril 
e flexores de joelho apresentaram valores mais baixos para o nível de dor e função 
quando comparados com os exercícios de fortalecimento isolado de quadríceps.
O estudo randomizado de Yilmaz et al., 2015 tiveram como objetivo avaliar 
o efeito dos exercícios de estabilização postural (n=22) e os fortalecimentos 
tradicionais de quadríceps e adutores (n=20) na dor, qualidade de vida e função 
de pacientes com síndrome da dor patelofemoral. 
Os autores concluíram que os exercícios adicionais de estabilização postural 
com o fortalecimento dos músculos transverso do abdome, multífidos, assoalho 
pélvico e diafragma foram capazes de diminuir a dor, aumentar a função, a força 
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22Érika Cássia Barroso Batista
PILATES NAS PATOLOGIAS DO JOELHO
e a flexibilidade muscular em 12 semanas de tratamento. Em 6 semanas a dor 
diminuiu em ambos os grupos, mas foi menor no grupo de estabilização postural.
O artigo de revisão de Nobre (2011) avaliou os efeitos dos exercícios em cadeia 
cinética aberta e fechada na síndrome da dor patelofemoral e concluiu que ambas 
cadeias promovem diminuição da dor e aumento da força muscular, todavia, os 
exercícios em cadeia cinética fechada têm sido considerados mais funcionais para 
a reabilitação de indivíduos com dor patelofemoral.
O estudo de Baldon et al., (2014) avaliaram os efeitos dos exercícios apenas para 
quadríceps comparados com o treinamento de estabilização funcional de quadris, 
joelhos e tronco e concluíram que os pacientes com síndrome da dor patelofemoral 
se beneficiaram do último tipo de tratamento após 8 semanas. Os autores também 
destacam que se deve incentivar o alinhamento de membros inferiores nas tarefas 
diárias e enfatizam o fortalecimento de abdutores, extensores e rotadores laterais 
de quadris em pacientes com diagnóstico de síndrome da dor patelofemoral.
Petersen et al., (2012) pesquisaram o efeito de órteses na estabilização patelar 
na prevenção da lateralização da patela na síndrome da dor patelofemoral e 
concluíram que os estudos são limitados e de baixa qualidade metodológica sobre 
a eficácia das órteses que prometem estabilizar a patela.
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LESÃO MENISCAL
Os meniscos são essenciais para a estabilidade articular do joelho, absorção de 
impacto, distribuição de forças de contato, lubrifi cação articular e propriocepção.
O menisco medial tem formato de “U”, enquanto o menisco lateral tem formato 
de “C”, eles absorvem cerca de 50-60% das forças compressivas sobre os joelhos.
São compostos de fi brocartilagem (condrócitos imersos em fi bras colágenas), 
formado de 75% de colágeno tipo I.
Eles são avasculares, área conhecida de zona branca, exceto na porção mais 
externaconhecida como zona vermelha - área de aproximadamente 25% da 
periferia. As lesões meniscais centrais têm baixa regeneração por ser na zona 
avascular/branca.
Figura 13: Vista superior dos meniscos
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O menisco medial está conectado ao ligamento colateral medial (LCM) e, muitos 
pesquisadores associam a prevalência das lesões meniscais mediais ao fato deste 
ser mais imóvel (se desloca entre 2-5mm) quando comparado com o menisco 
lateral, este já não sofre muito impacto de posicionamento. Estima-se que 75% 
das lesões ocorrem no menisco medial e 25% do menisco lateral, 5% dos pacientes 
tem acometimento bilateral.
Depois da remissão dos sintomas agudos, devem ser feitos exercícios em CCF e 
CCA para preparar o aluno para os movimentos funcionais.
Rupturas meniscais que ocorrem externamente tem mais chance de cicatrização 
e se beneficiam com a técnica de reparo meniscal, infelizmente somente 20% das 
lesões menicais são reparáveis. Se houver cirurgia de reparo meniscal o tempo de 
reabilitação é mais prolongado.
Figura 14: Zona vermelha e branca dos meniscos
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Figura 15: Corno meniscal anterior, posterior e corpo.
Quando a lesão ocorre no corno posterior, geralmente está associada à 
degeneração como em atividades repetitivas e de forças em fl exão, enquanto 
as rupturas lateral e anterior parecem estar associadas a trauma como corridas e 
mudanças abruptas de direção mais comum em jovens durante a prática esportiva.
Os sinais e sintomas de lesão meniscal incluem: dor intermitente na região 
transversal da articulação femorotibial, edema e bloqueio articular.
As lesões meniscais podem ser classifi cadas quanto a sua morfologia: oblíquas 
ou “fl ap”; verticais ou longitudinais, incluindo “alça de balde” onde o fragmento 
rompido pode bloquear a extensão total da articulação do joelho; lesões transversas 
ou horizontais e degenerativas que acometem adultos acima de 40 anos. Cerca de 
80% das lesões menicais são longitudinais ou oblíquas. 
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 Figura 16: Tipos de lesões meniscais
As rupturas de menisco podem causar bloqueio agudo da articulação e dor na 
interlinha articular principalmente na extensão e fl exão máxima.
O tratamento de uma lesão meniscal depende da sua localização, estabilidade 
articular, tamanho, tempo de ocorrência, idade e estilo de vida do paciente. Em 
casos onde há estabilidade articular, o tratamento conservador pode ser mantido. 
O Pilates é indicado como tratamento conservador e durante o pós-operatório, 
os exercícios são supervisionados e planejados individualmente e como resultado 
melhoram a força muscular, fl exibilidade e a propriocepção, diminuindo a pressão 
intra articular. Caso os sinais e sintomas persistam, o paciente é indicado para 
o tratamento cirúrgico, para evitar a evolução para a osteoartrose, perda da 
funcionalidade e da qualidade de vida. As cirurgias têm evoluído bastante nos 
últimos anos e o tipo de cirurgia está relacionada ao tempo de reabilitação e aos 
cuidados com o paciente no pós-operatório.
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No reparo meniscal ocorre a sutura da área lesionada, geralmente a cirurgia 
é indicada para pacientes jovens, com comprometimento na área vascular/
zona vermelha, apresentando melhores respostas à cicatrização. O processo de 
reabilitação nestes casos é mais longo e o paciente retorna às suas atividades 
normalmente após 4-6 meses. O profissional deve ter cuidado com a reabilitação e 
respeitar as fases de reparo. Quanto mais precoce a realização do reparo meniscal 
melhor é o prognóstico. A complicação desta cirurgia é a aderência do nervo 
safeno tanto pós-operatório quanto durante a cicatrização por aderências.
