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Carla Bertelli – 3° Período Farmacologia dos Principais Anti-Hipertensivos Palestra 2 Diuréticos: incluem os tiazídicos, diuréticos de alça e antagonistas de aldosterona -> reduzem a pressão arterial inicialmente: diminuindo o volume vascular (aumenta excreção de sal e água e suprime a reabsorção renal de sódio) e o débito cardíaco. Diminui cerca de 10 mmHG Bloqueadores dos receptores Badrenérgicos: diminuem a frequência e débito cardíaco. Também reduzem a secreção de renina, atenuando o efeito do SRAA na pressão arterial. Podem ser divididos em B1- adrenérgicos (cardiosseletivos e com efeito no coração) e B2-adrenérgicos (causam broncodilatação, relaxamento dos vasos sanguíneos esqueléticos, entre outros). São medicamentos recomendados também para pacientes com doença arterial coronariana Inibidores da ECA: atuam por inibição da conversão da angiotensina 1 em angiotensina 2: diminuem os níveis de angiotensina 2 -> diminuem efeito na vasoconstrição, nos níveis de aldosterona, fluxo sanguíneo intrarrenal e na taxa de filtração glomerular. Também inibem a decomposição da bradicinina e estimulam a síntese das prostaglandinas vasodilatadoras. Bloqueadores do receptor de angiotensina 2: semelhante aos inibidores da ECA, mas tornam o bloqueio do SRAA mais eficiente -> reduzem a resistência vascular periférica deslocando a angiotensina 2 Bloqueadores do canal de cálcio: inibem o transporte de cálcio para os músculos cardíaco e vascular liso -> reduzem o tônus muscular liso dos vasos sanguíneos arteriais e venosos. Alguns tem efeito direto no coração -> reduzem débito cardíaco por meio da diminuição da contratilidade e FC/ retorno venoso. Também podem interferir no tônus da musculatura lisa das artérias por inibição do transporte de cálcio por meio dos canais da membrana celular e na resposta vascular à norepinefrina e angiotensina. Antagonistas dos receptores a1- adrenérgicos: bloqueiam os receptores a1- pós sinápticos e reduzem o efeito do SNS no tônus da musculatura lisa dos vasos sanguíneos que regulam a resistência vascular periférica Agonistas adrenérgicos de ação central: bloqueiam a atividade simpática do SNC. São agonistas a2- adrenérgicos e atuam por feedback negativo reduzindo a atividade simpática do SNC Vasodilatadores de ação direta na musculatura lisa vascular: causam redução da resistência vascular periférica produzindo relaxamento da musculatura lisa dos vasos sanguíneos. Podem causar taquicardia e retenção de água e sal. Hipertensão Ela é uma doença multifatorial caracterizada pelo aumento dos níveis pressóricos iguais ou maiores que 140/90 mmHg. Fatores genéticos, estresse, psicológico e fatores ambientais e nutricionais Pode ser secundária decorrente de alguma outra patologia – de alguma condição renal, por exemplo É um fator de risco para o desenvolvimento de outras doenças cardiovasculares – como doença renal crônica e insuficiência cardíaca A Hipertensão pode ser primária (ou essencial) e secundária Ocorre um aumento no tônus da musculatura lisa e a partir dos diferentes fatores que aumentam a resistência arteriolar Objetivos da Pressão Arterial Promover a perfusão adequada aos tecidos – sem promover algum risco cardiovascular Essa pressão é mantida diretamente proporcional ao débito e a resistência vascular Débito Cardíaco + RVP Esses processos são controlados por 2 sistemas que atuam simultaneamente – barorreflexos (sinalização para a ativação simpática) e o SRAA (controle do volume sanguíneo) – contribuem tanto no aumento quanto redução da PA Carla Bertelli – 3° Período Receptores Beta 1 e Alfa 1 - esses receptores, durante o aumento da pressão são ativados, isso é importante para associar com os betabloqueadores (por exemplo, que é um efeito contrário, antagonistas desses receptores) Classes principais 1 – Diuréticos (DIU) 2 – Betabloqueadores 3 – Inibidores de ECA (IECA) 4 – Bloqueadores dos Receptores de ANG II (BRA) 5 – Bloqueadores dos canais de Cálcio (BCC) (imagens do meu resumo da prática) 6 – Vasodilatadores A terapia medicamentosa pode ser monoterapia ou uma terapia combinada (2/3 fármacos) – depende da análise do paciente e da resposta que ele vai apresentar Diuréticos Vão atuar promovendo a redução da PA através da diminuição do volume sanguíneo Redução do Volume Aumento da Diurese -> redução do volume -> redução da PA Alguns deles fazem com que esse volume seja eliminado mediante da eliminação das reservas de sódio e outros íons – eliminados junto com a água (nem todos são desse mecanismo) Estão entre um