Na meniscectomia parcial ou total é retirada a parte do menisco lesionada ou a 
retirada total do menisco, esta última cirurgia é pouco realizada pois aumentam as 
chances de evoluir para a osteoartrose de joelho, uma patologia abordada a seguir. 
A liberação para atividades após a meniscectomia ocorre entre 4 – 6 semanas.
Os testes abaixo podem ser realizados no estúdio de Pilates para confirmar o 
diagnóstico médico de lesão meniscal, todavia, o padrão ouro para o diagnóstico 
médico é a ressonância magnética (RN) com acurácia de 90-95%.
TESTE DE MCMURRAY
Identifica a lesão do corno posterior do menisco. Com o paciente em decúbito 
dorsal, os quadris a 90º e os joelhos em flexão máxima, o examinador ao lado 
do joelho a ser examinado palpa a interlinha articular com uma das mãos e, com 
a outra, segura o pé do paciente, provocando movimentos de rotação interna 
e externa da perna, alternadamente. A presença de dor com ou sem estalidos, 
junto à interlinha articular medial após rotação externa, pode caracterizar lesão 
do menisco medial. Quando se realiza rotação interna com sintomatologia junto à 
interlinha articular lateral, pode caracterizar a lesão do menisco lateral.
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 Figura 17: Teste de McMurray
TESTE DE APLEY
Paciente em decúbito ventral com o joelho flexionado a 90º. O examinador roda 
a tíbia lateral e medial. Aplica-se uma força axial junto ao pé à medida em que se 
realiza-se rotação interna e externa da perna. As lesões são caracterizadas pela 
presença de dor ou estalidos junto às interlinhas articulares durante a fase de 
compressão de teste, para o menisco medial em rotação externa e para o menisco 
lateral em rotação interna. 
 
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Figura 18: Teste de Apley
PILATES NO PÓS-OPERATÓRIO DE LESÃO MENISCAL
Os tratamentos da lesão meniscal são três: não cirúrgico, reparo meniscal e 
meniscectomia parcial. Os fatores que determinam o tipo de tratamento são: idade, 
comorbidades, tipo de lesão e complicações. Pacientes idosos tendem a realizar o 
tratamento não cirúrgico. A meniscectomia parcial é indicada nos casos de lesão 
na área avascular e com sinais limitantes para restaurar a funcionalidade, já o 
reparo de menisco é indicado para lesão na área vascular (periférica), geralmente 
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esta cirurgia é mais indicada para pacientes jovens que após 2 anos tem 80% de 
sucesso do tratamento. Durante as 3 primeiras semanas, o paciente permanece 
com uma órtese para que o joelho fique em extensão durante a noite e após 6-8 
semanas a órtese é removida. 
O profissional deve focar no alongamento de quadríceps e mobilização da 
articulação femorotibial para ganhar amplitude de movimento em flexão. Os 
exercícios não devem produzir dor ou edema em qualquer fase da reabilitação.
A fase de proteção articular acontece entre a 4ª – 12ª semana de PO. 
Nas 4 primeiras semanas de PO não se deve realizar flexões acimade 45 graus e, 
a partir da 8ª semana de PO não realizar exercícios entre 60-70 graus de flexão, pois 
impõe forças de translação sobre o menisco. Adiar as flexões do joelho por cerca 
de 8 semanas de PO. Não fazer exercícios que envolvam agachamentos profundos 
pelo menos durante 4-6 meses.
Enfatizar exercícios de estabilização de tronco e progredir com exercícios de 
fortalecimento de quadril e tornozelo, com ênfase no fortalecimento de abdutores 
e extensores do quadril.
Após 16 semanas evoluir com exercícios funcionais e de coordenação com 
alinhamento correto de tronco e de membro inferiores.
Os exercícios de propriocepção e de equilíbrio podem ser realizados assim que o 
paciente realizar a descarga de peso total. Também são adicionados os exercícios 
de fortalecimento de quadríceps como miniagachamentos em isometria, 
concêntrico e excêntrico. Os exercícios em cadeia cinética aberta somente serão 
realizados após a 6ª ou 8ª semana de PO.
A partir do 6º mês de PO pode evoluir para exercícios funcionais para as atividades 
exercidas pelo paciente.
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EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS NA LESÃO MENISCAL
Kak, Park & Park (2015) avaliaram o efeito do glúteo médio em pacientes com 
lesão meniscal após a artroscopia. Foram 24 indivíduos divididos em dois grupos: 
experimental (exercícios de fortalecimento de glúteo médio com abdução de 
quadris, n=12) e grupo controle (n=12). 
Após 8 semanas foi possível observar no grupo experimental o aumento da força 
de extensão de joelho de 40% comparada com aumento de 31% do grupo controle 
e aumento da força de flexão de joelho de 31% comparado com o grupo controle 
com 18%, comprovando que o músculo glúteo médio controla o movimento do 
fêmur e estabiliza a pelve, gerando maior força muscular dos músculos extensores 
e flexores de joelhos.
O estudo de Howell et al, 2014 afirmam que no tratamento conservador os 
exercícios físicos são o foco da lesão meniscal, através do ganho da amplitude de 
movimento, alongamento de isquiotibiais, fortalecimento de músculos do quadril 
e joelho, além dos exercícios proprioceptivos.
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GONARTROSE 
A gonartrose também é conhecida como osteoartrose (OA) ou osteoartrite do joelho, ela é a doença que mais afeta as articulações que sustentam o peso corporal, aproximadamente 33% das pessoas acima de 65 anos 
apresentam evidências radiológicas de OA e sua incidência aumenta com a idade. 
No Brasil estimasse que o número de pessoas acometidas com doenças articulares 
cresce 20% a cada ano, e 35% dos casos acomete o joelho.
A OA é classificada de acordo com sua causa em primária ou secundária: 
• Primária ou Idiopática: em que a causa é inespecífica. Ela é a mais comum, 
têm forte relação com a obesidade e com o aumento da idade. 
• Secundária: é a artrose que ocorre após um trauma, lesão ligamentar ou 
meniscal do joelho, sequela de infecções ou outras doenças locais ou sistêmicas, 
como o lúpus, a artrite reumatóide, hemofilia e gota.
Embora a cartilagem articular contenha 8 tipos de colágeno, o mais abundante 
é o colágeno tipo II. A cartilagem possui uma relativa capacidade de regeneração, 
todavia, extremamente baixa. A matriz extracelular é composta por 60%-80% de 
água em função da quantidade de proteoglicanos e 80% do seu peso seco é de 
colágeno tipo II. 
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Figura 19: Propriedades da cartilagem articular
Quando um peso é descarregado sobre a articulação, a força de compressão 
sobre a cartilagem articular libera água retida na matriz extracelular através 
dos proteoglicanos, composto de glicosaminoglicanas (GAGs). Se a descarga de 
peso continua, as camadas inferiores da cartilagem com presença de colágeno 
asseguram a proteção contínua, conhecida como fase sólida da aceitação da carga.
À medida que envelhecemos a cartilagem fi ca menos espessa e mais quebradiça, 
produzindo a degeneração da superfície articular. Depois que a cartilagem sofre 
degeneração, a próxima estrutura envolvida é o osso subcondral. 
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Figura 20: Propriedades dos proteoglicanos
A cartilagem articular não apresenta inervação, mas no osso e ligamentos ao 
redor da articulação sim, por isso a dor evolui com a progressão da doença.
Como dito anteriormente, a OA é a doença reumatológica mais prevalente 
nos indivíduos acima de 65 anos e os exercícios podem aumentar a força, a 
fl exibilidade muscular e diminuir o estresse na articulação do joelho, diminuindo 
a dor e melhorando a função dos pacientes.
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 Figura 21: Degeneração da cartilagem articular
A cicatrização da cartilagem articular depende de:
- A profundidade da lesão
- A maturidade da cartilagem e
- A localização da lesão
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Os pacientes acometidos com OA queixam-se de dor articular profunda, 
limitação da amplitude de movimento principalmente no início da deambulação, 
fraqueza muscular e perda da qualidade de vida, levando até a incapacidade física 
principalmente quando atinge articulações de descarga de peso como joelho e 
quadril. É mais frequente em mulheres acima dos 40 anos e pós-menopausa. Os 
hormônios sexuais femininos têm ação na produção de condrócitos e osteoblastos, 
por isso é mais frequente a OA em mulheres pós-menopausada.
No joelho acomete principalmente a porção medial da articulação. Desenvolve-
se deformidade no joelho em varo. A sensação que o joelho está deslocando ou 
faseando é comum entre os sintomas e crepitações. 
Figura 22: Deformidade da OA de joelho
Iniciar com exercícios isométricos em vários ângulos, os exercícios realizados 
em cadeia cinética aberta ou fechada devem ser na amplitude livre de dor, a 
progressão deve ser moderada tanto de carga quanto de repetições. Os exercícios 
não devem exacerbar os sintomas. Alguns alunos sentirão dor se a velocidade for 
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baixa, nestes casos, aumentar a velocidade e muitas vezes diminuir a resistência.
REALIZAR EXERCÍCIOS ISOMÉTRICOS COM FOCO NOS 
MÚSCULOS QUADRÍCEPS E ISQUIOTIBIAIS.
À medida que o aluno evolui realizar exercícios funcionais como subir e descer 
da box, subir e descer de lado etc. Como o exercício going up front na chair, o 
movimento deve ser sempre indolor. 
 Figura 23: Exercício Going Up na chair com disco de rotação
É importante fortalecer os músculos do quadril e tornozelo, eles também 
dissipam as forças impostas ao joelho.
Agachamentos são permitidos desde que o aluno não sinta dor durante a 
execução. Pode realizar agachamentos com a bola suíça na parede e sobre o bosu.
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Na presença de dor articular e de edema ocorre inibição reflexa dos músculos 
estabilizadores e fraqueza por desuso levando ao suporte inadequado da 
articulação do joelho, aumentando a suscetibilidade aos traumas. Por isso o bom 
suporte muscular protege a articulação artrítica.
Na OA o equilíbrio também fica comprometido em função dos impulsos 
sensoriais alterados ou diminuição dos fusos musculares. A propriocepção e o 
equilíbrio devem ser realizados na amplitude livre de dor.
O grau de dor é suficiente para comprometer as atividades de vida diária como 
a marcha, diminuindo a qualidade de vida. As causas da OA são multifatoriais: 
excesso de peso, trauma articular, deformidades no desenvolvimento, fraqueza de 
quadríceps e rotação medial da tíbia.
Os pacientes devem ter consciência que a dor pode variar a cada dia. Se possível 
realizar os exercícios no período vespertino ou noturno uma vez que a dor e a 
rigidez matinal estão presentes na OA. Caso os exercícios sejam avançados para o 
aluno, este irá sentir aumento da dor entre 1-2h após o Pilates.
Na OA de joelho, não somente os músculos que atravessam esta articulação 
estão fracos, o fortalecimento lombopélvico e de tornozelos deve ser incentivado, 
nestas articulações é possível observar a hipomobilidade.
A OA se desenvolve lentamente em respostas às sobrecargas mecânicas, no 
RX evidencia a alteração da arquitetura articular, diminuição do espaço articular, 
formação de osteófitos, esclerose do osso subcondral e nos exames de ressonância 
ou artroscopia é possível observar a degradação da cartilagem. A OA pode 
acometer mais de uma articulação.
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Figura 24: Sinais radiológicos da OA do joelho
Figura 25: Alterações anatômicas da OA do joelho
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Outros sinais são a rigidez matinal, aumento da dor articular com o apoio de 
peso, crepitação e perda da amplitude de movimento.
 
TRATAMENTOS ADICIONAIS DA GONARTROSE
Os suplementos condroprotetores orais como condroitina e glicosamina 
apresentam resultados na diminuição da dor, melhora da mobilidade e com 
poucos efeitos colaterais, mas não há consenso científico sobre a sua eficácia. 
Estas substâncias ajudam a manter a quantidade de água na matriz extracelular, à 
medida que a doença evolui, o paciente recorre a outros métodos para a analgesia.
O transplante autólogo de condrócitos é um tratamento cirúrgico recente e de 
alto custo, onde são implantados condrócitos na zona da cartilagem articular. As 
células são retiradas do doador e cultivadas em laboratório para a sua proliferação 
por 21 dias e reimplatadas no doador.
O plasma rico em plaqueta (PRP) é outro tratamento realizado na OA, consiste na 
retirada de concentrados de plaquetas do próprio sangue do paciente. O coágulo 
de plaquetas com alta concentração de fatores de crescimento liberada pelas 
plaquetas potencializa a proliferação dos condrócitos e a produção de matriz 
cartilaginosa extracelular, aumentando a celularidade, a qualidade e quantidade 
do tecido cartilaginoso e serve como estrutura de base. Este tratamento não tem 
unanimidade comprovada sobre a sua eficácia, contudo, alguns estudos sugerem 
a eficácia clínica no uso do PRP para lesões de cartilagem com melhora da dor e 
da função.