dos tratamentos primários principalmente para a prevenção de outros riscos cardiovasculares – pode ser empregado em casos de hipertensão leve a moderada Diuréticos podem ser utilizados em associações – na terapia combinada Nas classes de diuréticos temos mais ou menos 5 que atuam em diferentes porções do néfron – diuréticos que atuam na alça de Henle, tiazídicos (túbulo distal), diuréticos poupadores de potássio, diuréticos osmóticos, etc. Tiazídicos – Hidroclorotiazida Esses diuréticos promovem a eliminação de água através da excreção de sódio -> sódio e água são eliminados Causa uma redução do volume e da PA – por diminuição de débito e do fluxo sanguíneo renal Efeitos Adversos – alterações nas concentrações de íons, hipopotassemia (uma das justificativas para o desenvolvimento dos diuréticos poupadores de potássio), hiperuricemia e desenvolvimento de uma hiperglicemia, elevam os níveis de cálcio na urina Carla Bertelli – 3° Período Diuréticos de Alça – Furosemida Possuem sua atuação na Alça de Henle – fazem com que haja uma diminuição no processo de reabsorção de sódio e cloreto -> ocorre um aumento na excreção desses íons e consequentemente da água Reduz volume e a resistência – porém faz um aumento do fluxo sanguíneo renal Pode ser usada no tratamento de hipertensão grave visto que eles promovem uma excreção alta de volume de líquidos Podem ser usados no tratamento da IC e em casos de paciente que possuem edema Efeitos Adversos – Diuréticos poupadores de potássio Ele poupa potássio, não ocorre essa redução de potássio no corpo Temos a Amilorida e o Triantereno – agem inibindo o transporte de sódio epitelial Já os Espironolactona e Esplerenona – agem como antagonistas de receptor da aldosterona Antagonista = Bloqueadora Podem ser associadas aos diuréticos de alça e tiazídicos para minimizar os efeitos adversos da eliminação do potássio Beta Bloqueadores São fármacos que bloqueiam os receptores beta – esse bloqueio vai ser responsável por gerar efeitos do fármaco ilustrado Ao bloquear um adrenoreceptor beta nós temos uma redução da pressão arterial primariamente diminuindo o débito cardíaco. Eles também podem diminuir o efluxo simpático do sistema nervoso central (SNC) e inibir a liberação de renina dos rins, reduzindo, assim, a formação de angiotensina II e a secreção de aldosterona Pode ser uma opção para pacientes que apresentem outra alteração cardiovascular Os receptores betas são divididos em beta 1 e beta 2 Os β-bloqueadores reduzem a pressão arterial primariamente diminuindo o débito cardíaco. Eles também podem diminuir o efluxo simpático do sistema nervoso central (SNC) e inibir a liberação de renina dos rins, reduzindo, assim, a formação de angiotensina II e a secreção de aldosterona Existem bloqueadores seletivos e não seletivos O Propanolol ele é um beta bloqueador não seletivo – significa que ele atua bloqueando beta 1 e beta 2 – isso vai ser benéfico pois vai resultar na queda da PA - Pacientes asmáticos não podem utilizar esse medicamento pois o propranolol, por exemplo, é contraindicadodevido ao bloqueio da bronquiodilatação mediada por B2. Mas pode causar outras alterações e causar efeitos adversos Atenolol – tem mais seletividade, cardioseletividade, com atividade potencializada no beta 1 Carla Bertelli – 3° Período Efeitos Adversos – Bradicardia, fadiga, hipotensão, diminui a libido, insônia, disfunção erétil. Gera uma alteração no metabolismo lipídico (níveis baixos de HDL o bom, níveis altos de triglicérides). Os β-bloqueadores devem ser usados com cautela no tratamento de pacientes com insuficiência cardíaca aguda ou doença vascular periférica. A retirada do fármaco deve ser feita de forma gradual e em algumas semanas – sua interrupção abrupta pode levar a uma estimulação reflexa cardíaca, podendo causar angina, infarto e morte súbita. Inibidores de ECA São medicamentos como captopril, enalapril que vão inibir a enzima ECA – essa classe terapêutica faz parte dos fármacos indicados em primeira linha de escolha contra a hipertesão Utilizado em pacientes hipertensos com outras comorbidades – infarto, diabetes, AVE Enalapril – são a primeira linha – é um pró- fármaco Lisinopril – 1° Escolha Ao promover a inibição da ECA ocorre uma redução da RVP – essa redução não resulta em um aumento reflexo do débito cardíaco A ECA quando inibida vai gerar uma menor formação de ANG II A ANG II ambém está associada com a degradação da Bradicinina – molécula que participa no processo de formação de moléculas que são vasodilatadores Durante o uso de corre uma interrupção na degradação