Nos casos em que o tratamento conservador é incapaz de controlar os sinais 
e sintomas da OA, o médico pode indicar o tratamento cirúrgico. O tipo de 
procedimento depende de vários fatores como a idade, nível de atividade, grau 
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de destruição articular, deformidade e restrição da mobilidade. Uma das cirurgias 
realizada na OA é a artroplastia parcial ou total do joelho cimentada ou não 
cimentada.
Na artroplastia total são substituídas por prótese as áreas de contato articular: 
tíbia, fêmur e algumas vezes o recapeamento da patela é realizado. Na parcial 
apenas um dos componentes são substituídos por prótese: fêmur ou tíbia.
 Figura 26: Degeneração da cartilagem articular e evolução para a artroplastia
O tipo de fi xação pode ser cimentada onde a prótese é fi xada co cimento ósseo 
e, permite descarga de peso total logo após a cirurgia, também não requer a troca 
da prótese por aproximadamente 20 anos. Já na não cimentada, facilita a troca 
da prótese geralmente realizada em pacientes mais jovens, contudo, os cuidados 
com este tipo de cirurgia são maiores, uma vez que se tem de respeitar as fases de 
reparo ósseo. A descarga de peso acontece com a liberação médica em torno da 
6ª semana de pós-operatório.
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PILATES NAS PATOLOGIAS DO JOELHO
A incisão é feita anteriormente pelo método tradicional ou minimamente 
invasivo. Não há restrições quanto ao modo de sentar após a artroplastia de 
joelho, diferente do que acontece quando a cirurgia é no quadril. A caminhada 
com dispositivos auxiliares ou não, e os exercícios isométricos são realizados no 
dia seguinte à cirurgia.
O tratamento pós-cirúrgico irá depender do tipo de cirurgia, tipo de fixação da 
prótese, do tempo em que foi feita e da amplitude de movimento atual. Além 
disso, a reabilitação deve ser cuidadosa e progredir com cautela para proteger o 
reparo ou enxerto, respeitando as fases do processo de cicatrização.
PILATES NO PÓS-OPERATÓRIO DE OSTEOARTROSE
No pós-operatório geralmente os exercícios do Pilates são liberados após 2 
semanas até 3 meses de pós-operatório e os objetivos são: manter e melhorar a força 
do membro contralateral, recuperar a amplitude de movimento pré cirurgia, evitar 
a contratura em flexão, melhorar a estabilidade do tronco e promover a mobilidade 
funcional. O movimento mais importante a ser recuperado é a extensão de joelho. 
Deve-se dar ênfase ao fortalecimento dos músculos posteriores da coxa, 
quadríceps, extensores de quadril e abdutores. É comum a fraqueza muscular dos 
flexores plantares e flexores dorsais do tornozelo.
Os exercícios de resistência muscular com cargas mais elevadas começam a partir 
da 4ª a 6ª semana de pós-operatório. A partir da fase de apoio de peso total, o aluno 
pode realizar exercícios proprioceptivos com o uso de acessórios como o bosu.
Professores de Pilates habilitados podem realizar a mobilização articular das 
articulações adjacentes como a femoropatelar e a tibiofibular proximal, uma vez 
que estas podem apresentar rigidez.
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O Pilates é um exercício seguro, no qual são recrutados músculos profundos e 
globais. A estabilidade lombopélvica melhora a dor dos alunos acometidos com 
a OA de joelho. O planejamento dos exercícios deve ser individualizado, levando 
em consideração a idade e comorbidades do aluno.
A força do quadríceps tem papel importante na preservação do nível de atividade 
e diminuição do risco da OA progressiva. É preferível fazer exercícios em CCA e 
com cargas mais leves, caso o aluno sinta dor durante a execução do movimento, 
solicitar que aumente a velocidade do exercício.
Atividade de alto impacto deve ser evitada,como os saltos no Reformer, 
o professor deve atentar para a deformidade articular e se a biomecânica está 
inapropriada para a tarefa, nestes casos a maioria dos alunos sente dor durante ou 
após a aula. 
O professor deve encorajar os alunos com OA de joelho a reduzir de peso, uma 
vez que 500g de peso a menos gera diminuição da pressão sobre a articulação 
de aproximadamente 1500g. Um excelente aliado do Pilates é a hidroterapia ou 
qualquer outra atividade aquática, isto porque as propriedades físicas da água 
aumentam a decoaptação articular e promovem a drenagem linfática pela 
pressão hidrostática. Ou exercício aeróbio sem impacto para o condicionamento 
cardiorrespiratório. Em geral os pacientes submetidos à cirurgia retornam sua vida 
normal entre 8 a 10 semanas e em até 4 a 6 meses de pós-operatório.
EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS NA OSTEOARTROSE
A revisão sistemática de Duarte et al., (2013) teve como objetivo avaliar se os 
exercícios físicos melhoram os sintomas da OA de joelho em pacientes acima de 
50 anos. 101 artigos foram selecionados e os autores concluíram que os exercícios 
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44Érika Cássia Barroso Batista
PILATES NAS PATOLOGIAS DO JOELHO
físicos mais benéficos na melhora dos sintomas da OA foram os aquáticos, 
isocinéticos, treinamento de força muscular, caminhada, além da educação do 
paciente.
Jegu et al. (2014) compararam os efeitos do fortalecimento muscular de 
quadríceps no aparelho isocinético Cybex 6000 através de exercícios concêntrico 
e excêntrico na OA de joelho e após 6 meses os autores concluíram que o exercício 
excêntrico teve superioridade no aumento de força de quadríceps em comparação 
com o exercício concêntrico. De modo que na reabilitação, se pode dar mais 
prioridade a um treinamento excêntrico em pacientes com osteoartrose do joelho.
Lange et al., (2008) na sua revisão sistemática, confirmam que na literatura 
científica, os exercícios especialmente de fortalecimento muscular são benéficos 
na melhora da função física de pessoas com osteoartrose de joelho.
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PROPRIEDADES DO 
LIGAMENTO
O ligamento é classificado como tecido conjuntivo regular denso constituído 
por colágeno. A maioria dos ligamentos é denso, pouco vascularizado e com fibras 
em paralelo.
As principais funções do ligamento são: união de ossos para formar articulações; 
Restrição de movimentos articulares; Manutenção da congruência e estabilidade 
articular e promovem mecanismo sensorial articular.
Sua constituição é de um terço de água, colágeno, elastina, proteoglicanos e 
fibroblastos. O colágeno é o componente seco mais abundante (80%) e existem no 
mínimo 18 tipos de colágeno no corpo humano. Nos ligamentos, tendões e ossos 
predominam o colágeno tipo I que fornece força e resistência para o ligamento, 
resistente à carga tênsil.
Os proteoglicanos são os principais componentes da matriz extracelular (MEC) 
e resistem às cargas compressivas e constituem cerca de 1% do peso seco do 
ligamento. Os proteoglicanos são formados por glicosaminoglicanos (GAGs) como 
o sulfato de condroitina, sulfato de glicosamina, de queratina e ácido hialurônico
A elastina é uma proteína hidrofóbica com alto grau de extensibilidade quando 
a força imposta é pequena e gradual. A maioria dos ligamentos contém 5% de 
elastina.
Outras proteínas são essenciais na cicatrização do ligamento em caso de lesão, 
dentre elas a tenascina, fibronectina e laminina, elas formam a rede de defesa 
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e reparam o ligamento após lesão assim como as células inflamatórios como os 
neutrófilos e macrófagos que são fundamentais no processo de reparo. Após a 
fase inflamatória e de proliferação celular, a última fase é a de remodelação onde 
o colágeno tipo III é convertido de colágeno tipo I, esta etapa pode durar até 18 
meses para o ligamento se reparar completamente.
LIGAMENTO E DEFORMAÇÃO DE CARGA
 O gráfico abaixo representa a força tênsil dos ligamentos quando empregada a 
carga constante deformado até a falha/ruptura.
A primeira fase conhecida como fase toe é caracterizada pelo aumento 
desproporcional do alongamento do ligamento, a força é absorvida pela ondulação 
do colágeno, à medida que a carga progride ocorre o alinhamento do colágeno 
para suportar a carga. A tensão é de aproximadamente 4% e está dentro do limite 
funcional suportado.
Na fase II chamada de linear, as fibras de colágeno estão mais alongadas e 
paralelas umas às outras. Se a carga é removida nesta região, o ligamento retorna 
ao seu comprimento original sem dano permanente.
Na fase III conhecida como microfalha, ocorre a ruptura parcial das fibras de 
colágeno e a força é redistribuída para as fibras remanescentes, o que aumenta a 
tendência das fibras se romperem.
Na fase IV chamada de falha total, encerra-se a fase de absorção de energia com 
a força tênsil final e ruptura completa das fibras de colágeno.
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 Figura 27: Força de tensão ligamentar
Nas atividades diárias usamos cerca de 30% do potencial total do ligamento, 
fatores externos e internos interferem na força tênsil do ligamento como: idade, 
frequência de esforço e direcionamento de carga.
Os mecanismo de lesão dos ligamentos são classifi cados em:
• Trauma de contato ou direto;
• Carga dinâmica;
• Overuse;
• Vulnerabilidade estrutural;
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• Baixa flexibilidade;
• Desequilíbrio muscular; e
• Estirão do crescimento.
Lesões do ligamento comprometem a estabilização da articulação, a capacidade 
de limitar os movimentos e também produz diminuição proprioceptiva. Pode 
acontecer com uma dose de carga que é além da tensão fisiológica ou por causas 
cumulativas e baixo tempo de recuperação.
LESÃO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR
Os ligamentos cruzados anterior e posterior são intracapsulares. Eles atuam 
promovendo a estabilidade articular e são limitadores de movimento.
No joelho saudável os estabilizadores estáticos e dinâmicos proporcionam 
sustentação. Os estabilizadores estáticos são ligamentos, meniscos e cápsula 
articular. Essas estruturas proporcionam estabilização à articulação dos tecidos 
capsuloligamentares e desempenham importante papel sensitivo, pois detectam 
a posição e movimento articular.
O ligamento cruzado anterior (LCA) é o principal limitador do deslocamento da 
tíbia anteriormente e da rotação externa da tíbia em flexão, junto com o ligamento 
cruzado posterior limitam a rotação, o LCA é o ligamento que mais frequente sofre 
torções. Entre 30-60 graus de flexão do joelho o ligamento é menos estressado 
e maior estresse acontece em 90 graus de flexão e na extensão completa. O LCA 
tem baixa capacidade de regeneração quando rompido, geralmente indicando o 
tratamento cirúrgico, a última fase de reparo - a remodelação dura entre 12 a 18 
meses, mesmo assim a força de tensão é inferior ao ligamento pré-lesão, alcançado 
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a funcionalidade de 91%. Tanto na lesão do LCA quanto no reparo ligamentar ocorre 
a perda dos mecanorreceptores (proprioceptores) como os receptores de Golgi.
Figura 28: Vista anterior dos ligamentos cruzado anterior e posterior
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Cabe salientar que a imobilização prolongada impede a organização do colágeno, 
e os ligamentos respondem aos exercícios sintentizando colágeno e aumentando 
a força ligamentar pós-lesão.
As lesões do LCA podem ser parciais ou totais, 70% das lesões do LCA ocorrem 
por trauma indireto como a desaceleração aguda em extensão, mudança de 
direção ou na aterrissagem do salto. Outro mecanismo de lesão do LCA é durante 
a desaceleração quando o indivíduo fica com o pé no chão e promove uma força 
de rotação do joelho, ou seja, é ocasionado por uma hiperextensão, ou ainda, 
rotações com o pé fixo no chão, onde frequentemente são observadas também 
lesões de ligamento colaterais e mediais, 30% das lesões por trauma direto como 
a força lateral levando o joelho ao valgo. 
As lesões do LCA podem ser graduadas em graus: 
I- Lesão leve, com presença de edema, sensibilidade local, com rompimento 
de alguns ligamentos sem perda funcional.
II- Lesão do tipo moderada, grande parte dos ligamentos encontram-se 
rompidos seguido de instabilidade articular, não demonstrando perda completa 
da integridade do ligamento.
III- Lesão grave com rompimento completo das fibras ligamentares.
Quando o LCA é lesionado, com frequência outras estruturas também são 
lesionadas como o ligamento colateral medial (LCM) e/ou o menisco medial, 
quando as três estruturas sofre lesão, o trauma é conhecido como tríade infeliz. 
Neste caso a reabilitação pós operatória é mais prolongada.
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TRATAMENTO CIRÚRGICO DO LCA
Os fatores que indicam a cirurgia do LCA incluem:
• Idade
• Nível de atividade e alto risco de recidiva.