da bradicinina pela a ANG II que vai aumentar em concentração de bradicinina no corpo que vai aumentar a produção de vasodilatadores Redução da vasoconstrição através da ANG II e dos vasodilatadores decorrentes da bradicinina Todos são convertidos no metabólito ativo no fígado, exceto captopril e lisinopril, de forma que estes dois podem ser preferidos para pacientes com grave insuficiência hepática. ANG II – diminuição da liberação de aldosterona, resultando em uma menor retenção e diminuição do volume -> diminui a pré e pós-carga Efeitos Adversos – tosse seca (característico em relação ao uso do ieca, relacionado ao aumento da bradicinina), aumenta potássio, exantema, febre, hipotensão e pode ocorrer mal formação fetal. BRAS Essa classe terapeuta é a família da ANA – Losartana, valsartana Promovem uma ação inibindo o receptor da ANG II – esse efeito é uma inibição mais completa da ANG II porque exista a hipótese de que ocorra a produção de ANG II por outras vias (uma teoria) Carla Bertelli – 3° Período São uma alternativa aos IECAs – fazem uma inibição mais completa Não é recomendado sua associação com o IECA – porque pode causar efeitos tóxicos devido a seus efeitos adversos serem iguais Bloqueiam o receptor AT1 – não ocorre vasoconstrição e nem a secreção da aldosterona A Bradicinina continua sendo degradada porque a ECA não vai ser interrompida, a ECA continua degradando bradicinina – incidência mais baixa da tosse seca nesse caso Efeitos Adversos – mal formação fetal, não devem ser associados aos IECAs Inibidores de Renina Alisquireno Bloqueia a renina – eles não devem ser associados as duas classes anteriores devido a uma alteração na mesma via pois podem potencializar os efeitos adversos e tóxicos Efeitos Adversos – Diarreia, tosse, angioedema, teratogênico Questão da similaridade do mecanismo que faz com que atuem com efeitos farmacológicos semelhantes e por isso eles não podem ser associados juntos Não associar esses 3 medicamentos Bloqueadores de Canais de Cálcio Cálcio é necessário para a contração muscular e o tônus muscular – é necessário que haja um aumento de cálcio que favorece a contração Os antagonistas dos canais de cálcio bloqueiam o canal por onde o cálcio passa impedindo a entrada do cálcio – INIBIÇÃO DA ENTRADA DO CÁLCIO NAS CÉLULAS, são antagonistas desses canais e vão fazer com que haja um menor influxo de cálcio celular Ocorre o relaxamento da musculatura lisa – devido a menor concentração de cálcio Proporciona ao tecido uma menor necessidade ao consumo do oxigênio – diminui a resistência fornecendo proteção ao tecido por conta do bloqueio da entrada Isso tudo resulta na elevação da PA Indicações – para pacientes hipertensos que tenham outras condições como asma e diabetes... Carla Bertelli – 3° Período Podem ser divididas em 2 ou 3 classes – Bloqueadores de canais de cálcio di- hidropirinidas e não di-hidropiridinas Di-hidropiridinas – apresentam maior vaso seletividade, maior vasodilatação Não Di-hidropiridinas – tem uma capacidade de vasodilatação menor quando comparados ao di Ambos diminuem a PA, mas existem diferenças entre o local de ação e o controle de alguns efeitos Características farmacocinéticas – via oral ou intravenosa São transformados por efeito de primeira passagem – se ligam as proteínas plasmáticas como a albumina e podem ser excretados através dos rins Efeitos Adversos – Hiperplasia gengival (rara), rubor facial, tontura, cefaleia, hipotensão, edema periférico Características farmacocinéticas – diferenças relacionadas com ao tempo de meia vida Curta e longa duração Tem risco de infarto em relação ao uso dos bloqueadores de canal de cálcio devido a resposta reflexa que pode gerar a atividades simpática ativada que pode causar infarto Vasodilatadores Vasodilatador indireto Diretos – Inalasina e Mixodil – promovem relaxamento da musculatura lisa de forma direta Não costumam estrar entre as indicações primárias, mas podem ser usando associados a beta bloqueadores e diuréticos Ao promover essa vasodilatação ocorre a dilatação da musculatura lisa, menor pressão do fluxo, redução da PA Existe o risco de ocorrer a estimulação reflexa – que podem desenvolver angina, infarto e morte subida Aumento na concentração da renina – pode ocorrer maior retenção de água nesses pacientes Vasodilatador + betabloqueador + diurético – uma combinação muito boa que favorete uma maior redução do volume e da RVP contribuindo para uma redução a PA em um tratamento combinado com 3 fármacos Carla Bertelli – 3° Período
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