• Episódios frequentes de falseamento (fl exão abrupta)
• Lesão de outras estruturas como menisco medial e LCM
• Desejo de retornar às atividades pré-lesão e
• Instabilidade do joelho causada pela ruptura parcial ou total
Na maioria das vezes o LCA precisa de reconstrução cirúrgica. Esta é feita por 
artroscopia e o médico cirurgião utiliza como autoenxertos o terço central do
Figura 29: Auto enxerto do tendão patelar
artroscopia e o médico cirurgião utiliza como autoenxertos o terço central do
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 ligamento da patela ou do tendão da musculatura isquiotibial ou aloenxertos.
A cirurgia é indicada logo após a remissão do quadro infl amatório. O autoenxerto 
do tendão patelar na porção média é considerado “padrão ouro” para a reconstrução 
do LCA. A força e a rigidez são similar ao LCA, apresenta rápida revascularização 
(aproximadamente 6 semanas) e boa habilidade de retornar ao estágio de pré 
lesão. As desvantagens deste tipo de enxerto são: dor anterior no joelho e ao 
ajoelhar e fraqueza do quadríceps a longo prazo.
O autoexerto com tendão do semitendíneo-grácil apresentam menos 
complicações no local doador, as vantagens são força e resistência maior que o 
LCA. As desvantagens são: tempo de cicatrização mais longo - aproximadamente 
12 semanas, alguns relatam a frouxidão do enxerto pós a cirurgia e perda de força 
dos fl exores de joelho.
Figura 30: Reconstrução do LCA
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Em casos remanescentes de autoenxerto pode ser realizado o aloenxerto 
principalmente nos 
pacientes jovens, os aloenxertos cicatrizam mais lentamente que os autoenxertos.
A fisioterapia deve ser iniciada logo após a cirurgia. O tempo de pós-operatório, 
para recuperação total do atleta, ou do individuo não atleta é o mesmo, variando 
de seis a oito meses para retorno à sua atividade normal. Muito tem se falado 
em retorno precoce e reabilitação acelerada, mas devemos sempre respeitar a 
anatomia e o tempo de recuperação do ligamento.
TESTES ESPECIAIS
Cuidados ao realizar os testes abaixo, o examinador deve utilizar um ou dois 
testes para resultado mais acurado; a direção da instabilidade não indica apenas a 
lesão unidirecional, considerar que estruturas adjacentes são também lesionadas; 
testar o joelho não comprometido primeiro para referência do avaliador; aplicar 
a mesma força bilateralmente; deve ser evitado a repetição nos testes rotacionais 
pois podem lesionar a cartilagem, menisco e aumentar a lesão ligamentar.
GAVETA ANTERIOR
Em decúbito dorsal com o joelho em 90º de flexão, o examinador senta sobre o 
pé do paciente e com as duas mãos apoiadas na região posterior do terço superior 
da tíbia, traciona-a anteriormente. É positivo quando percebe-se a anteriorização 
da tíbia durante a execução, sem a sensação do “end fell” que o ligamento íntegro 
produz. Varia de 33% a 70% de positividade. Não é um bom teste na fase aguda. 
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Deve ser realizado com a tíbia em neutra e nas rotações interna e externa.
 
Figura 31: Teste da gaveta anterior
TESTE DE LACHMANN
Deve ser realizado comparativamente com o lado contralateral. Em decúbito 
dorsal e joelho flexionado a 30º, segura-se com uma das mãos o fêmur e com a outra 
desloca-se anteriormente a tíbia, provocando o deslizamento entre as superfícies 
articulares. Como LCA íntegro o examinador percebe uma interrupção abrupta da 
anteriorização da tíbia. O sinal positivo é caracterizado pela interrupção suave do 
movimento sugestivo de ruptura do ligamento. 
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Figura 32: Teste de Lachmann
As imagens apresentadas pela ressonância magnética auxiliam no diagnóstico 
da lesão do ligamento cruzado anterior, além de ser um exame fi dedigno e não 
ser invasivo.
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TRATAMENTOS ADICIONAIS NA LESÃO DO LCA
O plasma rico em plaquetas (PRP) e as células-tronco mesenquimais promovem 
a aceleração do tempo de reparo ligamentar. No entanto o PRP não impede o 
alargamento da reconstrução ligamentar. Também não se sabe se os efeitos dele 
são anabólicos, catabólicos ou inibidores e, como pode influenciar o percurso da 
recuperação, mais estudos devem ser realizados para comprovar a eficácia. 
Exercícios de estabilização de tronco associados às atividades funcionais 
diminuem o impacto articular e previnem lesões. Rodriguez- Roiz et al., relataram 
que 91,9 % dos pacientes retornaram à atividade esportiva regular e 75 % 
retornaram dentro do primeiro ano pós-operatório.
PILATES NO PÓS OPERATÓRIO DO LCA 
A partir da 6ª até a 8ª semana o paciente deve alcançar a amplitude de movimento 
completa. Entre a 8ª e a 12ª semana os exercícios de fortalecimento devem 
progredir, como exercícios para os músculos isquiotibiais isométrico, concêntrico 
e excêntrico,alongamentos de glúteos também devem ser realizados.
Deve-se incluir exercícios de equilíbrio sobre superfícies instáveis para a 
ativação de músculos estabilizadores. Estudos comprovam que o treinamento 
proprioceptivo acelera a em até 5 vezes a reabilitação quando comparado com o 
treinamento convencional. Tanto na lesão ligamentar quanto na cirurgia, ocorre 
a perda dos proprioceptores por isso são preconizados exercícios de equilíbrio e 
propriocepção através do treino sensório motor.
A ênfase no fortalecimento muscular deve ser dada à cadeia posterior: isquiotibiais 
e tríceps sural, pois são músculos que impedem a anteriorização da tíbia.
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Cuidado com exercícios que anteriorizam a tíbia como a ponte com os MMII em 
extensão sobre a bola suíça. A flexão total de joelho deve ser prioridade entre 40 e 
60 dias mesmo nos casos de dor.
EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS NA LESÃO DO LCA
O estudo de Lee et al., (2016) avaliaram o efeito do protocolo acelerado de 
reabilitação pós reconstrução do LCA em 16 jogadores de futebol do ensino 
médio. Os exercícios do grupo intervenção (n=8) foram realizados em 2 dias de 
PO e foi composto de 4 fases: 1. Controle do edema e inflamação; 2. Aumento da 
ADM; 3. Aumento da força e 4. Melhora do equilíbrio e agilidade. Os exercícios 
foram realizados durante 2h, 5x/semana. Oito dos participantes foram do grupo 
controle. O grupo intervenção teve melhora da força isométrica nos graus 30 e 60 
com efeitos positivos sobre o desempenho na recuperação de pacientes com uma 
lesão do LCA e seu retorno ao esporte quando comparados com o grupo controle.
Após a lesão do LCA e reconstrução ligamentar ocorre inibição do quadríceps e 
hiperatividade do isquitibial e tríceps sural, particularmente do sóleo.
O estudo de Czaplicki, Jarocka & Walawski (2015) teve como objetivo avaliar 
o torque flexor e extensor (isquiotibiais e quadríceps) de 29 homens pré e pós-
cirurgia de reconstrução do ligamento cruzado anterior. E concluíram que após 6 
e 12 meses tanto a força dos músculos flexores quando dos extensores do joelho 
foi menor quando comparado ao membro inferior saudável. Os autores também 
concluíram que 12 meses foi insuficiente para retornar ao esporte. Segundo os 
autores, estes resultados biomecânicos são de relevância clínica, uma vez que 
avaliou o progresso da reabilitação e incentiva a implementação de modificações 
necessárias para a otimização de força no treinamento destes grupos musculares.
Jalali et al., 2015 avaliaram e efeito da órtese no joelho para evitar a translação 
anterior da tíbia durante o exercício de afundo através da vídeo fluoroscopia e 
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concluíram não houve diferença significativa na estabilização articular com ou 
sem órtese de posicionamento durante a flexão de joelho em 0°, 15°, 30°, 45° e 60° 
nos pacientes com lesão do LCA.
O estudo de Laible & Sherman (2014) destacou os fatores de risco responsáveis 
pela lesão no LCA e com o prevenir a lesão:
• Fraqueza por alongamento dos isquiotibiais;
• Anteriorização pélvica;
• Fadiga muscular;
• Diminuição da propriocepção e força dos músculos do core/powerhouse;
• Aumento da dorsiflexão do tornozelo; e
• Diminuição dos ângulos de flexão de joelhos, quadris e tronco.
Durante as atividade esportivas o que predispõe à lesão do LCA:
• Pivot;
• Aterrissagem sem flexão de joelho;
• Aterrissagem com valgo de joelho; e
• Aterrissagem com os pés planos.
Os autores afirmam que múltiplos programas de exercícios são mais efetivos 
para a prevenção como: Pliometria dos membros inferiores , equilíbrio dinâmico, 
consciência corporal, controle de tronco, aumento da força de isquiotibiais, 
alongamento muscular e treino proprioceptivo.
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PÉ
O pé e o tornozelo são estruturas complexas que exercem impacto em todo o 
membro inferior como joelho e quadril. Existem 26 ossos no pé e 33 articulações 
juntamente com vários músculos intrínsecos e extrínsecos.
Lesões nestas estruturas podem afetar a eficiência da biomecânica na propulsão 
na marcha. Aproximadamente 80% da população apresenta problema no pé. 
O pé tem com função propulsão e suporte, na primeira atua como uma alavanca 
flexível na fase de impulsão e na segunda, como uma alavanca rígida que suporta 
o corpo inteiro com o mínimo de esforço muscular.
O pé se adapta às diferentes superfícies irregulares, absorve impacto, dissipa 
forças de cisalhamento, compressão, rotação e tração.
Durante a marcha a carga sobre o pé é de 1.2 x PC, na corrida é de 2 vezes o peso 
corporal e nos saltos acima de 60 cm é de 5 vezes o peso corporal.
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ANATOMIA DO PÉ
RETROPÉ
ARTICULAÇÃO TIBIOFIBULAR
É uma articulação do tipo sindesmose e os movimentos são pequenos. Durante 
a dorsiflexão a fíbula move-se para cima e durante a flexão plantar para baixo. 
ARTICULAÇÃO TALOCRURAL
Também conhecida como a articulação do tornozelo, é do tipo sinovial e 
dobradiça. Localizada entre o tálus e os maléolos lateral e medial.
Na articulação talocrural ocorrem os movimentos de flexão plantar a dorsiflexão.
O maléolo lateral é mais distal que o medial, por isso o movimento de inversão 
é maior que o de eversão.
ARTICULAÇÃO SUBTALAR
Também conhecida como articulação talocalcanear do tipo sinovial. Os 
movimentos desta articulação são a inversão e eversão. Nos casos de entorse do 
tornozelo esta articulação fica hipomóvel.
MÉDIOPÉ
As articulações do médiopé são também conhecidas como mediotarsais em 
conjunto permitem que o pé se adapte nos pisos irregulares. Fazem parte do médiopé 
os ossos do tarso: cuneiformes medial, lateral e intermediário, navicular e cubóide.
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ANTEPÉ
Fazem parte do antepé os ossos do metatarso e as falanges. As articulações 
são sinoviais, nas articulações tarsometatarsais e intermetatarsais ocorrem o 
deslizamento. Já na articulação metatarsofalageanas ocorre a fl exão, extensão, 
abdução e adução. E na articulação interfalangeanas ocorre a fl exão e extensão 
dos dedos.
 Figura 33: Divisão do pé
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MÚSCULOS DO PÉ
Há 12 músculos extrínsecos e 11 intrínsecos da perna e pé. A divisão dos 
músculos extrínsecos é baseada na localização numa vista superior: anteriores, 
posteriores profundo e superficial e laterais. Os músculos anteriores permitem 
a dorsiflexão os músculos restantes cruzam a articulação posteriormente e são 
flexores plantares. O músculo tibial anterior é responsável pela inversão e o tibial 
posterior pela eversão.
Os músculos posteriores superficiais incluem: sóleo, gastrocnêmio e plantar. Já 
os posteriores profundos estão os músculos: tibial posterior, flexor longo do hálux 
e o flexor longo dos dedos.
Os músculos intrínsecos do pé estão contidos apenas no pé e não cruzam a 
articulação. Sua função é fornecer estabilidade para os dedos,articulação 
tarsometatarsais e mediopé.
ARCOS DO PÉ
São três arcos no pé: longitudinal medial e lateral e arco transversal.
Figura 34: Arcos do pé 
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A principal estrutura de formação dos arcos longitudinais é a fáscia plantar. O 
fibular longo é responsável pelo arco transversal.
 A ação dos arcos do pé é promover suporte do peso do corpo estático e dinâmico. 
Quando os arcos não tem equilíbrio, as forças são dissipadas anormalmente e 
aumenta o estresse sobre outras regiões do pé.
Para avaliar o alinhamento dos arcos do pé pode ser realizado o teste da linha de 
Feiss, sem descarga de peso, traça-se uma linha do ápice do maléolo medial a 1ª 
articulação metatarsofalangeana. O normal é a linha passar sobre o osso navicular 
ou perto dela. 
No caso de pé pronado navicular está abaixo da linha de Feiss e o inverso ocorre 
quando o pé é supinado. As alterações dos pés serão abordadas mais a adiante no 
tópico de deformidades comuns dos pés.
ENTORSE DE TORNOZELO
O entorse de tornozelo é uma das lesões mais comuns sofridas no esporte e 
durante as atividades diárias. As lesões dos ligamentos laterais do pé contribuem 
para 15%-25% de todas as lesões nos esportes e são mal tratadas com hiperproteção 
articular ou subtratadas.
A articulação talocrural é onde ocorre o entorse de tornozelo. Durante a 
dorsiflexão o tálus se posiciona como uma cunha e são mínimos os movimentos 
de inversão e eversão do tornozelo.
No posicionamento de dorsiflexão é onde ocorre maior congruência articular 
do tálus. Já durante a flexão plantar o tálus tem maior mobilidade e se desliza 
anteriormente, o que aumenta o risco de entorse de tornozelo em flexão plantar 
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PILATES NAS PATOLOGIAS DO JOELHO
e inversão que geralmente acontece com o uso de salto alto ou durante a 
aterrissagem do salto onde a articulação está em fl exão plantar.
O entorse de tornozelo acomete os ligamentos laterais entre 80 a 90% quando 
comparados com os ligamentos mediais. Lateralmente os ligamentos presentes 
são: o talofi bular anterior, talofi bular posterior e calcaneofi bular. O ligamento 
talofi bular anterior e o calcaneofi bular são os mais comumente lesionados no 
entorse de tornozelo.
O ligamento talofi bular anterior é o que apresenta menor força tênsil em 
comparação com outros ligamentos do tornozelo, deve ser por esta razão que ele 
é o mais comumente lesionado. Estimasse que em 70% dos entorses de tornozelo 
ocorrem isoladamente a lesão do ligamento talofi bular anterior.
 
Figura 35: Ligamentos laterais do pé
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PILATES NAS PATOLOGIAS DO JOELHO
Os fatores de risco extrínsecos para o entorse de tornozelo incluem: erros de 
treinamento, tipo de esporte, nível de competição, equipamentos (ex. tênis) e 
condições ambientais. 
Dentre os fatores de risco intrínsecos para o entrose de tornozelo estão: mau 
alinhamento estrutural, déficit de força, limitação da amplitude de movimento e 
frouxidão ligamentar.
O entorse de tornozelo é classificados em 3 graus:
I- Estiramento microscópico do ligamento sem perda da função.
II- Ruptura parcial ou alongamento do ligamento com alguma perda da função.
III- Ruptura completa do ligamento com perda total da função.
A maioria dos entorses é em inversão e flexão plantar, e podem envolver outras 
estruturas como a fratura por avulsão do maléolo, distensões musculares, luxação 
ou subluxações fibulares e outras lesões nos tendões próximo à lesão.
Figura 36: Entorse de tornozelo em inversão
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INSTABILIDADE CRÔNICA DO TORNOZELO
Cerca de 20% das entorses de tornozelo podem evoluir para a instabilidade 
crônica após seis meses da lesão inicial, acompanhada ou não de frouxidão 
ligamentar. Os pacientes com instabilidade funcional têm como causa a falha na 
propriocepção e o tratamento deve ser focado nos exercícios de equilíbrio estático 
e dinâmico.
Os sinais e sintomas da instabilidade crônica incluem: sensação de falseio 
articular, sinais inflamatórios e perda da função por pelo menos um dia após 6 
meses de lesão ligamentar.
TRATAMENTO DO ENTORSE DE TORNOZELO
O tratamento do entorse de tornozelo é geralmente conservador, principalmente 
nos graus I e II. O grau III pode ser tratado de modo conservador ou cirúrgico, os 
testes de gaveta anterior e estresse em inversão confirmam o diagnóstico médico.
Após a remissão do quadro agudo é importante a retomada da amplitude de 
movimento em todos os planos, não apenas no sagital para aumentar a síntese do 
colágeno tipo I.
A reabilitação para o II e III grau é mais lenta que para o I grau. O entorse de grau 
I limitam as atividades funcionais entre 1 a 3 semanas. O entorse de grau II limitam 
as atividades entre 4 a 6 semanas.
Já o entorse de grau III varia amplamente o período de recuperação, entre 6 
semanas a 3 meses ou mais para as atividades funcionais. Após o entorse de 
tornozelo os exercícios funcionais com controle neuromuscular, força, amplitude 
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de movimento e propriocepção devem ser incluídos como parte do processo de 
tratamento. Outras intervenções que podem ser incluídas são: massagem nos 
tecidos moles, mobilização articular principalmente no médiopé, exercícios de 
força e equilíbrio são fundamentais no reparo ligamentar.
Os entorses de repetição podem evoluir para fraqueza muscular crônica e 
diminuição da consciência sinestésica.
O fortalecimento funcional e exercícios proprioceptivos com controle devem 
ser foco da reabilitação no Pilates.
Os exercícios proprioceptivos podem começar na primeira semana após o 
entorse com apoio bilateral das diversas partes do pé, evoluir para apoio unipodal 
e só então acrescentar acessórios instáveis com aumento de tamanho progressivos 
para evitar a instabilidade crônica.
Exercícios de baixa carga e alta repetição auxiliam na produção do colágeno e 
na cicatrização do ligamento.
A força de eversão é importante no momento de inversão durante as atividades 
com descarga de peso. Exercícios que incluam a inversão e eversão do pé são 
fundamentais no entorse de tornozelo. Exercícios em CCF em inversão e eversão 
iniciam com baixa resistência e repetições e podem evoluir para o aumento de 
carga e frequência conforme a capacidade e tolerância do paciente melhoram.
Apesar do uso frequente das órteses pelos alunos que sofreram entorse, seu 
uso deve se limitar na fase aguda para evitar amplitudes de movimento maiores 
e edema, já na fase crônica é aconselhável que o paciente evite o uso de órtese 
durante as aulas de Pilates, pois não há evidências científicas que seu uso previna 
novos entorses de tornozelo e que estabilize efetivamente a articulação.
O tempo médio para que o ligamento atinja a força tênsil é de 12 a 18 meses. 
Mobilizações articulares nos pés podem ser realizadas caso o professor de Pilates 
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seja capacitado. É preciso estar

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